BRUNO GIORGI (1905, Mococa, SP - 1993, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Em 1911 transferiu-se com a família para a Itália. Primeiros estudos de escultura em Roma, em 1920. Em Paris, 1935, recebeu orientação de Maillol e freqüentou a Academia Ranson. Em 1939, já em São Paulo, montou ateliê com o escultor Joaquim Figueira. Em 1942 fixou-se no Rio de Janeiro, onde realizou o Monumento à Juventude para o edifício do Ministério da Educação e Saúde. Participou da Bienal de Veneza de 1950 e da Bienal de São Paulo em 1951, 1953, 1957 e 1967, com prêmio de melhor escultor nacional em 1953 e sala especial em 1967. Em 1985 a Galeria Skultura, de São Paulo, realizou exposição comemorativa de seus 80 anos. Mostras mais recentes: Bruno Giorgi & Brecheret, Skultura Galeria de Arte, São Paulo, 1994; Galeria de Arte Roberto Albán, Salvador, 1995; Bruno Giorgi: desenhos de um escultor, Solar Grandjean de Montigny/PUC, Rio de Janeiro, 2002; Bruno Giorgi, comemorativa do centenário do artista, Galeria Pinakotheke Cultural, Rio de Janeiro, 2005. Em monografia publicada em 1959 pelo Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, o poeta Dante Milano escreveu: “Em vez da massa compacta, o desenho esculpido, como que fugido de um baixo-relevo. Nenhuma tortura física ou intelectual, em sua arte. Nenhuma deformação arbitrária ou contorção forçada. Em vez da fixidez, o desenho em movimento.”

REFERÊNCIA:

Arte e polêmica (Guaíra, 1942), de Luís Martins; A cultura brasileira (3.ª ed. Melhoramentos, v. 2, 1958), de Fernando de Azevedo; Bruno Giorgi (MEC, 1959), de Dante Milano; Mundo, homem, arte em crise (Perspectiva, 1975, p. 231-236), de Mário Pedrosa, organização de Aracy Amaral; De corpo inteiro (Artenova, 1975), de Clarice Lispector; De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; Bruno Giorgi (Art/Record, 1980), texto de Ferreira Gullar; Um século de escultura no Brasil (MASP, 1982), textos de P. M. Bardi e Jacob Klintowitz; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Em torno da escultura no Brasil (Sudameris, 1989), de P. M. Bardi; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986), Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995) e Monumentos urbanos: obras de arte na cidade do Rio de Janeiro (Prêmio, 1999), de Frederico Morais; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boavista, 1994); Acadêmicos e modernos: textos escolhidos III (Edusp, 1998), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz; Bruno Giorgi: 1905-1993 (Metalivros, 2001), organização de Piedade Grinberg; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff; Homenagem aos mestres: esculturas na USP (Edusp, 2003), organização de Maria Cecília França Lourenço; Escultores esculturas (Pinakotheke, 2003), de Olívio Tavares de Araújo; Bruno Giorgi: 1905-1993 (Pinakotheke, 2005), textos de Ferreira Gullar e outros.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin