José Figueroa no MAC Niterói

09/abr

 

O MAC Niterói, RJ, apresenta até o dia 02 de abril a mostra “José A. Figueroa Um Autorretrato”, primeira exposição virtual do Mac Niterói. Sucesso em São Paulo e na capital federal, a exposição chega a Niterói em formato inédito para temporada online e gratuita, traz o olhar sensível do fotógrafo cubano, considerado um dos precursores da fotografia conceitual.

 

 

“O mundo virtual e os eventos online trouxeram consigo um grande benefício e permitiram um maior alcance da arte”, comenta Cristina Figueroa, curadora do evento, crítica de arte (Estudio Figueroa – Vives, Havana) e filha de José.

 

 

Conhecido por registros que ilustram questões sociais e políticas de Cuba, Figueroa apresenta, por meio de suas fotografias, um olhar para o povo cubano e para as transformações sociais que mobilizaram o país durante as últimas cinco décadas. “Cuba vive atualmente uma situação política e econômica complexa. Meu trabalho de tantos anos, talvez nos ajude a refletir sobre nossa história e aproximar um público internacional da realidade cubana”, comenta o fotógrafo, que completa 75 anos de idade e carrega mais de 50 anos de carreira.

 

 

O projeto foi contemplado pela Lei Aldir Blanc na chamada “Retomada Cultural” e ainda contará com uma série de lives relacionadas à exposição. As datas ainda serão divulgadas.

 

 

A mostra, que reúne 69 fotografias, que vão desde a década de 60 até os dias atuais, procura dar visibilidade aos 115 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Cuba, restabelecidas em 1906, “Figueroa sempre esteve intimamente ligado à história da fotografia brasileira. Do ponto de vista histórico e documental, seu trabalho tem muitos pontos de contato com outros fotógrafos brasileiros contemporâneos como Walter Firmo, Nair Benedito, Juca Martins, entre outros”, comenta a curadora, que vê a exposição como uma oportunidade de mostrar ao público pela primeira vez a visão sem preconceitos do artista – testemunha ocular, por mais de 50 anos, da realidade e da vida de seu país.

 

“O Museu de Arte Contemporânea de Niterói busca se reinventar neste momento em que vivemos. Trazer para o museu um grande fotógrafo internacional, mesmo que de forma virtual, é nossa contribuição com o processo de difusão da arte e da cultura mundial”, afirma Victor De Wolf, diretor do MAC Niterói.

 

 

A palavra da curadoria

 

 

José Figueiroa é um dos personagens mais singulares da história fotográfica cubana atual. Sua experiência de vida e as circunstâncias vividas foram o motor de arranque para uma fotografia que fica na memória de todos pela sua capacidade de representar o que não se vê, ou ainda o que não aparece imortalizado em termos de fotografia. A obra de Figueroa vai além do objetivo documental primordial, ela nos sugere um estado de ânimo, um sentimento compartilhado, um fragmento da história pessoal ou coletiva contada, porém, de uma maneira diferente. E é precisamente através das fotografias de Figueroa que pode-se traçar um mapa político, social e cultural de Cuba dos últimos cinquenta anos, sem deixar nada de fora.

 

 

Na década de sessenta, após o triunfo da Revolução cubana ele era muito jovem para participar ativamente da euforia coletiva, mas suficientemente consciente para reconhecer o que estava vivendo um momento histórico e documentá-lo dentro do estrato social ao qual pertencia. Sua experiência acumulada nos Studios Korda, onde trabalhou como assistente, no início da sua vida profissional, lhe permitiu enfrentar este fenômeno com frescor e liberdade. Mais tarde, sua maturidade profissional o levou a trabalhar com cinema e com a imprensa, o que permitiu cobrir numerosos aspectos da realidade nacional e internacional. Suas escolhas pessoais lhe fizeram fincar o pé em Havana e não emigrar (como fizeram muitos fotógrafos de sua geração) motivo pelo qual sua visão da realidade cubana não é fragmentada, mas comprometida, progressiva e crítica.

 

 

Os anos oitenta corresponderam à guerra em Angola. O final desta década foi marcado pela queda do muro de Berlim e pelo início do colapso do sistema socialista europeu que, com a fragmentação da União Soviética, punha fim a uma estrutura política e econômica da qual Cuba dependia. De um dia para outro, o pais entra em uma depressão conhecida como o “Período Especial” e seus efeitos devastadores foram notados tanto na decadência das cidades, em especial Havana, como no desmoronamento moral de seus habitantes. No ano de 2001, a vida o levou para Nova Iorque durante o ataque às torres gêmeas. Cada um destes conflitos testemunhados por ele, tornaram-se imortalizados através da sua câmera e da sua ótica de cubano.

 

 

José A. Figueroa Um Autorretrato Cubano é, sem pretensão, uma breve antologia de sua obra e uma crônica dedicada a todos que desejam entender nossa história complexa e excepcional. Esperamos que esta exposição possa trazer alguma luz desta realidade, longe de lugares comuns e evitando a visão espetacularizada da cidade, tão atrativa aos olhos dos visitantes. Agradecemos ao MAC Niterói por receber a mostra e a LP Arte por permitir mostrar a obra de Figueroa no Brasil. Esperamos que, com esta exposição, mais caminhos possam se abrir para a fotografia cubana e que o público brasileiro possa entender um pouco mais a história de um país através da visão sem preconceito de um dos testemunhos mais sinceros.

 

 

Cristina Figueroa Vives

 

Mostra em tour virtual

25/mar

 

O Centro Cultural Oi Futuro, no Rio de Janeiro, lança a partir de 25 de março, o tour virtual 360 graus da exposição “Una(S)+”, que reúne cerca de 80 obras de 15 artistas mulheres da Argentina e Brasil, com curadoria de Maria Arlete Gonçalves. Com tecnologia de fotografia digital 360º, o tour virtual permite um passeio completo pela mostra coletiva, como se o visitante estivesse caminhando pelas várias galerias do centro cultural, sem sair de casa, e com acesso às instalações artísticas, aos vídeos, aos registros de performances da mostra, e ainda às informações sobre as obras. A visita virtual pode ser acessada gratuitamente no site do Oi Futuro: https://tourvirtual-exp.institutooifuturo.org.br/virtualtour.html

A exposição “Una(S)+” foi inaugurada em 13 de janeiro último, seguindo todos os protocolos de segurança, com agendamento prévio da visitação. Entretanto, desde 23 de março, o Oi Futuro está fechado ao público, por tempo indeterminado, em função do agravamento da pandemia da Covid-19. O objetivo da medida é reforçar o isolamento social preventivo.

“Una(S)+” traz dois momentos dos trabalhos das artistas: os selecionados por serem emblemáticos de suas trajetórias e os criados durante o confinamento – obrigatório, na Argentina, e voluntário, no Brasil – em suas casas, em que não dispunham da estrutura do ateliê. Nesta condição, “ampliaram seus campos de trabalho e ousaram lançar mão de novas linguagens, materiais, tecnologias e redes para romper o isolamento e avançar por territórios tão pessoais quanto universais: a casa, o corpo e o profundo feminino”, explica Maria Arlete Gonçalves. “São obras de artistas de gerações distintas e diferentes vozes, a romperem as fronteiras geográficas, físicas, temporais e afetivas para somar potências em uma grande e inédita ocupação feminina latino-americana”, assinala a curadora. Prevista inicialmente para maio de 2020, e adiada duas vezes por conta do coronavírus, a exposição “ganhou um caráter mais amplo, ao incorporar o estado quarentena da arte”.

Maria Arlete complementa: “Poderíamos classificá-la como antes e durante a pandemia, AP e DP, não fosse este um tempo de suspensão, onde tudo se encontra em um eterno agora”. “A exposição é o desdobramento expandido da mostra de mesmo nome realizada em 2019 em Buenos Aires pela artista portenha/carioca Ileana Hochmann, a partir de sua instalação “Fiz das Tripas, Corazón”.

As artistas que integram a exposição são, da Argentina: Fabiana Larrea (Puerto Tirol, Chaco), Ileana Hochmann (Buenos Aires), Marisol San Jorge (Córdoba), MilagroTorreblanca (Santiago do Chile, radicada em Buenos Aires), Patricia Ackerman (Buenos Aires), Silvia Hilário (Buenos Aires); do Brasil: Ana Carolina Albernaz (Rio de Janeiro), Bete Bullara (São Paulo, radicada no Rio), Bia Junqueira (Rio de Janeiro), Carmen Luz (Rio de Janeiro), Denise Cathilina(Rio de Janeiro), Evany Cardoso (vive no Rio de Janeiro), Nina Alexandrisky(Rio de Janeiro), Regina de Paula (Curitiba; radicada no Rio de Janeiro) e Tina Velho (Rio de Janeiro).

Maria Arlete Gonçalves destaca que esta exposição “não trata apenas de mostrar obras de mulheres, mas de afirmar na força desse conjunto a potência feminina na arte contemporânea”. “Ao longo dos séculos houve um apagamento da mulher na arte, e agora não estamos mais no tempo de pedir licença, de reivindicar, mas de afirmar algo que já é. As mulheres nunca produziram tanto! Durante a pandemia, a mulher se aproximou mais ainda da tecnologia, se apropriou das ferramentas, novas linguagens”, afirma. A curadora diz que buscou a “interseção do feminino dentro do trabalho dessas artísticas”. “Faltam mais referências femininas na história da arte, e a mostra busca preencher lacunas”, diz. “Una em espanhol é alguma, aquela uma, e também nos dá a ideia de unir, juntar”.

Bienal de Veneza

10/mar

 

A arquiteta Lina Bo Bardi será reconhecida com o Leão de Ouro pelo conjunto da obra na 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, que começa no dia 22 de maio. O anúncio foi feito em uma publicação no site do evento.

Hashim Sarkis, curador da edição, afirmou que “se há uma arquiteta que representa adequadamente o tema da Bienal deste ano, é Lina Bo Bardi”.
“Sua carreira como designer, editora, curadora e ativista nos lembra o papel do arquiteto como organizador e, principalmente, como construtor de visões coletivas. Lina Bo Bardi também exemplifica a perseverança da arquiteta em tempos difíceis, sejam guerras, conflitos políticos ou imigração, e sua capacidade de permanecer criativa, generosa e otimista o tempo inteiro”, afirmou Sarkis.

Aos 32 anos, a italiana Lina Bo Bardi se mudou para São Paulo, onde ficou conhecida por projetos como o icônico cartão-postal paulistano Masp, o Museu de Arte de São Paulo, e a modernista Casa de Vidro. A arquiteta é um dos maiores nomes da arquitetura brasileira do século passado. As obras de Lina Bo Bardi têm traços que são lidos tanto como arte erudita quanto arte popular. Além de grandes edifícios, a arquiteta produziu desenhos e objetos famosos. Muitas de suas obras foram criadas a partir de itens que ela encontrava no lixo. Para ela, estas peças eram o ponto de partida para a construção de uma cultura autenticamente brasileira.

Segundo Sarkis, os projetos da arquiteta se destacam pela união entre arquitetura, natureza, vida e comunidade, através de seus desenhos e formas. “Em suas mãos, a arquitetura se torna verdadeiramente uma arte social”, disse.

Em nota enviada à organização da Bienal, o Instituto Bardi de São Paulo, que reúne o acervo artístico e biográfico do casal Bardi – ela foi casada com Pietro Maria Bardi, figura central na fundação do Masp -, disse estar profundamente honrado e grato pelo prêmio. “Esperamos que em vez de aumentar a popularidade de Lina Bo Bardi como um ícone da arquitetura, a Bienal ajude a contextualizar e comunicar a profundidade de sua visão de mundo crítica, sempre cuidando daqueles que são subrepresentados, sempre ciente da importância da diversidade e sempre comprometida com uma abordagem multidisciplinar de uma arquitetura que reúne pessoas de todas as esferas da vida”, diz o texto.

O questionamento “Como Viveremos Juntos?” é o tema da Mostra deste ano. A edição havia sido marcada para ocorrer no primeiro semestre do ano passado, mas devido à pandemia do novo coronavírus, foi adiada -duas vezes – e, agora, deve acontecer a partir do dia 22 de maio. A mudança de datas trouxe também uma importante mudança no calendário da Bienal de Veneza – agora, as mostras de arquitetura ocorrem em anos de numeração ímpar, enquanto as de arte acontecerão em anos pares, assim como a Bienal de São Paulo.

Lina Bo Bardi morreu em 20 de março de 1992, aos 78 anos, devido a uma embolia pulmonar.

Curso sobre museus de arte

26/fev

 

 
Você sabia que o módulo sobre o Guggenheim Museum, do curso “Os Museus e seus Mestres”, já começou, mas que mesmo assim você ainda pode efetuar a sua inscrição para participar? Durante as próximas semanas, a professora de história da arte Ana Cristina Nadruz falará sobre três grandes ícones que integram a coleção deste museu, localizado em Nova York (EUA), que é considerado como um dos principais centros culturais do mundo.
  
Nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, a aula será sobre o pintor holandês Vincent van Gogh. Nas próximas semanas, os encontros online serão respectivamente sobre o artista espanhol Pablo Picasso e sobre o pintor russo Wassily Kandinsky.
 
Não fique de fora desse projeto incrível! Inscreva-se hoje mesmo pelo site da Sympla.
 
Para mais informações, entre em contato conosco por e-mail (secretaria@midrash.org.br). 
 
Contamos com a sua participação em mais esse curso oferecido pelo Midrash! 
 

“Catarsis”, da norueguesa Cathrine Crawfurd: 21 jan nos Correios Centro

15/jan

 

Artista norueguesa no Rio

“Catarsis”, exposição da artista norueguesa Cathrine Crawfurd, inaugura no dia 21 de janeiro, no Centro Cultural Correios, Centro, RJ, onde ocupará duas salas sob curadoria de Susi Sielski Cantarino. Compondo a primeira sala, 27 pinturas abstratas de grandes formatos, alguns dípticos, usando a técnica de acrílica sobre tela, a maioria concebida durante a Pandemia; na segunda sala, fotografias.

 A palavra da artista

A prática de transformar um trauma ou uma situação difícil em algo belo, que dê esperança e alívio é algo bastante recorrente em meus trabalhos. Durante o infeliz desafio que enfrentamos este ano, essas habilidades vieram à tona como uma grande necessidade. A solidão e o isolamento não eram mais uma escolha para criar, e sim uma obrigação.

A palavra da curadoria

Eu me apaixonei imediatamente pelo trabalho da Cathrine. É intuitivo, lírico e poético. Inspira paz. As obras possuem também uma força invisível, translúcida, que mediante diferentes tons de tintas diluídas, por vezes parecem nos conduzir para dentro de uma nuvem espessa, já noutras explodem magicamente, formando uma chuva de meteoros de cores complementares e análogas que conversam delicadamente entre si. Dá vontade de navegar e mergulhar no interior de cada pintura. Acabamos nos conhecendo através de uma amiga norueguesa em comum e tivemos uma afinidade incrível. Assim surgiu a amizade e o convite para a curadoria.

O processo de criação

O processo de criação da artista é diretamente influenciado pela sua história de vida, já que morou em diversos países pelo mundo. Cidades, culturas desconhecidas e línguas incompreensíveis aguçam os sentidos, segundo Cathrine, em busca de impressões reconhecíveis. Cada lugar – com suas luzes distintas, sua própria paleta de cores, sua estrutura arquitetônica específica e um código de identidade particular – faz parte deste processo. Uma outra curiosidade sobre seu trabalho é o formato mais utilizado pela artista, que acompanha o da escala humana, com base na sua própria altura.

Sobre a artista

Cathrine Crawfurd cursou a Escola de Arte em Oslo, Noruega, de 1989 a 1991, onde se formou. Depois disso, não parou mais, tendo concluído curso na Academia Nacional de Belas Artes, na Universidade de Bergen, também na Noruega, em 1997, além da Faculdade de Belas Artes, na Universidade de Barcelona, Espanha. Em 1996, participou de uma residência artística de três meses na Villa Moderne, em Paris. Entre as individuais já realizadas pelo mundo, estão: em1998 e em 2000, na Galleri Elenor, Oslo (Noruega); em 2007, no Town Hall of Silly, Silly (Bélgica); em 2009, na Galerie Stephanie, Bruxelas (Bélgica), em 2013 no Open Studio, Paris (França), em 2014, na Her Majesty Queen Sonja´s Church and Cultural Center, Paris (França); em 2014, na La Galerie du Cercle Suédois, Paris (França); em 2015, na Galleri Perrongen, Valdres Fine Art Society, Valdres (Noruega), e no Brasil, em 2019, na Maquês 456, no Rio de Janeiro. Ao longo de sua carreira artística, também integrou diversas coletivas, como Bergen Fine Art Society, Bergen, Noruega (1998); Exposição Anual, condado de Østlandet (Østlandsutstillingen), Fredrikstad, Noruega (1999);  Atelier Aberto, «OSLO OPEN», Oslo, Noruega (2002); Feira de Arte da Associação Norueguesa-Belga, Liège, Bélgica (2008); Exposição Anual, Prefeitura de Woluwe St-Pierre, Bruxelas, Bélgica (2008); Exposição Anual, Prefeitura de Woluwe St-Pierre, Bruxelas, Bélgica (2009);  Exposição Anual, Prefeitura de Woluwe St-Pierre, Bruxelas, Bélgica (2010); Volume et valeur, projeto interdisciplinar com a pianista Natalia Strelchenko, Paris, França (2014); Exposição Anual, Studio W, Fornebu Art Center, Oslo, Noruega (2015 e 2016); JACARANDÁ+, Marquês 456, Rio de Janeiro, Brasil (2018). Em 1999, recebe bolsa de viagem para Havana, Cuba e em 2015, bolsa anual de trabalho, em Oslo, Noruega. Lecionou em várias escolas de arte e arquitetura, Oslo, Noruega, entre 1999 e 2006, bem como na Ėcole du Chant d’Oiseau, Bruxelas, Bélgica, de 2006 a 2010. Em 2013, leciona artes no Lycée International, Saint-Germain-en-Laye, França, em 2014, no Estabelece Atelier, Oslo, Noruega, e, em 2016, dá aulas de arte em Bratislava, Slovakia, e em Roma, Itália. Já em 2017, passando a residir no Rio de Janeiro, se estabelece em atelier com um grupo de artistas, na Marquês 456 e, posteriormente, na Casa Arlette.

De 21 de janeiro a 21 de março.

Mulheres: Argentina & Brasil

11/jan

 

Cerca de 80 obras de 15 artistas mulheres da Argentina e do Brasil, reunidas pela curadora Maria Arlete Mendes Gonçalves, ocuparão todo o prédio do Centro Cultural Oi Futuro no Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, na exposição Una(S)+, de 13 de janeiro a 28 de março. A mostra ocupará do térreo à cobertura, passando pelas galerias, escadas, elevador e pátio externo, e inaugura a programação do Oi Futuro em 2021, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária. Produzidas em dois momentos – antes e durante a pandemia – as obras afirmam a potência feminina na arte.

Prevista inicialmente para maio de 2020, e adiada duas vezes por conta do coronavírus, a exposição “ganhou um caráter mais amplo, ao incorporar o estado quarentena da arte”. A curadora decidiu incorporar à mostra também as obras criadas pelas artistas durante o confinamento em suas casas, já que elas produziram continuadamente, mesmo sem a estrutura de seus ateliês. “Elas ampliaram seus campos de trabalho e ousaram lançar mão de novas linguagens, materiais, tecnologias e redes para romper o isolamento e avançar por territórios tão pessoais quanto universais: a casa, o corpo e o profundo feminino”, explica Maria Arlete Gonçalves. “São obras de artistas de gerações distintas e diferentes vozes, a romperem as fronteiras geográficas, físicas, temporais e afetivas para somar potências em uma grande e inédita ocupação feminina latino-americana”, assinala a curadora.

A exposição nasceu da instalação “Fiz das Tripas, Corazón”, da artista portenha/carioca Ileana Hochmann, que ao expor em Buenos Aires em 2019 convidou artistas da Argentina e do Brasil, com a ajuda de Maria Arlete Gonçalves, para dialogarem com seu trabalho. Agora, esta exposição chega ao Rio de Janeiro ampliada, com mais artistas e desdobrada com trabalhos surgidos na pandemia.

As artistas que integram a exposição são, da Argentina: Fabiana Larrea (Puerto Tirol, Chaco), Ileana Hochmann (Buenos Aires), Marisol San Jorge (Córdoba), Milagro Torreblanca (Santiago do Chile, radicada em Buenos Aires), Patricia Ackerman (Buenos Aires), Silvia Hilário (Buenos Aires); do Brasil: Ana Carolina Albernaz (Rio de Janeiro), Bete Bullara (São Paulo, radicada no Rio), Bia Junqueira (Rio de Janeiro), Carmen Luz (Rio de Janeiro), Denise Cathilina (Rio de Janeiro), Evany Cardoso (vive no Rio de Janeiro), Nina Alexandrisky (Rio de Janeiro), Regina de Paula (Curitiba; radicada no Rio de Janeiro) e Tina Velho (Rio de Janeiro).

Moda na Fundação Iberê

05/jan

Em 2021, a Japan House São Paulo (JHSP) vai expandir sua presença pelo Brasil, por meio de um projeto de itinerância que terá como um dos primeiros destinos a Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. A partir do dia 04 de março, a instituição abrigará a exposição “O fabuloso universo de Tomo Koizumi”. Segundo o superintendente da Fundação, Emilio Kalil, a mostra marcará o início do processo de criação do Departamento de Moda, Design e Arquitetura.

 

 

“O fabuloso universo de Tomo Koizumi” apresenta as surpreendentes criações do designer japonês, destaque na semana de moda de Nova Iorque de 2019, e que, na exposição inédita criada para a JHSP, propôs um panorama pela moda contemporânea sob o olhar do artista que foge das tendências tradicionais e ousa em cada corte de tecido. “A importância de Tomo Koizumi no cenário fashion internacional é inquestionável. Acreditamos que se trata de artista único, um nome acertado para inaugurar o tema moda na programação da Fundação”, comenta Eric Klug, presidente da Japan House São Paulo.

 

 

Sobre o artista

 

 

Nascido na província de Chiba, Tomo, 32 anos, foi descoberto pelo dono de uma loja de varejo que ficou encantado pelas roupas produzidas por ele, ainda quando era estudante universitário. Fundou a sua marca “Tomo Koizumi” e, antes de sua ascensão, trabalhou como figurinista para diversos designers japoneses. Em 2016, teve uma de suas peças usada pela cantora Lady Gaga durante uma visita ao Japão. Dois anos depois, teve seu perfil no Instagram descoberto por Katie Grand (na época, editora-chefe da revista LOVE), que ficou fascinada por seu trabalho e usou de seus melhores contatos para orquestrar um desfile do artista na semana da moda de Nova Iorque (2019), com apoio do estilista Marc Jacobs e um time de peso. 

Finalista do prêmio LVMH em fevereiro de 2020, Tomo Koizumi é considerado hoje um dos principais jovens designers do Japão e veste celebridades internacionais com as suas peças em eventos de gala e red carpet. Ele também lançou na semana da moda de Milão uma coleção cápsula com a marca italiana Emilio Pucci.

Melvin Edwards em São Paulo

02/dez

 

 

O Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil, promove a exposição “Melvin Edwards – o escultor da resistência”, que oferecerá a apreciação de um conjunto de obras produzidas pelo artista estadunidense em diferentes momentos.

 

Com mais de 30 peças elaboradas em diferentes formatos e suportes, como metal, arame e aço; a individual traz obras produzidas pelo escultor estadunidense em sua última passagem ao país, em 2019. Já realizada em espaços como o Museu de Arte Moderna da Bahia e o Museu da República (RJ), a mostra conta com uma ampliação do número de obras em relação as exibições anteriores, permitindo uma visualização de momentos diversos dos quase sessenta anos de trabalho e pesquisa do artista plástico.

 

Em cartaz até 31 de janeiro de 2021, “Melvin Edwards – o escultor da resistência” também prestará homenagem à ex-esposa do artista, a poetisa Jayne Cortez, com a exibição de um de seus poemas e de faixas do disco Everywhere drums (1990).

 

 

Até 31 de janeiro de 2020.

Hoje [Today] | Art Basel OVR: Miami Beach | Influx

 

55 11 3853 5800 – Rua Oscar Freire, 379 – São Paulo – bergamingomide.com.br

 

https://www.artbasel.com/catalog/gallery/1068/Bergamin-Gomide?utm_source=Mailee&utm_medium=email&utm_campaign=Online+Viewing+&utm_term=&utm_content=Hoje+%5BToday%5D+%7C+Art+Basel+OVR%3A+Miami+Beach+%7C+Influx

Uma trajetória

18/nov

 

Fundada em São Paulo, em 2006, a Galeria Kogan Amaro possui atualmente duas unidades. A matriz ocupa um espaço de 230 metros quadrados e pé direito duplo no coração do bairro dos Jardins, em São Paulo, SP. Em maio de 2019, a galeria abriu sua filial em Zurique, em um espaço de 350 metros quadrados inaugurado com uma exposição de Nuno Ramos. A Kogan Amaro/Zurich situa-se no Löwenbräu Cultural Center, um complexo de museus e galerias na maior e mais dinâmica cidade da Suíça.

A vibrante programação contemporânea da galeria conta com o trabalho de artistas emergentes e em ascensão como Samuel de Saboia, Élle de Bernardini, Mirela Cabral, Bruno Miguel, Daniel Mullen, Mundano, Patricia Carparelli e Tangerina Bruno, e também de artistas brasileiras consolidadas como Nazareth Pacheco e Marcia Pastore, entre outros.

 

A Kogan Amaro organiza eventos duplos com um mesmo conceito, como a exposição da artista contemporânea Fernanda Figueiredo “A visita de Max Bill”, que aconteceu na galeria de Zurique simultaneamente à exposição histórica “Arte concreta dos anos 1950”. Esta mostra coletiva exibiu obras dos fundadores do movimento concretista no Brasil que haviam sido inspirados pela visita de Bill à primeira edição da Bienal de São Paulo, em 1951, como os finados artistas Willys de Castro, Lothar Charoux, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto e Judith Lauand. A filial suíça também organizou exposições individuais históricas com as obras de Frans Krajcberg, Servulo Esmeraldo e Flávio de Carvalho.

 

O portfólio da Kogan Amaro, de artistas consagrados com sólidas carreiras institucionais e de artistas contemporâneos emergentes, reflete o espírito ousado dos jovens sócios que a comandam, o casal Ksenia Kogan Amaro e Marcos Amaro, ambos de 35 anos de idade, que mesmo antes da galeria sempre estiveram envolvidos com as artes. A sócia-diretora e co-fundadora da galeria, Ksenia Kogan Amaro, nascida em Moscou, é também uma aclamada pianista clássica, colecionadora e artista performática. Ksenia concebeu um projeto de performance que apresentou ao redor do mundo junto com o ator John Malkovich, colaborou com Plácido Domingo, criou projetos para a UNESCO, e tocou em concertos para chefes de estado e para as famílias reais da Espanha e da Bélgica. O fundador da galeria, Marcos Amaro, é também artista plástico, colecionador, formado em Filosofia e Finanças, empreendedor e patrono das artes, assim como presidente do Museu FAMA e FAMA Campo.

 

A Galeria Kogan Amaro também atua como representante da Fábrica de Arte Marcos Amaro. A instituição promove arte-educação gratuita para a comunidade local, incluindo escolas públicas e privadas; realiza seminários; organiza exposições; concede bolsas e residências para artistas; confere um prêmio anual a artistas escolhidos por um júri de críticos de arte e especialistas; assim como patrocina intercâmbios com instituições culturais brasileiras e estrangeiras, visando a preservação, promoção e exposição da arte brasileira e internacional. O Museu FAMA foi criado em 2012 em uma propriedade de 25.000 metros quadrados que originalmente abrigava uma antiga fábrica têxtil do início do século XX, na cidade de Itu, região com uma população de 2 milhões de pessoas, a 50 minutos da capital do estado de São Paulo. Constituída desde 2008 com foco na arte brasileira, sua coleção permanente excede 2000 obras, desde as do século XVIII (Aleijadinho), passando pelo Modernismo brasileiro do século XX (Tarsila do Amaral, Pancetti, Di Cavalcanti, Portinari, Flávio de Carvalho, Brecheret, Lasar Segall, Antonio Gomide, Anita Malfatti, Maria Martins, etc.) ao FAMA Campo, dedicado exclusivamente à land art. A potência da coleção permanente está contida em seus trabalhos conceituais e contemporâneos criados por artistas icônicos como Tunga, Leda Catunda, Jac Leirner, Adriana Varejão, Cildo Meireles, Maria Nepomuceno, Carmela Gross, Laura Lima e Nelson Leirner, muitos dos quais foram exibidos em edições passadas da Bienal de São Paulo, da Bienal de Veneza e da Documenta de Kassel. A coleção consiste principalmente em obras tridimensionais em grandes formatos, mas há também um grande número de pinturas, gravuras, desenhos, fotos, instalações, etc. Desde junho de 2018, a enorme área externa da FAMA foi remodelada em um jardim de esculturas com obras em grandes formatos de artistas renomados, como Nuno Ramos, Caciporé Torres, Emanoel Araújo, Gilberto Salvador, Frans Krajcberg, José Resende, José Spaniol, Marcos Amaro, Mario Cravo, Mestre Didi, Sergio Romagnolo e Henrique Oliveira. O Museu FAMA é o maior patrimônio privado de arte do estado de São Paulo, e um dos museus mais inovadores do Brasil, visando promover e disseminar o rico e diverso legado artístico do país.

 

 

Trajetória da Galeria Kogan Amaro

 

Quando adquiri a marca Emmathomas em 2017, não tinha nenhuma experiência como galerista, e nenhum faturamento. Após três anos de muita dedicação, construímos uma equipe sólida e consistente, representamos um elenco de artistas altamente qualificados e jovens promissores, participamos das principais feiras internacionais do mundo da arte, entre elas ArtBasel Miami e SP-Arte, e em 2020 aderimos fortemente às plataformas online e viewing rooms.

 

Neste meio tempo, mudamos a marca para Kogan Amaro – transmitindo mais confiança para nossos stakeholders -, consolidamos nosso espaço em São Paulo, e abrimos uma unidade num dos principais endereços de Zurich – onde levamos o que há de melhor na Arte brasileira.

 

Sabemos que ainda há muito pela frente. Queremos internacionalizar ainda mais a galeria, prosseguir buscando novos talentos, consagrar artistas vivos, e consolidar definitivamente nosso espaço na Suíça.

 

Agradeço à todos que nos ajudaram até aqui. Seguimos à luta!