MAURÍCIO NOGUEIRA LIMA (1930, Recife, PE - 1999, Campinas, SP)

BIOGRAFIA:

Estudou artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (1947 a 1949), e comunicação visual e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do MASP, em São Paulo (1951 a 1954). Formou-se em Arquitetura pelo Instituto Mackenzie, pós-graduou-se (mestrado e doutorado) em Estruturas Ambientais Urbanas pela USP. Em 1951, incentivado por Leopold Haar, dedicou-se à comunicação visual ao lado de Alexandre Wollner e Antonio Maluf. Aderiu ao Grupo Ruptura e ao Concretismo e mais tarde tornou-se um dos pioneiros da pop-art no Brasil. Participou do Salão Paulista de Arte Moderna (a partir de 1951, com vários prêmios, entre os quais o de pintura, em 1974), da Bienal de São Paulo (a partir de 1955), das exposições de Arte Concreta (MAM-SP, 1956 e 1960; MAM-RJ, 1957 e 1960; Zurique, Suíça, 1960) e das mostras Arte Moderna Brasileira (itinerante pela América Latina, 1957), Nova Objetividade Brasileira (1967), Projeto Construtivo Brasileiro na Arte (1977), Tradição e Ruptura (1984) e Bienal Brasil Século XX (1994) etc. Expôs em São Paulo, na Galeria Mobilínea (1965), no Centro Cultural São Paulo (retrospectiva, 1984), na Sala Mira Schendel (1990) e na Casa das Rosas (1993). Ainda em São Paulo, realizou murais para espaços públicos e exerceu o magistério em diversas universidades.  

REFERÊNCIA:

História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coord. Walter Zanini; Abstracionismo geométrico e informal: a vanguarda brasileira nos anos cinqüenta (Funarte, 1987), Fernando Cocchiarale e Anna Bella Geiger; Sincronias (Edições la Seggiola, 1990), Alberto Beuttenmüller e Domenico Guzzi; Maurício Nogueira Lima (Edusp, 1995); Arte construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner (DBA, 1998), coord. Aracy Amaral; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), Paulo Sergio Duarte; Pintura no Brasil: um olhar no século XX (Nobel, 2000), Daysy Peccinini; Arte brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (A. Jakobsson, 2002), Paulo Herkenhoff.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin