120 anos de Di Cavalcanti

19/set

Um dos mais importantes artistas do modernismo brasileiro, Emiliano Di Cavalcanti é o tema da mostra retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. “No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos” entrou em cartaz no mês em 02 de setembro, mês em que se comemora 120 anos de nascimento do artista. Entre pinturas, desenhos e ilustrações, mais de 200 obras, realizadas ao longo de quase seis décadas de carreira e que hoje pertencem a algumas das mais importantes coleções públicas e particulares do Brasil e de outros países da América Latina, como Uruguai e Argentina.

 

Obras icônicas e outras pouco vistas foram distribuídas em sete salas do primeiro andar da Pina Luz, sob a curadoria de José Augusto Ribeiro. Segundo o pesquisador, a exposição pretende investigar como o artista desenvolve e tenta fixar uma ideia de “arte moderna e brasileira”, além de chamar a atenção para a condição e o sentimento de atraso do Brasil em relação à modernidade europeia no começo do século XX. “Ao mesmo tempo, o título se refere aos lugares que o artista costumava figurar nas suas pinturas e desenhos: os bordeis, os bares, a zona portuária, o mangue, os morros cariocas, as rodas de samba e as festas populares – lugares e situações que, na obra do Di, são representados como espaços de prazer e descanso”, explica Ribeiro. Além da atuação pública de Di Cavalcanti como pintor, a mostra destaca aspectos menos conhecidos de sua trajetória, como as ilustrações e charges para revistas, livros e até mesmo capas de discos. Também foi abordada sua condição de mobilizador cultural e correligionário do Partido Comunista do Brasil (PCB). “Esse engajamento reforça o desejo de transformar o movimento moderno em uma espécie de projeto nacional”, completa Ribeiro.

 

A Pinacoteca prepara um catálogo que reunirá três ensaios inéditos escritos pelos autores José Augusto Ribeiro, curador da mostra, Rafael Cardoso (historiador de arte e do design), e Ana Belluzzo, professora e crítica de arte. O livro trará ainda reproduções das obras apresentadas, uma ampla cronologia ilustrada e um compilado de textos já publicados sobre a trajetória do artista. A exposição tem patrocínio de Banco Bradesco, Sabesp, Ultra, Escritório Mattos Filho e Alexandre Birman.

 

 

Até 22 de janeiro de 2018.

ArtRio 2017

13/set

Começa nesta quarta-feira, dia 13 de setembro a 7ª edição da ArtRio. Estreando em novo local, a Marina da Glória, a feira apresenta novo formato para visitação das galerias, com seus principais programas PANORAMA e VISTA em um mesmo espaço, permitindo uma melhor visualização de todos os estandes. O evento também terá programas especiais curados, como o SOLO, o MIRA e o PALAVRA. A ArtRio vai até domingo, 17 de setembro. Em linha com uma tendência mundial, que cada vez mais privilegia a qualidade e a experiência e não o volume e massificação, a ArtRio apresentará esse ano cerca de 70 galerias, todas aprovadas por seu Comitê de Seleção.

 

“Essa edição da ArtRio vai trazer uma série de mudanças, buscando apresentar uma feira extremamente consistente e madura, em total adequação às demandas do mercado face a um evento desse porte. Teremos mais integração entre os programas e galerias, oferecendo uma melhor visitação e circulação. O novo espaço vai permitir ainda a realização de novos programas curados, que sempre trazem um frescor e novas possibilidades de leitura da arte”, indica Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

 

A ArtRio é apresentada pelo Bradesco, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. O evento tem patrocínio da CIELO e Stella Artois, apoio das marcas Minalba, IRB Brasil RE e Pirelli, e apoio institucional da Estácio, Klabin e High End.

 

 

Seleção das galerias

 

O Comitê de Seleção de 2017 é formado pelos galeristas Alexandre Gabriel (Fortes D’Aloia & Gabriel / SP); Anita Schwartz (Anita Schwartz Galeria de Arte / RJ); Elsa Ravazzolo (A Gentil Carioca / RJ); Eduardo Brandão (Galeria Vermelho / SP) e Max Perlingeiro (Pinakotheke / RJ). As galerias participantes dos programas PANORAMA e VISTA passaram pela aprovação do Comitê, que analisou diversos pontos como relevância em seu mercado de atuação, artistas que representa – com exclusividade ou não -, número de exposições realizadas ao ano e participação em eventos e/ou feiras.

 

 

Programas e galerias

 

PANORAMA

Participam galerias nacionais e estrangeiras com atuação estabelecida no mercado de arte moderna e contemporânea.

 

VISTA

Programa dedicado às galerias mais jovens, que contam com projeto de curadoria experimental. Com foco em arte contemporânea emergente, as galerias desenvolvem propostas artísticas inovadoras especialmente para feira.

 

PANORAMA

A Gentil Carioca – Rio de Janeiro; Almeida & Dale Galeria de Arte – São Paulo; Anita Schwartz Galeria de Arte – Rio de Janeiro; Artur Fidalgo Galeria – Rio de Janeiro; Athena Contemporânea – Rio de Janeiro; Athena Galeria de Arte – Rio de Janeiro; Baró Galeria – São Paulo; Carbono Galeria – São Paulo; Casa Triângulo – São Paulo; Cassia Bomeny Galeria – Rio de Janeiro; Celma Albuquerque – Belo Horizonte; Ceysson & Bénétière – Luxembourg – New York – Saint Etienne – Paris; Fólio – São Paulo; Fortes D´Aloia & Gabriel – São Paulo / Rio de Janeiro; Galeria da Gávea – Rio de Janeiro; Galeria de Arte Ipanema – Rio de Janeiro; Galeria Frente – São Paulo; Galeria Inox – Rio de Janeiro; Galeria Lume – São Paulo; Galeria Marcelo Guarnieri – Rio de Janeiro / São Paulo / Ribeirão Preto.

 

ESTREIA

Galeria Millan – São Paulo; Galeria Murilo Castro – Belo Horizonte; Galeria Nara Roesler – São Paulo / Rio de Janeiro / Nova York; Galeria Sur- Montevidéu / Punta del Este; Hilda Araujo Escritório de Arte – São Paulo; Gustavo Rebello Arte – Rio de Janeiro; Lemos de Sá Galeria de Arte – Nova Lima; Luciana Caravello Arte Contemporânea – Rio de Janeiro; Lurixs: Arte Contemporânea – Rio de Janeiro; Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte – Rio de Janeiro; Marilia Razuk – São Paulo; Mercedes Viegas Arte Contemporânea – Rio de Janeiro; Movimento Arte Contemporânea – Rio de Janeiro; Mul.ti.plo Espaço Arte – Rio de Janeiro; Other Criteria – Nova York; Paulo Kuczynski Escritório de Arte – São Paulo; Pinakotheke – Rio de Janeiro / São Paulo / Fortaleza; Roberto Alban Galeria – Salvador; Silvia Cintra + Box 4- Rio de Janeiro; Simões de Assis Galeria de Arte – Curitiba; Vermelho – São Paulo; Zipper Galeria – São Paulo.

 

VISTA

55SP – São Paulo – ESTREIA; Boiler Galeria – Curitiba – ESTREIA; Cavalo – Rio de Janeiro; C. Galeria – Rio de Janeiro – ESTREIA; Frameless Gallery – Londres; Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea – Rio de Janeiro – ESTREIA; Galeria Superfície – São Paulo – ESTREIA; Martha Pagy Escritório de Arte – Rio de Janeiro; RV Cultura e Arte – Salvador – ESTREIA; Tal Projects – Rio de Janeiro.

 

A editora alemã Taschen terá um estande com seus principais títulos de Arte.

 

 

SOLO

Curadoria da norte-americana Kelly Taxter, co-curadora do Jewish Museum de Nova Iorque. Com o tema Brazilwood, uma mistura de Brazil e Hollywood, a curadora faz um questionamento sobre a liberdade da cultura pop na arte contemporânea frente à diversidade das expressões culturais no mundo globalizado. Kelly Taxter foi indicada pela publicação ArtNet como uma das 25 mulheres atuando em curadoria que mais se destacam no mercado global.

 

White Cube; Marian Goodman; Salon 94; Fortes D´Aloia & Gabriel; Galeria Nara Roesler; Marilia Razuk; Baró Galeria; A Gentil Carioca.

 

 

MIRA

A ArtRio terá este ano um projeto totalmente dedicado a vídeo arte. Será a primeira edição do MIRA, realizado em parceria com a Fundação Iberê Camargo. Bernardo José de Souza, curador residente da Fundação, vai assinar também a curadoria do MIRA. Abaixo, os artistas apresentados no programa: Luiz Roque; Gabriel Abrantes; Ana Vaz; Laura Huertas Millán; Cristiano Lenhard; Anna Franceschini; Tomas Maglione.

Maiolino em LA

06/set

Esta primeira retrospectiva sobre o trabalho da artista brasileira Anna Maria Maiolino nos EUA, reúne em cinco décadas, pinturas, desenhos, vídeos, performances, esculturas e instalações em larga escala para traçar o caminho de uma artista extraordinária.

 

O MOCA – Museum of Contemporary Art, Los Angeles, apresenta a primeira grande exposição de pesquisa de Anna Maria Maiolino, uma das mais influentes artistas brasileiras de sua geração. Anna Maria Maiolino nasceu na Itália – em 1942 – e emigrou com sua família, na adolescência, para a Venezuela. Em 1960, mudou-se para o Brasil para participar da Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde começou a desenvolver um corpo de trabalho em diálogo com abstração, minimalismo e a arte conceitual. Seu trabalho foi profundamente influenciado pelo rescaldo da Segunda Guerra Mundial, a Ditadura Militar no Brasil e sua experiência como artista durante o período em que o que poderia ser chamado de arte mudou drasticamente. A exposição abrange toda a carreira da artista, desde a década de 1960 até o presente, reunindo impressões, desenhos, filmes, performances e instalações experimentais, incluindo suas recentes instalações efêmeras em grande escala, feitas com argila não cozida e laminada à mão. O trabalho de Anna Maria Maiolino é exclusivamente capaz de traçar o curso dos movimentos que definem a História da Arte Brasileira, canalizados através de uma prática pessoal, psicologicamente carregada que traça seu próprio caminho introspectivo, tanto quanto abre sobre grandes questões filosóficas de repetição e diferença, o transitório e os problemas permanentes e estéticos como o sólido e o vazio e a relação íntima entre o Desenho e a Escultura.

 

 

 

Até 27 de novembro.

Martelinho de Ouro

05/set

Marcius Galan, em sua terceira individual na galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta uma série de objetos que dialogam com a Pintura, Arquitetura e o Desenho. São obras que provocam o olhar do espectador criando elementos de tensão entre os materiais e sugerindo uma reflexão sobre as relações de desarmonia e conflito.

 

Partindo de superfícies com pinturas automotivas, de cores neutras, o artista cria desenhos geométricos propondo uma interação entre esses objetos e a arquitetura. O desenho formado pelo atrito de objetos nessas pinturas tem a delicadeza de um traçado mínimo, mas também mostra uma agressividade ao violar a superfície de acabamento industrial.

 

“Martelinho de Ouro” é o nome do serviço especializado em reparar os pequenos riscos nas pinturas dos automóveis. Na exposição, o incômodo do risco da chave na pintura do carro novo e o som que esse atrito produz é justamente o ponto de partida das obras. Ora utilizando elementos de construção que saem da parede e agridem a superfície lisa da pintura, ora utilizando a parede como suporte para o desenho feito por estes materiais.

 

Além dessa série de pinturas, a exposição ainda apresenta três esculturas em ferro (vergalhões de construção), dispostas sobre bases com pintura automotiva. O movimento da escultura sobre esta base produz um desenho geométrico que neste caso deixa de ser um incômodo e se mostra como um movimento intencional de “riscar” a superfície com precisão.

 

 

Sobre o artista

 

Marcius Galan vive e trabalha em São Paulo. Participou de mostras importantes como a 29º Bienal de São Paulo e a 8º Bienal do Mercosul e tem mostrado sua obra com frequência nos principais museus do Brasil e no exterior, como Inhotim, MG; Museu de Arte de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo e MAM-Rio; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Palais de Tokyo, Paris; Museu Serralves, Portugal; MALBA, Buenos Aires, Argentina; Museum of Fine Arts Houston, USA; Guggenheim Bilbao, Espanha; entre outros. Em 2012 Marcius Galan foi o vencedor do Prêmio Pipa.

 

 

De 14 de setembro a 13 de outubro.

Nuno Ramos, “Grito e Paisagem”

04/set

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a partir de 05 de setembro próximo a exposição “Grito e Paisagem”, de Nuno Ramos, um dos mais celebrados artistas da cena contemporânea nacional, com pinturas e desenhos inéditos e recentes, em grandes formatos. A mostra reúne no grande espaço térreo quatro pinturas com 1,85m de altura e 2,75m de largura, e profundidade em torno de 30 centímetros. A quinta pintura é maior, com 2,75 de altura e 3,70m de largura. Todas são feitas com vaselina, cera de abelha, pigmentos, tinta a óleo, tecidos, plásticos e metais sobre madeira.

 

 

Esta é a primeira vez que Nuno Ramos mostra no Rio de Janeiro suas pinturas com vaselina e tinta a óleo, em encáustica – técnica milenar de mistura a quente de pigmentos e cera – pesquisa que o destacou no cenário da arte nos anos 1980, e que abandonou no final da década seguinte. A partir de então, a produção de pintura do artista foi dedicada a seus “relevos”, imensas massas de materiais diversos que se lançavam para fora do suporte em uma profundidade de até quatro metros – que pode ser vista na premiada individual “Mar Morto”, na Anita Schwartz Galeria de Arte, em 2009.

 

 

Há três anos, a pintura voltou a ocupar o centro de seu interesse. Nuno Ramos retomou seu trabalho com encáustica e óleo. O resultado esteve em cinco pinturas mostradas na individual “Houyhnhnms”, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2015. Este processo se deu em continuidade a sua pesquisa da dádiva, da oferenda, da troca, existente em sociedades primitivas, que caracterizou a exposição “Um ensaio sobre a dádiva”, na Fundação Iberê Camargo em 2014, e que também permeou sua exposição “O globo da morte de tudo”, realizada junto com o artista e parceiro Eduardo Climachauska, na Anita Schwartz Galeria de Arte, em 2012.  “Comecei a fazer um sistema de trocas entre as duas pinturas, a com vaselina, parafina e tinta a óleo, e os relevos”, conta Nuno.  “A pintura vinha pedindo para habitar de novo”.

 

 

Os trabalhos atuais, nos quais está mergulhado desde dezembro do ano passado, “são muito diferentes dos quadros originais, dos anos 1980”, mas retomam em alguma medida essa espécie de “pântano de origem, um território onde as coisas afundam ou emergem, que me caracteriza desde o início e ao qual de alguma foram ainda sou fiel”, diz. “Agora tem muito mais cor. A outra pintura era mais monocromática, diferenciando-se apenas pela matéria e pelos objetos incluídos. As atuais são já diferenciadas desde o início, dada a presença da cor. Por isso, de alguma forma, apesar de bastante caóticas, parecem talvez mais organizadas”. As camadas sucessivas de massa pictórica chegam a pesar 300 quilos, e Nuno utiliza às vezes uma vassoura como unidade de pincelada dessa massa que atinge até 30 centímetros de profundidade, a que acrescenta outros elementos como metais, plásticos e tecidos. “Tem algo de uma paisagem literal, feita mesmo de matéria, uma exacerbação da matéria que precisa virar som, virar onda, grito, meio como “O Grito” de Munch”, explica, se referindo à icônica obra do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944). “Na verdade, talvez pudesse caracterizar meu trabalho como um todo como uma tentativa obsessiva para surpreender essa transformação da matéria em sentido, ou da paisagem em grito – por isso gostei tanto do título de Ungaretti.”

 

 

O título da exposição, “Grito e Paisagem”, faz referência à obra do poeta Giuseppe Ungaretti (1888-1970), um dos mais importantes do século 20. Filho de italianos, nasceu em Alexandria, no Egito, e lecionou na USP entre 1936 a 1942, tendo convivido com grandes intelectuais brasileiros da época. Foi em São Paulo que Ungaretti perdeu um filho de oito anos, em decorrência de apendicite, dor manifestada em alguns de seus lancinantes poemas. Em 1952, Ungaretti publicou “Un grido e paesaggi” (“Um grito e paisagens”, com ensaio de Piero Bigongiari e desenhos de Giorgio Morandi, Editora Schwarz, Milão).

 

 

“Adeus, cavalo”, o livro de ficção que Nuno Ramos lança em agosto, pela Editora Iluminuras, tem Ungaretti como personagem, ao lado de Procópio Ferreira e Nelson Cavaquinho.

 

 

Para o artista, sua produção atual representa um momento de convívio com uma questão original de todo o seu trabalho. Esta exposição na Anita Schwartz Galeria de Arte contrasta com a realizada no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte, em 2016, “O direito à preguiça”, “que era mais política, atual, ardida”. “Estou vendo o que faço com a pintura, essa substância que sempre esteve em mim, e que estou recuperando, mexendo neste pântano, nesta matéria verdadeira e antiga para mim”, diz. Nuno Ramos conta que este processo o tem deixado “loucamente alegre”. “A maior vingança, todo mundo sabe, é a alegria”, afirma.

 

 

 

Desenhos

 

 

Nuno Ramos destaca que nos últimos dez anos continuou desenhando muito, mas que este é um processo “espontâneo e muito rápido” – “de 3 a 10 minutos” – muito diferente do tempo despendido em uma pintura. No segundo andar expositivo da galeria estarão desenhos da série “Rocha de gritos” (2017), em pastel, grafite e carvão sobre papel, também em grande formato. O nome da série vem de um verso de Ungaretti: “A vida mais não é,/ Detida no fundo da garganta,/ Que uma rocha de gritos” (“Tudo Perdi”, na publicação “Daquela Estrela à Outra”, tradução de Haroldo de Campos e Aurora F. Bernardini, Editora Ateliê Editorial, 2004).

 

 

 

Sobre o artista

 

 

Nuno Ramos nasceu em 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha. Formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1982. Artista plástico e escritor, participou de várias bienais, como a de Veneza, em 1995, onde foi o artista representante do pavilhão brasileiro, e das edições de 1985, 1989, 1994 e 2010 da Bienal Internacional de São Paulo. Também integrou a 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, em 2005, e a 2ª Bienal de La Habana, Havana, em 1989. Outras mostras coletivas de destaque são em “Moving – Norman Foster on Art”, no Carré d’Art Museum, Nîmes, França, em 2013, e “First Escape and Rescue Plan for the Rhine-Main Region”, na Künstlerhaus Mousonturm, em Frankfurt, Alemanha, em 2014. Entre suas exposições individuais, destacam-se “Morte das Casas”, Centro Cultural Banco do Brasil (2004); “Nuno Ramos”, Instituto Cultural Tomie Ohtake (2006); “Mar Morto”, Galeria Anita Schwarz, Rio de Janeiro (2009), ganhadora do Prêmio Bravo! – Melhor exposição do ano; “Fruto Estranho”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2010); “O globo da morte de tudo”, em parceria com Eduardo Climachauska, na Galeria Anita Schwartz, no Rio de Janeiro e “3 Lamas (Ai, pareciam eternas!)”, na Galeria Celma Albuquerque, em Belo Horizonte,  em 2012; “Ensaio Sobre a Dádiva”, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, em 2014; e “Houyhnhnms”, na Estação Pinacoteca em São Paulo, em 2015. Ganhou diversos prêmios, incluindo o Grand Award (pelo conjunto da obra) – da Barnett Newmann Foundation (2007). Ganhou, como escritor, os Prêmios Portugal Telecom dos anos 2009 (pelo livro “Ó”, Melhor livro do ano) e 2012 (pelo livro “Junco”, Melhor livro de Poesia). Publicou em 1993 o livro “Cujo”, pela Editora 34; “Minha Fantasma” (edição de autor, 2000); “O Pão do Corvo” (Editora 34, 2001); “Ensaio Geral” (Editora Globo, 2008); “Ó” (Editora Iluminuras, 2009), ganhador do Prêmio Portugal Telecom de Literatura; “O Mau Vidraceiro” (Editora Globo, 2010); “Nuno Ramos” (Editora Cobogó, 2011); “Junco” (Editora Iluminuras, 2011); e “Sermões” (Editora Iluminuras, 2015).

 

Podemos encontrar ainda em sua produção gravuras, pinturas, fotografias, instalações, vídeos e canções.

 

 

Até 11 de novembro.

CIGA – Calendário de arte

21/ago

 

Em setembro, o Rio de Janeiro terá uma agenda de arte agitada. Nos dias que antecedem a ArtRio, está confirmada a quarta edição do CIGA – Circuito Integrado das Galerias de Arte. Entre 11 e 12 de setembro, as principais galerias cariocas terão programação e horários especiais com abertura de exposições, visitas guiadas, conversas com artistas e performances, entre outras atividades.

 

O CIGA tem entre seus objetivos estimular a visitação às galerias de arte, além dos museus e centros culturais.

 

“A ideia de ter o CIGA na mesma semana da ArtRio é justamente ampliar esse calendário especial de arte. A cidade inteira terá programação voltada para as artes e isso será uma excelente oportunidade para todo o público, com uma opção diversificada de agenda, locais e temas. As galerias, assim como os museus, são muito importantes para o contato do público com a arte e com os artistas. As pessoas têm que incluir esses endereços em seus roteiros de aprendizado e lazer”, indica Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

 

A organização terá um serviço de vans gratuito percorrendo todas as galerias. Na segunda-feira a van sairá às 17hs30min da galeria Mul.ti.plo Espaço e Arte e na terça-feira às 17hs30min do Espaço Saracura.

 
PROGRAMAÇÃO DO CIGA

 

11 de setembro – Segunda-feira

Bairros: Leblon, Ipanema e Copacabana

Horário: a partir das 17hs

Leblon – 17hs

 

Multiplo Espaço Arte
Rua Dias Ferreira 417, sala 206

Exposição individual “Estados de Imagem”, de Waltércio Caldas

Ipanema – a partir das 17hs30min

 

Cassia Bomeny Galeria
Rua Garcia D´Ávila 196

Conversa com o artista Antônio Manuel, que terá individual exposta na galeria

 

C. Galeria
Rua Visconde de Pirajá 580

Abertura da exposição “Espúrios”, de Bruno Melo e Felipe Fernandes

 

Martha Pagy Escritório de Arte
Rua Visconde de Pirajá 351, 14 andar Instituto Plajap

Vernissage e visita guiada a exposição “ Paisagens possíveis”, com a presença dos artistas Ivani Pedrosa, Jaqueline Voljta, Marcelo Jácome e Pedro Gandra

 

Galeria Marcelo Guarnieri
Rua Teixeira de Melo 31, lojas C/D

Exposição individual da artista Amelia Toledo
Copacabana – a partir das 19hs30min

 

Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Mostra dos trabalhos do Ronaldo do Rego Macedo e bate papo com Cesar Bartolomeu

 

Movimento Arte Contemporânea
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Perfomance e conversa com o artista Xico Chaves/SoloTransição

 

Patricia Costa Galeria de Arte
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Exposição da artista Claudia Portos, com curadoria do Luis Ernesto e Bruno Miguel

 

Galeria Inox
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Exposição Oscar Niemeyer

 
12 de setembro – Terça-feira

Bairros: Saúde, Botafogo, Gávea e Jardim Botânico

Horário: a partir das 17hs

Saúde – 17hs

 

Espaço Saracura
Rua Sacadura Cabral 219

Conversa com gestores do espaço e com o artista Alan Sieber

Botafogo – a partir das 18hs

 

Cavalo
Rua Sorocaba 51

Visita guiada a exposição “Luz Partida”, de Felipe Cohen

Gávea – a partir das 19hs

 

Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto Macedo Soares 30

Visita guiada à exposição “Grito e Paisagem”, de Nuno Ramos

 

Mercedes Viegas Arte Contemporânea
Rua João Borges 86

Visita guiada a exposição “Quase Plano”, do artista Luiz d’Orey

 

Galeria da Gávea,
Rua Marquês de São Vicente 432

Inauguração do novo espaço da galeria e abertura da exposição de Luis Braga

 

Jardim Botânico – a partir das 20hs

Carpintaria
Rua Jardim Botânico 971

Exposição de Adriana Varejão e Paula Rego

 

 
Sobre a ArtRio

 

Em 2017, a ArtRio estreia em novo endereço: a Marina da Glória. O evento, que acontece de 13 a 17 de setembro, vai reunir importante galerias brasileiras e internacionais. Chegando a sua 7ª edição, a feira tem entre suas metas ser um dos principais eventos mundiais de negócios no segmento da arte.

 

A ArtRio pode ser considerada uma grande plataforma de arte contemplando, além da feira internacional, ações diferenciadas e diversificadas com foco em difundir o conceito de arte no país, solidificar o mercado, estimular e possibilitar o crescimento de um novo público oferecendo acesso à cultura.

Em Curitiba

07/ago


Desenho, é a exposição que a SIM galeria, Curitiba, PR, apresenta de 12 de agosto até 23 de setembro, sob curadoria de Felipe Scovino. Participam os artistas André Komatsu, Cadu, José Damasceno, Juan Parada, Marcius Galan e Nicolás Robbio.

 
Texto da curadoria

 

Desenho,

 

A primeira particularidade dessa exposição é o seu título. A vírgula depois da palavra “desenho” indica, entre outras possibilidades, falha, descontinuidade ou a própria impossibilidade de se designar o que é essa prática artística diante de uma infinitude de possibilidades. Na contemporaneidade, o desenho se articula como um traço no papel, mas, acima de tudo, como uma gama de desvios e circunstâncias que o aproxima da tridimensionalidade e mesmo, eventualmente, do cinema. Essa exposição conta com obras de seis artistas (André Komatsu, Cadu, José Damasceno, Juan Parada, Marcius Galan e Nicolás Robbio) que pensam o desenho como um agenciamento poético que se relaciona de forma cada vez mais potente e crítica com as idiossincrasias de um mundo não só em constante mudança mas fundamentalmente com a visão de um mundo em colapso. Percebam que essas obras constroem uma atmosfera na qual a precariedade e o acidente estão acentuados e são partes constituintes de suas poéticas.

 

A exposição investiga o desenho, portanto, não como projeto, estudo ou algo “menor”, mas como um passo importante para entendermos o caminho desses artistas e, ao mesmo tempo, refletir sobre um campo ampliado dessa prática artística. Nas obras desses artistas, ele adquire muitas vezes uma circunstância tridimensional; passa a ter volume e textura e, em alguns casos, se mistura com a paisagem do cotidiano, como é o caso de Geometria acidental (2008), de Robbio. Essa obra é um vídeo no qual o artista destaca, por meio de inserções gráficas, formações geométricas que acontecem ao acaso mediante o caminhar de transeuntes por uma praça. Vetores detectam o vai-e-vem dessas pessoas, gerando relações geométricas específicas (trapézios, etc.) que aparecem e desaparecem na tela, obedecendo à mesma velocidade.

 

O diálogo entre essas obras cria uma conjunção estética pelo fato de aproximar temas como invenção de território, memória, geografia e política. São obras que têm a economia de métodos e de elementos como prática constante. Esses desenhos também percorrem um território que se coloca como presente e inconclusivo, transparente e ambíguo, enfim, um mundo de referências imbricadas que a descrição conceitual jamais esgotará. A mostra também discute o desenho pela sua “negatividade”, isto é, por uma estrutura que pode ser revelada como algo indeterminado ou uma aparição ambígua no espaço, já que, em muitos casos, o que se torna visível para os olhos são rastros ou mecanismos que evidenciam uma perda. É o caso da paisagem recortada, fora de ordem, difusa em sua própria estrutura, explícita na série Cada um, cada qual (2017), de Komatsu. Ou ainda na funcionalidade perdida e descreditada das Pinturas burocráticas (2013), de Marcius Galan. O desenho passa a ser uma presença permeada de furos ou fraturas, pois ele mais esconde do que revela. Contudo, é essa força “negativa”, oblíqua, estranha, desviante que interessa à curadoria. Expor uma função reversa do desenho: não mais a revelação de uma estratégia, plano ou ideia, mas a imposição de sua própria estrutura, como algo desafiador e problematizador. Eis a fina ironia da Escultura borracha, de Damasceno: a borracha perde sua função operacional de apagar o que se traçou, pois é mármore e impõe ao desenho a sua própria duração e a impossibilidade de se voltar atrás.

 

O desenho também é uma miragem, e podemos perceber essa acepção no conjunto horizontalizado de lápis, constituindo uma massa homogênea (Horizonte duplo, 2015, de Marcius Galan) que, a distância, estimula nossa imaginação a pensar numa janela ou brise-soleil. Entramos no terreno do acidente e do desenho como ocupação virtual de espaço, campo de experimentação e ampliação da obra bidimensional.

 

Interessa à exposição aproximar o desenho de circunstâncias ou dados imateriais, como é o caso da série Windline (2014).

 

Em parceria com o artista e designer Marcos Kotlhar, Cadu concebeu uma estrutura que sistematiza leituras do comportamento do vento em forma de desenhos. No aparato, dados colhidos por um anemômetro são interpretados por um software de leitura, que utilizando a velocidade como vetor de deslocamento e a direção dos pontos cardiais como coordenadas, produz comandos que movem uma caneta presa a um suporte numa área de desenho (…). O que se vê é o registro da volatilidade do comportamento do vento em uma mesma região.

 

O desenho consegue condensar e vibrar, ao mesmo tempo, a densidade, o peso e o volume do vento. Por acaso, ciência e arte se fundem em meio a um regime de sensibilidade muito especial promovido por essa série de trabalhos. O desenho na obra de todos esses artistas funde-se entre ser projeto, ideia e realização no espaço. De forma geral, não há como distinguir pintura, escultura e instalação do desenho.
Felipe Scovino

 

A exposição “Nós”

04/ago

Entre os dias 04 de agosto e 09 de setembro, a Galeria de Arte Solar, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, promoverá a exposição “Nós”, produzida por alunos do Solar Meninos de Luz, com curadoria de Aloysio Pavan, Ana Paula Albé, André Sheik e Patrícia Wagner e coordenação de Osvaldo Carvalho.

 

A partir de oficinas ministradas por quatro artistas participantes da mostra “Diante do Desconhecido: o Outro”, exposição anterior da Galeria de Arte Solar, 16 alunos se empenharam em desenhar o outro com cuidado e sensibilidade. Nós espelha as mesmas pessoas em desenhos e fotografias através da experiência do olhar, de ver e ser visto.

A análise do ver e ser visto, experiência que assusta e encanta, proporcionou a construção de um novo olhar para os artistas. Diante de facilidades e dificuldades, solturas e bloqueios, os alunos trabalharam seus semelhantes com a visão de expectadores, a partir de diferentes simetrias, proporções e perspectivas.

 

A exposição dos alunos é uma prática desenvolvida com o intuito de aproximar as crianças da atual produção artística do país. Cada uma delas possui autonomia e papel central na criação e reprodução de suas ideias.

 

Artistas

 

Anna Beatriz Pereira de Macedo Barbosa, Ariane Nunes Martin, Beatriz de Souza, Caio Marques da Silva, Gabriel Pai, João Augusto de Medeiros Silva, Kaylane Rodrigues de Nazareth, Laís Alves Carvalho Cardoso, Lucas Emiliano Santos, Marcela Cristina dos Santos de Souza, Nicole Monteiro de Oliveira, Pauo Gabriel Freire de Mesquita, Rayssa de Carvalho Pinto, Rickson Pablo Santos Ferreira, Ryan Tavares Moitinho, Thais Custódio Marques.

 

Mariannita Luzzati – Migrantes

31/jul

A Galeria Marcelo Guarnieri, unidade Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugura no dia 03 de agosto a exposição “Mariannita Luzzati – Migrantes”, com sete obras inéditas da artista, sendo dois filmes, duas pinturas e quatro desenhos, que refletem sobre a paisagem e os fluxos migratórios. As obras, produzidas em 2016 e 2017, se relacionam entre si. O trabalho atual de Mariannita Luzzati tem sido realizado a partir da pesquisa sobre o movimento constante de migração de plantas que se infiltram em novas paisagens e estabelece uma relação com o fluxo de pessoas que migram por necessidade ou por vontade própria, causando mudanças sociais e culturais nesses cenários.

 

O ponto de partida da exposição é o filme “Migrantes” (2016), que dá nome à exposição e revela através da paisagem o processo de colonização do Brasil por Portugal durante a expansão marítima. O filme, que mistura paisagens reais e imaginárias (desenhos feitos pela artista), reflete sobre o processo de mudanças e interferências que este fluxo gerou. Ao lado dele, estará um outro filme, que trata sobre o tema da migração e deslocamento da paisagem. “São filmes que fiz de paisagens reais que entram em fusão com paisagens imaginárias que construí (pinturas e desenhos)”, explica a artista.

 

Na exposição os filmes estarão em diálogo com duas pinturas em grande dimensão (óleo sobre tela) e cinco desenhos (lápis sobre papel). Todos esses trabalhos se relacionam com a sua pesquisa anterior, que pensa em uma “restauração” da paisagem, para retorná-las ao seu estado “natural”. A vontade de restauração de que trata Mariannita Luzzati diz respeito a um mundo sem excessos, sejam eles de informação, de imagens ou de cores. A ação de esvaziar pode ser observada não só nas paisagens silenciosas que nos apresenta, mas também na paleta de cores rebaixadas que utiliza e até mesmo no aspecto difuso da pintura que dá conta de “nublar” os elementos da cena. Por meio da tinta diluída, sobrepõem-se centenas de camadas muito leves que dão corpo a rochedos muito pesados, rodeados pela imensidão do imprevisível oceano. Há uma troca entre cor e forma, onde uma se constrói enquanto a outra se desmancha.  

 

Os desenhos se comportam de maneira parecida. São feitos com lápis de cor, material rudimentar que carrega consigo o registro da infância, um registro de leveza e ingenuidade. Tal delicadeza, no entanto, precisa negociar com a dureza da ferramenta: o lápis, ao pintar o papel, evidencia as imperfeições de sua superfície e torna grosso o que seria liso. É do mesmo tipo de troca de que se trata, cor e forma: enquanto uma se constrói, a outra se desmancha.  

 

 

Sobre a artista

 

Mariannita Luzzati, nasceu em 1963. Vive e trabalha em São Paulo e Londres. Dentre as exposições individuais e coletivas que participou, destacam-se nas seguintes instituições: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Centro Cultural São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de Curitiba, Museu Vale do Rio Doce de Vitória, Museu Nacional de Buenos Aires, Museum Of London, Haus Der Kulturen Der Welt em Berlim, Maison Saint Gilles em Bruxelas. Suas obras constam em importantes coleções nacionais e internacionais, dentre as quais a Fundação Itaú Cultural de São Paulo; Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro; Fundação Cultural de Curitiba; Fundação Padre Anchieta – TV Cultura, São Paulo; Museu de Arte de Brasília; Machida City Museum of Graphic Arts, Tóquio, Japão; Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP; Centro Cultural Dragão do Mar, Fortaleza, CE; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, SP; Fundação Musei Civici de Lecco e MIDA – Scontrone, Itália; British Museum, Londres, Inglaterra; Essex Collection, Colcherter, Inglaterra; Credit Suisse First Boston; Halifax plc; Herbert Smith; Rexam plc de Londres; Teodore Goddard, Jersey e Pearson plc, Nova York.

 

 

Sobre a galeria

 

Marcelo Guarnieri iniciou as atividades como galerista nos anos 1980, em Ribeirão Preto, SP, e se tornou uma importante referência para as artes visuais na cidade, exibindo artistas como Amilcar de Castro, Carmela Gross, Iberê Camargo, Lívio Abramo, Marcello Grassmann, Piza, Tomie Ohtake, Volpi e diversos outros. Atualmente, com três espaços expositivos – São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto -, a galeria permanece focada em um diálogo contínuo entre a arte moderna e contemporânea, exibindo e representando artistas de diferentes gerações e contextos – nacionais e internacionais, estabelecidos e emergentes – que trabalham com diversos meios e pesquisas.

 

 

Até 06 de setembro.

Artista francesa residente

A Artur Fidalgo galeria, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Qu’a t’on bien pu faire de tous ces sacrifices?”, da artista francesa Zoé Dubus. Com curadoria do artista José Damasceno, a mostra traz o olhar do viajante em busca de novas paisagens e realidades.

 

Zoé Dubus estudou na Escola de Artes Visuais La Cambre, em Bruxelas, e no Programa Aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Desde 2013, mora no Vidigal, no Rio de Janeiro, e conta que o lugar a influenciou muito.

 

Em suas palavras: “…a arquitetura da rua aonde fui morar, a igreja evangélica que gritava sempre, a família que morava perto da minha janela, todo esse universo que eu nunca tinha visto. Isso tudo me proporcionou criar obras que dialogam com a violência, a injustiça, o medo, a irreverência, as cores, os sons e o humor”.

 

 

De 03 de agosto a 19 de setembro.