WESLEY DUKE LEE (1931, São Paulo, SP )

BIOGRAFIA:

Pintor, desenhista, gravador, artista gráfico e publicitário, dedicou-se também ao magistério de arte. Em 1950, estudou desenho no Museu de Arte de São Paulo. De 1952 a 1957, residiu em Nova York, onde cursou artes gráficas na Parson's School of Design. Em Paris, estudou na Academia da Grande Chaumière e gravura com Friedlaender (1958). Freqüentou, em São Paulo, o ateliê de Karl Plattner, com quem realizou um grande mural no Teatro do Festival de Salzburgo, na Áustria, em 1959. Em 1964, integrou o movimento internacional Phases. Participou da Bienal de São Paulo (1965, 1985 e 1987), da Bienal de Paris (1965), da Bienal de Tóquio (1966) e da Bienal de Veneza (1966 e 1991). Realizou a primeira individual em 1961, na Galeria Sistina, em São Paulo. A partir daí, expôs diversas vezes em São Paulo e no Rio de Janeiro. No exterior, expôs em Milão (Itália 1963), Viena (Áustria, 1964) e Tóquio (Japão, 1965). Realizou retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo (1992) e no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1993). Entre 1999 e 2000, expôs na Galeria de Arte São Paulo. O depoimento é do próprio artista: "A palavra arte é usada para muitos fins, e até pode ser empregada pejorativamente. De minha parte, quando eventualmente digo: isto é a minha arte, significa que atingi uma certa perfeição entre o que tinha na cabeça e o que realizei, ou seja, entre meus pensamentos e sentimentos e a geração da obra. (...) Neste ponto, eu entendo porque o elemento humor é tão importante, quando se fala em arte: ele é que dá um outro pólo para fazer o balanço."

REFERÊNCIA:

Paranóia (Massao Ohno, 1963, 2. ed. Instituto Moreira Salles, 2000), de Roberto Piva, fotografado e desenhado por Wesley Duke Lee; Wesley Duke Lee (Funarte, 1980) e Cartografia anímica: viagem utópica contemporânea de Wesley Duke Lee (Universo, 1980), de Cacilda Teixeira da Costa; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; 100 obras Itaú (MASP, 1985); Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995), de Frederico Morais; Anos 60: transformações da arte no Brasil (Campos Gerais, 1998), de Paulo Sergio Duart

Jessica Morgan and Flavia Frigeri, The ey Exhibition - "The World Goes POP", Tate Publishing, London, England, 2015

Texto: Bolsa de Arte/André Seffrin