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Lume exibe Alberto Ferreira

A Galeria Lume, Jardim Europa, São Paulo, SP,  exibe “O Olhar é o que Fica”, exposição do fotógrafo Alberto Ferreira, com curadoria de Diógenes Moura. Composta por 23 fotografias em preto e branco – das quais 20 nunca foram expostas -, a mostra retrata o Brasil dos anos 1950 a 1970: o Carnaval, o Rio de Janeiro e cenas do cotidiano da cidade, além de autorretratos do artista.

 

“O rei se curva ante a dor que o Brasil todo sentiu”. Com esta imagem do exato momento em que Pelé sofreu a contusão na Copa do Mundo do Chile (1962), publicada no Jornal do Brasil, Alberto Ferreira dava os primeiros sinais de uma carreira que lhe traria grande sucesso. Reconhecido mundialmente pela cobertura de eventos esportivos, Alberto Ferreira encontrava-se mergulhado no universo da fotografia documental, registrando detalhes dos locais por onde passou entre as décadas de 1950 e 1970. Para esta exposição, foram selecionadas fotografias de séries diferentes, entre as quais destacam-se Rio de Janeiro – com cenas corriqueiras da cidade, como um grupo de jovens trocando o pneu do carro, um homem arremessando um balde d’água em frente ao Morro do Castelo, garotas em traje de banho, entre outras -, Autorretratos – série na qual Alberto Ferreira, sempre muito elegante, posa para sua própria câmera. Em uma das fotografias, o fundo é o Estádio do Maracanã, local que considerava seu templo, por ser onde fez a famosa imagem da bicicleta de Pelé, em 1965 -, e Carnaval – em que o fotógrafo acompanha de perto os movimentos das mulatas sambando. Ícone na história do fotojornalismo brasileiro, Alberto Ferreira criou fotografias que carregam em si muito mais que a estética documental. “Nesse jogo de espelhos nunca abstrato, no tempo compacto, o fotógrafo lê a cidade como a página de um livro aberto (…)”, comenta o curador Diógenes Moura.  A coordenação é de Paulo Kassab Jr. e Felipe Hegg.

 

 

Sobre o artista

 

Nasceu na Paraíba em 1932. Trabalhou por 25 anos no Jornal do Brasil, onde ocupou o cargo de editor de fotografia entre 1966 e 1988. Recebeu o Prêmio Esso de Fotografia, em 1963, com a foto “O rei se curva ante a dor que todo o Brasil sentiu”, registro da contusão sofrida por Pelé durante o jogo contra a Tchecoslováquia na Copa do Mundo de 1962, no Chile. Em 1965 faria outro importante registro do rei, dessa vez uma majestosa bicicleta em jogo contra a Bélgica no Estádio do Maracanã, imagem que seria utilizada em selos dos Correios e que faz parte da coleção da Maison Européene de La Photographie, instituição que o considera como um dos maiores fotógrafos do século XX, ao lado de nomes como Robert Doisneau, Edouard Boubat, Pierre Verger e Cartier Bresson, entre outros. Alberto Ferreira faleceu em 2007, no dia em que completava 75 anos de idade.

 

 

Até 27 de março.

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