ARPAD SZENES (1897, Budapeste, Hungria - 1984, Paris, França)

BIOGRAFIA:

Estudou na Academia de Belas Artes de Budapeste. Depois de algumas viagens de estudos a Berlim, Florença e Roma, fixou-se em 1925 em Paris, onde estudou com Lhote, Léger e Bissière. Em companhia de sua mulher, a pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, fugindo às tropas nazistas, chegou ao Brasil em 1940. Viveram no Rio de Janeiro até 1947. Na opinião de Walmir Ayala, "a presença do casal foi marcante no ambiente artístico carioca, servindo de modelo de vida e ofício, além de enriquecer as discussões modernistas com a experiência e o estofo teórico de uma vivência internacional." Para Rubem Navarra "a pintura de Szenes começa por ser, antes de tudo, uma lição moral. (...) A sua vida tem sido igual à de tantos refugiados de guerra. Se atravessou o fogo dessa dura experiência, foi graças à sua visceral honestidade artística, à sua vocação para a arte e todos os sacrifícios que ela exige." Em 1997, o Museu da Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, realizou uma exposição das obras do casal, composta sobretudo de retratos. Ainda no Brasil, duas grandes mostras reuniram a obra de Arpad e Vieira da Silva: 2000, Pinacoteca do Estado de São Paulo; 2001, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro.

REFERÊNCIA:

Ecole de Paris (New York Graphic Society, 1960), de Raymond Nacenta; L'Art abstrait (Librairie Générale Française, 1967), de Dora Vallier; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985); Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Política das artes: textos escolhidos I (Edusp, 1995, pp. 233-4), de Mário Pedrosa, organização de Otília Arantes; Cecília Meireles: obra em prosa (Nova Fronteira, 1998, v. 1, crônicas em geral, t. 1), apresentação e planejamento editorial de Leodegário A. de Azevedo Filho; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin