CARLOS AUGUSTO DA SILVA ZÍLIO (1944, Rio de Janeiro, RJ )

foto do artista

Texto: Arquivo/Galeria Raquel Arnaud

BIOGRAFIA:

Pintor e professor de arte. De 1963 a 1965, estudou pintura com Iberê Camargo no Instituto Brasileiro de Arte. Entre 1976 e 1980, residiu em Paris. Participou das mostras Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira (1967), e do Salão Nacional de Arte Moderna (1966, 1973), da IX Bienal de São Paulo (1967) e da X Bienal de Paris (1977). Em 1982, publicou o livro A querela do Brasil: a questão da identidade da arte brasileira: a obra de Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari: 1922-1945. Em 1983, assinou a coordenação do livro A modernidade em Guignard. Realizou várias individuais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 1996, inaugurou mostra retrospectiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, apresentada no ano seguinte no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Suas exposições mais recentes no Rio de Janeiro tiveram lugar no Centro de Arte Hélio Oiticica e Galeria Anna Maria Niemeyer, em 2000, e na H.A.P. Galeria, em 2003. Wilson Coutinho escreveu sobre Zilio: "Traidor dos estertores do modernismo - ou melhor, do incipiente pós-modernismo - Zilio voltou, depois de uma estada em Paris, às origens do modernismo. E nele a origem era a tela e o seu problema, o plano. Até chegar ao seu peculiar método pictórico, Zilio resolveu aprender a mexer nos pincéis, com a autoridade de Paul Cézanne como guia espiritual. Não era nada revolucionário nem uma bomba nos museus. Ao contrário, era sulcar a tradição modernista, sem garantias de que pudesse obter boa colheita. Dos anos 80 até a exposição, em 1992, no Paço Imperial, Zilio foi um vampiro de métodos." (O Globo, 11 abril 1996).

REFERÊNCIA:

História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Acervo Banco Chase Manhattan (Index, 1989), texto de Pietro Maria Bardi; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin