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AGENDA CULTURAL

Em Curitiba: Alex Flemming e Clif

Com o tema “Território estrangeiro”, o Curitiba Luz Imagem e Fotografia (Clif), Curitiba, PR, começa hoje, na capital paranaense, com uma programação que inclui exposições, palestras, oficinas e sessões de cinema, com curadoria do artista visual Tom Lisboa. A coletiva “Território Estrangeiro”, no Museu Municipal de Arte (MuMa) – Portão Cultural,  abre a programação e reúne nomes importantes da fotografia e das artes visuais, como Juliane Fuganti, Tony Camargo, Vilma Slomp, Rosangela Renó, entre outros.

 

O artista visual Alex Flemming, que também ministrará uma das palestras no Museu Niemeyer, veio da Alemanha especialmente para duas exposições no Brasil, entre elas, a que acontece em Curitiba. “Ele é uma das estrelas do evento”, diz o idealizador do Clif, Guilherme Zawa, que realiza a ação em Curitiba desde 2011.

 

Os trabalhos de Flemming integram importantes coleções de museus no Brasil e no mundo, como o MASP, São Paulo, o Museu Nacional e Belas Artes, Rio de Janeiro, e o Museu de Arte da América Latina, em Washington. No MuMa, estarão expostas obras de uma de suas séries mais famosas, Body Builders (2001-2002), quando o artista fotografou corpos jovens e esbeltos e desenhou em cima das imagens mapas de áreas de conflitos e guerras.

 

Na programação, Zawa destaca ainda a palestra com Eder Chiodetto, um dos maiores curadores de fotografia do país, e a oficina de construção de câmeras digitais artesanais, com Guilherme Maranhão. Pela Rua XV de Novembro, os fotógrafos do coletivo “O Estendal” levarão imagens da série “Paisagem Alterada”, impressas em papel de algodão. As obras, que estarão à disposição do público a partir de amanhã, poderão sofrer intervenções das pessoas. No final do Clif, no sábado, 23, acontece também o “Foto Escambo”, projeto idealizado por Hans Georg, no qual fotógrafos e amadores trocam, sem a necessidade de dinheiro, imagens expostas e sem identificação do autor. “No meio das imagens, têm fotos valiosas que são dadas de bom grado pelos artistas. Também é um momento imprescindível para o fotógrafo que quer tirar um trabalho da gaveta”, diz Zawa.

 

 

Ideia

 

O curador do Clif, Tom Lisboa, conta que a escolha do tema “território estrangeiro” (um recorte para falar sobre as outras áreas que “invadem” a fotografia) foi bastante particular. “Quando fui convidado para fazer a curadoria, o Guilherme Zawa me pediu para dar um enfoque muito pessoal à mostra. Toda minha produção mescla a fotografia com outras áreas, tais como a literatura, o vídeo, a pintura, o cinema, a intervenção urbana e a internet”, diz. Lisboa conta que o projeto coincidiu com a leitura do livro Cidade Polifônica, do antropólogo italiano Massimo Canevacci. “Nele, ele afirma que compreendeu o que é ser italiano quando se sentiu perdido em um território estrangeiro, no caso o Brasil. A partir dessa vivência, eu desenhei o que seria o território estrangeiro do Clif. A fotografia deveria aparecer diluída, mas, ao mesmo tempo, afirmando sua identidade perante os outros meios”, define Lisboa.

 

Até 15 de dezembro.

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