Wilma Martins: territórios interiores.

22/ago

A Galatea, apresenta “Wilma Martins: territórios interiores”, individual da artista Wilma Martins, com obras da emblemática série “Cotidiano”, a ser inaugurada no dia 23 de agosto em sua unidade da rua Padre João Manuel, em São Paulo. A mostra conta com texto crítico assinado pela pesquisadora e curadora Fernanda Morse.

Desenvolvida entre 1974 e 1984, “Cotidiano” é considerada a série mais conhecida da artista. Nela, cenas de interiores domésticos – como salas, cozinhas e quartos – se entrelaçam com rios, plantas e animais, criando composições onde o real e o imaginário se encontram em harmonia. A brancura intimista dos espaços privados contrasta com a vitalidade orgânica da natureza, revelando um olhar poético e silenciosamente subversivo sobre os pequenos gestos da vida cotidiana.

A série foi redescoberta na exposição “Cotidiano e Sonho”, retrospectiva realizada em 2013, com curadoria de seu marido, Frederico Morais, importante crítico e historiador de arte brasileiro. Essa será a primeira exposição dedicada à artista desde a retrospectiva póstuma “Wilma Martins: território da memória”, realizada em 2023. É, também, uma oportunidade rara de ver um escopo tão abrangente da série “Cotidiano” reunido em uma só exposição.

Em cartaz até 18 de outubro.

A linguagem visual singular de Wanda Pimentel

20/ago

A Fortes D’Aloia & Gabriel tem o prazer de anunciar Wanda Pimentel – Percurso em Preto e Branco na Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ. A mostra reúne, pela primeira vez, a série “Animais Preto e Branco”, um conjunto de desenhos realizados nos primeiros anos de sua trajetória. Criadas entre 1965 e 1967, essas obras mostram um período formativo de experimentação, marcando o surgimento da linguagem visual singular de Wanda Pimentel.

Com traços agitados e vigorosos, numa paleta restrita, Wanda Pimentel desenhou animais, alguns identificáveis, outros inventados, cujas formas pulsam, serpenteiam e vibram em meio a emaranhados gráficos de rabiscos e marcações. Besouros, cangurus, tatus, tartarugas, morcegos, girafas, corujas e macacos aparecem retratados com uma mão investigativa, como se a artista explorasse as texturas de pelos, penas, escamas e peles, apenas para distorcer suas formas e padrões nos espaços alucinatórios de seu bestiário estilizado.

Essa faceta inicial da obra de Wanda Pimentel revela uma abordagem caligráfica mais livre, na qual a superfície do papel é quase inteiramente ocupada, vibrando com atividade visual – em contraste agudo com sua produção posterior, de orientação geométrica, baseada numa espacialidade rigorosa definida pelo vazio articulado às representações precisas de objetos e partes do corpo. Como propõe a historiadora da arte Vera Beatriz Siqueira em seu ensaio para a exposição: “Em Wanda, os animais parecem afirmar a base gráfica e a posição central conferida à linha, que define questões de sua obra, ao mesmo tempo que anunciam a questão temática e plástica do “envolvimento”, das relações entre criaturas, objetos e seus ambientes – centrais em seu trabalho.”

A obra Sem título (da série Envolvimento) (1969) da artista foi recentemente incorporada à coleção permanente do MoMA, e integrou a exposição “Vital Signs: Artists and the Body” organizada por Lanka Tattersall em 2024, na mesma instituição. A obra de Wanda Pimentel está atualmente em exibição na mostra “Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70″, na Pinacoteca em São Paulo.

Em cartaz até 25 de outubro.

Memórias e identidade.

18/ago

A abertura da exposição coletiva “Correspondências: memórias e identidade”, acontece no dia 20 de agosto no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

Com curadoria de Fabiola Notari, a mostra propõe uma reflexão sobre a materialidade da escrita e a memória afetiva das trocas epistolares. Reunindo livros de artista, instalações, pinturas, colagens, objetos, desenhos e bordados, as obras investigam como cartas, bilhetes e mensagens manuscritas podem se tornar espaços de memória, identidade e afeto.

Artistas participantes.

Aline Cavalcante, Ana Cris Rosa, Célia Alves, Christina Parisi, Clarissa M Zelada, Claudia Souza, Cris Marcucci, Daniela Karam Vieira, Irene Guerreiro, Leonor Décourt, Lidia Sumi, Lídice Salgot, Lucia Mine, Lucimar Bello, Maíra Carvalho, Margarida Holler, Renata Danicek, Rosa Grizzo, Sandra Lopes, Teresa Ogando, Tuca Chicalé e Vitória Kachar.

A exposição segue em cartaz até 27 de setembro.

Corpos e organismos imaginários.

14/ago

Na exposição “Cenas Elétricas”, que Marcia de Moraes, exibe na Galeria Simões de Assis, Balneário Camboriú, SC, apresenta composições que exploram a cor como elemento estruturante do desenho. Criadas inteiramente a lápis sobre papel, as obras convidam a um olhar atento, revelando formas que transitam entre paisagens, corpos e organismos imaginários. Uma experiência visual rítmica e multifacetada, que desafia constantemente o espectador a reconstruir o visível. Os desenhos prismáticos de Marcia de Moraes parecem filtrar, distorcer e refratar nossa percepção. Nos desafiam a reconstruir corpos e espaços, formas já muito rotinizadas em nosso imaginário – das plantas, paisagens, insetos, lagos e corais. Ao mesmo tempo, parecem nos guiar por um universo microscópico que lembra organismos desconhecidos, complexos celulares a serem descobertos ou arquiteturas neurais.

Cenas Elétricas

Em meados dos anos 1910, a artista Sonia Delaunay já havia realizado um amplo conjunto de suas composições abstratas, constituindo as bases para o que o nomeava como “pintura simultânea” – campos ópticos dinamizados pelo contraste entre as cores, projetando formas, movimentos e ritmos. Vários desenhos e pinturas dessa fase foram intitulados como “Prismes électriques”, aparece como metáfora visual para o efeito que ela buscava: decompor e reconfigurar a luz e o espaço pictórico por meio da cor. A inspiração principal, segundo a própria Delaunay, era a experiência urbana e o novo ritmo noturno da cidade que passava a ser iluminada e movida por eletricidade. “A luz elétrica transforma a cidade em um caleidoscópio em movimento” (Sonia Delaunay, caderno de esboços, 1913-14).

Cem anos depois, as lições de cor-composição de Delaunay reverberam nos desenhos da artista Márcia de Moraes, em que a fragmentação da forma pela cor também é a chave para a construção visual rítmica. Os trabalhos de Márcia são totalmente criados a lápis sobre papel, dos contornos de grafite que estruturam sutilmente a imagem, aos preenchimentos coloridos que vibram e fluem sobre o plano. Por outro lado, a tensão moderna entre figuração e abstração já dispersa desde a década de 1970, abre margens para o repertório poético das linguagens contemporâneas, mesmo quando se trata de meios tão conhecidos como o desenho. É nesse ponto que entendo outro diálogo entre Sonia e Márcia, a presença de um prisma, uma espécie de lente difratora, criando um sentido de espacialidade interna em cada obra, nos fazendo ver de dentro para fora e vice-versa, simultaneamente. Os desenhos prismáticos de Márcia de Moraes parecem filtrar, distorcer e refratar nossa percepção. Nos desafiam a reconstruir corpos e espaços, formas já muito rotinizadas em nosso imaginário – das plantas, paisagens, insetos, lagos e corais. Ao mesmo tempo, parecem nos guiar por um universo microscópico que lembra organismos desconhecidos, complexos celulares a serem descobertos ou arquiteturas neurais. São tantas imagens cabendo em detalhes e na totalidade que ativam o olhar para ver através e em meio à multiplicidade constituída nos encontros dos traços a grafite e lápis de cor que dialogam com o vazio do papel. O convite é para uma observação prolongada, alternando distâncias e se desapegando da necessidade de decifração.

Tálisson Melo

Em cartaz até 04 de outubro.

Wilma Martins na Galatea.

12/ago

A Galatea apresenta “Wilma Martins: territórios interiores”, individual da artista Wilma Martins, com obras da emblemática série “Cotidiano”, a ser inaugurada no dia 23 de agosto em sua unidade da rua Padre João Manuel, em São Paulo. A mostra conta com texto crítico assinado pela pesquisadora e curadora Fernanda Morse.

Desenvolvida entre 1974 e 1984, “Cotidiano” é considerada a série mais conhecida da artista. Nela, cenas de interiores domésticos – como salas, cozinhas e quartos – se entrelaçam com rios, plantas e animais, criando composições onde o real e o imaginário se encontram em harmonia. A brancura intimista dos espaços privados contrasta com a vitalidade orgânica da natureza, revelando um olhar poético e silenciosamente subversivo sobre os pequenos gestos da vida cotidiana.

A série foi redescoberta na exposição “Cotidiano e Sonho”, retrospectiva realizada em 2013, com curadoria de seu marido, Frederico Morais, importante crítico e historiador de arte brasileiro. Essa será a primeira exposição dedicada à artista desde a retrospectiva póstuma “Wilma Martins: território da memória”, realizada em 2023. É, também, uma oportunidade rara de ver um escopo tão abrangente da série “Cotidiano” reunido em uma só exposição.

Em cartaz até 18 de outubro.

Mostra inédita de desenhos.

06/ago

Com inauguração no dia 16 de agosto, “The Lincoln Park e Outros Lugares” é a primeira exposição individual do artista plástico Paulo Amaral após quase dois anos no Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz, Centro Histórico, Largo João Amorim de Albuquerque nº 72, próximo ao Theatro São Pedro, Porto Alegre, RS. Constituída de 20 desenhos, a maioria inéditos e realizados durante recente viagem à cidade de Chicago, nos Estados Unidos. A mostra estará em cartaz até o dia 07 de setembro.

Estão programados dois encontros do projeto “Roda de Cultura”, com o artista recebendo o público para um bate-papo descontraído sobre sua obra e trajetória, em duas quartas-feiras – 27 de agosto e 03 de setembro. Todos os eventos são gratuitos.

A série em destaque no Espaço HPM captura paisagens naturais pela riqueza expressiva do desenho de Paulo Amaral, com a predominância do figurativo e eventuais espaços ao semiabstrato, através do uso de lápis e carvão sobre papel ou tecido, em dimensões variadas. “Ultimamente, meu trabalho tem sido marcado pelo predomínio do uso de tinta acrílica sobre tela, então eu quis fazer algo diferente e escolhi a técnica do carvão e do grafite sobre papel ou tecido, algo do qual gosto muito”, ressalta o autor.

Sobre o artista.

Artista plástico e gestor cultural Paulo Amaral, 75 anos, tem uma ampla trajetória na área cultural. Nascido em Bagé (RS), iniciou seus estudos em pintura ao final da adolescência, em 1967, durante intercâmbio na Califórnia (EUA). De volta ao Brasil, formou-se em Engenharia Civil (1974), carreira que exerceu em Porto Alegre ao longo de 30 anos. Sua produção artística em modalidades diversas – desenho, pintura, gravura, serigrafia e escultura – é marcada por mais de 50 exposições individuais e 160 coletivas, muitas das quais no exterior. Em paralelo, notabilizou-se como crítico, escritor, curador e gestor. Dirigiu o Museu de Arte do Rio Grande do Sul em três períodos, a Direção Artística-cultural da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) e presidiu o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o Conselho Consultivo de Patrimônio Museológico, desde 2021, atua como coordenador de Artes Visuais da Secretaria Municipal de Cultura da capital gaúcha.

Exposição de Fernando Duval em São Paulo.

05/ago

A galeria NONADA SP, em sua sede paulistana, expõe “Sob o signo do ocaso – Wasthavastahunn: o universo paralelo de Fernando Duval”, com curadoria de Bernardo José de Souza, – um breve retrospecto -, obras criadas ao longo de mais de sessenta anos. Com obras totalmente inéditas, a mostra traça um panorama da produção de Fernando Duval (1937, Pelotas, RS), figura singular no cenário da arte brasileira, cujas produções – desenvolvidas ao longo de mais de seis décadas – são inteiramente dedicadas ao desenvolvimento de um universo de ficção científica: o planeta Fahadoika e, em especial, o continente de Wasthavastahunn.

Num gesto que desafia as convenções do campo artístico e da própria realidade, Fernando Duval criou uma cosmogonia própria, com personagens, línguas, tradições e tecnologias, povoando esse mundo alternativo por meio de desenhos, pinturas, esculturas, textos, narrativas orais e até um dicionário completo. Entre a ficção especulativa, o escapismo e o prazer, sua obra se insere na tradição da outsider art, sendo uma das mais notáveis expressões de invenção radical na história recente da arte brasileira.

A exposição reúne uma seleção de trabalhos que revelam as camadas narrativas, políticas e sensoriais do imaginário wasthianno: um povo fictício que, apesar da semelhança com os humanos, vive à margem de sistemas econômicos, religiosos e patriarcais. Em Wastha não há pobreza nem trabalho compulsório – tampouco fé ou dogma científico. O que impera é uma filosofia hedonista e libertária em que o prazer, a especulação intelectual e a recusa às normas constituem os pilares de uma civilização alternativa e profundamente crítica à lógica dominante no mundo real.

A mostra inclui também registros de personagens míticos – como Santa Bartola, padroeira da loucura e dos afetos desviantes – e evoca figuras centrais da política interestelar de Wasthavastahunn, como Ada Andes, baronesa e chanceler junto às Galáxias Ulteriores. As obras de Fernando Duval assumem, assim, o papel de documentos sensíveis de um mundo que não apenas questiona a normatividade ocidental, mas propõe outros modos de viver, imaginar e habitar o tempo.

O projeto curatorial de Bernardo José de Souza parte do próprio envolvimento afetivo e intelectual com a obra de Duval – artista que, ao longo de sua vida, permaneceu à margem do circuito institucional, mas criou uma das mais completas e sofisticadas ficções do século XX no Brasil. Como escreve o curador, “entre o escapismo, a luxúria e a transgressão, Duval deu corpo a um universo paralelo ao nosso, estruturado sobre as bases da imaginação, do regozijo e da recusa em viver sob a normatividade das sociedades capitalistas e patriarcais”.

Em cartaz até o dia 27 de setembro é uma oportunidade única para adentrar os meandros desse universo radical e encantador.

Diálogo entre diferentes estilos artísticos.

25/jul

A Galeria Movimento, Gávea, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta até o dia 17 de agosto a exposição coletiva “Deslimites da Escrita”, que reúne os artistas Xico Chaves e Cláudia Lyrio.  A mostra explora a íntima relação entre palavra, imagem e objeto, revelando como ambos os artistas transportam a escrita para suas criações, desafiando limites e ampliando significados.

Com uma trajetória que se estende desde a década de 1970, Xico Chaves é uma figura central na arte contemporânea e na poética brasileira. A exposição apresenta obras significativas da década de 1970, além de obras recentes e inéditas, ressaltando sua influência e inovação. Seu trabalho integra poemas, músicas e artes visuais, criando um grande mar de significados. Xico Chaves intercala diferentes linguagens e desdobramentos que celebram a diversidade da expressão artística.

Cláudia Lyrio, artista visual do Rio de Janeiro, traz uma sensibilidade única à exposição. Após sua individual no Paço Imperial, foi convidada a trazer uma parte de sua exposição para “Deslimites da Escrita”. Seu trabalho utiliza um vocabulário lírico que incorpora elementos da natureza, como árvores, aves e cor, criando narrativas poético-ficcionais. Cláudia Lyrio transporta a escrita para suas obras, refletindo sobre os ciclos da vida e enfatizando a potência visual da palavra.

O texto crítico da exposição é de Marisa Flórido Cesar, crítica de arte, curadora e professora adjunta do Instituto de Arte da UERJ. Ela contextualiza as obras e discute a importância da escrita como um elemento fundamental na arte contemporânea, amplificando as vozes de Xico Chaves e Cláudia Lyrio.

“Deslimites da Escrita” convida o público a explorar a intersecção entre as obras dos artistas, ressaltando o diálogo entre diferentes períodos e estilos artísticos. A mostra procura ser um espaço de reflexão e inspiração, onde os visitantes poderão vivenciar a arte brasileira contemporânea em suas múltiplas formas.

Figuras imaginadas de Zélio Alves Pinto.

11/jul

Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra – em cartaz até 15 de agosto – reúne cerca de 20 obras do artista Zélio Alves Pinto realizadas nas últimas décadas do século XX, em técnicas como pintura, desenho, xilogravura e colagem. Trata-se da primeira individual do artista em mais de 10 anos.

A Galeria MAPA, Consolação, São Paulo, SP, inaugura a exposição “ZÉLIO. Imagens e figuras imaginadas”, dedicada à produção do artista Zélio Alves Pinto produzidas entre os anos 1980 e 2000. A mostra, com curadoria de Agnaldo Farias, reúne cerca de 20 obras em técnicas diversas, como pintura, desenho, xilogravura e colagem, e lança foco sobre um período de inflexão em sua trajetória, na qual o artista desloca a prática gráfica cotidiana para uma pesquisa mais contínua e autoral no campo das artes visuais.

Reconhecido por sua atuação múltipla, Zélio Alves Pinto construiu desde os anos 1960 uma trajetória que abrange o cartum, a publicidade, o design gráfico e a direção institucional. Colaborou com publicações nacionais e internacionais como O Pasquim, Senhor, Le Rire (Paris) e Punch Magazine (Londres). A partir dos anos 1970, passou a dedicar-se com maior regularidade à produção artística, realizando exposições em instituições como MASP, MAM-RJ, Museu Real da Bélgica e em Nova York. Essa circulação entre linguagens e contextos fornece um repertório visual que permeia sua produção com referências cruzadas.

A curadoria de Agnaldo Farias propõe uma leitura concentrada nas relações visuais que organizam a obra de Zélio nesse momento. O conjunto apresentado evidencia procedimentos recorrentes – como o uso da linha como contorno e estrutura, a justaposição entre formas orgânicas e elementos gráficos, e a aparição de figuras ambíguas, entre o humano e o fabuloso. Trata-se de um recorte específico, que não busca retrospectiva, mas observação aprofundada de um período onde artista reinventa modos de narrar por meio da imagem. Com mais de uma década desde sua última exposição individual, “ZÉLIO – Imagens e figuras imaginadas” representa a reabertura pública de um segmento expressivo da produção do artista, articulando obras pouco vistas e outras ainda inéditas em São Paulo.

Ampla exposição da trajetória de Leandro Machado.

08/jul

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, instituição da Secretaria de Estado da Cultura do RS -Sedac, apresenta a exposição “Leandro Machado – Hospícios e balneários (é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança)”. A inauguração será no dia 12 de julho quando em evento que marca também a reabertura do 2º andar do Museu.

Contemplando um panorama da produção de Leandro Machado (Porto Alegre, 1970), esta é a primeira exposição dedicada a uma compreensão mais ampla de sua trajetória e produção, sendo também a sua primeira mostra individual apresentada pelo MARGS. Assim, a seleção de obras abrange desde o início de sua atuação nos anos 1990 até o presente, como parte do processo de recuperação do acervo após a enchente de 2024. A exposição tem curadoria de Francisco Dalcol, e da curadora-assistente, Cristina Barros, com produção e preparação de obras de José Eckert, do Núcleo de Curadoria, e envolvimento de todos os setores do Museu.

Sobre o artista e a exposição.

Leandro Machado desenvolve sua obra transitando entre pintura, desenho, objeto, colagem, fotografia, procedimentos gráficos, apropriação, escrita, som, performance e intervenção, além de empregar a experiência do andar e do deslocamento como expediente artístico. Nessa prática e produção diversificadas, seus trabalhos reverberam temas e questões que encontram um sentido mais amplo de urgência política. Seja a partir de sua  condição e da reflexão sobre sua ancestralidade, seja pela leitura crítica dos sistemas de poder e das relações de desigualdade social-racial.

Já programada antes da enchente de 2024, esta exposição acontece também agora como parte do processo de recuperação do acervo após os danos da inundação parcial do térreo do Museu.