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AGENDA CULTURAL

Gravuras na SP-Arte 2017

A Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, oferece ao público durante a SP-Arte de 2017, de 06 a 09 de abril, na Área de Museus e Centros Culturais no Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Pavilhão da Bienal), Parque Ibirapuera, Portão 3, a oportunidade única de aquisição de obras gráficas de artistas contemporâneos, pequenas coleções desdobradas a partir de diferentes aproximações, tanto temáticas quanto técnicas.

 

Na curadoria elaborada pelo artista Eduardo Haesbaert (coordenador do Acervo e Ateliê de Gravura da instituição), foram selecionadas 232 cópias de gravuras realizadas por 31 artistas, dentre eles Tomie Ohtake, León Ferrari e Waltercio Caldas. A seleção estabelece uma amostragem abrangente dos 15 anos de atividades do Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura. A ideia foi gerar conjuntos que exibissem a diversidade de linguagens e poéticas, assim como momentos distintos na carreira dos artistas selecionados.
Desde a sua criação, o Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo recebeu 99 artistas e, na feira SP-Arte de 2017, promoverá, pela primeira vez, a exibição de nove conjuntos de gravuras do total produzido.

 

Dentre os nove conjuntos, três deles são compostos por obras de um único artista: o tríptico de Regina Silveira, uma seleção de três gravuras de Waltercio Caldas, e quatro trabalhos de Marcos Chaves que formam um obra única. Os demais grupos reúnem trabalhos de 5 artistas, entre eles Antonio Dias, Nuno Ramos, Shirley Paes Leme, Nelson Leirner e Paulo Bruscky, explorando diferentes aproximações temáticas, históricas e formais.

 

 

Conjunto 1:

 

Formado por três latino-americanos: León Ferrari, Jorge Macchi e Liliana Porter, o conjunto apresenta gravuras desenvolvidas no ateliê da FIC durante a participação desses artistas em distintas edições da Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Reflete, mesmo que de forma sutil, o forte teor político que marca sua produção. León Ferrari, aliás, já havia trabalhado junto ao antigo ateliê de Iberê Camargo e acredita-se que esta seja a última gravura realizada pelo artista em vida.

 

Conjunto 2:

 

Numa seleção de quatro trabalhos que formam um obra única – quase um objeto – este conjunto representa a criação de Marcos Chaves a partir de sua ideia de sinalização. Artista reconhecido por suas obras em foto, vídeo e instalações, foi incitado a traduzir sua poética para a técnica da gravura de forma inédita.

 

Conjunto 3:

 

O tríptico de Regina Silveira aqui reunido funciona como um índice para nos aproximarmos de sua obra, que joga com as questões de luz, projeção e sombra. A artista, aluna de Iberê Camargo na década de 1960, produziu estas gravuras enquanto trabalhava em sua exposição solo “Mil e Um Dias e Outros Enigmas”, realizada especialmente para a Fundação Iberê Camargo, em 2011.

 

Conjunto 4:

 

Artista de reconhecimento internacional, Waltercio Caldas nos oferece, através desta seleção de três gravuras, uma entrada para sua trajetória, marcada pelo rigor estético no uso da palavra e da linha. O conjunto apresenta uma amostragem da produção deste autor, homenageado em exposição monográfica inédita realizada na Fundação Iberê Camargo, em 2012, sob o título “O Ar Mais Próximo e Outras Matérias”.

 

 

Conjunto 5:

 

O conjunto apresenta uma seleção de 5 artistas contemporâneas aqui reunidas tanto pela diversidade de suas poéticas quanto pela potência comum de seus trabalhos: Shirley Paes Lemes, Karin Lambrecht, Ana Maria Tavares, Célia Euvaldo e Germana Monte-Mór. As gravuras apresentam desde a linguagem marcada pela matéria pura, como em Célia Euvaldo à quase evanescência de Shirley Paes Leme, passando pela espiritualidade encarnada de Karin Lambrecht.

 

Conjunto 6:

 

Este grupo reúne trabalhos de cinco artistas não habituados à técnica da gravura e aponta justamente para a experimentação presente na trajetória de cada um. Antonio Dias, Nelson Félix, Jorge Menna Barreto, Ricardo Basbaum e Carlos Fajardo estabelecem, assim, um diálogo na matéria e no verbo, com obras que trazem tanto a organicidade e o corpo, como em Nelson Félix, quanto a pura racionalidade de Carlos Fajardo.

 

Conjunto 7:

 

José Resende, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Carlos Zilio e Eduardo Sued, todos artistas de grande renome nacional, são “filhos” de uma mesma geração. Em ação desde os anos 60, cada um a seu modo desenvolveu uma atuação estética com alta carga política. Nesta seleção, se encontram explorando uma técnica pouco utilizada em suas obras: a gravura em metal.

 

Conjunto 8:

 

Este conjunto lança gravuras de cinco artistas, todos integrantes do grupo Casa 7, atuante em São Paulo na década de 80: Rodrigo Andrade, Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa, Fábio Miguez e Paulo Monteiro. Responsáveis por uma revolução na pintura brasileira daquela época, hoje com carreiras individuais, nos brindam com suas experimentações na técnica da gravura, embora não deixem de nos remeter ao legado pictórico presente em suas trajetórias tão diversas.

 

Conjunto 9:

 

Formado pelos artistas Tomie Ohtake, Arthur Luiz Piza, Daniel Acosta, Daniel Senise e Marcelo Solá, este conjunto traz a produção em gravura de cinco artistas com abordagens completamente diversas. Revela representantes de diferentes gerações e fases de carreira artística. São obras que se aproximam da gravura a partir da tradição, como em Tomie Ohtake, utilizando os parâmetros canônicos da técnica, ou a partir da experimentação e inovação, presentes na serigrafia de Daniel Acosta ou no chine collé de Marcelo Solá.

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