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AGENDA CULTURAL

CRUZ DIEZ: COR NO ESPAÇO E NO TEMPO

A Pinacoteca do Estado de São Paulo, Estação da Luz, São Paulo, SP, apresenta a exposição “Carlos Cruz-Diez: A cor no espaço e no tempo”, com cerca de 150 obras, entre pinturas, gravuras, ambientes cromáticos, desenhos e vídeos.

 

A exposição refaz a trajetória do artista, desde suas pinturas figurativas a óleo, raramente vistas, realizadas nos anos 1940, até explorações plenas de cor em movimento, anos 2000. Entre os trabalhos apresentados está a série cores físicas que consiste em uma sequência de linhas coloridas alinhadas verticalmente e de filtros refletores que são modificados conforme o ângulo da luz ambiente e da posição do observador, projetando, assim, a cor no espaço e criando um efeito que evolui continuamente, dependendo do deslocamento do observador.

 

Cerca de 50 “Fisicromias” são expostas pela primeira vez, revelando os oito estágios que marcam a evolução conceitual e tecnológica da série: desde madeira cortada e pintada à mão e peças de papelão até o emprego de tiras de alumínio e tecnologia de impressão digital. “Cor aditiva” e “Indução cromática”, ambas de 1963, são duas séries de trabalhos que estão inter-relacionadas e têm por base a impressão ou persistência retiniana, “afterimage”, que leva a retina do observador a produzir uma terceira cor virtual quando confrontada com duas cores complementares em um plano.

 

As peças que dão título à mostra, cor no espaço e no tempo, serão exibidas em três ambientes diferentes. No espaço central do museu, Octógono, os visitantes encontrarão “Cromointerferência”, 1964-2012. Trata-se de um grande espaço branco no qual dois planos de cor ondulam constantemente em faixas projetadas nas paredes e no piso, dissolvendo em cor os volumes ao redor, inclusive os corpos dos observadores. Ainda fora das salas de exposição, será apresentado “Transcromia”, 1965-2010, formada por conjuntos de lâminas que estarão dispostos em quatro vãos dos corredores que dão acesso à entrada da mostra. A última, “Cromosaturação”, 1965-2004, consiste em uma sequência de três espaços independentes em que Cruz-Diez isola a cor “crua” e cria um display com efeitos de puro cromatismo.

 

Completando a exposição, serão exibidos os projetos arquitetônicos de Cruz-Diez e suas intervenções no cenário urbano, desde calçadas para pedestres até usinas hidroelétricas, passando por silos de trigo e, ainda, dois vídeos sobre o processo do artista e sobre as máquinas e ferramentas ad hoc que ele inventou para realizar diversas obras.

 

A mostra traz uma seleção de obras que pertencem ao acervo da Cruz-Diez Foundation no MFAH, e ao Atelier Cruz-Diez em Paris e no Panamá, além de coleções públicas e particulares na Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália e nos Estados Unidos.

 

“Geralmente considerada no contexto da arte cinética, a importância da grande obra que Cruz-Diez produziu desde a década de 1950 vai além das questões de movimento, vibração e pura retinalidade. Desde o início, Cruz-Diez concentrou sua pesquisa e seus experimentos em uma questão crítica: a investigação da cor como um organismo vivo em constante estado de transformação. Esta exposição tem por objetivo mostrar suas conquistas inéditas e radicais nesta área,” afirma a curadora Mari Carmen Ramirez.

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