ISABEL PONS (1912, Barcelona, Espanha - 2002, Rio de Janeiro, RJ)

BIOGRAFIA:

Gravadora, desenhista e pintora, de 1925 a 1930 estudou na Escola de Belas Artes de Barcelona. Na mesma cidade, freqüentou ainda o Real Círculo Artístico. Em 1948 transferiu residência para o Brasil. Fixando-se no Rio de Janeiro, naturalizou-se brasileira em 1958. Em 1959 estudou com Friedlaender no Museu de Arte Moderna. Marcou presença no Salão Nacional de Arte Moderna (isenção de júri em 1960), na Bienal de São Paulo (com destaque para o prêmio de melhor gravador nacional em 1961 e para a sala especial em 1963), nas bienais Interamericana do México (medalha de ouro em 1960), Veneza (prêmio Fiat em 1962), Cracóvia (primeiro prêmio de gravura em 1966), entre outras. Realizou individuais em várias capitais brasileiras e no exterior: Espanha (Barcelona, Pamplona e Madri), Itália (Roma, Milão e Veneza), Austrália (Canberra), Estados Unidos (Nova York e Washington), Alemanha (Berlim) etc. Em 1995, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou a mostra Isabel Pons: 50 Anos de Brasil, que seguiu depois para o Museu de Arte de Brasília (DF) e para o Museu Diocesat da Pia Almoina, de Barcelona (Espanha). Em 1963, observava a seu respeito Antonio Bento: "Pela originalidade de sua visão artística, pela validade de suas pesquisas técnicas e artesanais, Isabel Pons desempenha aqui, no campo da gravura, um papel semelhante ao de Tapies, na pintura espanhola informal da atualidade." Sua obra integra o acervo de museus brasileiros e estrangeiros.

REFERÊNCIA:

A gravura brasileira contemporânea (Expressão e Cultura, 1966), de José Roberto Teixeira Leite; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d'Horta, organização de Vera d'Horta.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin