JERÔNIMO JOSÉ TELLES JÚNIOR (1851, Recife, PE - 1914, Recife, PE)

BIOGRAFIA:

Filho de marinheiro, passou a infância no Rio Grande do Sul, na cidade de Rio Grande e posteriormente em Porto Alegre. Consta que em Porto Alegre estudou pintura com Eduardo De Martino por volta de 1869. Tranferindo-se para o Rio de Janeiro, ingressou como aprendiz no Arsenal de Marinha e passou a estudar no Liceu de Artes e Ofícios. Retornando ao Recife, dedicou-se ao magistério na Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais e na Escola de Engenharia de Pernambuco, e foi diretor do Liceu de Artes e Ofícios local. Também dedicado à política, elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte Estadual, em 1891. Nesse mesmo ano, representou a arte pernambucana na Exposição Internacional de Chicago (EUA). Participou do Salão Nacional de Belas Artes (onde obteve menção honrosa em 1906 e medalha de ouro em 1908), e das mostras Exposição Retrospectiva da Pintura no Brasil (1948), Um século de Pintura Brasileira (1952) e 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira (1982), todas no Museu Nacional de Belas Artes. Em 1953, integrou a sala especial A Paisagem Brasileira até 1900, organizada por Rodrigo M. F. de Andrade para a II Bienal de São Paulo. Integra os acervos do Museu Nacional de Belas Artes, do Museu Antônio Parreiras, em Niterói, do Museu do Estado de Pernambuco, em Recife, e da Pinacoteca do Estado de São Paulo.

REFERÊNCIA:

Contemporâneos: pintores e escultores (Benedicto de Souza, 1929), de Gonzaga Duque; Artistas pintores no Brasil (São Paulo, 1942), de Teodoro Braga; História da pintura no Brasil (Leia, 1944), de José Maria dos Reis Júnior; Pessoas, coisas & animais (Globo, 2.ª edição, 1981, pp. 101-119), de Gilberto Freyre; Nordeste histórico e monumental, (Odebrecht, v. 3, 1983), de Clarival do Prado Valladares; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; O Recife revisitado (Edufrn, 2002), de Edson Nery da Fonseca.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin