Introdução à Arte Contemporânea com Julia Lima

10/ago

 

 

A história da arte é uma disciplina que vem sendo constantemente revisada e reescrita. No entanto, a produção contemporânea – por seu volume, pela velocidade de mudança, pela proximidade do tempo – é o recorte talvez de mais difícil acesso pelo público.

 

Em discussão nesse curso introdutório de três aulas a produção artística atual a partir de perguntas que buscam ajudar a entender o que é arte contemporânea, o que a diferencia da arte moderna, e como chegamos até ela, passando pelos principais nomes que marcam a virada contemporânea, como Marcel Duchamp, Jackson Pollock, Yayoi Kusama e Louise Bourgeois.

 

A partir desta introdução, o participante terá um breve panorama dos momentos e movimentos que desenharam a história da arte no século 20, pavimentando um caminho pera melhor ler, interpretar e compartilhar a arte contemporânea.

 

Julia Lima é curadora independente, pesquisadora e tradutora especializada em ensaios na área de artes visuais. Também atua como crítica de arte, professora de história da arte e no acompanhamento de artistas.

 

As aulas acontecem presencialmente na Simões de Assis, Rua Sarandi, 113 A, Jardins, São Paulo, SP, nos dias 15, 22 e 29 de agosto.

 

 

Conversa com Adriana Lerner

05/ago

 

 

A artista Adriana Lerner falará sobre sua trajetória e suas mais recentes criações no dia 06 de agosto, às 17h na samba arte contemporânea, Shopping Fashion Mall – São Conrado, Rio de Janeiro, RJ.

 

Com o intuito de divulgar, promover e difundir a produção contemporânea, a galeria samba, convida para uma conversa gratuita e aberta ao público. Adriana Lerner, que se divide entre Miami e o Rio de Janeiro, falará sobre suas criações, como o xale “Dominó”, e a luminária “Any Time”, em exibição na galeria.

 

Depois de 30 anos de uma carreira de sucesso no mundo corporativo, a artista decidiu se dedicar às suas paixões: a arte e o design. E o sucesso veio rápido! Os cashmeres de sua marca Arrivals Gate logo se tornaram objetos de desejo e suas obras, no limiar entre arte e design, participaram de exposições no Brasil e no exterior. O xale “Dominó”, produzido no ano passado para o projeto “O Pequeno Colecionador”, no qual importantes artistas criam obras de arte para crianças de todas as idades, e a luminária “Any Time”, inédita, produzida este ano, feita em caixa de acrílico com cashmere puro. São como nuvens iluminadas que mudam de cores, dez diferentes, sempre nas tonalidades do nascer e do pôr do sol. O xale “Dominó” é produzido em cashmere de alta qualidade, feito à mão em Kathmandu, no Nepal. A estampa é do tradicional jogo de mesa e cada xale contém uma numeração diferente, formando uma peça do jogo. Para estimular a brincadeira, o projeto “O Pequeno Colecionador” sugere que se poste uma foto nas redes sociais com a hashtag #DOMINO para que os pares se encontrem. Além da brincadeira, o xale é super versátil: “Pode botar na parede, no sofá ou sair com a arte de casa para passear”, diz a Adriana Lerner, que criou um chaveiro para guardar o xale dentro, embalagem exclusiva e parte integrante da obra. Além das duas obras, na vitrine da galeria, flutuando no espaço, a artista apresentará a instalação inédita “Conexão” com cashmeres de cores variadas.

 

Sobre a artista

 

Nascida no Rio de Janeiro, Adriana Lerner se mudou para os Estados Unidos há vinte três anos. Durante esse tempo, viajou o mundo e teve a oportunidade de vivenciar culturas diferentes, o que a ajudou a desenvolver um olhar especial para o exótico e o único. Em 2015, fundou a Arrivals Gate com a missão de usar sua criatividade para abrir fronteiras e trazer objetos artesanais para a vida contemporânea. Em 2018, em parceria com um fotógrafo, lançou a série “Urban Flow”, que utiliza peças rejeitadas pela fábrica de cashmere para criar arte em fotografia. Com a artista Anna Bella Geiger, lançou duas séries de múltiplos em cashmere na Art Rio 2021 e em 2022 com Artur Lescher, durante a semana da SP Arte.

 

Sobre a galeria

 

A samba arte contemporânea, fundada em 2015 por Arnaldo Bortolon e Cali Cohen, é um espaço que privilegia o diálogo contínuo entre artistas renomados e emergentes de diferentes gerações e regiões brasileiras. Com seu variado acervo em exposição permanente, apresenta de forma singular as obras desses artistas, que colocados lado a lado, nos oferecem inúmeras possibilidades de apresentação e percepção, independentemente de escala, suporte e técnica. A galeria possui dois espaços expositivos, sua ocupação se alterna entre as exposições de acervo, as individuais dos artistas representados e as de projetos curatoriais particulares. A galeria se propõe também a ser um espaço de pesquisa, experimentação e educação através de ações relacionadas. Atua em cooperação com projetos de integração da arte com o entorno, extrapolando o espaço expositivo e aproximando as obras dos artistas do público circulante. A galeria trabalha com obras de Antônio Bandeira, Antônio Dias, Anna Maria Maiolino, Ascânio MMM, Bruna Amaro, Erinaldo Cirino, Diogo Santos, Eduardo Sued, Fernando Mello Brum, Franz Weissmann, Ione Saldanha, José Rezende, Jota Testi, Manfredo de Souzanetto, Roberval Borges, Rubem Ludolf, Thiago Haidar, Washington da Selva, entre outros.

 

A diversidade artística africana hoje

30/mai

 

 

O curso inaugural da Escola do MAB apresenta um panorama contemporâneo do trabalho de oito artistas mulheres, originárias de distintas regiões do continente africano – Magdalena Odundo (Quênia), Julie Mehretu (Etiópia), Sue Williamson (África do Sul), Jane Alexander (África do Sul), Ghada Amer (Egito), Toyin Ojih Odutola (Nigéria), Colette Omogbai (Nigéria) e Peju Laiywola (Nigéria).

 

Da cerâmica à pintura, da performance à instalação, da fotografia ao vídeo, suas obras abarcam múltiplas linguagens e revelam a diversidade da produção artística africana hoje. Ao longo de oito aulas, iremos comentar os trabalhos dessas artistas, sempre amparadas pelos seus contextos histórico e sociais de produção.

 

Será emitido certificado.

Ministrantes

Emi Koide, Sabrina Moura e Sandra Salles.

Coordenação: Sabrina Moura.

Investimento

Curso completo: R$ 240,00

Descontos: estudantes, professores e maiores de 60 anos têm 10% de desconto.

Período

De 30/05 a 18/07 das 19h às 21h.

Duração de cada aula: 2h

Duração total do curso: 12h

​Modalidade: online – Plataforma Zoom

 

Finissage da mostra de Victor Arruda

26/mai

 

 

 

A Belizário Galeria, Pinheiros, São Paulo, SP, por ocasião do finissage da mostra “Babado e Confusão”, recebe neste sábado, 28 de maio, das 16h às 18h, para uma conversa o artista Victor Arruda, o curador da exposição Marcus Lontra e, como convidados, o artista visual Francisco Hurtz e a historiadora, crítica e curadora Daniela Bousso. Nesse encontro, vão falar da arrojada e longa trajetória de 50 anos do artista e sua coragem e ousadia em destacar assuntos importantes, mas incômodos, para a sociedade.

 

Ao contrário do que podem sugerir os temas escolhidos pelo artista, para essa exposição, os trabalhos não são agressivos nem com caráter sombrio. Suas telas são compostas de uma profusão de cores e figuras, traços incomuns mas que trazem mensagens fortes e necessárias. “O mundo contemporâneo explode nas telas de Victor Arruda”, define o curador. A pintura permite que o artista critique conscientemente suas angústias através dos registros de seu inconsciente. “Ela dialoga com as vertentes marginais do modernismo; abraça despudoradamente a arte popular, o grafite, a linguagem visual urbana anônima, e introduz soluções estéticas de extrema sofisticação” explica Marcus Lontra.

 

Com sua maestria no domínio das técnicas artísticas, Victor Arruda mostra, desde os anos de 1970, exemplos de racismo, homofobia e segregação social. Enquanto o artista, Marcus Lontra e Daniela Bousso conversam sobre os anos vividos, Francisco Hurtz oferece a visão atual, presente, da reação pública à arte engajada. O mestre Victor Arruda é enfático em suas denúncias sem nunca esquecer de embalá-las em ironia e cor.

 

***transmissão simultânea pelo Instagram @belizariogaleria

 

 

Debate de Ideias

24/mai

 

 

A Aliança Francesa Porto Alegre, em parceria com a Fundação Iberê Camargo e o Centre Intermondes de La Rochelle, promove o segundo “Debate de Ideias” do ano, sobre a importância da residência artística nas artes visuais. O evento ocorre nesta quinta-feira, 26 de maio, a partir das 19h, no auditório da Fundação Iberê Camargo, com transmissão pelo YouTube da AFPOA. Antes, às 18h, será realizada uma visita mediada às exposições em cartaz:  “Magliani,  (4º e 3º andares), “Antes que se apague: territórios flutuantes” (2º andar), de Xadalu Tupã Jekupé, e “Iberê e Porto Alegre – No andar do Tempo” (Átrio). O debate será mediado pelo jornalista Roger Lerina. O evento será em português, com tradução consecutiva, realizada por Mélanie Le Bihan, diretora da Aliança Francesa.

 

Os convidados desta edição são David Ceccon, Leandro Machado, Letícia Lopes e Xadalu, artistas premiados pelo Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea, que participaram de uma residência artística no Centre Intermondes, em La Rochelle, na França, e Edouard Mornaud, diretor do Centre Intermondes (Residência Artística Internacional), ligado à Direção da Cultura e do Patrimônio da Prefeitura da cidade de La Rochelle. O debate será mediado pelo jornalista Roger Lerina.

 

Sobre os convidados

 

Edouard Mornaud tem 25 anos de experiência em funções de liderança cultural, incluindo o Departamento Cultural do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês (Paris), como chefe do Executivo da Alliance Française em Melbourne (Austrália), adido cultural da Comissão Europeia no Sudeste Asiático, vice-curador da AFAA/ Culturesfrance (atualmente Institut Français) e, desde 2008, atua como diretor do Programa de Residência Internacional de Artes do Centro Intermondes em La Rochelle. Desde os seus primeiros trabalhos como oficial cultural, tanto para a Aliança Francesa em Bangcok, como para o Oficial Cultural Francês em Nazaré (Israel), constrói metodicamente uma carreira em torno do desenvolvimento e entrega de programas culturais complexos, com enfoque específico nas relações transculturais.

 

David Ceccon é formado em Artes Visuais pela UFRGS. Artista multidisciplinar, sua prática artística reflete sobre as existências biológicas, culturais, reais e virtuais dos sujeitos na sociedade contemporânea. Realizou seis exposições individuais e participou de diversas coletivas nacionais e internacionais. Também desenvolveu e participou de diferentes projetos na área de artes visuais, incluindo projetos gráficos e cenográficos. Ganhou o prêmio IEAVI (2016), o Prêmio Açorianos nas categorias Artista Revelação e Destaque em Gravura (2016) e o Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea (2018) – com o qual recebeu uma residência artística na França. É cocriador e artista-colaborador da Revista Fracasso (@revistafracasso), indicada ao Prêmio Açorianos (2021). Atualmente, é representado pela Galeria AURA (SP). Atua também como assistente executivo na CoCreate TH partnered with Art Sense em Londres (UK).

 

Leandro Machado é bacharel em Artes Visuais pela UFRGS. Realizou mostras individuais, como Arqueologia do Caminho (2019), no Centre Intermondes, em La Rochelle, na França, e Desenhos Esquemáticos (2018), na Pinacoteca Aldo Locatelli, em Porto Alegre.

 

Letícia Lopes é formada em Artes Visuais pela UFRGS. Desenvolvendo sua pesquisa principalmente através da pintura, a artista investiga espaços de ambiguidade e mistério entre realidade e representação, explorando o suporte e a montagem do trabalho como ferramentas para propor novos significados. Desde 2013, participa de mostras coletivas em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, França e República Checa. Em 2022, realizou sua 8ª individual, Anima, na Galeria Verve (SP), com texto de Agnaldo Farias, e, em 2019, foi a vencedora do 3º Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa, o qual rendeu-lhe sua primeira individual fora do país, I want to be adored (La Rochelle/FR). Ainda em 2019 e  em 2021, foi indicada ao Prêmio PIPA.

 

Xadalu Tupã Jekupé é um artista mestiço que usa elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar em forma de arte urbana o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades. Sua obra, e as conversas com sábios em volta da fogueira, tornou-se um dos recursos mais potentes das artes visuais contra o apagamento da cultura indígena no Rio Grande do Sul. O diálogo e a integração com a comunidade Guarani Mbyá permitiram ao artista o resgate e reconhecimento da própria ancestralidade. Em 2020, sua obra Atenção Área Indígena foi transformada em bandeira e hasteada na cúpula do Museu de Arte do Rio. Meses depois, venceu o Prêmio Aliança Francesa com a obra Invasão Colonial: Meu Corpo Nosso Território, que o levou a uma residência artística na França, no Centre Intermondes em 2021.

 

Sobre o mediador

Roger Lerina é jornalista e crítico de cinema, integrante da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Foi vice-presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS), entre 2008 e 2010, e presidente, de 2010 a 2012. É editor do site Roger Lerina, uma plataforma dedicada a notícias, artigos e vídeos sobre cinema, artes cênicas, música, artes visuais e eventos culturais. Desde 2019, integra o conselho artístico do evento Noite dos Museus e a comissão de seleção das atrações musicais da Virada Sustentável em Porto Alegre. Curador da Mostra de Longas-Metragens do Festival Internacional de Cinema da Fronteira em 2018 e 2019 e dos projetos Meu Filme Favorito e Adaptação: entre a Literatura e o Cinema – ambos realizados no Instituto Ling. Também atua como repórter e crítico de cinema no Canal Brasil e programador das três salas do Cine Grand Café, no Shopping Nova Olaria, em Porto Alegre.

No auditório do MAM SP

 

 

A conversa com Kiki Mazzucchelli e Cauê Alves no auditório do MAM, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, será no dia 04 de junho às 10h. Neste bate-papo, a curadora da exposição “Samson Flexor: além do moderno”, Kiki Mazzucchelli, e o curador-chefe do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Cauê Alves, conversam sobre a mostra que tem como objetivo trazer à luz a obra tardia de Flexor. Esse período marcou a transição do artista do moderno para o contemporâneo ao confrontar questões éticas e estéticas de sua época. Na ocasião, o catálogo da exposição estará à venda.

 

Kiki Mazzucchelli é diretora artística da Galeria Luisa Strina, em São Paulo, curadora e crítica independente, tendo realizado diversas exposições em galerias e instituições.

 

Cauê Alves é mestre e doutor em Filosofia pela FFLCH-Universidade de São Paulo. Desde 2020 é curador-chefe do Museu de Arte Moderna de São Paulo e desde 2010 é professor do Departamento de Artes da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da PUC-SP.

 

 

Seminário presencial

20/mai

 

 

O Museu do Pontal, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, realiza em sua nova sede, o seminário “Modernismos, arte e cultura popular”, com dois encontros presenciais: o primeiro em 21 de maio e o segundo em 11 de junho. As relações entre modernismos e cultura popular brasileira permearão as discussões. O evento busca rever, pensar e entender melhor as conexões que podem ser feitas a partir de um Museu de arte popular em meio às comemorações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna (1922-2022).

 

 

“O ato de comemorar implica não só lembrar e memorar algum evento, como também uma oportunidade para repensarmos seus significados, limites e transformações”, afirma Angela Mascelani, diretora do Museu do Pontal junto com Lucas Van de Beuque.

 

 

Entre os convidados estão os historiadores Martha Abreu, Durval Muniz de Albuquerque Júnior, Juliana Pereira, Lurian R. S. Lima; o sociólogo André Botelho, a cientista política Angela de Castro Gomes; os antropólogos Maria Laura Cavalcanti e Vinicius Natal; os curadores e ensaístas Clarissa Diniz e Frederico Coelho, e a historiadora da arte Renata Bittencourt. Alguns temas a serem debatidos são as narrativas dos intelectuais e artistas considerados modernistas em torno da cultura popular; e música popular e modernidade negra.

 

 

Os ingressos para os debates são gratuitos ou contribuição voluntária, e poderão ser adquiridos previamente pela plataforma Sympla.

 

 

Haverá certificado de participação.

Modernismos, Arte e Cultura Popular – Programação

21 de maio de 2022, sábado

10h – Abertura – Lucas Van de Beuque, Angela Mascelani e Martha Abreu

10h30 às 12h – Disputas de memória: por que debater a Semana de Arte Moderna de 1922?

Durval Albuquerque Junior e Angela Castro Gomes

Mediação: Juliana Pereira

14h às 15h30 – Qual o papel da cultura popular e de seus agentes nos rumos do modernismo?

Maria Laura Cavalcanti e Martha Abreu

 

 

 

Conversa com Xadalu

09/mai

 

 

Seguindo a parceria com a Fundação Iberê Camargo, o artista visual Xadalu Tupã Jekupé e o curador de arte Cauê Alves se reúnem, aqui no Instituto Ling, Porto Alegre, RS, para conversar com o público sobre a exposição “Antes que se apague: territórios flutuantes”, que estará em cartaz na Fundação Iberê a partir do dia 14 de maio. A mostra aborda a questão do apagamento da cultura indígena na região oeste do Rio Grande do Sul, onde diversas etnias foram dizimadas. Restaram algumas poucas escritas em livros históricos. Das 19 obras, 14 foram produzidas para a exposição. A atividade é gratuita e acontece nesta quinta, às 19h, em formato híbrido, online pelos canais no Youtube de ambas as instituições e presencial no Instituto Ling. Com vagas limitadas no presencial, a distribuição de senhas iniciará uma hora antes da atividade.

 

 

Subjetividade e Poéticas Negras

24/nov

 

 

Encontro com Artista: “Maré de Matos – Subjetividade e Poéticas Negras” será em comemoração ao Mês da Consciência Negra. O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, Portão 10, São Paulo, SP, recebe a artista e pesquisadora transdisciplinar Maré de Matos para uma conversa acerca da imagem e da palavra, além do papel da arte no engajamento por justiça social.

 

Sobre a artista

 

Maré de Matos é artista transdisciplinar. Mineira, do Vale do Rio Doce. Graduada em Artes Visuais na Escola Guignard (UEMG), Mestre em Teoria Literária (UFPE) e atualmente desenvolve o projeto “Museu das Emoções” no doutorado (Diversitas, USP). Exercita o tensionamento entre versão e verdade; história única e contranarrativas polifônicas; poder e posição. Pesquisa representação e responsabilidade, invenção da raça e narrativa de si, imaginário e delírio da modernidade, subjetividade e poéticas negras. Seus trabalhos situam-se, sobretudo, no vão entre os territórios da imagem e da palavra. Se interessa pelo atlântico negro como processo de formação; pela revisão como princípio e pela poesia como ferramenta política de emancipação. Atua em linguagens híbridas e defende o direito à emoção de sujeitos privados do estatuto de humanidade.

 

O Feminino na Arte Popular

14/abr

 

O Museu do Pontal, Rio de Janeiro, RJ, no próximo dia 19 de abril, às 17h, promove em seus canais no Youtube e Facebook o encontro virtual “Artes e Saberes Femininos na Tradição Popular”, com a presença das ceramistas Ducarmo Barbosa (Minas Novas e Turmalina, Minas) e Socorro Rodrigues (Alto do Moura, Caruaru, Pernambuco), a ativista cultural e congadeira Sanete Esteves de Sousa (Quilombo Mocó dos Pretos, Berilo, Minas) e o fotógrafo Lori Figueiró (São Gonçalo do Rio das Pedras, Serro, Minas). A conversa terá mediação da antropóloga e gestora cultural Joana Corrêa (Milho Verde, Serro, Minas).

O evento celebra ainda o lançamento da segunda edição do livro “Mulheres do Vale, substantivo feminino”, de Lori Figueiró, pelo Centro de Cultura Memorial do Vale, no Serro, Minas.

A conversa abordará as vivências das mulheres e os atravessamentos de gênero em contextos de cultura e tradição popular. No Alto do Moura, a arte popular começa como uma tradição masculina a partir da obra do Mestre Vitalino, seguido por nomes como Zé Caboclo – pai de Socorro Rodrigues – e Manuel Eudócio e Manuel Galdino, entre tantos outros. Somente nas gerações seguintes as mulheres passaram a atuar e serem reconhecidas como artistas e ceramistas. Já na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas, a tradição de arte cerâmica nasceu pelas mãos de artistas mulheres, como Dona Isabel Mendes da Cunha, da comunidade Santana do Araçuaí, Ponto dos Volantes, e de Noemisa, de Caraí, entre tantas outras. Lá, ao contrário de Alto do Mouro, foram os homens que se inseriram posteriormente no campo da arte e do artesanato popular. Sanete Esteves de Souza, quilombola, congadeira e gestora de cultura, abordará também os aspectos interseccionais e raciais que perpassam os desafios de ser liderança e artista no campo da cultura popular.

As lives do Museu do Pontal contam com o patrocínio do Instituto Vale, do Itaú e do BNDES por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.