34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto

08/nov

Conversa aberta com Philipp Fleischmann

 

09 de Novembro – Sábado – entre 11 e 13h

 

Philipp Fleischmann (n. 1985, Hollabrunn, Áustria) cria obras entre os campos das artes visuais e do cinema. Ele desenvolve uma pesquisa em torno do filme analógico e cria, a cada filme, configurações de câmera site-specific para que o material da filmagem se relacione com o assunto da gravação. Fleischmann vai realizar uma obra inédita para a 34ª Bienal, a partir da arquitetura do Pavilhão da Bienal.

 

Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo

 

Entrada gratuita / 50 vagas (participação por ordem de chegada)

 

Exibindo Cildo Meireles

07/nov

Exposição “Entrevendo – Cildo Meireles”, obedece a curadoria de Júlia Rebouças e Diego Matos e encontra-se em exibição na Área de Convivência, Galpão e Deck do Sesc Pompeia, São Paulo, SP. A mostra abrange obras e projetos desde o início de sua produção, nos anos 1960, até os dias atuais, em diferentes linguagens artísticas e meios de expressão.

 

Cildo Meireles é um artista incontornável para a arte contemporânea brasileira e internacional. Desde suas primeiras obras desenvolvidas em desenho, que datam de 1963, até o presente, Meireles tem engendrado uma produção tão diversa quanto rica, em que proposições conceituais e sua materialização formal se dão em complexa simplicidade. De maneira análoga, as relações entre forma e conteúdo, poesia e política, abstração e figuração engajam de maneira abrangente o público com a experiência artística. Os trabalhos desdobram-se em distintos suportes, sendo amplamente reconhecido por suas instalações, mas também fazendo-se notar por sua obra em desenho, escultura, pintura, trabalhos sonoros, performances, entre outros.

 

A exposição busca elaborar a multiplicidade de acepções da ideia de sentido na obra de Meireles: modalidade de sensações (tato, visão, olfato, paladar, audição), a faculdade de compreender, perceber; tino, senso; pontos de vista; direções, orientações de movimento; significados; alvos, fins, propósitos, o que parece englobar não apenas aspectos conceituais e teóricos concernentes à obra do artista, mas também distintos suportes e linguagens. Os jogos semânticos e as distintas camadas de percepção, sensação e entendimento são caros ao artista, que com sua produção promove imediato engajamento do público e ao mesmo tempo o envolve numa diversificada trama de possibilidades de experiência.

 

Em um espaço de mais de 3000m2, a mostra poderá ser vislumbrada na Área de Convivência, Galpão e Deck. “Entrevendo foi pensada para dialogar com essa condição democrática e generosa que vemos no Sesc Pompeia. É importante apresentar a produção de Cildo Meireles para um público grande e diverso, fazê-lo participar e se engajar com sua obra, em diferentes linguagens, suportes e temas”, diz a curadora Júlia Rebouças. Ela também conta que, durante a curadoria, guiou-se pela ideia polissêmica de sentido associada à obra de Cildo, navegando por conceitos como sensação, compreensão, sinestesia, escala, direção e propósito.

 

Por dentro da exposição

 

Um total de 150 obras, criadas por Cildo entre os anos 1960 e os dias de hoje. “Entrevendo”, a obra que nomeia a mostra, encontra-se exposta na Área de Convivência e convida o visitante a caminhar contra um ventilador de ar quente em uma instalação cilíndrica.

 

No mesmo espaço, está “Amerikkka” (1991/2013), obra inédita no país e que faz nascer uma América a partir de aproximadamente 17 mil ovos de madeira e 33 mil balas de armas de fogo.

 

Outra grande instalação é “Missão, Missões” (Como construir catedrais) (1987/2019), que será apresentada em um novo formato, circular, e pensa os processos missionários de catequização de indígenas a partir de milhares de moedas, ossos de boi, centenas de hóstias. Essas são apenas três de um total de 150 trabalhos fundamentais para compreender a arte brasileira.

Até 02 de fevereiro de 2020.

 

Bruce Conner na Bergamin & Gomide

05/nov

Em sua quarta exposição do ano, Bergamin & Gomide, Jardim Paulista, São Paulo, SP, apresenta uma exposição individual do artista norte-americano Bruce Conner, trazendo mais de 20 obras de arte que ao longo da carreira do artista revolucionaram o cinema e a vídeo arte. Bruce Conner produziu desenhos, esculturas de montagens, pinturas, gravando colagens e fotografias, no entanto, foram seus filmes que definitivamente distinguiram a originalidade de sua obra, sendo reconhecida como uma das figuras mais importantes da contracultura do século XX.

Além de fotografias e desenhos, uma estrutura especial será construída para o filme BREAKAWAY (1966), uma espécie de caixa de instalação dentro da galeria, fornecendo a experiência imersiva ao universo de Bruce Conner. No filme que inspirou o título da exposição, Conner apresenta Toni Basil, sua amiga, dançarina, coreógrafa e cantora, dançando na frente de um fundo preto. Lá, ele implementa zoom estonteante de câmera, efeitos estroboscópicos e cortes rápidos que transformam a coreografia de Basil em um espetáculo psicodélico de movimento pulsante e hipnotizante. Segundo Basil, o filme nasceu de um processo colaborativo, de uma cooperação entre os dois artistas que misturaram os meios de vanguarda social, sexual, artístico e de emancipação. Surgiu como um trabalho híbrido de filme de dança ou cinema de metrô, cinema underground e videoarte, aproveitando as aspirações utópicas que permeiam o pop americano na cultura da década de 1960. A carreira de Toni Basil também vai além de seu desempenho no BREAKAWAY. Ela foi recentemente convidada pelo cineasta Quentin Tarantino a coreografar seu filme “Era uma vez em Hollywood”. Em entrevista ao The New York Times, Tarantino declarou que ele considera Basil a “Deusa do Go-Go”, estilo de dança que nasceu em boates nos anos 1960.

Simultaneamente à exposição “BREAKAWAY” na Bergamin & Gomide, o IMS Paulista – Instituto Moreira Salles – apresentará uma agenda especial de trabalhos dedicada ao corpo de Bruce Conner. O programa inclui palestras com Michelle Silva, do Conner Family Trust, além de retrospectiva de sua filmografia, destacando filmes como A MOVIE (1958), COSMIC RAY (1961), CROSSROADS (1976), entre outros.

 

Sobre o artista

 

Bruce Conner nasceu em 1933, em McPherson, Kansas, Estados Unidos da América. Iniciou sua carreira no final dos anos 1950 como artista multimídia, reconhecido por suas assemblages, esculturas surrealistas, filmes de vanguarda, pinturas, gravuras e desenhos.

Conectado com os movimentos revolucionários e contraculturais do século XX, como os poetas Beat e a cena punk, fez inovações funcionais, geralmente usando montagens de imagens existentes e incorporando música pop em seus filmes. Sua estética única e senso experimentalista inspiraram gerações de cineastas. Embora tenha sido precursor do gênero videoclipe e chamado como “o pai da MTV”, Conner evitou todos os esquemas de classificação sobre sua própria produção artística, e nunca comprometer-se com o mainstream e permanecer leal ao seu visual e conteúdo conceitual. Bruce Conner deixou um legado extenso e realizou ao longo de sua carreira várias exposições coletivas. Recentemente, seu corpo de trabalho foi apresentado em um show retrospectivo no IMS Paulista – Instituto Moreira Salles – apresentará uma agenda especial de trabalhos dedicada ao corpo de Bruce Conner. O programa inclui palestras com Michelle Silva, do Conner Family Trust, além de retrospectiva de sua filmografia, destacando filmes como A MOVIE (1958), COSMIC RAY (1961), CROSSROADS (1976), entre outros. IMS Paulista – Instituto Moreira Salles – apresentará uma agenda especial de trabalhos dedicada ao corpo de Bruce Conner. O programa inclui palestras com Michelle Silva, do Conner Family Trust, além de retrospectiva de sua filmografia, destacando filmes como A MOVIE (1958), COSMIC RAY (1961), CROSSROADS (1976), entre outros. Bruce Conner deixou um extenso legado e participou de inúmeras exposições individuais e coletivas. Recentemente o San Francisco Museum of Modern Art – SFMoMA, MoMA de Nova Iorque e o Museu Nacional Reina Sofia, em Madrid apresentaram exposição retrospectiva de sua obra. O artista faleceu aos 74 anos, em 2008, na cidade de San Francisco, Califórnia.

 

De 05 de novembro a 05 de dezembro.

 

Le Parc & OSGEMEOS no Rio

04/nov

A Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a partir de 06 de novembro “Julio Le Parc & OSGEMEOS”, exposição com curadoria de Pedro Alonzo que dá continuidade ao programa experimental do espaço, cuja vocação é a proposição de diálogos entre diferentes criadores, linguagens e formas de expressão. Tomando a abstração geométrica como eixo central deste encontro, a mostra reúne pinturas e instalações que enfatizam as afinidades criativas destes artistas de gerações distintas. Le Parc – consagrado artista argentino radicado em Paris, pioneiro da Arte Cinética -, exibe obras que vão desde a década de 1950 até as mais atuais, incluindo um grande móbile reflexivo criado em 2018. Por sua vez, OSGEMEOS – artistas paulistanos, donos de um estilo único desenvolvido através de grandes murais e exposições imersivas – apresentam trabalhos inéditos, entre pinturas sobre madeira e uma instalação com vasos de cerâmica.

 

A obra de OSGEMEOS é frequentemente caracterizada por um estilo figurativo arrojado, imediatamente reconhecível, que tem origem em suas pinturas murais nas ruas de São Paulo. No entanto, um olhar mais atento revela também uma atenção especial no emprego da abstração geométrica, presente nos padrões coloridos que estampam seus cenários e as roupas de seus típicos personagens amarelos. Essa desconstrução do trabalho de OSGEMEOS leva a uma aproximação com Julio Le Parc, um artista de uma geração anterior, não apenas no uso da cor e da abstração geométrica, mas também na intenção de romper as barreiras que separam a arte da sociedade. Outras similaridades podem ser observadas nos grandes ambientes imersivos que empregam cor, geometria e elementos em movimento, compartilhadas pelos artistas. Demonstra-se ainda no comprometimento mútuo para engajar o público através de encantamento e surpresa, atenuando o limite entre realidade e fantasia para desafiar sua percepção.

 

Ao estabelecer um diálogo entre Julio Le Parc e OSGEMEOS, é fundamental considerar noções de Arte e Ciência, contemplando a aparente distinção entre a abordagem científica de Le Parc e o processo reconhecidamente intuitivo de OSGEMEOS. Em última instância, a exposição realça as afinidades formais e conceituais que existem entre os artistas, assim como questiona as aparentes distinções entre método científico e o processo artístico. Para obter sucesso na ciência ou na arte, há de se combinar pesquisa, intuição e principalmente a liberdade para experimentação.

 

Sobre os artistas e o curador

 

Julio Le Parc nasceu em Mendoza, Argentina, em 1928. Vive e trabalha em Paris desde 1958. Recentemente, sua obra tem sido o tema de grandes retrospectivas em instituições como o The Metropolitan Museum of Art (Nova York, 2018), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2017); Perez Art Museum (Miami, 2016), Serpentine Galleries (Londres, 2014), Malba (Buenos Aires, 2014), Palais de Tokyo (Paris, 2013). Seus trabalhos estão presentes em diversas coleções, tais como: Albright-Knox (Buffalo), Cisneros Fontanals Art Foundation (Miami), Daros Collection (Zurique), MAM-SP (São Paulo), Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris (Paris), MoMA (Nova York), Tate (Londres), Walker Art Center (Minneapolis).

 

A dupla OSGEMEOS é formada pelos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, nascidos em 1974 em São Paulo, onde vivem e trabalham. Seus projetos recentes incluem exposições individuais em: Frist Art Museum (Nashville, 2019), Hamburger Bahnhof (em colaboração com Flying Steps) (Berlim, 2019), Mattress Factory (Pittsburgh, 2018), Pirelli HangarBicocca (Milão, 2016), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro, 2015), ICA (Boston, 2012). Suas obras estão presentes em coleções importantes ao redor do mundo, como: MOT (Tóquio), Franks-Suss Collection (Londres), MAM-SP (São Paulo), Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro).

 

Pedro Alonzo é um curador independente baseado em Boston. Atualmente curador adjunto no Dallas Contemporary, ele já foi curador adjunto no ICA Boston (2011 – 2013) e no Instituto de Artes Visuais da Universidade de Wisconsin, Milwaukee (1996 -2002). Desde 2006, especializou-se em produzir exposições que transcendem os limites das paredes dos museus e espalham-se pela paisagem urbana, apresentadas em várias instituições como: Museo Tamayo (Cidade do México City), Baltic Centre for Contemporary Art (Newcastle), Pinchuk Art Centre (Kiev), Museum of Contemporary Art (San Diego), MARCO (Monterrey).

 

A exposição conta com a parceria da Galeria Nara Roesler, representante de Julio Le Parc.

 

Até 28 de dezembro.

 

Fundação Iberê Camargo na Feira do Livro

Pela primeira vez, a Fundação Iberê Camargo vai integrar a programação da 65ª Feira do Livro de Porto Alegre, RS, apresentando atividades que marcam um novo reposicionamento do centro cultural e possibilita um encontro entre as mais diversas linguagens. As atividades gratuitas ocorrem nos dias 16, na Fundação, e 17, na Praça da Alfândega. Destaque para a contação de história e oficina de gravura com o artista Xadalu.

 

“Nesta parceria com a Feira do Livro, queremos ampliar nossa atuação e fomentar a cultura por meio da inserção de todas as linguagens artísticas, partindo das artes visuais, passando pelas artes cênicas, pela música até a literatura”, explica Robson Outeiro, superintendente executivo da Fundação Iberê Camargo.

 

Programação

 

Cantos e Acalantos | Contação de História Teatral
Contador: José Mauro Brant (RJ)

 
Quando: 16 de novembro | Sábado | 17h
Local: Fundação Iberê Camargo

 

Entrada franca

 

Em “Cantos e Acalantos”, José Mauro Brant cria uma apresentação inspirada nas primeiras histórias ouvidas na infância e nos acalantos cantados pelas famílias para embalar seus filhos. As músicas folclóricas são mescladas a histórias, como o Negrinho do Pastoreio, João Jil e Surrão Mágico. A ideia do espetáculo é recuperar cantigas, contos tradicionais brasileiros e difundir o livro e a leitura.

 

Brant é ator, cantor, autor e diretor de mais de 80 óperas e espetáculos musicais. Em 1996 estreou “Contos, Cantos e Acalantos”, que deu origem a um CD homônimo, e se apresenta em teatros, escolas e hospitais no Brasil e exterior.

 

Contos indígenas e oficina de gravura em isopor
Artista: Xadalu

 
Quando: 17 de novembro | Domingo | 10h
Local: Praça de Autógrafos – Ciclo Arte na Praça
Classificação etária: 6 a 12 anos

 

Entrada franca

 

 

Os contos, lendas e histórias indígenas estão muito mais presentes em nossas vidas do que imaginamos. Eles trazem valores, como o reconhecimento da sabedoria dos mais velhos e o respeito à natureza. Para aproximar as crianças da cultura indígena, Xadalu apresenta contos e histórias, brinquedos, animais e suas obras.

 

Durante o encontro, os participantes farão uma introdução à técnica da gravura a partir da experimentação, criando suas próprias obras inspiradas nas ilustrações e objetos apresentados, investigando as diferentes possibilidades de representação de imagens.

 

Xadalu é artista visual urbano com uma obra que transita entre intervenções nas ruas e exposições em museus, galerias e centros culturais. Sua produção diversificada mescla as colagens da sticker art a técnicas e linguagens como a serigrafia, a pintura, a fotografia e o objeto.

 

 

Bruno Big no Oi STU Open

Dono de uma forte identidade, com uma linha marcante e espontânea, o artista visual Bruno Big será o responsável por levar cor e arte para o maior evento de skate e cultura urbana da América Latina, o Oi STU Open. Big fará o pôster e toda identidade visual do evento, que acontece de 11 a 17 de novembro, reunindo os melhores skatistas do mundo na Praça Duó, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.

 

A arte desse ano junta o coração com o skate, retratando o amor pelo esporte. “O coração sempre foi um dos temas nos meus trabalhos. Existe muita simbologia em torno desse órgão que faz nosso sangue pulsar. Busquei sintetizar de forma gráfica a paixão pelo esporte, pois não importa se você é competidor profissional, ou se o skate é sua filosofia de vida ou se é apenas o seu rolé no lazer. O importante é saber aproveitar a liberdade que o skate nos proporciona”, afirma Big.

 

Apaixonado pela arte e pela sensação que ela provoca, ao longo de anos de pesquisa, Bruno Big conseguiu desenvolver sua linguagem e estilo próprio e, graças a isso, garantiu o reconhecimento dentro e fora do país. Sua presença nas ruas é marcante. Gosta do desafio e da resposta que ela oferece. A busca pelo espaço a ser pintado, a adaptação a diferentes suportes e a interação das pessoas que circulam nas ruas enquanto ele cria, gera uma energia que é fundamental como artista.

 

Sobre o Oi STU Open

 

O Oi STU Open está ainda maior, se consolidando como um grande festival de cultura urbana. A edição de 2019 terá muitos shows, exposições de arte, talks, moda e gastronomia. O palco STU Music receberá DJs e bandas como DJ Tamenpi, Nomade Orquestra, A Filial, Flora Matos, Black Alien e muito mais, animando os finais de tarde e noites na Praça Duó. Na STU Gallery, uma exposição de Bruno Big.

 

Já na STU Street Fair, marcas urbanas vão levar o estilo das ruas para dentro do festival. Na Oi House, oficinas e workshops completam a programação, que terá, ainda, um complexo gastronômico com muitas opções de food trucks e cervejas artesanais no STU Hangout. Tudo bem a cara do festival, que segue deixando legados tangíveis e intangíveis para a cidade. As obras de restauração das pistas da Praça Duó já estão a todo vapor. Em breve cariocas e skatistas de todo o mundo poderão usufruir da praça, que já um point do skate mundial.

 

Apresentado pela Oi, que assina o naming rights do evento, o Oi STU OPEN é viabilizado pela Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, através da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Conta com o apoio da Vans e TNT Energy Drink, parceria do Canal OFF e Grupo Coruja, além do apoio institucional da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Rioeventos e da Riotur. O Oi STU OPEN é homologado pela Confederação Brasileira de Skate (CBSk), Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e World Skate. A idealização e realização é da Rio de Negócios.

 

Mostra inédita de No Martins

01/nov

A Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Aos que foram, aos que aqui estão e aos que virão”, do artista visual paulistano, No Martins, curadoria de Marco Antonio Teobaldo. O artista aponta o seu interesse para as questões vividas pela população negra no Brasil, cuja perspectiva da desigualdade torna-se material fértil para a sua produção artística. Segundo análise do curador da mostra, “…a violência contra o povo negro que parece nunca ter cessado, é evidenciada na poética de No Martins, que emociona com a força de seu grito silencioso”.

 

Em recente viagem para África, para o programa de residência artística Angola Air, No Martins deu continuidade à pintura dos retratos iniciados no Brasil, da “série Pretos Novos”, em pequenos formatos e que remetem às fotografias 3×4, com rostos de pessoas que ele conheceu e fotografou, cujos ancestrais bantos foram brutalmente mortos e sepultados no Cemitério dos Pretos Novos (1789 – 1830). No Martins desenvolveu uma pesquisa sobre a rota escravocrata a partir do porto de Luanda, que resultou na performance que dá o título desta mostra, “Aos que foram, aos que aqui estão e aos que virão”, na qual ele acende três velas com 1,70 de altura e mais de 50 quilos cada uma, na praia do Museu da Escravatura. Este trabalho é apresentado em vídeo e propõe uma reflexão sobre o passado, presente e futuro, em que nesta linha tênue do tempo, a partida daquelas pessoas escravizadas para as Américas, ainda afeta a vida de seus descendentes nos dois continentes.

 

Na noite da abertura da exposição, ocorreu o debate “Arte Contemporânea de Angola a Diáspora”, que se propõe a gerar um diálogo intergeracional sobre arte contemporânea africana e afrodescendente, no qual foi tratada a relação entre decolonialidade ética e estética. Este recorte atravessa tempo espaço e as próprias lutas, com a participação do artista angolano Kapela Paulo, considerado o papa da Arte Contemporânea em seu país, da artista afro-escocesa Sekai Machache e de No Martins, mediado por Ana Beatriz Almeida, colaboradora da 01.01 Art Platform.

 

 

 

ANIMAL, duas exposições

A Galeria Marcelo Guarnieri apresenta em suas unidades de São Paulo e Ribeirão Preto a exposição “ANIMAL”, com obras de Alfredo Volpi, Ana Elisa Egreja, Ana Paula Oliveira, Claudia Jaguaribe, Cristina Canale, Edu Simões, Eleonore Koch, Ernesto De Fiori, Gabriela Machado, Guima, Guto Lacaz, Ivan Serpa, Julio Villani, Liuba, Luiz Paulo Baravelli, Lygia Clark, Marcelo Grassmann, Marianita Luzzatti, Mario Cravo Neto, Milton Dacosta, Niobe Xandó, Paola Junqueira, Pierre Verger, Ranchinho, Renato Rios, Rodrigo Braga, Rogério Degaki, Silvia Velludo, Siron Franco, Tarsila do Amaral, Tatiana Blass, Thomaz Ianelli, Victor Brecheret, Vincent Ciantar e Yamamoto Masao.

 

A mostra de 2019, dividida nas duas unidades da Galeria, é uma reedição da exposição que ocorreu na galeria de Ribeirão Preto em 2010, com texto de apresentação novamente assinado pela pesquisadora e cientista Anette Hoffmann. A partir da inclusão de novos trabalhos, a reedição pretende ampliar a leitura sobre o fascínio que, em todas as épocas, o animal despertou na mente humana. Poderão ser vistas obras em linguagens diversas como pintura, fotografia e escultura produzidas em um período que compreende meados da década de 1930 até o ano de 2016 em diferentes partes do mundo, do Vietnã de Pierre Verger às Ilhas Galápagos de Claudia Jaguaribe. Os bichos que compõem a mostra se apresentam em múltiplas configurações, de um despojado sapo à giz de cera de um Volpi da década de 1950 a um complexo “Autorretrato como gato coruja” de Luiz Paulo Baravelli.

 

O caráter das relações que se estabeleceram entre o homem e o animal ao longo da história foram das mais diversas. Mágicas, sangrentas, sagradas ou violentas, foram sendo construídas por nós a partir da necessidade de compreendermos a nossa própria humanidade – ou animalidade – e o nosso elo com o divino ou sobrenatural. Do consumo de sua carne, couro e força de trabalho, passando por sua dominação e domesticação progressiva, até a sua clonagem em laboratório, é possível observar uma dinâmica em que o animal ocupa uma posição de subalternidade. No entanto, no imaginário ou até mesmo no cotidiano de muitas culturas, as fronteiras entre o homem e o animal foram frequentemente cruzadas.

 

As obras reunidas na exposição nos convidam a refletir tanto sobre questões ancestrais quanto tecnológicas, nos localizando na iminência de um futuro pós-humano e nos conclamando a rever nosso conceito de humanidade. Anette Hoffmann, em seu texto de apresentação comenta: “como muitos viajantes que no passado aportaram no Novo Mundo, Ivan Serpa constrói um bestiário pessoal, numa espécie de inquietante transgenia poética. Marcello Grassmann percebe o animal como um espelho no qual se refletem as múltiplas facetas de seu próprio ser. Valeu-se desta percepção para desenvolver a capacidade de evadir-se em outras vidas, num procedimento metamórfico capaz de levá-lo ao fundo de si próprio. Dentro de uma concepção anímica, muito presente em sua produção artística, Mario Cravo Neto promove fusões que propiciam ao homem acesso, mediado pelos animais, ao sagrado imanente na natureza.”

 

Em Ribeirão Preto e em São Paulo até 08 de fevereiro de 2020.

 

 Araken expõe com curadoria de Fernando Cocchiarale

31/out

Araken apresenta, no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a partir do dia 06 de novembro e até o dia 05 de janeiro de 2020, sua primeira exposição com trabalhos figurativos. Passada uma década desde a sua última individual, “Mameluco” ocupa três salas com pinturas coloridas em técnica mista de grandes formatos – algumas chegam a medir 5 metros -, esculturas e “penduráveis” (definição do artista para suas instalações). As telas são “povoadas” por tipos populares brasileiros, como negros, índios, caboclos e mamelucos, que dão nome à exposição, tendo como pano de fundo abstrações. Aviador, filósofo, teólogo e arquiteto, além de artista, Araken coordena um grupo de estudo do pensamento brasileiro, o que o influenciou bastante na escolha deste título, uma vez que era o termo empregado na época do Brasil Colônia para designar mestiços de índios com brancos. Ou seja, a origem de toda a miscigenação brasileira.

 

“Um aspecto relevante a ser destacado é o encontro das culturas em novo território. Chegando nestas terras, o conquistador português já encontrou os indígenas, incorporando ao território, logo depois, o trabalho escravo do negro africano. As peculiaridades de cada uma dessas etnias, somadas, gerou uma verdadeira miscigenação cultural, que hoje perfaz concretamente a nossa cultura”, afirma Araken.

 

 

“Confrontado com os tipos populares retratados nas dez pinturas de grandes formatos em exposição, o título da mostra tem sua significação ampliada para além do processo de miscigenação de índios e brancos sugerida pelo título. Muitas dessas telas nos mostram outras formas de mistura étnica que compõem o mosaico populacional brasileiro. Nestas pinturas, negros, índios, caboclos e brancos são frequentemente extraídos e isolados dos contextos histórico-antropológicos específicos em que circulam cotidianamente. A solidão dos retratados nestas telas sugere, por analogia, o isolamento classificatório dos discursos e das ilustrações dos viajantes dos séculos XVIII e XIX”, analisa o curador, Fenando Cocchiarale.

 

 

Sobre o artista

 

 

Transferido para Fortaleza, Ceará, para trabalhar como instrutor de caça de 1972 a 1974, Araken teve contato com artistas locais na Casa de Raimundo Cela e na Galeria Gauguin, como os pintores Giberto Cardoso, Heloísa Jaçuaba, Roberto Galvão e Aderson Medeiros. Lá, faz sua primeira exposição no XXII Salão de Abril, conquistando Prêmio de Aquisição. Em 1974, realiza sua primeira individual, na Casa de Raimundo Cela. Em 1985, participa da coletiva Novíssimos, na Galeria do IBEU, no Rio de Janeiro. Em 1986, individual na Galeria Macunaíma/FUNARTE, RJ. Em 1988, é selecionado para o 1º Salão Baiano de Artes Plásticas (Salvador), integra a coletiva “Composto – 80 Anos de Imigração Japonesa”, na Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) e na Fundação Mokiti Okada (SP). Em 1989, integra a coletiva “Artistas do Rio”, com Daniel Senise, João Magalhães, entre outros, no Museu do Ingá, Niterói. Expõe, em coletiva, no Espace Latin Americain e na Galerie de Nesle, ambos em Paris. Em 1990, expõe na “Quinzaine Brésil”, em Renner, na França, e na “Avant Première” ao 22º Festival de Pintura, na Embaixada do Brasil em Paris e no Chateau-Musée de Cannes-Sur-Mer, França. Participa da mostra “Três Latino-Americanos” (Ramirez, Araken e Fernando Barata), na Galeria Akie Aricchi, e participa da coletiva “Pinturas sobre Papel, Pequenos Formatos” (Araken e Duthoit), ambas em Paris. Retorna ao Brasil neste ano. Em 1991, participa da mostra “Mougins-Prestige, 3º Salon”, em Maire de Mougins, na França. Em 1992, participa da exposição-concurso “L’Art et les Quatre Elements”, na Galerie Akie Aricchi, e da coletiva “Brésil Aujourd’hui”, na Galerie Debret, ambas em Paris. Em 1993, participa da coletiva “O Espaço”, ao lado de Rubens Gerchman e Gustavo Zalamea, na Galeria Toulouse, no Rio. Em 1994, faz parte da coletiva “1994”, no Museu da República. Também participa da coletiva “Brésil: Espace et Couleur”, com itinerância em Bruxelas, Paris, Frankfurt, Porto e Lisboa. Participa da coletiva “Espaço”, ao lado de Barrão, Tozzi, Granato, João Magalhães, Zerbini e Rubens Gerchman, no Espaço Cultural Correios, no Rio. Também participa do 1º Salão MAM-Bahia de Artes Plásticas, em Salvador. Integra a coletiva “Action Painting”, na Galeria Metara. Em 1995, participa da coletiva “Da Cor do Rio”, no Espaço Cultural dos Correios, no Rio. Também realiza uma individual na Galeria Marlene Gastal, em Brasília, com apresentação de Fernando Bicudo. Integra a coletiva “Frente a Frente”, no Centro Cultural Correios. Em 1996, participa do 28º Festival Internacional de Pintura, no Chateau-Musée de Cannes-Sur-Mer, na França. Participa de coletiva itinerante, com mais três artistas (Vergara, Tozzi e Gerchman), na Galeria Casa Grande (Goiânia), Galeria Referência (Brasília), Galeria Toulouse (Rio de Janeiro) e Aeroportos Internacionais de Bra´silia e de São Paulo. Participa da coletiva “Danses e Couleurs du Brésil”, em Lyon, na França. Em 1997, realiza uma individual na Galeria Referência, em Brasília, onde, além da pintura, expõe objetos. Também realiza individual na Galeria Toulouse (Rio de Janeiro). No mesmo ano, é incluído no Dicionário de Pintores Brasileiros de Walmir Ayala. Em 1998, participa do “12ems Salon des Arts”, de Mangeny, em Paris. Participa da coletiva “Uma homenagem a Dali”, na Galeria Metara, e da coletiva “Brésil: Espace et Couleur”, na Galeria da Villa Riso, no Rio de Janeiro. Realiza individual no Espaço Cultural dos Correios. Integra coletiva na Gallery 98, no Casa Shopping, e realiza individual no Clube de Aeronáutica. Em 1999, realiza exposição conjunta com José Veras, no Centro Cultural Cândido Mendes (RJ), integra coletiva “Pintura: 500 anos depois no Rio”, no Espaço Cultural dos Correios (RJ) e ilustra a capa do livro de poesias “Os Sinais”, de José Lívia Dantas. Em 2000, leciona pintura no Ateliê do Bureau do Artista, no Rio. Expõe na mostra “Ipanema, onde a arte acontece”, na Atualidade Galeria de Arte (RJ). Participa de coletiva na Galerie Maison de Clotilde de Vaux, Chapelle de l’Humanité, em Paris, e expõe ao lado de Cláudio Kuperman, David Largman, John Nicholson e Manuel Fernandes, na Galeria da Vila Riso (RJ). Em 2001, integra a coletiva “Imaginatrium”, no Instituto de Arquitetos do Brasil, e expõe ao lado de Christina Oiticica e David Largman, na Galeria de Arte Ipanema (RJ). Apresenta uma individual no Espaço Cultural Mauá (RJ). Em 2002, inaugura a individual “Transcendência”, na Galeria Cândido Mendes. Em 2003, apresenta a individual “Série Amarela”, na Galeria Toulouse. Em 2004, inaugura individual na Galeria de Arte Ibeu e “Objetos do Tempo”, no Espaço Cultural Maurice Valansi. Em 2005, apresenta a individual “Campo de Pouso”, no Memorial da América Latina (SP) e no Museu Histórico Nacional. Em 2006, expõe “Objetos do Tempo”, na Folic Galeria, e participa da Feira Internacional de Arte de Bogotá (Art Bo), na Colômbia. Em 2007, apresenta a individual “Dourado”, na Galeria Toulouse, e integra a coletiva “IBEU 70 anos / 70 obras do acervo”, na Galeria de Arte Ibeu. Em 2009, expõe “Biblioteca”, no MAM-Rio e participa das coletivas “Memorial revisitado – 20 anos”, no Memorial da América Latina (SP), e “Nano”, no Studio 44, em Estocolmo. Em 2011, inaugura a individual “Casais”, na TAC Galeria. Em 2014, apresenta a individual “Cor”, na Galeria Canvas (SP) e integra a coletiva “Mergulho no bailado de Flávio de Carvalho”, no SESC-Rio.

 

Esculturas em aço no MAM/Rio

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a partir de 09 de novembro de 2019 a exposição “Força Precisão Leveza – aço e criação artística”, que destaca o uso do aço como material na produção de três grandes artistas, de diferentes gerações: Amilcar de Castro (1920-2002), Franz Weissmann (1911-2005) e Waltercio Caldas (1946). Com curadoria de Franklin Espath Pedroso, as cerca de 30 esculturas – reunidas em uma área de 1.800 metros quadrados no segundo andar do Museu – pertencem ao Instituto Amilcar de Castro, Instituto Franz Weissmann, Waltercio Caldas, Pinakotheke Cultural, ao próprio Museu e à Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio, entre outros acervos.

 

A exposição celebra “o ingresso da Ternium como mantenedora do Museu”, informam Paulo Albert Weyland Vieira e Henrique J. Chamhum, diretores do MAM. A mostra tem ainda o apoio do IED (Istituto Europeo di Design), que desenvolveu a programação visual e, junto com o curador, o projeto expográfico.

 

“Força Precisão Leveza – aço e criação artística” propõe ao público uma reflexão sobre o uso do aço nas obras desses grandes artistas, seus diferentes processos e abordagens, e de que maneira eles desenvolveram questões como leveza, equilíbrio, geometria e matemática. O curador buscou aproximações sutis entre os trabalhos, ao invés de agrupar as obras por artistas. As obras percorrem um arco de tempo dos anos 1950 aos 2000.

 

“São três artistas de diferentes gerações e com um rico universo, e reunimos pela primeira vez este conjunto de esculturas, em que o público poderá observar a versatilidade e o desenvolvimento deste material neste período da história da arte brasileira”, diz Franklin Pedroso. “Vale lembrar que todas as obras aqui reunidas tiveram origem naqueles elementos brutos e primários que, submetidos à ação transformadora da ciência e da indústria, resultaram em um elemento chamado aço, ao qual cada um desses três artistas conferiu nova e diferente significação através de seus respectivos processos criativos”. O curador conclui afirmando que “nada transforma mais do que a arte. A arte transforma a vida e transforma o público, que por sua vez também transforma a obra de arte, que só adquire sua plena significação em virtude dessa interação com o espectador”.

 

Obras/Artistas

 

De Amilcar de Castro estarão 11 obras, de tamanhos variáveis, a mais antiga delas de 1955: “Shiva” (1955), em ferro, 90x150x155cm, que há décadas não era vista em exposições. Além do acervo do Instituto Amilcar de Castro, esculturas do artista pertencentes à Pinakotheke Cultural e à Coleção do MAM integrarão a exposição. Nos jardins projetados por Burle Marx, estará ainda uma escultura bem conhecida do público: “Sem título” (2000), de 240cm x 194,5 x 94 cm, doação feita ao Museu pelo poeta e crítico Ferreira Gullar.

 

Franklin Pedroso destaca que Amilcar de Castro “quase sempre utiliza placas densas e grossas de aço e simplesmente as dobra com tamanha suavidade como se fossem simples folhas de papel. Ele apenas faz incisões como se fossem linhas e dobra o aço. Com essas incisões cria os espaços vazios que às vezes o olho comum não é capaz de perceber em um primeiro instante”.

 

De Franz Weissmann estarão as obras históricas “Coluna concreta” (1951/2003), de 224 x 60 x 60 cm, um ícone da história da arte brasileira, e “Torre” (“Coluna neoconcreta I”, 1957), de 140 x 55 x 55 cm, além de “Sem título” (1957/2003), e outras das décadas de 1970, 1980 – como “Flor tropical” (1980) -, 1990 e a mais recente, “Espaço circular” (2004/2011), de 206 x 187 x 115 cm. Weissmann é o artista brasileiro com mais obras em espaços públicos.

 

O curador destaca que Weissmann “foi um dos grandes nomes do projeto construtivo brasileiro e sua obra é uma referência para muitos”. “Ele costuma trabalhar com placas de aço mais finas, mas nem por isso com menor força. Ele corta e as une com solda. São milhares de combinações num grande jogo de encaixes e repetições”, aponta.

 

De Waltercio Caldas estarão obras pouco conhecidas no Brasil, como “Mar de Exemplo” (2014), só vista no ano de sua criação no Sesc Belenzinho, em São Paulo, em aço inoxidável e acrílico, que ocupará uma área de 30m x 15m, e “O Incidente” (1995), nunca vista no Brasil. E complementam esculturas emblemáticas do artista que combinam aço inoxidável e fio de algodão ou lã, dos anos 1990 e 2000.

 

Franklin Pedroso afirma que “as obras de aço de Waltercio Caldas são sempre muito bem polidas e de grande precisão. Muitas vezes ele as combina com outros elementos que aparentemente são opostos ao aço: um simples fio de lã ou algodão ou até mesmo o vidro. Meticulosamente planejadas e executadas, suas obras expõem bem sua narrativa poética. São excepcionais, de pura harmonia e plenas de significados”.

 

“Maior produtora de aço da América Latina, a Ternium opera, desde 2016, na cidade do Rio de Janeiro, sua maior unidade operacional, gerando mais de nove mil empregos e promovendo ações e projetos sociais no seu entorno”, apontam Paulo Albert Weyland Vieira e Henrique J. Chamhum, diretores do MAM.

 

Projeto Educativo

 

O programa educativo Eu, Você e o MAM irá realizar atividades artístico-educacionais desenvolvidas especialmente para que se vivencie a exposição “Força Precisão Leveza – aço e criação artística”, disponibilizando inclusive transporte a escolas públicas e entidades sem fins lucrativos cadastradas, de toda a área do Grande Rio.

Fernanda Candeias, Gerente de Relações com a Comunidade da Ternium, ressalta a importância de apoiar ações que promovem arte e cultura. “A nossa prioridade é sempre incentivar o desenvolvimento social na cidade do Rio de Janeiro, em especial na comunidade de Santa Cruz. Ficamos muito felizes com a oportunidade de colaborar com a realização desta exposição, fomentando assim, arte e cultura para o nosso município”, disse.

Até 02 de fevereiro de 2020.