Arte moderna e contemporânea brasileira.

10/set

A Galatea participa da 15ª edição da feira ArtRio, que ocorre entre 10 e 14 de setembro, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, RJ. A galeria apresenta uma seleção de obras composta por nomes fundamentais da arte moderna e contemporânea brasileira, além de artistas que exerceram influência na cena nacional ou que por ela foram influenciados, abarcando desde jovens talentos emergentes a nomes consolidados.

ArtRio 2025, Galatea | Estande B7.

A robusta lista de artistas reúne Alfredo Volpi, Allan Weber, Angelo de Aquino, Arnaldo Ferrari, Arthur Palhano, Ascânio MMM, Bruno Novelli, Carolina Cordeiro, Dani Cavalier, Edival Ramosa, Estela Sokol, Francisco Galeno, Franz Weissmann, Gabriel Branco, Gabriela Melzer, Georgete Melhem, Ione Saldanha, Israel Pedrosa, Joaquim Tenreiro, Julio Le Parc, Luiz Zerbini, Marilia Kranz, Max Bill, Mira Schendel, Montez Magno, Mucki Botkay, Raymundo Colares, Rubem Ludolf, Sarah Morris, Ubi Bava e Ygor Landarin.

O conjunto propõe um diálogo entre a arte contemporânea e vertentes de destaque na arte do século XX, como a arte concreta, o construtivismo geométrico, a abstração informal, a arte têxtil e a chamada arte popular. A amplitude temporal abarcada pela seleção de artistas reflete e articula os pilares conceituais do programa da Galatea: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.

Os caminhos da construção do racismo.

08/set

Exposição em cartaz no Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a obra de Voluspa Jarpa. Em sete anos de pesquisas, a artista chilena reconstrói, a partir das exibições de zoológicos humanos, os caminhos da construção do racismo por meio de dispositivos coloniais e dominação cultural.

“Cartografia Incógnita” nos defronta com os zoológicos humanos que exibiram, entre 1858 e 1958, exemplares humanos de povos ditos “exóticos” em várias exposições, realizadas em capitais europeias e também em outras cidades do continente.

As célebres Exposições Internacionais tinham, por objetivo, anunciar o progresso da indústria de cada país. Em contraponto, ofereciam ao público o espetáculo dos chamados “zoológicos humanos”: pessoas de distintas origens e de pele escura ou amarela, que eram apresentadas em cenários compostos com animais e plantas nativas, de modo a emular o que era considerado “a vida selvagem”.

A mostra faz parte da BIENALSUR. As exposições abordam os temas mais urgentes do nosso tempo: meio ambiente, memória, direitos humanos, migrações, inteligência artificial e futuros possíveis. A Bienal renova, assim, seu compromisso com o desenvolvimento de um humanismo contemporâneo. É por isto mesmo que a realização da BIENALSUR 2025 tem o apoio oficial da UNESCO.

Até 16 de novembro.

Niki de Saint Phalle na Casa Fiat de Cultura.

05/set

Mostra é destaque na Temporada França Brasil 2025 e apresenta, ao  público brasileiro, obras originais e provocativas de uma das primeiras  mulheres a integrar a vanguarda artística do século XX.

Visionária, provocadora e profundamente engajada, Niki de Saint Phalle marcou a arte do século XX com obras que desafiam preconceitos, rompem silêncios e celebram a liberdade das mulheres. Até 02 de novembro, a Casa Fiat de Cultura, Belo Horizonte, MG, apresentará os trabalhos dessa artista franco-americana numa exposição inédita no Brasil, que revela a potência transformadora de sua criação. A mostra “Niki de Saint Phalle. Sonhos de Liberdade” reúne 67 obras, sendo 66 do acervo do MAMAC(Museu de Arte Moderna e Arte Contemporânea de Nice), na França, e uma obra da Pinacoteca do Estado de São Paulo, que sai pela primeira vez do museu desde que foi adquirida, em 1997. O público poderá apreciar suas esculturas, assemblages e as icônicas “Nanas”, a maioria delas nunca exibidas no Brasil. A mostra conta com a parceria da Prefeitura de Nice e do MAMAC, e com a colaboração da Niki Charitable Art Foundation e do grupo 24 Ore Cultura, de Milão.

Com curadoria de Olivier Bergesi e Hélène Guenin, a exposição propõe um encontro com a narrativa poética de Niki de Saint Phalle (1930-2002). Sua produção potente e imaginativa continua a inspirar novas gerações, não apenas por sua estética ousada, mas pela capacidade de transformar sofrimento em beleza, denúncia em esperança, exclusão em potência. Suas obras são um hino à liberdade, à alegria e à diversidade, e, por isso, seguem tão atuais. “Ela aborda temas sociopolíticos “antigos”, como a violência sexual, a opressão das mulheres, a guerra e as relações de poder – assuntos ainda extremamente atuais”, como afirma o curador Olivier Bergesi, do MAMAC.

Em “Niki de Saint Phalle. Sonhos de Liberdade na Casa Fiat de Cultura”, o público é convidado a percorrer diferentes momentos da vida e da obra da artista, desde seus primeiros experimentos artísticos até suas esculturas de grande porte, passando por fases marcadas por dor, experimentação, cura, celebração e engajamento social. A mostra combina obras históricas, registros audiovisuais e ambientações, que dialogam com a vibrante linguagem visual da artista.

A exposição “Niki de Saint Phalle. Sonhos de Liberdade” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Stellantis, Fiat, copatrocínio da Stellantis Financiamentos, Banco Stellantis, Banco Safra e da Sada. A mostra  tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.  Tem parceria internacional com o MAMAC (Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Nice) e a Prefeitura de Nice, e com colaboração da 24 Ore Cultura (Milão) e da Niki Charitable Art Foundation.

Visita temática “Niki de Saint Phalle” | Das rosas, espinhos com amor.

20 e 21 de setembro, às 16h, na Casa Fiat de Cultura.

Entre cores intensas, formas monumentais e símbolos carregados de significado, a obra “Trilogia dos Obeliscos”, de Niki de Saint Phalle, surge como gesto de alerta, indignação e afeto. Criadas em um contexto marcado pela pandemia de HIV/Aids, as esculturas transformam dor, estigma e sofrimento em expressão artística, afirmando a força do cuidado e da solidariedade. Ao se aproximar das obras, o público será convidado a refletir sobre a fragilidade humana e perceber como cada detalhe traduz a importância da empatia e do afeto. Vagas limitadas, com inscrições na recepção da Casa Fiat de Cultura.

Primeira individual na Austrália.

03/set

O escultor Leo Stockinger vai apresentar pela primeira vez sua exposição “Vísceras – Corpo e Existência”, em Sydney, na Austrália, país onde vive desde 2005. A mostra seráinaugurada no próximo dia 26 de setembro na Scratch Art Space (Sydenham Rd, Marrickville). As obras poderão ser visitadas até o dia 05 de outubro. O artista já participou de mostras coletivas em Brasília e Paraty, e esteve em cartaz no início do ano com sua primeira mostra individual no Brasil, durante a Bienal do Mercosul. Estudou escultura na National Art School de Sydney e, incorporou influências diversas à sua produção, que reflete uma vivência multicultural e a busca por novas formas de expressão, sem perder a conexão com a tradição da escultura: “Expandi minha visão sobre a arte, absorvendo referências que vão da tradição indígena australiana à arte asiática e ocidental contemporânea”.

“Vísceras – Corpo e Existência” ganhou vida quando Leo Stockinger  encontrou um material vermelho de aspecto molhado e surpreendente plasticidade – um adesivo que evocava a matéria viva da carne e das vísceras. “Busquei corpos fossilizados nos troncos de árvores mortas na praia. Eram vestígios do tempo, restos esquecidos que carregavam histórias em suas fibras secas”, revela.

Da fusão desses elementos nasceram corpos escultóricos únicos, onde madeira e adesivo se incorporam em diferentes formas e tamanhos, ressignificando a matéria e transformando-a em arte. Onde o espectador é convidado a sentir o que só a alma é capaz de enxergar: “A carne agora pulsa novamente – não mais inerte, mas víscera viva, reconfigurada pela arte”, complementa o artista. Há beleza e desconforto. Atração e repúdio. Tesão e medo. Instigados pela profunda estranheza das vísceras expostas e em constante busca de padrões pré-estabelecidos, o espectador impacta-se diante do que cada corpo deseja comunicar. Gestos, sensações e formas fundidas em matéria e dúvida. As esculturas de Leo Stockinger ultrapassam a beleza plástica e nos fazem perguntas. Sobre gênero, energia sexual, culpa, posse, raiva, vergonha, relações e desejo. Corpo e mente cúmplices em cada peça do artista e naqueles que são tocados pela sua criação. Carne, signo, desejo, símbolo.

Textos assinados pelo crítico de arte Jacob Klintowitz e pelo artista Tom Isaacs, de Sydney, refletem sobre a poética e o impacto do trabalho de Leo Stockinger.

Sobre o artista

crítico de arte Jacob Klintowitz e pelo artista Tom Isaacs, de Sydney, refletem sobre a poética e o impacto do trabalho de Leo Stockinger, em Sydney, Austrália. Nascido em Porto Alegre, RS, Brasil, em 1980, radicou-se na Austrália há duas décadas, onde vive e trabalha. Leo Syockinger cresceu literalmente no meio da arte. Sua herança começa na família, com seu avô, Francisco (Xico) Stockinger, reconhecido escultor, que exerceu uma influência fundamental em sua vida. Desde menino, frequentava o ateliê e, imerso naquele ambiente mágico, via formas surgindo do gesso, do barro, do metal e da madeira. Aprendeu os fundamentos da escultura e, ainda jovem, estudou também desenho com o pintor Danúbio Gonçalves, consolidando seu olhar sobre traços e sombras. Embora tenha iniciado sua trajetória acadêmica estudando Direito no Brasil, Leo Stockinger optou por seguir seu verdadeiro chamado, dedicando-se integralmente às artes. Sua formação na National Art School consolidou sua pesquisa escultórica, permitindo-lhe aprofundar a exploração da forma e da matéria. Em abril de 2025, trouxe para Porto Alegre-RS, Brasil, dentro do Projeto Portas Abertas – Fundação Bienal do Mercosul, a exposição “Vísceras-Corpo e Existência”, uma  realização da Galeria de Arte Stockinger.

Galatea na ArtRio 2025.

A Galatea participará da 15ª edição da feira ArtRio, que ocorre entre 10 e 14 de setembro, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A galeria exibirá uma seleção de obras composta por nomes fundamentais da arte moderna e contemporânea brasileira, além de artistas que exerceram influência na cena nacional ou que por ela foram influenciados, abarcando desde jovens talentos emergentes a nomes consolidados.

A robusta lista de artistas reúne Alfredo Volpi, Allan Weber, Angelo de Aquino, Arnaldo Ferrari, Arthur Palhano, Ascânio MMM, Bruno Novelli, Carolina Cordeiro, Dani Cavalier, Edival Ramosa, Estela Sokol, Francisco Galeno, Franz Weissmann, Gabriel Branco, Gabriela Melzer, Georgete Melhem, Ione Saldanha, Israel Pedrosa, Joaquim Tenreiro, Julio Le Parc, Luiz Zerbini, Marilia Kranz, Max Bill, Mira Schendel, Montez Magno, Mucki Botkay, Raymundo Colares, Rubem Ludolf, Sarah Morris, Ubi Bava e Ygor Landarin.

O conjunto propõe um diálogo entre a arte contemporânea e vertentes de destaque na arte do século XX, como a arte concreta, o construtivismo geométrico, a abstração informal, a arte têxtil e a chamada arte popular. A amplitude temporal abarcada pela seleção de artistas reflete e articula os pilares conceituais do programa da Galatea: ser um ponto de fomento e convergência entre culturas, temporalidades, estilos e gêneros distintos, gerando uma rica fricção entre o antigo e o novo, o canônico e o não-canônico, o erudito e o informal.

Dois artistas na galeria A Gentil Carioca.

02/set

A Gentil Carioca, Higienópolis, São Paulo, SP, anuncia, em sua sede paulistana, a primeira exposição do artista colombiano Carlos Jacanamijoy no Brasil. Intitulada “Ambi Yaku” – expressão em quéchua que significa “água que cura” -, a mostra evoca a relação vital entre natureza, espiritualidade e ancestralidade. No andar superior da galeria, Ana Silva apresenta “Contemplação do Vazio”, sua segunda individual na galeria. Atualmente em cartaz na coletiva “O Poder de Minhas Mãos”, no Sesc Pompeia, a artista reúne composições de atmosfera onírica, que expandem a poética de seu trabalho e costuram tempos, territórios e memórias. As aberturas acontecem em 03 de setembro, coincidindo com o início do circuito da Travessa Dona Paula, encontro de colecionadores, patronos e curadores no contexto da 36ª Bienal de São Paulo.

Reconhecido como um dos principais nomes da arte indígena contemporânea nas Américas, Carlos Jacanamijoy (n. 1964, Putumayo, Colômbia) apresenta obras inéditas desenvolvidas durante residência no Rio de Janeiro. Sua pintura, de dimensão quase sinestésica, compõe partituras visuais em que cores e gestos se transformam em murmúrios, silêncios e explosões sonoras. Os títulos em quéchua, língua aprendida com a avó, reafirmam a resistência cultural e prestam tributo às gerações anteriores: “O quéchua é uma língua muito doce. Talvez eu sinta isso porque é minha língua materna ancestral em risco de extinção, e porque sinto nostalgia de fazer parte de uma cultura de língua milenar, silenciada, esquecida, invisibilizada (…). Sua sonoridade abre um portal de memórias muito imersas na natureza que me viu crescer e que eu via enquanto crescia.”

Para Carlos Jacanamijoy, a arte é uma linguagem de liberdade, capaz de “desfolclorizar e descolonizar”, rompendo estereótipos que historicamente reduziram os povos indígenas a representações folclóricas ou exóticas. Ao afirmar-se como artista – sem rótulos limitadores como “arte indígena” -, Carlos Jacanamijoy reivindica um espaço de dignidade, diálogo e reconhecimento. Suas obras integram coleções de prestígio, como o National Museum of the American Indian – Smithsonian Institution (Washington, D.C., EUA), Biblioteca Luis Ángel Arango (Banco da República, Bogotá), Museu de Arte Moderna de Bogotá e o Museo La Tertulia (Cali), consolidando-o como figura fundamental na arte contemporânea latino-americana.

A pesquisa de Ana Silva (n. 1979, Calulo, Angola) toma o bordado como linguagem plástica para refletir sobre heranças culturais, afetividade e identidade. Bordados, pigmentos e tecidos são sobrepostos e tensionados, ganhando densidade poética. O gesto manual, também uma escolha política, resgata tradições ligadas ao trabalho doméstico e feminino, articulando delicadeza e força, intimidade e potência. Suas obras integram as coleções do Centre Pompidou; Fondation H – Paris; Fonds de Dotation agnès b., PAMM: Pérez Art Museum Miami, e Fondation Gandur pour l’Art.

Na individual “Contemplação do Vazio”, Ana Silva apresenta obras inéditas produzidas em residência artística em São Paulo, nas quais investiga o vazio como espaço de potência e transformação: “Nesta série, parto do princípio de que o vazio não é sinônimo de ausência, mas de potencial. Um espaço em expansão, tal como o universo, traz consigo a possibilidade da criação, da transformação e da leveza. Tal como a respiração – que se expande e contrai -, o vazio pulsa, ressoa e oferece um refúgio ao movimento da existência.”, diz a artista.

Bandeiras da Utopia.

01/set

Cortejo e exposição acontecerá neste domingo, dia 07 de setembro, abrindo a 1ª Semana de Arte e Cultura do Rio de Janeiro e contando, pela primeira vez, com artistas internacionais.

A edição deste ano abrirá a 1ª Semana de Arte e Cultura do Rio, iniciativa da ArtRio em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, e terá a participação de renomados artistas, como Cildo Meireles, Denilson Baniwa, Ernesto Neto, Jarbas Lopes, Lenora de Barros, Mana Bernardes, Marcos Chaves, Matheus Ribbs, Opavivará, Regina Silveira, Sepideh Mehraban, entre outros. Artistas indígenas de cinco diferentes etnias também participarão do evento.

A “PARADA 7 é um meio de participação efetiva do universo da arte e da cultura na discussão dos problemas do Brasil e do mundo, além de levar às ruas as manifestações da arte contemporânea. Um posicionamento efetivo dos artistas que trazem a visão da arte sobre as questões cruciais do nosso tempo”, afirmam César Oiticica Filho e Evandro Salles, idealizadores e organizadores do evento.

Para o evento deste ano, foram produzidas 100 bandeiras, cada uma com a obra de um artista, com imagens do que imaginam ser um novo mundo. Através das bandeiras, serão apresentadas visões e reflexões sobre as principais questões contemporâneas, pensando temas como: Qual a nossa utopia de mundo? Que mundo queremos construir? Como queremos que o nosso mundo seja? Como gostaríamos que a nossa civilização fosse? E o que queremos fazer de nosso planeta, a mãe Terra que nos acolhe, cria e alimenta?

Dentre os participantes da PARADA 7 deste ano, haverá 40 brasileiros convidados, 20 estrangeiros selecionados pela BRICS Arts Association, que lançará o primeiro número de sua revista durante o evento, e outros 40 artistas selecionados através de chamada pública pelo comitê curatorial do evento – formado por Giselle Lucía Navarro (Cuba), Yang Shu (China), Pooja Sod (Índia), Barbara Santos (Colômbia), Mai Abu Eldahab (Egito), Raquel Schuartz de Vargas (Bolívia), Shabbir Hussain Mustafa (Singapura) e pelos brasileiros Cesar Oiticica Filho, Helmut Batista, Evandro Salles e Sergio Cohn. A PARADA 7 2025 é organizada e produzida pelas seguintes instituições: BRICS Arts Association, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Capacete, Companhia de Mysterios e Novidades, Fina Batucada, Florestas Cidade – UFRJ, Guerrilha da Paz, Instituto de Artes da Universidade Federal Fluminense – UFF, Oasis, Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes (PPGCA-UFF) e Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

De 07 de setembro a 15 de novembro.

Duas exposições na Simões de Assis.

21/ago

A Simões de Assis, Jardins, São Paulo, SP, apresenta duas exposições com abertura no dia 30 de agosto. “É pela linha que se desenha: Geometrias Latino-Americanas”, coletiva que reúne obras de Olga de Amaral, Carmelo Arden Quin, Ana Teresa Barboza, Eamon Ore-Giron, Maria Leontina, Mano Penalva e Eduardo Terrazas.

Com texto crítico de Miguel López, a mostra aborda temas como pertencimento e migração, tradição e experimentação, tensionando preceitos modernos e a contemporaneidade. Em comum, esses artistas compartilham uma crença profunda na capacidade da arte de imaginar e representar diferentes ideias e modelos de mundo, por meio de linguagens variadas como pintura, escultura, suportes têxteis, mosaicos e móbiles.

Seus trabalhos exploram escalas que oscilam entre o micro e o macro, o terreno e o cósmico, o íntimo e o coletivo, confrontando diferentes perspectivas latino-americanas sobre geometria, abstração formal e intuitiva, iconografias espirituais e práticas artesanais.

Até 11 de outubro.

Mika Takahashi

Noctiluca

A Simões de Assis apresenta “Noctiluca”, primeira individual de Mika Takahashi em São Paulo. A artista investiga a relação entre os reinos da vida – Animalia, Plantae, Fungi e Archaea, dando ao espectador a chance de apreciar a qualidade aquosa e etérea que a artista desenvolve de maneira singular em suas pinturas.

Com influência tanto do impressionismo como da tradição visual japonesa, especialmente do período Edo, sua técnica é marcada por uma adaptação do sumiê, que mistura pinceladas intuitivas com sobreposições de camadas de tinta. Suas obras transitam entre ciência e ficção científica, dissolvendo o registro natural e explorando relações entre espécies e seus ambientes. A mostra conta com 11 obras inéditas e texto crítico de Lucas Albuquerque.

Até 11 de outubro.

Fotografias no Instituto Cervantes.

06/ago

Uma constelação transnacional de olhares contemporâneos entre Espanha e Brasil, propondo um deslocamento simbólico e crítico pelo território brasileiro, “Câmbio de Paradigma – Um Giro no Brasil”, com curadoria partilhada de Marta Soul e Ângela Berlinde, será aberta ao público no dia 14 de agosto, no Instituto Cervantes, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ. A mostra estabelece um diálogo inclusivo entre os dois países, compreendendo o “giro” como abertura a outras epistemologias, afetos e imaginários historicamente marginalizados. Como parte da programação oficial do festival FOTORIO 2025, a exposição reúne 12 artistas contemporâneos, sendo seis brasileiros e seis espanhóis, cujos trabalhos se articulam em torno de cinco eixos curatoriais: estruturas de poder; justiça social e racial; gênero e autorrepresentação; tecnologia e progresso; ecologia e justiça climática.

Trata-se de uma exposição que questiona quem olha, quem é olhado e a partir de onde se constroem as imagens. “Câmbio de Paradigma” é um espaço de ressonância, escuta e transformação coletiva. Por meio de dispositivos híbridos, instalações, colagens, vídeo e performance, os artistas participantes reconfiguram a fotografia como uma ferramenta crítica e sensível diante das estruturas hegemônicas da imagem.

Sobre os artistas e suas obras.

Do lado espanhol, Megane Mercury explora identidades migrantes e gentrificação urbana na série La Españoleta, enquanto Cristina Galán revela as contradições do eu hiperfiltrado nas redes sociais em Paul. Esteban Pastorino investiga a memória da técnica fotográfica a partir do uso de câmaras analógicas, e Agnes Essonti Luque propõe uma profunda reflexão sobre identidade afrodescendente em La máscara del duelo. Toya Legido alerta para a extinção de espécies no território ibérico em Lepidópteros en extinción, e Yun Ping constrói um diário visual de transformação e pertença em The body as a suit.

Do Brasil, Shinji Nagabe subverte a masculinidade normativa em Cavalo de Troia, propondo uma soberania queer em tensão com o imaginário da conquista. Denilson Baniwa, artista indígena, desmonta visualmente os relatos coloniais em Ficções Coloniais. Caio Aguiar (Bonikta) encarna o território amazônico como um corpo político e encantado em Memórias Enkantadas, enquanto a dupla Masina Pinheiro & Gal Cipreste apresenta Hunting Exercise: Blow, obra que ativa memórias queer e performativas a partir do corpo. A exposição celebra ainda a participação especial da artista local Betina Polaroid, que propõe um gesto de celebração e resistência queer com a instalação Espelhos & Películas e a performance Fluidez, ativada no dia 14 de agosto.

Giuseppe Boscagli no Museu de Arte do Paço.

04/ago

A exposição Boscagli, de Júlio de Castilhos a Rondon, comemorativa aos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, inicia dia 06 de agosto, e segue até 31 de outubro, na Pinacoteca Aldo Locatelli, localizada no Museu de Arte do Paço, Praça Montevidéu, 10, Centro Histórico, Porto Alegre, RS.

A mostra revela a trajetória de Giuseppe Boscagli, pintor e fotógrafo italiano, cuja obra e vida se entrelaçam com a história brasileira. O artista destaca o papel de imigrantes italianos na formação da identidade regional e nacional, através de sua memória visual – retratos, paisagens, marinhas e registros etnográficos produzidos no Brasil entre 1899 e 1945. Além disso, a exposição agrega registros da expedição Roosevelt-Rondon (1913-1914) e apresenta obras originais em óleo, cartão e madeira, incluindo oito retratos históricos de figuras públicas como Conde de Porto Alegre, Gaspar Silveira Martins e Pinheiro Machado.

Sobre o artista.

Giuseppe Boscagli nasceu em 29 de abril de 1862, na comuna de Rapolano, província de Siena, Itália, e faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1945. Em 1888, imigrou para Buenos Aires, Argentina, e de lá para o Brasil, em Porto Alegre, no final de 1899. Seu trabalho é uma valiosa documentação visual do Brasil no início do século 20, especialmente das comunidades indígenas e dos pioneiros das regiões de colonização.