CILDO CAMPOS MEIRELES (1948, Rio de Janeiro, RJ )

BIOGRAFIA:

Estudou com Felix Barrenechea em Brasília (1963). Residiu também em Goiânia e em Belém. No Rio de Janeiro, estudou na Escola de Belas Artes e no ateliê de gravura do Museu de Arte Moderna. Realizou sua primeira individual (de desenho) no Museu de Arte Moderna da Bahia, em meados dos anos 60. Residiu em Nova York de 1971 a 1973. Entre as diversas individuais que realizou no Brasil e no exterior, podemos destacar: Pinacoteca do Estado de São Paulo (1978), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1984), as retrospectivas no Museu de Valencia, Espanha (1995), no Institute of Contemporary Art, Boston e Nova York, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2000). Também participou de bienais (Veneza, em 1976, Sydney, em 1984, São Paulo, em 1989), da Documenta de Kassel (Alemanha, 1992 e 2002), entre outras mostras do circuito internacional. A respeito de seu trabalho, Frederico Morais comentou em 1983: "Seus objetos são, originalmente, perfeitamente banais, ou familiares. Eles estão aí, no mundo, na rua, na casa. Mas um pequeno acréscimo ou um pequeno deslocamento no seu uso ou função e eles ganham um novo significado. (...) Cildo, que ama a física e a matemática, trabalha com paradoxos, com pequenos acréscimos irônicos, que impõem uma nova leitura da realidade." Sobre sua obra foram realizados o filme Cildo Meireles (1979), de Wilson Coutinho, e o vídeo Derrapagem no éden (1996), de Arthur Omar.

REFERÊNCIA:

Cildo Meireles (Funarte, 1981), textos de Ronaldo Brito e Eudoro Augusto Macieira de Souza; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Artistas brasileiros na 20.ª Bienal de São Paulo (Marca D'água, 1989), organização de Stella Teixeira de Barros; Acervo Banco Chase Manhattan (Index, 1989), texto de Pietro Maria Bardi; Crônicas de amor à arte (Revan, 1995, p. 103-105) e Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Biblioteca Nacional: a história de uma coleção (Salamandra, 1997), de Paulo Herkenhoff; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duarte; Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2. ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros; Cildo Meireles (Phaidon, 1999), de Dan Cameron e outros; Em busca do povo brasileiro: artistas da revolução, do CPC à era da tv (Record, 2000), de Marcelo Ridenti; Cildo Meireles (Cosac & Naify, 2000), textos de Paulo Herkenhoff, Cildo Meireles e outros; Marcantonio Vilaça (Cosac & Naify, 2001).

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin