ANTONIO BERNI (1905, Rosário, Argentina - 1981, Buenos Aires, Argentina)

BIOGRAFIA:

Entre 1914 e 1915 iniciou-se no desenho e em 1919 pintou suas primeiras paisagens. Um ano depois expôs no Salão Mary y Cía. de Rosario. Em 1924 participou do Salão Nacional de Belas Artes. Seguiu em 1926 para Paris, onde estudou com André Lhote e Othon Friesz. Tornou-se amigo de escritores, entre eles Leopoldo Marechal e Louis Aragón. Ainda na década de 20, viajou pela Itália - Florença, Arezzo, Assis -, Bélgica e Holanda. Em 1931 voltou a se estabelecer em Rosário, quando aderiu ao Partido Comunista e começou a se interessar pela fotografia. A partir de 1937 dedicou-se também ao magistério de arte. Influenciado inicialmente pelo surrealismo - Breton e De Chirico - interessou-se mais tarde pela gravura e pela colagem, técnicas que marcaram quase toda sua obra posterior. Viajou pelos Estados Unidos, onde pintou telas baseadas numa crua visão da marginalidade, das hipocrisias sociais e obsessões sexuais. Expôs amplamente na Europa, na América Latina e nos Estados Unidos. Retrospectivas de sua obra foram realizadas em 1977, no Museu de Belas Artes de Caracas, e em 2005, ano de seu centenário, no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires. Sua obra também foi exposta no Brasil, a exemplo da mostra de suas gravuras no Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, em 2007. A seu respeito escreveu Jorge López Anaya: “Desde un cierto rigor hipotético, no hay dudas de que soportó con audacia e inteligencia, por una razón que puede llamarse ‘entrópica’, la pertenencia a su época, que fue violentamente variable y políticamente conflictiva: ante ella el artista fue absolutamente responsable. Nó só se trata de pintar bien. Es necesario algo más; es imprescindible la moral del artista, es importante no darse tregua. Se debe ser - como dice Octavio Paz - santo y libertino.”

REFERÊNCIA:

Antonio Berni, Banco Velox, 1997, texto de Jorge López Anaya; Arte na América Latina, Cosac & Naify, 1997, de Dawn Ades; Pintura latinoamericana, Fundação Finambrás, 1999, textos de Aracy Amaral, Roberto Amigo e outros; Twentieth-Century Art of Latin America, University of Texas Press, Austin, USA, de Jacqueline Barnitz, 2001.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin/Renato Rosa