DÉCIO LUIS VIEIRA (1922, Petrópolis, RJ - 1988, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Realizou seus primeiros estudos de arte com Axel Leskoschek e Fayga Ostrower. Com Fayga trabalhou em estamparia de tecidos, de 1954 a 1962. Trabalhou também com Volpi. Participou das mostras do Grupo Frente (1952 a 1956) e das exposições de Arte Concreta em São Paulo (1956) e no Rio de Janeiro (1957). Em 1960, expôs na Konkrete Kunst (Arte Concreta), em Zurique. Participou do Salão Nacional de Arte Moderna (isenção de júri em 1965), da Bienal de São Paulo (1955, 1961, prêmio de aquisição em 1965, sala especial em 1987). Nos anos 70 foi professor do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro nos cursos dirigidos por Frederico Morais. Orientado por Ivan Serpa, com Dulce Vieira realizou uma escolinha de arte para crianças na Rocinha. Em 1992, realizou-se uma mostra retrospectiva de sua obra na Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade, Funarte, Rio de Janeiro. Wilson Coutinho, em texto dos anos 80, escreveu: "Depois de um retorno na paisagem e na figura, Décio Vieira aparece mostrando libertas construções, de clima mais lírico e envolvido em produzir ritmos cromáticos através de uma série de triângulos dispostos sobre a tela. Em algumas obras, Décio Vieira ensaia de superar a influência, radicalmente visível, buscando um universo próprio ou procurando dissolver algumas pirâmides de triângulos, construindo formas circulares."  

REFERÊNCIA:

História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Etapas da arte contemporânea (Nobel, 1985), de Ferreira Gullar; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Arte construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coordenação editorial de Aracy Amaral; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), de Paulo Herkenhoff.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin