Barrio em exibição na Central Galeria

17/mai

 

“O Sonho do Arqueólogo: …uma tênue linha inexistente…entre dois espaços…existentes…enquanto…que…opostos..a si…” será a primeira exposição de Artur Barrio na Central Galeria, Vila Buarque, Sâo Paulo, SP. A abertura acontece no próximo sábado, 20 de maio, das 11h às 17h.

Antes da arte, Artur Barrio desejou ser arqueólogo submarino. Hoje, o artista vive em um barco sobre as águas da Baía de Guanabara e produz de forma solitária. Esquematiza em diversos papéis a possibilidade de uma ideia, que não necessariamente será seguida; tais papéis, no entanto, acompanham-no na realização de cada trabalho. Produz diretamente nos espaços expositivos, sem espectadores.

Possibilita, dessa forma, acessar a reclusão tal qual o homem de Lascaux ou da Caverna de Cosquer, podendo, assim, produzir de forma que as noções de consciência e inconsciência deixam de fazer sentido. Ao mesmo tempo, com o experiente olhar de quem estuda a vida em sociedade, produz para apresentar ao público. Dispensa o valor de culto do homem primitivo e esgarça o campo do possível na arte contemporânea. Ainda que as sensações sejam reais, acessar o seu trabalho pode ser uma experiência quase onírica, surreal.

Para a Central Galeria, Barrio produz um monólogo cujo procedimento de elaboração, pela primeira vez, será realizado ao lado dos trabalhadores da galeria. Enquanto Barrio trabalha construindo a exposição, a equipe seguirá em seu trabalho cotidiano de escritório. Segundo o artista, ainda que seja definida uma linha invisível a separar os afazeres de equipe e artista, o processo não deixa de criar uma relação entre as partes pelo estorvo mútuo. O artista pretende ainda colocar em cena pó de café, luz baixa e um texto-lamento, transformando a galeria na caverna de um intelectual que deixa os rastros do gesto selvagem do laboro sobre uma pobre mesa e pelas paredes escritas à exaustão.

Presença brasileira na Biennale di Venezia

11/mai

A Galeria Simões de Assis anuncia a participação de Ayrson Heráclito na seleção de artistas para o Pavilhão brasileiro na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura, La Biennale di Venezia.

Ayrson Heráclito é artista, professor e curador, suas obras transitam entre instalações, performances, fotografias, desenhos, aquarelas, esculturas e produções audiovisuais. Aborda em sua pesquisa as conexões entre o continente africano e as diásporas negras nas Américas.

O projeto Terra, curado por Gabriela de Matos e Paulo Tavares, irá ocupar o Pavilhão do Brasil em Veneza com uma mostra que busca realizar uma reflexão sobre o passado, presente e o futuro do Brasil, sob o enfoque da terra – solo, adubo, chão e território, mas também como elemento poético. O grupo de artistas conta também com a participação dos povos indígenas Tukano, Arawak e Maku, entre outros. A mostra abre no dia 20 de maio e permanecerá em cartaz até 26 de novembro.

 

Aconteceu

13/fev

 

A Gentil Carioca convidou a todes para o “Abre Alas 18″, exposição que acontece no Rio de Janeiro e em São Paulo, abrindo o calendário da galeria para o ano de 2023. A comissão de seleção e a curadoria são compostas por Bruna Costa, Lia Letícia e Vivian Caccuri, que selecionaram 29 artistas através do edital 2022/2023. Artistas: Aline Brant, Ana Bia Silva, Ana Mohallem, Andy Villela, Anna Menezes, Alexandre Paes, Ariel Ferreira, Augusto Braz, Benedito Ferreira, Camila Proto, Celo, Clara Luz, Cyshimi, Daiane Lucio, Dariane Martiól, Denis Moreira, Érica Storer, Genietta Varsi, Luiz Sisinno, Mapô, Marina Lattuca, Mônica Coster, Newton Santanna, Rafael Vilarouca, Raphael Medeiros, Rebeca Miguel, Rose Afefé, Vulcanica Pokaropa e Yanaki Herrera.

“Diante do que emerge num recorte de tantas inscrições, enxergamos confluências que criam um corpo comum. Memória e aceleracionismos; ecologias, trabalho e capital; cosmologias; e o reencantamento pela arte. Que a atmosfera proporcionada por estes artistas do Abre Alas 2023 reforce esses bons ventos de retomada.”

“Com mais de 500 inscrições, vemos que a arte resiste mais uma vez, atenta, em vários Brasis. Agradecemos a todes inscrites e ao nosso trio mágico, feminino e plural, composto por Bruna Costa, Lia Letícia e Vivian Caccuri, que reuniu forças e construiu o enredo para esse desfile. Com os olhos bem abertos, amarrou em laços sutis o que hoje apresentamos a vocês. No Rio ou em Sampa, tá bonito de ver!”

 

Encruzilhada Gentil | Rua Gonçalves Ledo, 17 – Centro

Progamação de abertura:

DJ Galo Preto (@brunobalth) DJ Tata Ogan (@tataogan)

Performances de artistas selecionades do Abre Alas 18

Concurso de Fantasias Gentil valendo uma noite no Hotel Meu Cantinho

Como parte da programação do CIGA de Verão da ArtRio, em uma parceria entre A Gentil Carioca e o Solar dos Abacaxis, o Abre Alas 18 vai ter Cortejo com Reviravolta de Gaia do coletivo #florestadecristal e a Bateria Balança Mas Não Cai! A concentração aconteceu no Solar dos Abacaxis (Rua do Senado, 48), com saída para A Gentil Carioca (Rua Gonçalves Ledo, 17).

 

O evento teve apoio Beck’s

 

A GENTIL CARIOCA | RIO DE JANEIRO

Rua Gonçalves Lêdo, 11 e 17 sobrado – Centro

 

A GENTIL CARIOCA | SÃO PAULO

Travessa Dona Paula, 108, Higienópolis

Colección Oxenford em exposição no MAC Niterói

08/nov

 

Com organização da produtora cultural Act. e curadoria do poeta e curador argentino Mariano Mayer, “Un lento venir viniendo – Capítulo I” apresenta uma inédita seleção de obras da Colección Oxenford, uma das principais coleções de arte contemporânea da Argentina.

Entre os dias 19 de novembro e 26 de fevereiro de 2023, o público terá a oportunidade inédita de conhecer um recorte da Colección Oxenford na exposição Un lento venir viniendo – Capítulo I, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC Niterói). A coleção é fruto de uma paixão do empresário e colecionador argentino Alec Oxenford pela arte contemporânea argentina, e de sua convicção na necessidade de apoio à cena local. “Comecei minha coleção em 2008 decidindo incorporar, em sua maior parte, obras de artistas vivos e adquiridas exclusivamente através de galerias de arte. Eu gosto de viver minha época através da arte. O que mais me interessa é que a arte gera uma série de perguntas para as quais eu não tenho respostas”, conta o colecionador.

Os dez primeiros anos da formação do acervo foram assessorados pela curadora Inés Katzenstein, hoje responsável pelo departamento de arte latino-americana do MoMA, em Nova York. Com cerca 550 peças de 150 artistas, a Colección Oxenford reúne um panorama muito seleto de obras da arte argentina das primeiras décadas do século XXI e alguns trabalhos prévios a este período, devido à sua relevância para o contexto da arte contemporânea no país.

Com organização da produtora cultural Act., dirigida por Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, curadoria do poeta e curador argentino Mariano Mayer, e patrocínio de Itaú e Globant, a mostra é composta de 57 obras e apresenta uma diversidade de linguagens, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações visuais e sonoras, performances, esculturas, colagens e publicações. Destaque também para trabalhos de artistas fundamentais para a arte contemporânea argentina como Guillermo Kuitca, Julio Le Parc, Alejandra Seeber, Marcelo Pombo, Fernanda Laguna, Diego Bianchi, Claudia del Río, David Lamelas, Valentina Liernur, Juan Tessi, Karina Peisajovich, Eduardo Navarro, Silvia Gurfein e Alberto Goldenstein, entre outros.

Este é o primeiro ato de um projeto itinerante que também será apresentado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, ao longo de 2023. Cada capítulo vai exibir uma seleção diferente de obras da Colección Oxenford, que, em cada caso, responde a uma proposta curatorial inspirada por um episódio emblemático do contexto cultural local, fortalecendo o diálogo entre os cenários artísticos brasileiro e argentino.

“Ao conhecer a Colección Oxenford, percebi junto a Alec o potencial institucional deste acervo que retrata de forma exclusiva a produção contemporânea argentina. Assim nasceu a ideia de uma exposição sem precedentes nas instituições brasileiras, com o objetivo de reunir as práticas artísticas da Argentina e do Brasil – países que, apesar de vizinhos, carecem de um intercâmbio cultural mais próximo”, afirma João Paulo Siqueira Lopes, um dos idealizadores da exposição e diretor da Act.

“Aproximar o cenário artístico latino-americano, estabelecendo relações entre os países deste território é uma de nossas missões. Temos feito isso por meio de projetos editoriais, mas é a primeira vez que desenvolvemos uma exposição com esse foco”, completa.

O curso livre de pintura de Ivan Serpa, no MAM Rio, e sua atuação no Grupo Frente são alguns dos pontos de partida do curador Mariano Mayer para a seleção de obras argentinas do primeiro ato apresentado no MAC Niterói. “Percorrendo a noção de influência, este primeiro capítulo descobre uma série de proximidades e rupturas que tal ação significou para a arte contemporânea argentina. Advertimos que a transmissão de experiências e posições entre artistas não formou um sistema linear organizado a partir de atos precursores, mas sim uma estrutura complexa, diferenciada e atemporal”, afirma Mariano Mayer. A pintura como matriz e como problema, a cidade e as formas do urbano, os espaços de sociabilidade artística, a literatura e as outras artes, os vínculos afetivos e as formas de desaprendizagem são destacados nesta exposição como chaves para pensar as formas adotadas pelos vínculos de influência na arte contemporânea argentina.

Cada capítulo da exposição contará ainda com uma publicação inédita que apresentará um ensaio de Mariano Mayer, ao lado de um texto de um curador da cena local, ambos produzidos exclusivamente para a ocasião: Pablo Lafuente, diretor artístico do MAM Rio, assina o texto sobre as relações entre arte e pedagogia, publicado no contexto do MAC Niterói. Realizado via Lei de Incentivo à Cultura, o primeiro capítulo da mostra ocupará todos os espaços do MAC Niterói. A expografia conta com painéis planejados por Miguel Mitlag, Sebastián Gordín e Mariana Ferrari, artistas da Colección Oxenford.

 

Participantes: Un lento venir viniendo – Capítulo I

Alberto Goldenstein, Alejandra Seeber, Alejandro Ros, Alfredo Londaibere, Ana Vogelfang, Bruno Dubner, Cecilia Szalkowicz, Claudia del Río, Daniel Joglar, David Lamelas, Deborah Pruden, Diego Bianchi, Eduardo Costa, Eduardo Navarro, Fabio Kacero, Federico Manuel Peralta Ramos, Fernanda Laguna, Florencia Bohtlingk, Guillermo Kuitca, Jane Brodie, Joaquín Aras, Jorge Gumier Maier, Juan Tessi, Julio Le Parc, Karina Peisajovich, Liliana Porter, Luis Garay, Marcelo Alzetta, Marcelo Pombo, Mariana Ferrari, Marina de Caro, Pablo Accinelli, Pablo Schanton, Rosana Schoijett, Sebastián Gordín, Silvia Gurfein, Valentina Liernur.

 

Sobre a Colección Oxenford

A Colección Oxenford apoia, por meio de diferentes iniciativas, o desenvolvimento da cena artística contemporânea argentina. Seu ambicioso programa de aquisições, que durante os dez primeiros anos contou com a seleção da curadora Inés Katzenstein, permitiu reunir uma mostra representativa das diferentes tendências estéticas que dominaram a produção artística contemporânea durante o século XXI, um período excepcionalmente complexo, no qual a arte argentina experimentou transformações fundamentais em suas linguagens e materiais, bem como em suas práticas, imaginários e instituições. As atividades da Colección Oxenford incluem o desenvolvimento de um programa de bolsas de viagem internacionais, que já beneficiou quase 90 artistas, e que, durante a emergência causada pela pandemia de Covid-19, foi transformado em assistência financeira para mais de 60 nomes. Recentemente, a coleção também esteve envolvida na promoção de reflexões sobre a arte contemporânea argentina, convidando 40 importantes pesquisadores locais para escrever ensaios sobre obras do acervo. A Colección Oxenford também tem sido generosa em sua colaboração com museus e galerias, a quem emprestou trabalhos em inúmeras ocasiões, com o objetivo de contribuir para a divulgação da produção artística argentina contemporânea.

 

Sobre o colecionador Alec Oxenford

Cofundador da OLX e da letgo, Alec Oxenford é um empresário argentino residente no Brasil. É grande colecionador e membro ativo de comunidades internacionais em prol das artes latino-americanas. Entre 2013 e 2019, dirigiu a Fundación ArteBA. Atualmente, ocupa postos como: membro do Acquisition Committee do MALBA e Membro da Latin American and Caribbean Fund (LACF) do MoMA.

 

Sobre a Act.

Fundada em 2017 por Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, a Act. preenche diversas lacunas do mundo da arte, em escala global, e está envolvida com agentes de todo o circuito: artistas, colecionadores, galerias, museus e instituições culturais. Tem como missão conectar arte e pessoas a partir do desenvolvimento de consultorias, projetos e publicações. Atua em todas as frentes de criação, curadoria, gestão e produção de projetos de arte para empresas, criando elos entre marcas e seus públicos. Além dos projetos, a Act. aconselha interessados em arte – com coleções recém-iniciadas ou já estabelecidas – em como comprar, gerenciar e catalogar suas obras. Un lento venir veniendo é o primeiro projeto de exposição da Act.

 

Sobre o curador

Mariano Mayer nasceu em Buenos Aires, Argentina, 1971, é poeta e curador independente. Entre seus últimos projetos como curador figuram Táctica Sintáctica, Diego Bianchi (CA2M, Móstoles, 2022), Tiempo produce pintura – pintura produce tiempo. Álex Marco (Espaid39; Art Contemporani39, El Castell39, Riba-roja, 2022), Nunca Lo Mismo, junto a Manuela Moscoso (ARCOMadrid2022); Remitente (ARCOMadrid2021); PRELIBROS (ARCOMadrid – Casa de América, Madrid, 2021); Azucena Vieites. Playing Across Papers (Sala Alcalá 31, Madrid, 2020); La música es mi casa. Gastón Pérsico (MALBA, Buenos Aires, 2017); En el ejercicio de las cosas, junto a Sonia Becce (Plataforma Argentina-ARCOmadrid 2017. Publicou Fluxus Escrito (Caja Negra, Buenos Aires, 2019); Justus (Ayuntamiento de Léon, 2007) e Fanta (Corregidor, Buenos Aires, 2002). Dirigiu o programa em torno da arte argentina: Una novela que comienza (CA2M, Móstoles, 2017).

 

Sobre o MAC Niterói

Inaugurado em setembro de 1996, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) é o principal cartão-postal da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. Sua forma futurista criada por Oscar Niemeyer tornou-se um marco da arquitetura moderna mundial. O MAC abriga a Coleção João Sattamini, uma das mais importantes coleções de arte contemporânea do país, e recebe mostras focadas na produção contemporânea brasileira e latino-americana, realizada da década de 1950 até os dias de hoje.

 

 

Bienal de São Paulo no MAR

20/out

 

O programa de mostras itinerantes da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto chega ao Rio de Janeiro no Museu de Arte do Rio (MAR). A exposição, correalizada junto ao MAR com o apoio do Instituto Cultural Vale, fica em cartaz até o dia 22 de janeiro de 2023.

A mostra é organizada em torno do enunciado Os retratos de Frederick Douglass. Douglass foi um homem público, jornalista, escritor, orador estadunidense, e um dos  principais expoentes da luta pela abolição da escravidão. Até hoje seus retratos circulam pelo mundo como símbolo de justiça e liberdade. Assim, sob o olhar penetrante e desafiador de Douglass, este enunciado traz artistas e obras voltados aos processos de colonização, deslocamento, violência e resistência que marcaram e continuam marcando a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta.

Treze artistas de oito países diferentes compõem a mostra: Anna-Bella Papp (Romênia), Arjan Martins (Brasil), Daiara Tukano (Brasil), Daniel de Paula (Brasil/Estados Unidos), Deana Lawson (Estados Unidos), Frida Orupabo (Noruega), Gala Porras-Kim (Colômbia), Jaider Esbell (Brasil), Joan Jonas (Estados Unidos), Noa Eshkol (Israel), Paulo Kapela (Angola), Seba Calfuqueo (Chile) e Tony Cokes (Estados Unidos).

No dia da abertura, Daiara Tukano realiza uma performance, ativando sua obra Kahtiri Ēõrõ – Espelho da vida (2020), inspirada nos mantos tupinambás. A performance tem início às 11h30 e a artista percorrerá o caminho da exposição, no primeiro pavimento do Museu.

Além do fomento à produção artística, um dos focos principais da Fundação Bienal de São Paulo é a realização de ações de educação e difusão. No Rio de Janeiro, uma visita temática pela exposição está programada para o dia da abertura, 22 de outubro, às 12h30, com a equipe de mediação da Fundação Bienal. A atividade é gratuita, assim como a entrada na exposição na abertura, e não requer inscrição prévia.

 

 

 

Na São Paulo Flutuante de Regina Boni

15/set

 

 

A marchand Regina Boni convoca para sua Galeria São Paulo Flutuante, Brigadero Galvão, 130, Barra Funda, São Paulo, SP, no dia 21 de setembro, às 20hs, a fim de “…prestigiar o encontro musical muito especial dentro da programação” da exposição “Animália 22″, que traz obras de artistas brasileiros sobre esse tema primordial e atual, o bicho. Assucena, Alessandra Leão, Thaís Nicodemo e Manu Maltez, são parceiras de longa data em projetos diversos e se reuniram novamente para bolar essa apresentação que traz canções com o mesmo tema da exposição, entre composições inéditas e clássicos da música popular brasileira. “…Será uma ótima ocasião para quem ainda não viu a exposição, poder desfrutá-la antes de seu encerramento no dia 01 de outubro”, conclui.

 

 

Exposição individual em parceria

14/set

 

 

Gretta Sarfaty apresenta “Revelações” na Marli Matsumoto Arte Contemporânea, Sumarezinho, São Paulo, de 24 de setembro a 01 de outubro. Realizada em parceria com a Central Galeria e com curadoria de Tálisson Melo, a mostra compreende a reencenação da performance “A Maga” (1978) e a série fotográfica Kabbalah (1984-1985), até então inédita.

 

Em 1978, Gretta Sarfaty participou do happening coletivo “Mitos Vadios”, orquestrado por Ivald Granato. Cerca de vinte artistas participaram com propostas efêmeras de performance e instalação – como Hélio Oiticica, Anna Maria Maiolino, Regina Vater, Lygia Pape, José Roberto Aguilar e Marta Minujín. Gretta, totalmente vestida de branco, encarnou uma personagem, “A Maga”, enquanto perambulava pelo estacionamento da Rua Augusta abordando pessoas para conversas individuais, leituras de suas mãos e aura, ou breves meditações numa tenda de tecido. Essa foi a primeira performance pública da artista, que prosseguiu em sua busca mística e de interação identidade-alteridade.

 

Mais tarde, entre 1984 e 1985, vivendo em Nova York, Gretta passou a frequentar lições de Kabbalah no Eastern Parkway, Brooklyn, e as festas da comunidade judaica local. Tendo sido uma das primeiras mulheres a ter acesso às aulas sobre Kabbalah, carregou sua câmera fotográfica e realizou uma série de registros das interações entre as pessoas numa observação aguda e sutil das dinâmicas sociais que a circundavam.

 

A inauguração de “Revelações”, que ocorre na antevéspera do Ano Novo Judaico, terá ainda a apresentação do shofar (tradicional instrumento de sopro) executado por Lúcia Chermont, celebrando o início de um novo ciclo.

 

Galeria samba na SP-Arte

23/ago

 

Galeria carioca apresentará projeto solo do artista mineiro Washington da Selva, que trata dos contrastes entre a zona rural, a cidade urbana e a cultura digital. A galeria carioca samba arte contemporânea participará pela primeira vez da SP Arte – Rotas Brasileiras, que será realizada de 24 a 28 de agosto, na ARCA, galpão industrial localizado na Vila Leopoldina, São Paulo, SP. A galeria apresentará o projeto solo “Origem”, com obras recentes e inéditas do artista mineiro Washington da Selva, incluindo a série “Lastro”, premiada no 8° Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger na categoria Questões Históricas. Em Lastro, o artista retrata pessoas empunhadas com ferramentas de trabalho do campo.

 

Sobre o artista

 

Washington da Selva (Carmo do Paranaíba, 1991) é artista visual e pesquisador. Possui mestrado em Artes, Cultura e Linguagens e bacharelado em Artes e Design, ambos pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Combina diferentes práticas artísticas como: fotografia, desenho, performance, web arte e processos têxteis. Foi artista residente no Lab Cultural 2021, BDMG Cultural, participou da residência Esculturas Públicas e Arte na Terra (2021), Associação Carabina Cultural. Em 2021, foi contemplado com o Prêmio DASartes e o 8º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, sendo, ainda, finalista no 1º Prêmio de Fotografia Adelina.

 

 

 

Para conhecer e debater

20/jul

 

 

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, Portão 10, São Paulo, SP, tem buscado, ao longo de seus quase dezoito anos de existência, valorizar e promover a herança de matriz africana no Brasil por meio do mapeamento, preservação, pesquisa e difusão de suas diferentes manifestações culturais e das múltiplas criações delas originadas. O histórico de encontros, palestras, congressos e cursos realizados e acolhidos pelo museu desde sua inauguração, em 2004, é vasto e compreende, igualmente, eventos que buscam refletir e discutir sobre as produções no próprio continente africano, tanto as contemporâneas quanto aquelas que refletem diferentes momentos de sua história.

 

Com o objetivo de diversificar ainda mais essa atuação e se consolidar como um espaço de encontro, reflexão e construção coletiva de conhecimento e de partilha de saberes e experiências, o Museu Afro Brasil lançou, no primeiro semestre de 2022, a Escola MAB – Escola do Museu Afro Brasil.

 

Artes Visuais e História da Arte a partir do MAB, no qual serão abordadas e discutidas questões formais e conceituais acerca de obras e coleções que integram o acervo do Museu Afro Brasil, assim como das temáticas que as cercam e que delas emanam, compreendendo as lacunas e ausências em sua constituição. Tais cursos compreenderão também aspectos relacionados às exposições temporárias realizadas no museu.

 

Cursos de aperfeiçoamento técnico voltados à gestão de acervos, sua conservação, documentação e estratégias de difusão, além de montagem de exposições, restauro, entre outros, oferecidos por especialistas e profissionais renomados na área.

 

Cursos na área do Patrimônio material e imaterial africano e afro-brasileiro, contemplando diferentes linguagens e manifestações como a música, a literatura e as artes cênicas. Serão igualmente oferecidos cursos de introdução a idiomas falados no continente africano.

 

E, finalmente, a série O Pensamento de …  oferecerá cursos que abordarão a produção de intelectuais africanas(os) em diferentes áreas de conhecimento, trazendo ao público uma introdução a uma produção ainda pouco conhecida e debatida no Brasil e no mundo.

 

Em seu curso inaugural, “Artistas Africanas – Olhares Contemporâneos”  lançado no mês de maio, a Escola MAB apresentou um panorama contemporâneo do trabalho de oito artistas mulheres, originárias de distintas regiões do continente africano. Da cerâmica à pintura, da performance à instalação, da fotografia ao vídeo, suas obras abarcam múltiplas linguagens e revelam a diversidade da produção artística africana contemporânea.

 

No segundo semestre de 2022, a Escola MAB dará continuidade e aprofundará a reflexão sobre as formas e caminhos pelos quais a produção artística africana e seus artistas se fizeram e se fazem presentes nas instituições museológicas e no circuito artístico do Brasil e do mundo. Serão oferecidos cursos sobre as cenas artísticas em países como Angola, Moçambique e Senegal e as aulas serão ministradas tanto por professores brasileiros quanto do continente africano. O público terá igualmente oportunidade de participar do curso “Introdução à arte africana a partir do acervo do MAB”.

 

Dentro do Eixo Cursos de aperfeiçoamento técnico, os cursos “Gestão de acervos em Museus” (em formato de workshop presencial de um dia e, posteriormente, de curso extensivo virtual) e “Exposição de arte e o olhar do conservador” ampliarão o campo de atuação da Escola, abarcando os diferentes aspectos técnicos envolvidos no trabalho de um profissional de museu.

 

Finalmente, a série “O Pensamento de …”  terá início com uma introdução ao pensamento do intelectual ugandense Mahmood Mamdani, reconhecido como um grande especialista em política africana e internacional, autor de obras que exploram a interseção entre política e cultura, os estudos comparativos do colonialismo, a história da guerra civil e do genocídio na África e a história e teoria dos direitos humanos, dentre outros temas.

 

A Escola MAB oferecerá materiais de apoio aos alunos, assim como certificados aos participantes (mediante comprovação de 75% de frequência às aulas), além de bolsas de estudos a professores da rede pública de ensino e a pessoas pretas, indígenas, trans, travestis e em situação de vulnerabilidade social. Os cursos serão propostos em diferentes modalidades, virtual, presencial ou híbrida,  e em diferentes horários. A carga horária também terá variação de acordo com o programa do curso oferecido.