FRANCESCO MANNA (1879, Sicília, Itália - 1943, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Era ainda criança quando sua família transferiu-se para o Brasil, fixando-se em Porto Alegre, em 1888. A pobreza da família o destinou inicialmente a trabalhos como engraxate, vendedor de jornais e bilhetes de loteria etc. Em 1896 passou a ter aulas de pintura com Romoaldo Pratti. De 1902 a 1903, residiu em Roma, onde estudou pintura na Academia de Belas Artes. De volta ao Brasil, matriculou-se como aluno livre da Escola Nacional de Belas Artes, onde teve como professores Zeferino da Costa, Henrique Bernardelli e Baptista da Costa. Em 1908, expôs 100 quadros na Galeria Rembrandt, no Rio de Janeiro. Participou da Exposição Geral de Belas Artes, tendo conquistado menção honrosa em 1906, grande medalha de prata em 1909 e prêmio de viagem ao estrangeiro em 1910, este último anulado por conta de uma campanha de seus inimigos, sob a alegação de que o artista não tinha nacionalidade brasileira. Mais tarde, como meio de subsistência, foi desenhista do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista e auxiliar de Helios Seelinger nas decorações do Clube Naval do Rio de Janeiro. Em 1982, sua obra integrou a mostra 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira, no Museu Nacional de Belas Artes.

REFERÊNCIA:

Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929), de Gonzaga Duque; Primores da pintura no Brasil (1941), de Francisco Acquarone e A. de Queirós Vieira; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; Artes plásticas no Rio Grande do Sul (Globo, 1971), de Athos Damasceno.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin