Obras que refletem processos de ruptura.

19/Nov

 

Patrícia Pedrosa apresenta “Eu aos pedaços ou Ainda assim eu voo”, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. A mostra reúne vinte trabalhos inéditos – entre gravuras em técnicas diversas, vídeo-performance, cerâmica, livro de artista e um sketchbook – nos quais a artista toma o próprio corpo feminino como matriz e medida. Ao articular experimentações gráficas, bordado, colagem, estêncil e suportes como papel vegetal e tecido, investiga memória, somatizações e cicatrizes que atravessam a vida, criando obras que refletem processos de ruptura, cuidado e reconstrução.

Composta por 20 trabalhos – dezesseis gravuras, uma vídeo-performance, uma cerâmica, um livro de artista e um sketchbook – a mostra evidencia o modo como Patrícia Pedrosa expande a gravura para territórios híbridos. Suas obras articulam técnicas variadas, como bordado, colagem, recortes, pintura e procedimentos xerográficos, criando camadas que tensionam superfície e materialidade. O uso de suportes como papel vegetal, tecidos bordados em bastidores e tintas fosforescentes reforça esse interesse por deslocar a tradição gráfica para outros campos de experimentação, produzindo composições que se constroem entre transparências, cortes, marcas e sobreposições.

A pesquisa de Patrícia Pedrosa se estrutura a partir do corpo feminino e das marcas que o atravessam – cicatrizes físicas e simbólicas que se acumulam como registro das experiências somatizadas ao longo dos anos. Durante o período da pandemia de Covid-19, esse campo de investigação ganhou novos contornos. O isolamento em seu ateliê e a ruptura da rotina coletiva intensificaram a percepção da artista sobre finitude, fragilidade e transformação.

As obras inéditas reunidas em “Eu aos pedaços ou Ainda assim eu voo” nascem desse tempo suspenso, em que o ritmo da vida sofreu torções profundas e a relação com o próprio corpo se tornou um território ainda mais sensível de observação e elaboração. A mostra permanece em cartaz até 17 de janeiro de 2026.

Sobre o artista.

Patrícia Pedrosa nasceu em 1971, em São Gonçalo – RJ, possui bacharelado em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e atualmente é a docente responsável pela disciplina de litografia na mesma instituição onde se formou. Participa de individuais e coletivas desde 1992, tendo ministrado cursos, workshops e oficinas, atuando principalmente com gravura, desenho e história da arte. É doutora em Artes Visuais pela EBA – PPGAV – UFRJ e mestre na mesma instituição, ambos na linha de História e Crítica da Arte. Em 2025 recebeu Menção Honrosa na Kitchen Print Biennale de l’estampe (Épinal, França), uma competição com ênfase em pesquisas artísticas na gravura alternativa e não tóxica. Atualmente se divide entre o trabalho no seu ateliê em Petrópolis (RJ) e o Rio de Janeiro, onde leciona na Escola de Belas Artes – EBA/UFRJ.

Relevos e gravuras de João Carlos Galvão.

“A geometria poética de João Carlos Galvão é luminosa e musical”, como bem define Fabio Magalhães no texto que acompanha a nova exposição do artista, que em 2026 comemora 85 anos. Prestes a ser inaugurada na Galeria Patricia Costa, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, no dia 27 de novembro, “A cor no espaço bailarino” apresentará dez relevos em acrílica sobre madeira e dez gravuras em metal, produzidos entre 2024 e 2025. A mostra permanecerá em exibição até 13 de dezembro.

A poética do papel em branco

Quadrados e círculos articulam-se em relevo na superfície do papel. O artista nos propõe uma dinâmica visual de ritmo pulsante, com sutis vibrações de luz decorrentes da delicada volumetria impressa sobre o branco do papel. João Carlos Galvão é um artista de ampla trajetória e reconhecimento internacional, companheiro de Sérgio Camargo, Victor Vasarely e Jean Pierre Yvaral, todos eles artistas da vertente construtiva. Há em sua geometria uma poética de nítida preocupação pela síntese, mesmo assim, Galvão obtém extraordinária riqueza e diversidade expressiva na sua plástica. Notamos nestes trabalhos certa desordem vivaz na acumulação das formas que se organizam no espaço e uma imprevisibilidade rítmica na formação dos conjuntos. O artista estabelece uma tensão entre ordem/desordem para criar cinesia nos seus conjuntos geométricos. A percepção de movimento nos conduz a uma sensação sonora. Melhor dizendo, a articulação dos relevos sugere acordes musicais. Portanto, acrescentam emoção à racionalidade. O poeta Paul Claudel citava a música como sendo a alma da geometria. As diferentes angulações dos quadrados e dos círculos alterando a face plana do papel (técnica de relevo seco) provocam variações de luz sobre a superfície. Desse modo, o artista procura controlar onde a luz é refletida ou absorvida. Vale ressaltar que a poética da luz é a expressão predominante na obra de João Carlos Galvão; as formas tornam-se perceptíveis pela gradação de sombra e luz. As sombras sublinham as geometrias, fortalecem os contornos e acrescentam tênues variações de cinza. De outro modo, nas zonas brilhantes, de maior presença de luz, notamos o surgimento de reflexos de cor no branco do papel (suaves tonalidades de azuis, de vermelhos) como resultado do espectro de luz, fenômeno, também, conhecido como dispersão da luz. É notável como o artista obtém múltiplos efeitos luminosos e cromáticos usando apenas variações de planos na superfície do “papel em branco”.

Fabio Magalhães, Outubro de 2025.

Sobre o artsita.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1941, João Carlos Galvão iniciou seus estudos em pintura aos dez anos de idade, em 1951. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes da Universidade do Brasil entre 1964 e 1966 e se mudou para Paris em 1967, onde cursou Sociologia da Arte com Jean Cassou, na Sorbonne, frequentou os ateliês de Sergio Camargo, Victor Vasarely e Jean-Pierre Yvaral e conheceu o pintor português Nadir Afonso. Participou de salões, bienais, feiras, exposições individuais e coletivas desde 1966 no Brasil e no exterior, como a Bienal de Arte de São Paulo, SP-Arte, ArtRio e os salões de Paris. Desde 1974, executou vinte e sete obras de grande escala, incluindo murais e painéis em diferentes materiais. Com mais de 50 anos de trajetória artística, ele atualmente mantém uma rotina de produção constante no ateliê em Nova Friburgo, RJ.

A Suíte Tropical de Di Cavalacanti.

13/Nov

A Galeria Mayer Mizrahi, Jardim Paulista, São Paulo, SP, inaugura exposição marcando o lançamento da série Suíte Tropical, uma seleção de dez obras de Di Cavalcanti realizadas em serigrafias certificadas pela filha do artista Elisabeth di Cavalcanti, reunidas com o propósito de ampliar o acesso à visualidade intensa e calorosa de um dos grandes nomes da arte brasileira. O conjunto se organiza em torno de temas recorrentes na obra de Di Cavalcanti: o corpo, a festa, o cotidiano, as mulheres, os ritmos da cor e da vida. O título suíte é uma referência à forma musical que evoca uma sequência de movimentos harmônicos, mas também uma expressão que dialoga com a tradição de grandes séries gráficas da arte.

Além de apresentar as serigrafias, a exposição, com curadoria de Denise Mattar, traz textos do artista, uma cronologia ilustrada, vídeo e legendas comentadas que contextualizam as obras selecionadas. Assim o que se oferece ao espectador é uma suíte brasileira, ou melhor, tropical, na qual cada imagem carrega a pulsação de um país reinventado por traço e cor.  Suas figuras não são apenas personagens: são paisagens humanas, sínteses do trópico em sua plenitude sensual e simbólica. A curadora destaca que a exposição proporciona uma experiência de leitura sensível, revelando dimensões da obra do artista ainda pouco acessíveis ao grande público.

Até 13 de dezembro.

 

Recorte da produção da artista Silvia Mecozzi.

04/Nov

Olsen K e Galeria Lica Pedrosa, Higienópolis, São Paulo, SP, convidam para um recorte da produção da artista Silvia Mecozzi no dia 06 de novembro das 14 às 20h. 

Silvia Mecozzi nasceu em 1956, São Paulo, SP. Vive e trabalha em São Paulo, SP. Silvia Mecozzi é criadora de vários caminhos em sua produção artística. Explora variados suportes e técnicas que vão da gravura em metal, à escultura em pedra, até a vídeo-arte. Formada em artes visuais pela Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP) em 1981. Sua primeira individual, organizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 1994, quando recebeu o prêmio Revelação de Pintura da APCA.

A artista se apossa de inúmeros materiais da indústria, como também de materiais naturais; peles, pedras, ossos, ouro, chumbo, cobre. Seu ponto de partida é o corpo, partes do corpo, fluxos do corpo, abstrações e proximidades. Ao longo do seu percurso, Silvia Mecozzi construiu uma trajetória focada nas raízes humanas e atualmente seu trabalho discute questões a respeito da emblemática relação entre a materialidade do corpo vivo e da terra.

Em 2005 apresentou “ouriças” na Estação Pinacoteca (São Paulo) e em 2007 realizou individual na Galerie Sycomore Art, em Paris. Em 2009 integrou a mostra “libérer l’horizon, reinventer l’espace” na Cité Internationale des Arts (Paris), e expôs  a vídeo-instalação “olódòdó”, no Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador).

Participou também de inúmeras  exposições coletivas desde a década de 1990 entre elas “O Traje como Objeto de Arte”, no Palácio das Artes em Belo Horizonte e na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, ambas em 1990; e “Viagens e Identidades” (United Artists V), na Casa das Rosas em 1999. Entre 2000 e 2008, além de exposições coletivas,  como “Ópera Aberta”, na Casa das Rosas em 2002, e “Natureza Morta/Still Life”, na Galeria de Arte do Sesi. Expos individualmente no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, MARGS, em Porto Alegre, RS; e no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, integrou “Arte Contemporânea, uma Historia em Aberto” em 2004, assim como as exposições “Transparências” em 2007 e “Entre o Plano e o Espaço” em 2008, organizadas pela Galeria Raquel Arnaud.

 

Artistas da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

03/Nov

O Espaço de Arte Contemporânea Portão Vermelho, localizado na Fábrica Bhering, abrirá no sábado, dia 8 de novembro, a exposição “Pulsão /in/ Possível”. A mostra coletiva reúne obras de 22 artistas da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV): Ad Costa, Ana Júlia Rojas, Ana Regal, Benjamin Rothstein, Camila Tavares, Carlos Martelote, Fernanda Rosa, Jeff Seon, Karla Biery, Leo Stuckert, Luana Gomes, Moshe de Leon, Pedro Rangel, Peu Mello, Rodrigo Ajooz, Tatiana Coelho, Teka Mesquita, Thaís Ravicz, Tomie Savaget, Vitor Viana, Virna Santolia e Zilah Garcia.

As obras são multimeios, variando desde pinturas de menor porte para esculturas de tecido de tamanho significativo, a potência artística dessa exposição residindo na diferença entre trabalhos e sua variedade de suportes.

Com orientação de André Sheik e Daniele Machado e curadoria coletiva do corpo discente da instituição, a mostra explora o processo de pesquisa artística não somente enquanto objeto a ser discutido, mas como possibilidade no campo artístico, abrindo entrelugares e deslocando a ideia de genialidade do artista, da masterpiece: a experimentação abre uma fresta pela qual a pesquisa é não só parte, mas o trabalho em si. Esgarçando o conceito de liberdade, autonomia e a importância do espaço independente na crítica de Mário Pedrosa, a equipe de curadoria pensa essa exposição a partir do exercício de experimentação de liberdade dos artistas como Lugar.

“O meio século de vida da EAV é resultado sempre do futuro, do respeito ao lugar sagrado da autonomia, da experiência e do aprendizado ante qualquer papel, que sempre retornaram para construir a História. Os curadores e artistas aqui reunidos, junto ao Portão Vermelho, manifestam a liberdade, sem a qual a arte não pode existir. Fiquem de olho nesses nomes.” Daniele Machado.

“Para nós, o processo de pesquisa é muito mais interessante que a ideia de produto final, pois é no processo que reside o território de experimentação, da tentativa e erro e todos esses fatores sendo abraçados e convergidos em obra. Juntamente da discussão sobre os próprios trabalhos, a ideia de Pulsão /in/ Possível reflete também o valor da troca durante as trajetórias dos artistas”.

Debora Pitasse, Fernanda Rosa, Guilherme Santana, Lua C, Souza Teodoro – Equipe Curatorial.

 

Representantes da obra de Miriam Ines da Silva.

31/Oct

A Almeida & Dale, São Paulo, SP, anuncia a correpresentação internacional do espólio de Miriam Inez da Silva (1937, Trindade, GO – 1996, Rio de Janeiro, RJ, Brasil), em parceria com a Travesía Cuatro.

“Para mim pintar é vida. Pinto o que amo e sinto no coração. O povo para mim, o Brasil, são uma atração grande demais. Curto ouvir causos, música popular e o mais importante, estou muito com gente, mas não importa a escala social. Minha pintura deve muito aos grandes mestres que tive em Goiás. E, no Rio, o Ivan Serpa”. 

Miriam Inez da Silva, O Popular, Goiânia, 1983

As pinturas e xilogravuras da artista conjugam referências à história da arte, a ícones da cultura pop e da literatura, assim como cenas que unem o fantástico ao cotidiano do interior – um repertório visual construído a partir de suas memórias de infância. Suas obras adquirem um caráter narrativo por meio da construção geométrica do espaço e da inserção de molduras e formas abauladas de cortinas nos vértices da tela, sugerindo um palco.

Formada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Goiás nos anos 1950, e aluna de Ivan Serpa na década seguinte, Miriam conservou o apreço pelas técnicas artesanais de manufatura, como as envolvidas na confecção de ex-votos.

Entre as exposições mais recentes dedicadas à obra de Miriam Inez da Silva, destacam-se as realizadas na Travesía Cuatro, Madri, Espanha (2025); Cerrado Galeria, Goiânia (2024); Museu Nacional da República, Brasília (2021) e Almeida & Dale, São Paulo (2021). Seu trabalho também figurou em exposições coletivas na Pinacoteca de São Paulo (2025); Museo Madre, Nápoles, Itália (2024); Instituto Çarê, São Paulo (2022); MASP, São Paulo (2022, 2017, 2016); Fundación Juan March, Madri, Espanha (2018), além da Bienal da Gravura de Santiago, Chile (1969) e Bienal de São Paulo (1967, 1963).

 

Prêmio Jane Lombard de Arte e Justiça Social.

30/Oct

A artista e educadora Rosana Paulino é a vencedora do Prêmio Jane Lombard de Arte e Justiça Social 2025-2027, concedido pelo Centro Vera List de Arte e Política, em Nova York, em reconhecimento ao seu livro de artista de 2016, “História Natural?”, que explora as histórias entrelaçadas da ciência e da violência racial. A seleção de Rosana Paulino foi feita por unanimidade por um júri presidido por Chus Martínez e composto por Tony Albert, Carin Kuoni, Sennay Ghebreab e Gabi Ngcobo. Prêmio em dinheiro de US$ 25 mil e uma obra de arte de edição limitada encomendada a Yoko Ono. Como ganhadora do Prêmio, Rosana Paulino será tema de uma exposição individual na The New School, ancorada por uma das obras mais significativas do artista, apresentada em outubro de 2026 como parte do Fórum Vera List Center 2026. 

O Centro Vera List de Arte e Política anunciou a artista, educadora e pesquisadora brasileira Rosana Paulino como a vencedora do Prêmio Jane Lombard de Arte e Justiça Social 2025-2027. Rosana Paulino recebeu o prêmio pela importância e impacto de seu livro de artista de 2016, “História Natural?”. “Estamos entusiasmados em homenagear Rosana Paulino, cuja prática remodelou profundamente a forma como entendemos os legados coloniais e sua marca na vida contemporânea”, disse Carin Kuoni, Diretora Sênior e Curadora-Chefe do Centro Vera List de Arte e Política. 

Expansão junto à arquitetura e ao corpo.

29/Oct

Será realizada uma visita guiada com o curador Luiz Camillo Osorio na exposição do artista José Pedro Croft. A exposição pode ser vista até o dia 17 de novembro, apresentando cerca de 170 obras do renomado artista português. No dia 30 de outubro, às 16h, será realizada uma visita guiada com o curador Luiz Camillo Osorio na exposição “José Pedro Croft: reflexos, enclaves, desvios”, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Durante a visita, que será gratuita e aberta ao público, o curador percorrerá toda a exposição.

A mostra ocupa todo o primeiro andar e a rotunda do CCBB RJ, com gravuras, desenhos, esculturas e instalações, que ampliarão o entendimento sobre o conjunto da obra do artista e sobre os temas que vem trabalhando ao longo de sua trajetória, como o corpo, a escala e a arquitetura. Esta é uma oportunidade de o público ter contato com a obra do artista, que já realizou exposições individuais em importantes instituições, como no Pavilhão Português na 57a Bienal de Veneza, na Itália (2017), na Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, em Portugal (2020), na Capela do Morumbi, em São Paulo (2015), no Paço Imperial (2015), MAM Rio (2006), entre muitas outras.

“José Pedro Croft é um dos principais artistas portugueses da geração que se formou logo após a Revolução dos Cravos (1974). Ou seja, teve sua trajetória artística toda vinculada aos ideais de liberdade, cosmopolitismo e experimentação. Trata-se de uma poética visual que se afirma no enfrentamento da própria materialidade das linguagens plásticas: a linha, o plano, a cor, o espaço. Sempre levando em conta sua expansão junto à arquitetura e ao corpo (inerente aos gestos do artista e à percepção do espectador)”, conta o curador Luiz Camillo Osorio.

São Paulo ganhou novo espaço.

27/Oct

A cidade de São Paulo inaugurou um novo espaço expositivo voltado à Arte Moderna e Contemporânea. Localizado no sétimo andar do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, o Espaço Milú Villela – Brasiliana: Arte Moderna e Contemporânea amplia o acesso do público ao Acervo Itaú Unibanco, considerado a maior coleção corporativa de arte da América Latina, com mais de 15 mil obras.

Com 280 m², o novo andar se junta ao Espaço Olavo Setúbal, inaugurado em 2014, e ao Espaço Herculano Pires, aberto em 2023, reforçando o compromisso da instituição em apresentar diferentes recortes da Arte e da Cultura brasileira. O espaço leva o nome de Milú Villela, psicóloga que presidiu o Itaú Cultural por quase duas décadas, entre 2001 e 2019. A entrada é gratuita.

A mostra inaugural, de longa duração, se chama “Brasil das Múltiplas Faces” e conta com curadoria de Agnaldo Farias e projeto expográfico do arquiteto Daniel Winnik. A exposição reúne 185 obras de 150 artistas, datadas de 1889 até os dias atuais. Nomes como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Tomie Ohtake, Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Rosana Paulino e Adriana Varejão estão entre os destaques. Segundo Sofia Fan, gerente de artes visuais e acervos do Itaú Cultural, o novo espaço promove reflexões sobre identidade e diversidade por meio de diferentes narrativas visuais. “O foco em arte moderna e contemporâne traz uma continuidade destas relações, estimulando o olhar crítico e promovendo uma visita não linear e profundamente reflexiva”

Do espaço privado para o espaço da galeria.

23/Oct

A exposição “Olhar de Colecionador: Laurita Karsten Weege”, apresentada na Simões de Assis Balneário Camboriú, SC, materializa o atravessamento entre o espaço expográfico da galeria e o olhar especializado da colecionadora, uma parceria que reconhece as contribuições significativas de Laurita Karsten Weege ao projetar um encantamento pela arte. 

Abraham Palatnik, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Antonio Malta Campos, Ascânio MMM, Carlos Cruz-Diez, Cícero Dias, Eleonore Koch, Emanoel Araújo, Estúdio Campana, Flávio Cerqueira, Gonçalo Ivo, Julia Kater, Juan Parada, Mano Penalva, Marcos Coelho Benjamim, Paulo Pasta, Schwanke, Sergio Lucena, Siron Franco, Vik Muniz e Zéh Palito integram o conjunto de artistas apresentados.

A mostra apresenta o moderno e o contemporâneo, em uma proposta que transpõe o espaço privado da coleção para o espaço da galeria.

Até 20 de janeiro de 2026.