MARY VIEIRA (São Paulo, SP, 1927 - Basiléia, Suíça, 2002)

foto do artista

Texto: Internet/Divulgação

BIOGRAFIA:

Escultora, professora.

Cursou desenho e pintura com Guignard na Escola de Belas Artes de Belo Horizonte, em 1944. Estudou também escultura com Franz Weissmann e com Amilcar de Castro. Realizou pesquisas sobre o movimento e a dinâmica das formas e produziu, em 1948, suas primeiras esculturas eletromecânicas e um conjunto de trabalhos em madeira intitulados “Multivolumes”. Produziu, a partir de 1949, os primeiros Polivolumes. Em 1951, passa a residir na Suíça, onde recebeu orientações e aperfeiçoamento com Max Bill. Convidada por Max Bill, participou na Suíça, em 1954, da última exposição do Grupo Allianz, constituído por artistas voltados a tendências construtivistas. Nesse ano, inicia atividades em design gráfico, e cria, entre outros trabalhos, o cartaz para a mostra Brasilien Baut (Brasil Constrói), realizada em Zurique, na qual participa com oito obras. Em 1965, realiza 5 mil exemplares do “Polivolume: Disco Plástico”, para uma loja de departamentos de Zurique: sua produção permite e solicita a seriação. A partir de 1966, torna-se professora da Escola Superior de Arte, Técnicas de Planejamento Gráfico e Desenho Industrial, da Universidade da Basiléia, Suíça. Em 1970, é realizada uma retrospectiva de seus “Polivolumes” na 35ª Bienal de Veneza e a partir dessa data, realiza uma série de obras monumentais na Suíça e no Brasil, como o “Polivolume: Ponto de Encontro”, para o Palácio  Itamaraty, em Brasília, DF. Em 1983 recebeu a Comenda de Cavaleiro da Ordem Nacional de Rio Branco. Em 1985 foi lançado selo comemorativo dedicado à artista por ocasião do 40º aniversário do Instituto Rio Branco. Várias de suas obras estão instaladas em locais públicos no Brasil e exterior, como na Praça Rio Branco, em Belo Horizonte, no Parque Ibirapuera, em São Paulo e no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.

Entre 1999 e 2001 executou na Itália o monumento "Libertação: Monovolume e Ritmos Abertos", em homenagem aos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Entre as exposições realizadas, destacam-se as seguintes exibições individuais: 1955 - Neuchâtel (Suíça) - Individual, no Musée d'ethnographie de Neuchâtel; 1956 - Leverkusen (Alemanha) - Individual, no Morsbroich Museum; 1958 - Basiléia (Suíça) - Individual, na Galeria de Arte Moderna; 1959 - Saint Gallen (Suíça) - Individual, no Museu de Arte; 1960 - Leverkusen (Alemanha) - Individual, no Morsbroich Museum; 1961 - Amsterdã (Holanda) - Individual, no Stedelijk Museum,  Amsterdam; 1961 - Basiléia (Suíça) - Individual, no Kusthalle;
1961 - Estocolmo (Suíça) - Individual, no Moderna Museet;
1961 - Pittsburg (Estados Unidos) - Individual, no Carnegie Institute; 1963 - Copenhague (Dinamarca) - Proposta para um Salão II, na Galerie Hybler; 1963 - Paris (França) - Proposta para um Salão I, na Galerie Denise Renée; 1971 - Tel Aviv (Israel) - Individual, no Tel Aviv Museum of Art; 1978 - Brasília DF - Individual, na Galeria de Arte Moderna;
1978 - Basiléia (Suíça) - Polivolumes, na Galeria de Arte Moderna. A obra de Mary Vieira foi focalizada em diversas exposições coletivas tanto no Brasil como no exterior, destacando-se em 2001 - Belo Horizonte MG - Modernismo em Minas: ícones referenciais, no Itaú Cultural; 2001 - Penápolis SP - Modernismo em Minas: ícones referenciais, na Galeria Itaú Cultural;
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: body and soul, no Solomon R. Guggenheim Museum; 2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap; 2002 - São Paulo SP - A Linha Como Estrutura da Forma, no MAM/SP; 2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial; 2002 - Brasília DF - JK - Uma Aventura Estética, no Conjunto Cultural da Caixa; 2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo; 2004 - Belo Horizonte MG - Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no MAP; 2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2005 - São Paulo SP - O Tempo do Movimento, no CCBB.

REFERÊNCIA:

Valladares, Clarival do Prado. Mary Vieira. Projeto construtivo brasileiro na arte (1950-1962). São Paulo: Pinacoteca do Estado; Rio de Janeiro: MAM, 1977. p. 184.; 
Zanini, Walter (org.). História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983. v. 2, p. 660; Mendes, Murilo. Mary Vieira.  Amaral, Aracy (org.). Quatro mestres escultores contemporâneos; Arte e espaço urbano: quinze propostas. Brasília: Fundação Athos Bulcão, 1996. p. 31; Maria Alice Milliet, Mostra do Redescobrimento (2000: São Paulo, SP), Aguilar, Nelson (org.), Sassoun, Suzanna (coord.). Arte moderna. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000. p. 54.; CPDOC/FGV, Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil;  

Texto: Renato Rosa/Bolsa de Arte