JOÃO CÂMARA FILHO (1944, João Pessoa, PB )

BIOGRAFIA:

Pintor e gravador, fixou-se no Recife em 1955. A partir do anos 60, participou de muitos salões e bienais em âmbito nacional e internacional, com destaque para a Bienal de São Paulo (1994). Realizou também numerosas individuais, entre as quais devemos destacar: 1993/1994, Maison de l'Amerique Latine, Paris; 1994, Museu Charlottenborg, Copenhague (Dinamarca); 1995, Dan Galeria e Museu de Arte Contemporânea Ibirapuera, São Paulo; 1999, Dan Galeria, São Paulo; 2002, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Analisando a figura humana na obra de João Câmara, Almerinda da Silva Lopes escreveu em 1996: "Confere a seus retratados uma fatura bastante pessoal, o que lhe dá o status de retratista inovador. Imprime a essas obras uma expressão plástica inconfundível que vai buscar, ao longo de sua caminhada artística, nas diferentes vertentes estéticas de um passado remoto ou próximo. Revisita a história, tomando, sem constrangimento, emprestados de um Cézanne, Picasso, Kirchner, Grosz, Beckmann, Dix, Bacon, os elementos pictóricos que considera mais adequados aos seus propósitos estéticos e críticos que, depois de transformados ou alterados, permitem-lhe representar realidades visíveis e invisíveis, com intensa curiosidade intelectual e artesanal."

REFERÊNCIA:

Cenas da vida brasileira: 1930/1954 (Prefeitura da Cidade do Recife/Fundação Roberto Marinho/Grupo Othon, 1980) e Dez casos de amor e uma pintura de Câmara: teoria e corpo do pintor secreto (JBS Murad Propaganda/Fundação Roberto Marinho/Lastri S.A., 1983), de Frederico Morais; Seis décadas de arte moderna na coleção Roberto Marinho (Pinakotheke, 1985), texto sobre João Câmara de autoria de Ruy Sampaio; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; João Câmara (SESC-SP/Museu Charlottenborg, 1993), de Jacob Klintowitz; João Câmara (Edusp, 1996), de Almerinda da Silva Lopes; Originais, modelos, réplicas (s. e., 1998), de João Câmara; Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende; Relâmpagos: dizer o ver (Cosac & Naify, 2003), de Ferreira Gullar.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin