VICENTE JOSÉ DE OLIVEIRA MUNIZ (1961, São Paulo, SP )

BIOGRAFIA:

Abandonando o curso de publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado, e interessado pelo teatro, viajou em 1982 para os Estados Unidos, onde exerceu várias funções, entre elas as de garçom, frentista e moldureiro. Esta última despertou nele o interesse pelas artes plásticas. Fixou-se em Nova York em 1984, depois de um ano de residência em Chicago. Ainda nos anos 80, esteve em Paris, onde permaneceu um ano e meio. Sobre seu início de carreira escreveu Carlos von Schmidt em 2001: “De volta aos tempos da molduraria, paralelo às pinturas kitsch que fazia para ganhar uns cobres a mais, começou a fazer esculturas, estranhas e incomuns. Foram essas esculturas que abriram-lhe (sic) as portas do circuito de arte nova-iorquino. Fotografá-las para poder mostrá-las a possíveis interessados, levou-o à fotografia.” Suas primeiras individuais datam de 1989: Stux Gallery, em Nova York, e Stephen Wirtz Gallery, em São Francisco. Desde então, expõe sucessivamente em diversos países como França, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Japão, Londres e Estados Unidos. No Brasil, expôs nas galerias Camargo Vilaça, em 1995, 1997, 2000 e 2001, e Fortes Vilaça, em 2003, ambas em São Paulo, e também nos museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Recife, em 2001, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, em 2004, e no Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, em 2005. Entre suas mais importantes mostras, merecem destaque as realizadas em Nova York: a retrospectiva Seeing is believing, International Center of Photography, em 1998, Beyond the edges, The Metropolitan Museum of Art, em 1999, e The things themselves, Whitney Museum of American Art, em 2001. Integrou numerosas coletivas nos últimos anos, e participou das bienais de São Paulo, em 1998, do Whitney Museum, Nova York, em 2000, e de Veneza, Itália, em 2001.

REFERÊNCIA:

Vik Muniz: seeing is believing (Arena, 1998), textos de Charles Ashley Stainback e Mark Alice Durant; Marcantonio Vilaça (Cosac & Naify, 2001); Arte brasileira hoje (Publifolha, 2002), de Agnaldo Farias; Vik Muniz: obra incompleta (Fundação Biblioteca Nacional, 2004), textos de James Elkins, Moacir dos Anjos e Shelley Rice.

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin