Parceria anunciada em corepresentação.

09/out

A Almeida & Dale, São Paulo, SP, anuncia a corepresentação de Rayana Rayo (1989, Recife, PE) em parceria com a galeria Marco Zero, de Recife. 

A obra de Rayana Rayo nasce de processos profundamente pessoais. Suas pinturas, que evocam paisagens ou organismos vegetais, constituem um bioma próprio, que responde a experiências sensíveis e a elaborações subjetivas. Rayana Rayo parte de formas fundamentais e de uma paleta de cores rebaixada para criar fabulações em suas pinturas, das quais emergem formas que aludem a montes, ilhas, paisagens aquáticas e abissais, além de plantas, bichos e outros seres que se destacam do fundo e cintilam na superfície da tela. 

De caráter onírico, suas representações não buscam correspondência imediata com o mundo exterior. Ainda que este seja sugerido em suas formas, para a artista, a pintura se afirma como um instrumento de materialização de memórias, desejos e experiências cotidianas, ao mesmo tempo em que estabelece diálogo com a tradição artística pernambucana. “Nunca é algo dado, eu sempre faço escolhas no momento e que tem a ver com o meu momento durante a pintura. Se eu estou triste, se eu estou feliz, se eu estou querendo trazer um problema muito sério, se eu estou querendo desejar algo e intenciono esse algo. (…) E tenho também uma vontade de trazer potência para aquela materialidade. Não é só uma pintura, é um objeto que eu empodero. Então, é um pouco de mim de uma maneira energética dentro da pintura”.  

Sobre a artista.

Atualmente, Rayana Rayo apresenta Yo soy semilla, individual na galeria Travesía Cuatro, em Guadalajara, no México. Em São Paulo, a artista exibe a pintura, Descansando um pouco (2025), comissionada para a exposição A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant, com curadoria de Ana Roman e Paulo Miyada, no Instituto Tomie Ohtake. Também a convite da instituição, a artista realizou uma residência promovida pela Édouard Glissant Art Fund, na residência onde viveu o poeta e filósofo na Martinica. Ainda em 2025, Rayana Rayo realizou a exposição Nas restingas, onde sonha o coração, com curadoria de Galciani Neves, na galeria Marco Zero; além de participar da coletiva Entre colapsos e encantamentos, na Galeria ReOcupa, em São Paulo. Participou, ainda, de Surge et veni, Millan, São Paulo (2024); Invenção dos reinos, Oficina Francisco Brennand, Recife (2023); Solar nascente, Solar dos Abacaxis, Rio de Janeiro (2022), entre outras. Sua obra integra o acervo da Pinacoteca de São Paulo e do REC Cultural, em Recife.

 

Exposição individual de Ana Kemper.

A Galeria Mercedes Viegas, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, anuncia a exposição “HIPERMAR”, da artista visual Ana Kemper. A curadoria é da pesquisadora, escritora e artista Eleonora Fabião, que também assina o texto crítico.

Em sua primeira individual na galeria, Ana Kemper traz uma série de fotografias inéditas e uma videoinstalação. Nas imagens, a artista mostra formas de vida aquáticas, botânicas e minerais. Segundo a curadora Eleonora Fabião, “são imagens-acontecimento que brotam quando a artista presta cuidadosa atenção e as coisas retribuem. São lumino-brotações.”

Ana Kemper, que transita entre diferentes linguagens, também atua como pesquisadora, médica acupunturista e fisioterapeuta com atuação transdisciplinar. Sua prática é fundamentada no cuidado interespécies, permeando seu trabalho artístico, clínico e sua pesquisa em ecologia.

“HIPERMAR” pode ser vista até 08 de novombro.

 

Macaparana é o novo artista representado.

A Simões de Assis São Paulo, Curitiba e Balneário Camboriu, SC, anuncia a representação de Macaparana (n. 1952). José de Sousa Oliveira Filho, pintor e escultor, tornou-se mais conhecido como Macaparana, nome artístico adotado em referência à cidade onde nasceu, no interior de Pernambuco, a 120 km da capital do estado.

Sua obra se desenvolve em diferentes suportes, como papel, tela, madeira, acrílico, vidro e cerâmica. A geometria, ora reta, ora curvilínea, dá forma à triângulos, quadrados, retângulos, hexágonos e formas inventadas, que se articulam e se repetem em suas composições visuais. O artista opera a linha do desenho projetada no espaço, estabelecendo um diálogo entre o bidimensional e o tridimensional em uma geometria não rígida, influenciada por Torres García e marcada por uma abordagem espontânea e investigativa do gesto. 

Seu trabalho está presente nas coleções do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu de Arte Contemporânea MAC – USP, São Paulo; Museu de Arte Brasileira Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP, São Paulo e Fundação Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto. 

 

Festival Internacional de Arte Naif em Brasília.

Com entrada gratuita, a sexta edição do Festival Internacional de Arte Naif (FIAN) chegou à CAIXA Cultural Brasília, até 07 de dezembro, reunindo 96 trabalhos de artistas de 20 estados brasileiros e de 15 países. O termo “Arte Naïf”, de origem francesa, remete à ideia de arte ingênua, popular. Essa manifestação artística valoriza temas cotidianos e manifestações culturais em obras coloridas, frequentemente produzidas por artistas autodidatas. O FIAN se firma como um movimento de fortalecimento da estética Naïf, ainda pouco reconhecida pelo sistema formal artístico. Com um caráter não hegemônico, o festival propõe uma abertura de espaço e de discurso para artistas que retratam, com autenticidade, o cotidiano, a religiosidade, a cultura e as memórias coletivas.

A curadoria desta edição é assinada por Jaqueline Finkelstein (ex-diretora do Museu Internacional de Arte Naïf – MIMAN/RJ), Jacques Dupont (colaborador do Museu Internacional de Arte Naïf de Magog, Canadá) e Pedro Cruz (sócio fundador da Galeria André Cunha de Arte Naï, Paraty, RJ), que selecionaram os trabalhos a partir de critérios como originalidade, qualidade plástica, caráter autoexplicativo e fidelidade à estética Naïf.

Idealizado e coordenado pelo artista paraibano Adriano Dias, o FIAN já é referência no cenário artístico, reunindo nomes de diferentes gerações e países. “O festival consiste em uma plataforma de visibilidade para a arte Naïf, uma linguagem que fala de pertencimento, memória e identidade. Nosso compromisso é dar voz a essa produção que, apesar de sua força, segue invisibilizada em muitos espaços institucionais”, afirma Adriano Dias. A sexta edição do FIAN presta homenagem à artista carioca Vera Marina, radicada em Brasília e reconhecida por sua trajetória dedicada à arte Naïf. O evento de abertura foi realizado em 08 de outubro e contou com a presença de nomes nacionais e internacionais, como o venezuelano Maldonado Dias, o idealizador Adriano Dias e a homenageada Vera Marina, reforçando o caráter plural e coletivo do festival.

 

Finissage com ação performática.

08/out

pós uma trajetória de intensa visitação e repercussão no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, a instalação Tangências/Alumbramento, de Elisa Stecca e Willy Biondani, chega ao fim com uma ação performática neste sábado, 11 de outubro. A proposta encerra o percurso iniciado em julho, quando os artistas transformaram a sala Maureen Bisilliat em um ambiente de experimentação estética e sensorial sobre o diálogo entre arte e natureza.

O encerramento celebra esse mesmo espírito de transbordamento. Sob orientação de Marisa Lambert, as artistas Fetú, Jenniffer Aquino, Rafaela Tonela e Rosa Morena – integrantes do Curso de Dança e da Pós-Graduação em Artes da Cena do Instituto de Artes da Unicamp – realizam uma performance de improvisação inspirada nas formas e movimentos da natureza. A ação, que utiliza a própria ambientação sonora da instalação, propõe novas relações entre corpo, som e espaço, integrando-se às obras e ao público como um último gesto de encantamento e alumbramento. Serão duas apresentações, às 15h e às 16h30, com duração aproximada de 17 minutos cada, sujeitas à lotação da sala. A performance encerra também um ciclo de desdobramentos do projeto, que incluiu o lançamento de uma caixa de imagens e catálogo em edição limitada, concebida como extensão material da experiência expositiva. Entre o sonho e o concreto, Tangências/Alumbramento reafirma o poder da arte de despertar sentidos, expandir fronteiras e renovar o olhar sobre a natureza e o tem

Um dos maiores nomes da fotografia brasileira.

A Unibes Cultural apresenta ao público até 26 de outubro a exposição “Exteriores”, do consagrado fotógrafo brasileiro Bob Wolfenson. Composta por um conjunto de 53 fotografias, de média e grandes dimensões, a mostra apresenta uma crônica visual da diversidade humana, revelando corpos em movimento, expressões passageiras e instantes únicos capturados nas ruas de diferentes cidades ao redor do mundo.

Ao longo de cinco décadas de carreira, Bob Wolfenson consolidou-se como um dos maiores nomes da fotografia brasileira, conhecido por seus retratos de personalidades, imagens de moda e produções em estúdio. Em “Exteriores”, ele percorre o caminho oposto ao controle do ambiente fechado e mergulha na imprevisibilidade do espaço público, de tudo que lhe é “exterior”. O olhar do fotógrafo se volta para o acaso, para o fluxo das cidades e seus habitantes anônimos – pessoas atravessando faixas, distraídas em pensamentos ou em contato breve com a câmera.

Nas palavras do artista, fotografar do lado de fora é um exercício de intuição: “quase sempre, o fotógrafo não saberá previamente o que se tornará alvo de seu interesse quando estiver em campo”. Assim como um escritor que anota ideias em um caderno, Bob Wolfenson transforma sua câmera em ferramenta de observação e descoberta, em um gesto que combina o instinto do viajante com a curiosidade do cronista.

“Exteriores” é um fragmento de uma história, da construção e investigação de um vocabulário fotográfico. Trata-se do processo de autodecodificação do personagem-fotógrafo e do percurso narrativo que ele, intuitivamente, traçou ao longo da vida. Esses recortes de memória atravessam as entranhas das cidades, percorrem ruas sem itinerário aparente, transitam por naturezas lúdicas, desertos imaginários e cenas antagônicas, resultando em estados de intensa carga emocional e certa vulnerabilidade.

Sobre o artista.

Nascido em São Paulo, SP, em 1954, Bob Wolfenson iniciou sua trajetória profissional aos 16 anos como assistente de fotografia no estúdio da Editora Abril, sob a direção de Chico Albuquerque. Ao longo de mais de cinco décadas, consolidou-se como uma referência nacional em retratos, fotografia de nus e de moda, transitando habilmente entre projetos artísticos e publicidade. Suas obras integram acervos de importantes instituições, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e o Museu de Arte Moderna de São Paulo. Entre os momentos marcantes de sua carreira estão: Jardim da Luz (Masp, 1996); Antifachada – Encadernação Dourada (MAB/FAAP, 2004) e Retratos (Espaço Cultural Porto Seguro, 2018).

Sobre a curadora. 

Ana Tonezzer é formada em Comunicação com habilitação em Cinema pela FAAP. Atua como assistente de fotografia no Estúdio Bob Wolfenson, onde também contribui com a digitalização e edição de acervos fotográficos e projetos expositivos. Possui experiência em direção de arte, figurino e produção executiva em filmes, videoclipes e exposições. Trabalhou com artistas como Vincent Catala e participou de mostras como Sub/Emerso (SENAC) e África em São Paulo (Museu da Imigração). Desenvolve projetos de comunicação visual, web design e gestão de redes sociais para marcas e instituições culturais. É fluente em inglês e possui domínio de ferramentas como Adobe Photoshop, Premiere, InDesign e WordPress.

Sobre a autoria do projeto expográfico.

André Vainer é arquiteto e urbanista formado pela FAU-USP, com ampla atuação em projetos culturais, especialmente em mostras de arte e fotografia. Foi responsável pelo projeto expográfico de diversas edições do Festival SESC_Videobrasil e de exposições como Retratos, de Bob Wolfenson, Otto Stupakoff, Infinito Vão e Memórias Inapagáveis, além de contribuir para a reforma do Solar do Unhão, sede do MAM-BA. Seu trabalho se destaca pela sensibilidade ao espaço e à narrativa expositiva, valorizando a interação entre público, obra e arquitetura. Também atua como professor na Escola da Cidade, mantendo diálogo constante entre prática e reflexão sobre arquitetura e cultura.

 

A grande aldeia cultural.

07/out

Encontro de escritores e artistas indígenas completa 20 anos e se torna um marco. O evento acontecerá no Museu de Arte do Rio e na Fundação Casa de Rui Barbosa com uma programação totalmente gratuita.

Completando 20 anos, o “Encontro de escritores e artistas indígenas” será realizado nos dias 15, 16 e 17 de outubro no Museu de Arte do Rio (MAR) e no dia 18 de outubro na Fundação Casa de Rui Barbosa. Idealizado pelo escritor e educador Daniel Munduruku, com a coordenação da professora de literatura da Universidade Federal Fluminense (UFF), Claudete Daflon, em parceria com a Coordenação de Pesquisa e Políticas Culturais do Museu Nacional dos Povos Indígenas (MNPI), o evento conta com a realização do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli) e apoio da Fundação Casa de Rui Barbosa, com o apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), por meio do Museu Nacional dos Povos Indígenas, órgão científico-cultural da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A ação tem como ponto de partida o protagonismo indígena na área cultural. A programação inclui mesas de conversas, lançamentos de livros, roda de poesia, apresentações musicais, oficinas de ilustração e atividades para crianças, tudo de graça e aberto ao público. 

“Ao completar seu 20º Encontro, queremos celebrar os muitos avanços que foram acontecendo na sociedade brasileira, o aumento numérico de escritores e artistas indígenas, a abertura do mercado editorial e livreiro, as políticas públicas que se desenvolveram a partir desse feito, os prêmios e reconhecimentos recebidos pelos autores e autoras, o virtuoso aumento de publicações universitárias trazendo a literatura como objeto de pesquisa, o ingresso do primeiro escritor indígena na academia brasileira de letras, entre outras tantas conquistas”, afirma Daniel Munduruku. 

A edição deste ano acontece ampliada, com mais participantes, e inclui atividades educativas voltadas para a formação de professores. Essa grande aldeia cultural contará com personalidades indígenas de destaque, como Gustavo Caboco, artista plástico e criador do Selo Editorial Picada; Fernanda Kaingang, advogada, escritora, arte educadora e doutora pela Universidade de Leiden-Holanda; Ademário Payayá, dramaturgo e escritor; Jaime Diakara, professor, escritor e ilustrador; Eva Potiguara, escritora; Moara Tupinambá, poeta e artista plástica; Uziel Guayné, artista plástico e escritor do Povo Maraguá/AM, as lideranças indígenas Marcos Terena, Catarina Tupi Guarani e Darlene Taukane, entre muitos outros. Na abertura oficial do evento, haverá a conferência “Vozes Ancestrais: O tênue fio entre literatura e oralidade”, com Daniel Munduruku, curador do evento, escritor, educador e fundador do Selo Uka Editoria. 

 

Bruno Novelli no Museu Inimá de Paula.

Uma narrativa visual rica e envolvente.

A Galatea tem o prazer de compartilhar que o artista Bruno Novelli (Fortaleza, 1980) fará a sua maior exposição individual, “Sol de ouro”, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, MG. A mostra, que acontece de 10 de outubro a 30 de novembro, revela o universo híbrido do artista, onde fauna e flora se fundem em 27 composições tropicais, idílicas e fantásticas.

Entre realidade e imaginação, Bruno Novelli nos conduz a paisagens imersivas que vibram em cores cintilantes, criando atmosferas de encantamento e exuberância. As obras expostas, datadas desde 2012 até produções mais recentes, seguem referências que vêm desde o bestiário da pintura medieval, do Renascimento, passando por expoentes da chamada “arte popular”, do Surrealismo e da Pop Arte.

O curador Thierry Freitas, que assina o texto crítico da exposição, escreve: “A prática de Bruno Novelli insiste na pintura como linguagem e veículo, apostando em sua capacidade de renovar imaginários e despertar novas percepções sobre nosso lugar em relação ao todo que nos envolve. Como numa experiência sensorial, suas obras nos convidam a explorar um mundo híbrido, em que a natureza não é apenas cenário, mas protagonista de uma narrativa visual rica e envolvente, na qual realidade e fantasia se entrelaçam com a exuberância da vida.”

 

Problemas ambientais em exposição.

06/out

Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre tem como tema a emergência climática. O FestFoto – Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, RS, – chega à sua 18ª edição com abertura na Praça da Alfândega e no Espaço Força e Luz, no centro da capital.

O tema Linha d’Água é uma metáfora visual e poética usada para abordar o cotidiano da emergência climática. O Festival reúne uma série de trabalhos que refletem sobre problemas ambientais e leva ao centro histórico de Porto Alegre uma mostra especial sobre Árvores. O movimento é uma ação de reativação de locais que foram afetados pela enchente de 2024 e um convite a repensar a relação humana com o ambiente.

Consolidado como um dos eventos mais importantes da fotografia contemporânea no Brasil e na América Latina, o FestFoto investe na conexão com performance e poesia e amplia suas atividades para levar fotografia ao espaço público central e a comunidades da capital. A programação mescla exposições com artistas reconhecidos, ateliers de produção e construção coletiva de obras.

Entre os destaques está a presença de fotógrafos como Bob Wolfenson e Rogério Reis, do artista visual Shinji Nagabe, o intercâmbio com o coletivo de artistas multilinguagem Frete Grátis e a participação de poetas portoalegrenses Agnes Maria, Mikaa e Felipe Deds.

Em sua 18ª edição, o FestFoto reafirma seu compromisso com acessibilidade, diversidade, descentralização e sustentabilidade, fortalecendo o diálogo entre arte, território e sociedade, tanto em espaços expositivos de Porto Alegre quanto por meio de sua plataforma digital. O marco recente do festival é o FestFoto Descentralizado, iniciado em 2024, com ações no Morro da Cruz e Bom Jesus, territórios periféricos da capital.

A acessibilidade é central na edição 2025, com materiais em alto contraste, leitura ampliada, descrições de imagem, legendas e formatos digitais acessíveis, garantindo inclusão e participação ampla.

 

Diambe exibe Echoes in the Present.

03/out

A Galeria Simões de Assis apresenta um projeto solo de Diambe na próxima edição da Frieze London, entre 15 e 19 de outubro no novo setor curado “Echoes in the Present” com curadoria de Jareh Das, The Regent’s Park, Park Square West. Esse setor busca fomentar conexões culturais entre artistas do Brasil, do continente africano e de suas diásporas.

Nascida em 1993 no Rio de Janeiro e atualmente radicada em São Paulo, Diambe desenvolve uma poética que articula escultura, coreografia, performance, pintura e vídeo, em obras que propõem a emergência de novos corpos e ambientes. Seu trabalho, atravessado por saberes diaspóricos, explora matérias vivas como tecidos, raízes alimentares e elementos vegetais, muitas vezes mimetizados em formas fabulatórias que tensionam a hierarquia entre natureza e humanidade.

Sobre a artista.

Diambe nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1993, é artista, pessoa negra e não binária que vive em São Paulo. Graduou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com a Université Sorbonne Nouvelle e obteve mestrado em Artes da Cena na UFRJ. Seu corpo de trabalho é marcado pelo uso de matérias vivas, sendo recorrente o recurso de tecidos, raízes alimentares amefricanas, gravuras e coreografias que relacionam arquiteturas com movimentos espontâneos em elaborações plurais. Sua prática expande as noções de coreografia e escultura, desdobrando em instalações que também incorporam pinturas, filmes, têxteis e performances. Diambe explora possibilidades fabulativas de novos seres, elevando aspectos estéticos e ornamentais da natureza. Trata da materialidade ao lidar com o bronze e com formas reconhecíveis de povos diaspóricos, agora em novos arranjos, mimetizando outros seres ou criando novos integrantes de seu ambiente fabulado. Com esse processo criativo, são apresentadas criaturas que habitam uma natureza poderosa e autônoma, cujo poder sobrepuje o do ser humano e escape de uma ilusória situação de dominação. Atualmente se debruça em pesquisa sobre a transformação da paisagem, a diáspora alimentar e os arquivos antropológicos.