ARTHUR LUIZ PIZA (1928, São Paulo, SP )

BIOGRAFIA:

Em São Paulo estudou pintura com Antônio Gomide. Os estudos de gravura se deram com Friedlaender, em Paris, a partir de 1953. Dedicou-se logo depois à aquarela e à colagem. Participou diversas vezes da Bienal de São Paulo com várias premiações. Na França, participou do Salão de Maio (1953, 1956, 1958 e 1965) e da Bienal de Paris. Marcou presença na Bienal de Veneza em 1966. Foram numerosas suas participações em salões e coletivas de âmbito nacional e internacional, bem como suas exposições individuais pelo mundo: Nova York, Paris etc. No livro A criação plástica em questão, declarou o artista: "Gravar para mim é rasgar, cortar, desarraigar uma superfície que resiste. E quanto mais resiste, mais decisiva será a marca deixada. Mais tarde, na tiragem da prova, este ato de cavar resulta em relevo, o qual receberá o papel. Todo o instrumento convém a esta agressão: buril, goiva, prego, martelo... Minha experiência pessoal dá preferência a toda sorte de goivas manejadas a martelo. Cada golpe de goiva é definitivo como o som de um instrumento." Entre dezembro de 1998 e janeiro de 1999, expôs no Instituto Moreira Salles, São Paulo; em 2002, na Márcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte, Rio de Janeiro.

REFERÊNCIA:

A gravura brasileira contemporânea (Expressão e Cultura, 1966), de José Roberto Teixeira Leite; A criação plástica em questão (Vozes, 1970), de Walmir Ayala; Arte como medida (Perspectiva, 1982), de Sheila Leirner; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende; Arthur Luiz Piza (Cosac & Naify, 2002).

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin