INIMÁ JOSÉ DE PAULA (1918, Itanhomi, MG - 1999, Belo Horizonte, MG)

BIOGRAFIA:

Antes de transferir-se para o Rio de Janeiro no início dos anos 40, residiu três anos em Juiz de Fora. Residiu mais tarde em Fortaleza (CE), ligando-se ao grupo de pintores locais, ao lado de Antonio Bandeira, Aldemir Martins e Jean-Pierre Chabloz. De volta ao Rio de Janeiro em 1948, com o apoio de Portinari realizou a primeira individual. Em 1952 conquistou o prêmio de viagem à Europa do Salão Nacional de Arte Moderna. Viajou então para Paris, onde estudou com André Lhote. De volta ao Brasil, dedicou-se também ao magistério de arte. Realizou diversas individuais e participou de inúmeras coletivas no Brasil e no exterior. Em 1998, no Rio de Janeiro, o Museu Nacional de Belas Artes realizou uma retrospectiva de sua obra em comemoração aos seus oitenta anos de vida. Analisando a obra de Inimá num paralelo com a de Guignard, Frederico Morais escreveu: "A pintura de Guignard é transparente e cheia de delicadezas tonais, a de Inimá é espessa, transbordante e capitosa."

REFERÊNCIA:

Diário de bolso (Ebrasa, 1970), Artistas brasileiros: acervo do Grupo Sul América de Seguros (Colorama, 1975), O Brasil por seus artistas (MEC, 1979) e Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre Inimá de autoria de Ruy Sampaio; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Inimá: o fauve brasileiro (Leo Christiano, 1987), Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Inimá: uma biografia (edição do autor, 1999), de Renato Sampaio; Coleção Aldo Franco (Pinakotheke, 2000), de Jacob Klintowitz.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin