A obra de Ivens Machado na França.

25/abr

A primeira exposição institucional da obra de Ivens Machado na França será inaugurada no dia 30 de abril, no Carré d’Art – Musée d’Art Contemporain em Nîmes, apresentando uma visão panorâmica do corpo de trabalho do falecido artista.

Com curadoria de Jean-Marc Prévost, a mostra reúne esculturas, vídeos e fotografias, revelando as dimensões eróticas de sua obra, bem como as características violentas e transgressoras que atravessam seus temas e materiais. Despertando paralelos formais e conceituais entre os procedimentos do artista e o contexto sócio-histórico do Brasil nos anos 1970, a exposição faz uma introdução substancial de Ivens Machado para o público francês.

A exposição “Ivens Machado” integra a programação da Temporada França-Brasil 2025, realizada pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Cultura do Brasil e da França.

Até 05 de outubro.

Diálogo e conexões formais.

“Mirage”, exposição individual de Marina Rheingantz no Musée des Beaux-Arts, abrirá na próxima semana em Nîmes, França.

A mostra estabelece um diálogo entre os trabalhos de Marina Rheingantz e obras históricas da coleção permanente do museu, revelando conexões formais e simbólicas entre a abstração paisagística da artista e diversos períodos e gêneros da História da Arte.

Com curadoria de Barbara Gouget, “Mirage” integra a programação da Temporada Brasil-França 2025, realizada pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Cultura do Brasil e da França.

Até 05 de outubro.

A obra de Tunga representada em Londres.

11/abr

A Lisson, em Londres, UK, inaugurou a primeira exposição dedicada à obra de Tunga (1952-2016), desde que passou a representar o trabalho do artista, ao lado da Almeida & Dale, em setembro de 2024.

A exposição apresenta obras chave para compreender o desenvolvimento e transformação da poética e da mitologia que cercam o trabalho de Tunga. O percurso parte de suas primeiras esculturas, que mobilizavam a figura de marionetes e seus manipuladores, culminando em Morfológicas (2014), a última série realizada pelo artista e apresentada em 2016, na exposição Pálpebras, em São Paulo. São incluídas na mostra, também, obras que refletem o momento no qual Tunga passa a utilizar materiais como garrafas, cristais, âmbar e líquidos, complementando o uso do cobre, ferro e vidro em seus trabalhos.

A exposição expande a apreensão pelo público internacional do vasto vocabulário elaborado pelo artista ao longo de décadas, além de marcar um retorno de Tunga à capital inglesa, onde, em 1989, realizou sua seminal exposição Lezart, na Whitechapel Gallery.

Até 17 de maio.

Obras de coleção.

10/abr

 

O Presidente da Câmra Municipal de Odivelas, Portugal, Hugo Martins, convida e anuncia a abertura da exposição “Metamorfoses: O Universo de Renato Rodyner”, composta de pinturas e esculturas do artista brasileiro Renato Rodyner na Coleção do arquiteto Luis Nóbrega, no dia 15 de abril na Galeria D. Dinis no Centro de Exposições de Odivelas.

A mostra estará em cartaz até 01 de junho.

As colagens de Dedé Ribeiro e Arte africana.

04/abr

A Temporada Brasil-França está chegando em Paris neste fim de semana. E para marcar o início das atividades, acontecerá a exposição “ColonialMente”, de Dédé Ribeiro mais o encontro imperdível entre as esculturas africanas de um acervo parisiense e as colagens dessa artista brasileira, fortemente inspiradas pelo continente. Um diálogo aberto sobre identidade, privilégios, recortes e desconstrução.

Entre 05 e 06 de abril, de 11 às 18h, na Galerie L’Œil et la Main – 41, rue de Verneuil, Paris. A realização e produção do evento é do Collège de Navarre, Paris Arty, Liga Produção, bref design art, la Quincave e a Galerie L’Œil et la Main, com o apoio das instituições da Saison Brésil en France 2025: Institut Français, Instituto Guimarães Rosa, Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores e o Governo do Brasil. Paris Arty, para quem é apaixonado por arte e por Paris. Exposições, museus, visitas, notícias e as últimas tendências artsy na Cidade Luz.

Exibição de Adriana Varejão em N Y, Lisboa e Atenas.

17/mar

Artista explora interação entre natureza e cultura com novas obras.

A artista plástica Adriana Varejão desembarcará com suas exposições em Nova York, Lisboa e Atenas a partir do mês de março, expandindo ainda mais o seu trabalho após quase quatro décadas. As três mostras, que se conectam, também se expandem em diferentes aspectos do trabalho da artista carioca. No Hispanic Society Museum & Library (HSM&L) de Nova Iorque, por exemplo, Varejão explora a interação entre natureza e cultura com novas obras da série Pratos e uma escultura pública; já no Centro de Arte Moderna Gulbenkian, em Lisboa, a artista estabelece um diálogo com o trabalho de Paula Rego, abordando temas como violência e memória; enquanto na galeria Gagosian, em Atenas, ela investiga tradições de cerâmica, da turca a de Maragogipinho, na Bahia, relacionando sua produção contemporânea a essas tradições, que diz estar cada vez mais imersa na pesquisa sobre cerâmica, azulejos e barroco.

De 27 de março a 22 de junho, a exposição Don’t Forget: We Come From the Tropics marca a primeira individual da artista em um museu nova-iorquino, com as pinturas tridimensionais da série Pratos, entre inéditas e recentes, bem como uma grande instalação comissionada na entrada da Hispanic Society. As obras resultam das pesquisas de Varejão sobre a Amazônia e propõem uma releitura crítica do cruzamento entre natureza e cultura, além de fazer referências a tradições cerâmicas de diversas partes do mundo.

Em Lisboa, em Portugal, de 10 de abril a 22 de setembro, a exposição Entre os Vossos Dentes traz um diálogo da trajetória artística de Varejão com a da renomada portuguesa Paula Rego, no Centro de Arte Moderna Gulbenkian. Distribuída ao longo de 13 galerias temáticas, a exposição, com quase cem obras, encontra pontos de convergência surpreendentes entre os trabalhos de cada uma delas, abordando temas como violência, erotismo, apagamento e memória. Com curadoria da própria artista carioca em parceria com Helena de Freitas e Victor Gorgulho, a mostra tem expografia da cenógrafa, dramaturga e cineasta Daniela Thomas.

Encerrando a sequência de exposições, Adriana Varejão realiza sua primeira individual na galeria Gagosian de Atenas, de 15 de maio a 14 de junho. A exposição reúne obras inéditas da artista em diálogo com peças de diversas tradições cerâmicas, que cruzam tempos e geografias. A mostra será dividida em quatro núcleos: o primeiro se relaciona com vasos da Grécia, o segundo com vasos de Maragogipinho, na Bahia, conhecido como o maior pólo ceramista da América Latina, com cerca de 150 olarias. Adriana visitou a cidade para investigar a produção local, cujas peças são caracterizadas pela pintura floral em tabatinga branca sobre a cerâmica avermelhada. O terceiro núcleo está relacionado com a cerâmica chinesa da dinastia Song, incluindo um incensário raro que ela pegou emprestado com o museu Benaki. O quarto traz uma relação com tradição de Iznik, da Turquia, destacando os azuis vibrantes, um traço marcante desses trabalhos. Na exposição, Varejão propõe uma reinterpretação da cerâmica como maneira de conectar o passado e o presente, resgatando os significados históricos e culturais dessa produção artística.

Tarsila na Espanha.

O Museu Guggenheim Bilbao, Espanha, em colaboração com grandes coleções internacionais, inaugurou em fevereiro uma exposição inédita de Tarsila do Amaral. O foco da mostra é a formação de Tarsila do Amaral no Cubismo e a transição para um estilo único, profundamente influenciado pela cultura brasileira.

A exposição no Guggenheim, que vai até 1º de junho, inclui um raro exemplar de “Nu cubista”, da década de 1920 – existem apenas três, todos em coleções privadas e de difícil acesso. A obra integra um conjunto da exposição sobre a formação de Tarsila do Amaral no Cubismo enquanto “escola de invenção”, fundamental para um estilo pessoal classificado pela própria artista como “brasileiro” e “moderno”.

O público, no entanto, nota na mostra a ausência de “A Negra”, uma das obras mais emblemáticas de Tarsila do Amaral, que esteve na exposição “Pintando o Brasil moderno”, no Museu de Luxemburgo, em Paris, entre outubro de 2024 e fevereiro, mas não seguiu para o Guggenheim de Bilbao.

O Guggenheim informa que “A Negra” é uma tela muito requisitada em mostras nacionais e internacionais e está no centro do novo esquema de apresentação da exposição permanente do Museu de Arte Contemporânea da USP. A mostra foca a representação do negro na arte moderna. Em novembro de 2024, enquanto esteve na capital francesa, a icônica obra de Tarsila do Amaral foi tema de dois dias de estudos sobre sua história e recepção desde a década de 1920 até aos dias de hoje.

Fonte: O Globo.

Jovem artista premiado.

24/fev

 

Lorenzo Muratório recebeu o prêmio de viagem da Aliança Francesa de Porto Alegre e rumou com destino à La Rochelle na França onde realiza exposição individual de cerêmicas no Centre Intermondes até 21 de março. O artista foi saudado com muito entusiasmo pela crítica.

A exposição é o resultado de uma residência artística de dois meses realizada em La Rochelle no âmbito do 7º Prêmio Alliance Française de Arte Contemporânea coorganizado pela Alliance Française de Porto Alegre, Fundação Iberê Camargo e Intermondes – Ocean Humanities.

Trata-se de um encontro com a arte e a imaginação. Uma experiência imersiva onde cada sala de exibição funciona como um portal para um universo profundo e misterioso.

A obra de Agrade Camiz em Madrid.

19/fev

Para a ARCOmadrid 2025, A Gentil Carioca apresenta uma seleção de obras da artista Agrade Camíz. A mostra faz parte do programa PROFILES | Latin American Art of ARCOmadrid 2025, curado por José Esparza Chong Cuy.

Nascida no Rio de Janeiro em 1988, a artista desenvolve desde 2011 sua pesquisa em pintura, iniciada nas ruas e posteriormente expandida para instalações, vídeo arte e fotografia. Seu trabalho disseca o banal e o quase invisível, revelando camadas profundas entre figurações, abstrações e geometrias que confrontam narrativas estabelecidas. Utilizando signos de habitações populares, Agrade redefine espaços e conceitos, criando novos lugares. Sua obra se destaca pela densidade e pelas múltiplas camadas que refletem o caos e as intimidades desses territórios geográficos e corporais.

A solo, intitulada “Onde o vento faz a curva”, fala de movimento, de um trajeto não linear, de algo que se molda ao caminho. Como o Sankofa (símbolo adinkra, que significa “voltar para buscar”), o olhar retorna ao passado para orientar o futuro. Para Agrade Camiz, mais que a memória, importa o atravessamento em sua totalidade. O gesto torna-se mais direto, a cor se impõe antes da forma e a expande, enquanto o desenho se ajusta ao próprio ritmo, criando novos contornos para o encontro entre superfícies e o atrito entre as cores.

Penduradas como bandeiras, como roupas que secam, que respiram e se movem, sem rigidez, a escolha de instalação das obras pela artista reforça o vínculo com a materialidade das ruas e das habitações populares, onde as imagens se moldam ao entorno, absorvendo marcas do tempo e de suas vivências. As obras traduzem sua reflexão. A maioria não se fixa, atravessam, criam caminhos, exigem um olhar que se mova junto.

A palavra da artista.

“Quero que a minha pintura neste solo dialogue com o corpo de quem passa por ela, que o olhar não seja só de quem observa, mas de quem participa. Porque, no fim, meu trabalho sempre foi sobre estar dentro, fora, e o que acontece nesse intervalo, onde o vento faz a curva”.

Modernismo Brasileiro em Londres.

27/jan

Uma exposição na Royal Academy of Arts em Londres apresenta 130 obras do Modernismo brasileiro, incluindo artistas como Tarsila do Amaral, Portinari, Lasar Segall e Djanira. A mostra abrange 60 anos da Arte Brasileira, com influências europeias e destaca a diversidade cultural, ficará aberta ao público até 21 de abril.  Uma seleta de mais de 130 obras de dez artistas do Modernismo Brasileiro, movimento cultural iniciado no país no começo do século XX.

Roberta Saraiva Coutinho, uma das curadoras da exposição “Brasil! Brasil! The birth of Modernism” (“Brasil! Brasil! O nascimento do modernismo”), apresentada para a imprensa na Royal Academy of Arts, de Londres, resumiu à agência de notícias AFP a importância da mostra: – Um momento único para ver as obras-primas de um país magnífico. A mostra é uma espécie de relato narrativo que abrange cerca de 60 anos da história da arte brasileira – explica Adrian Locke, da Royal Academy of Arts, um dos outros curadores da exposição, que reúne trabalhos produzidos entre 1910 e 1970. O movimento nasceu com a chegada de correntes culturais e artísticas iniciadas na Europa, como o Cubismo, o Futurismo, o Dadaísmo, o Expressionismo e o Surrealismo, mas com foco nos elementos da cultura brasileira.

A exposição, principalmente de pinturas e com artistas de renome reúne Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Lasar Segall, Vicente do Rego Monteiro, Flávio de Carvalho, Cândido Portinari e Djanira conta também com fotografias de Geraldo de Barros e esculturas de Rubem Valentim.