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AGENDA CULTURAL

JASPER JOHNS – PARES TRIOS ÁLBUNS

O Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP e a Universal Limited Art Editions, apresentam “Pares Trios Álbuns”, exposição individual de técnicas gráficas de Jasper Johns, um verdadeiro panorama da obra do artista, com cerca de 70 peças concebidas a partir da década de 1960. Técnicas fundamentais na experiência pictórica do artista, que mantém, pela ULAE, uma impressora dentro de seu ateliê, a gravura teve início com as litografias produzidas a partir de 1960, quase imediatamente após sua histórica exposição individual de pintura, na Leo Castelli Gallery, em 1958, considerada seminal da pop art, e a coletiva “16 Americans”, no MoMA, em 1959.

 

A mostra, com curadoria de Bill Goldston, revela as experiências de Jasper Johns com litogravura, gravura em metal e serigrafia enfatizadas pelo universo gráfico presente em suas obras, objetos banais, como bandeiras, números, letras, targets, mapas, etc. Segundo Tony Towle, poeta e antigo administrador da ULAE, que assina o texto do catálogo da exposição, “…os aspectos de adição e transformação, contidos no procedimento da litografia, influenciaram a maneira de pensar de Johns”. Ao artista interessava um novo ponto de vista sobre as coisas vulgares, como dizia, pelo fato de “uma coisa não ser o que é, de ela se tornar qualquer coisa diferente”. Artista precursor da arte pop, ao lado de Robert Rauschenberg (também apresentado no Instituto em 2009), de quem foi inicialmente vizinho e amigo, Jasper Johns é protagonista e testemunha viva de um período da arte do século XX que, após o expressionismo abstrato, provocou as rupturas que até hoje pautam o pensamento contemporâneo.

 

Nas pinturas de Jasper Johns figuram símbolos populares e, ao mesmo tempo, constituem um aglomerado de pigmento ou cera movimentado pelo gesto do artista, resultando em trabalhos em que os desenhos parecem saltar para fora das telas. Em suas gravuras, “as variações de cor e os modos de impressão combinados a partir de cada conjunto de matrizes deixam claro que o que vemos ao final são figuras e, também, são camadas de material pictórico manipulável como parte de uma experiência artística”, explica Paulo Miyada, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake.

 

“A melhor crítica de uma figura é outra figura”, dizia Johns. Há 50 anos, Tatyana Grosman, fundadora da ULAE, o convidou a produzir litografias, pois apostava que a técnica poderia acrescentar outra dimensão à sua obra, que evoca figura e procedimento. O conjunto de trabalhos reunido nesta exposição atesta o que a editora vislumbrava nos anos iniciais da carreira do artista. O artista vive e trabalha em Nova York.

 

De 19 de junho a 26 de agosto.

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