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AGENDA CULTURAL

Itinerante de Portinari

Após passar por Recife, Salvador e Curitiba e ser vista por um público em torno de 50 mil pessoas, chega ao Rio a exposição inédita “Portinari – A construção de uma obra” na CAIXA Cultural, Centro. Com entrada franca, a exposição poderá ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. Na abertura oficial para convidados, que acontece dia 02 de maio, às 19h, os frequentadores do espaço terão a chance de participar de uma visita guiada com o curador Luiz Fernando Dannemann. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

 

A mostra reúne cerca de 70estudos, pinturas e obras do pintor, muralista e desenhista, que conquistou reconhecimento internacional retratando o cotidiano do país e a desigualdade social, com atualidade surpreendente. Também fazem parte da montagem 12 esculturas criadas pelo artista plástico Sérgio Campos, que reproduzem personagens de importantes obras de Portinari.

 

Segundo Dannemann, os trabalhos reunidos mostram o processo criativo do artista, ilustrando sua trajetória. “É uma exposição específica da construção da obra de Portinari, que mostra estudos, esboços e desenhos de grandes obras do artista”, comenta o curador. “São pedaços preciosos de um artista singular, de quem buscou originalidade na própria poesia do homem”. Entre eles, há estudos para o painel Guerra e Paz, que Portinari criou para a sede da ONU, em Nova York, entre 1952 e 1956.

 

Um dos grandes temas da obra do artista é a desigualdade social, revelada no registro do cotidiano, como em “Grupo com homem doente” e “Menino morto”, por exemplo. “Portinari era um ‘cronista’ que, ao invés de escrever, pintava as desigualdades, as efemérides”, diz o curador. “Os Retirantes” é a realidade do Brasil, pessoas que iam para as grandes cidades buscando melhores oportunidades. E muitas dessas obras continuam atuais, a crítica, a crônica, porque ainda vivemos em um país de desigualdade social”.

 

 

Esculturas

 

As esculturas de Sergio Campos contracenam com as obras de Portinari na mostra. Campos finalizou o planejamento do próprio artista plástico, que queria transformar suas figuras em esculturas. O Rio de Janeiro recebe 12 trabalhos, revelando uma tridimensionalidade da visão de Portinari. “Ele pretendia eternizar alguns de seus personagens em bronze. Como morreu prematuramente, aos 59 anos, não conseguiu concluir este projeto”, explica Dannemann. “Sergio Campos, membro da família do pintor, decidiu finalizar a ideia, criando esculturas fidedignas em cada detalhe”.

 

 

Sobre os artistas 

 

Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903, em Brodowski, interior de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, teve uma infância humilde e recebeu apenas a instrução primária. Desde criança manifestou sua vocação artística, começando a pintar aos nove anos. Estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro e visitou países como a França e a Itália, onde concluiu os estudos. Em 1935 recebeu em Nova York um prêmio por sua obra “Café”, que o projetou para o mundo. Faleceu em 1962, tendo como causa aparente uma intoxicação causada por química presente nas tintas.

 

Sergio Campos – Desenhista, pintor e escultor, é formado pela Escola de Belas Artes da UFMG. Criou técnica para construção de esculturas em aço e cobre e executou monumentos públicos de grande porte. Estudou pintura mural e escultura em bronze com o italiano Franco Cerri. Seus desenhos, desde os primeiros, tem uma alta tensão de músculos retesados, de veias saltando, um quê de flerte com os personagens de Portinari.

 

 

 

De 02 de maio a 1º de julho.

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