Arte Monumental

24/nov

Uma megaexposição de arte contemporânea a céu aberto marcou a reabertura de espaço público carioca aos visitantes, Trata-se de um dos mais belos cartões postais do Rio de Janeiro, a Marina da Glória, Rio de Janeiro, RJ, que será transformado, durante um mês, em um grande museu aberto com obras tridimensionais modernas e contemporâneas. Funcionará como uma espécie de presente de fim de ano, a “Marina Monumental – Arte na Marina da Glória” marcando o retorno do conhecido espaço público após o período de realização dos Jogos Olímpicos. A exposição reúne trabalhos em grandes dimensões de dezenove artistas ligados profissionalmente a algumas das principais galerias nacionais.

 
“No Marina Monumental”, o visitante poderá apreciar grandes obras em um espaço amplo e público, mas com a adicional de serem ‘emolduradas’ por uma das paisagens naturais mais incríveis do mundo. Os trabalhos terão como pano de fundo a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, além dos Jardins do Parque do Flamengo, com sua natureza única e vigorosa”, descreve o francês Marc Pottier, curador da mostra, que vive e trabalha entre o Rio e Paris.

 
Outra atração é a variedade de expressões artísticas da mostra, que contará com instalações, esculturas, grafites, experiências interativas, performances e obras de som – todas estabelecendo uma suave interação com a arquitetura e o local. A exposição terá obras de Antonio Bokel, Almandrade, Amilcar de Castro, André Azevedo, Artur Lescher, Caligaprixo, Dirceu Maués, Frida Baranek, Flávio Cerqueira, Franz Weissmann, Galeno, Giovani Caramello, Henrique Oliveira, Ivani Pedrosa, Luiz Philippe Carneiro de Mendonça, Manfredo de Souzanetto, Paulo Vivacqua, Ursula Tautz e Zemog.

 
“É importante observar que, apesar de contar com ambientes propícios e praticamente prontos para atividades ao ar livre com a magnitude da Marina Monumental, a Cidade do Rio aproveita muito pouco essa vocação. É esse espaço que a Marina vai preencher ao incorporar a exposição à sua agenda regular de eventos”, afirma Katia Avillez, produtora executiva da megaexposição.

 

 

Até 18 de dezembro.

Liuba na Marcelo Guarnieri/Rio

16/nov

Um importante conjunto de esculturas em bronze de Liuba Wolf será reapresentado no Rio de Janeiro, pela primeira vez, na Galeria Marcelo Guarnieri, em Ipanema, 50 anos após sua primeira exibição.Em 1965, Liuba Wolf realizou uma importante exposição no MAM- Rio, como parte das comemorações do quarto centenário da cidade. Na mostra, a artista apresentou 23 esculturas em bronze, que representavam animais. Agora, 14 dessas obras estarão reunidas na presente exposição que será acompanhada de um texto da curadora, crítica e historiadora de arte Maria Alice Milliet, feito especialmente para esta mostra.

 

A exposição no MAM Rio foi de extrema importância. Realizada em um momento de grande visibilidade, em que era inaugurado o Parque do Flamengo. “A obra de Liuba teve no Rio a oportunidade de integrar, ainda que momentaneamente, um dos mais ousados projetos urbanísticos do pós-guerra. Ali, a artista pôde dar sua contribuição, ali se sentiu em casa”, escreveu Maria Alice Milliet. Naquele momento, a obra de Liuba também passava a ganhar mais reconhecimento internacional, com importantes mostras no Brasil e no exterior. Ao longo de sua trajetória, a artista participou de quatro Bienais Internacionais de São Paulo (1963, 1965, 1967 e 1973) e realizou uma grande exposição individual no Hakone Open Air Museum, no Japão, em 1985. Suas obras hoje estão em importantes coleções privadas no Brasil, Argentina, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Suíça e Estados Unidos.

 

Outro fato importante é que o conjunto de esculturas apresentado na exposição do MAM Rio marcava uma mudança na obra da artista, que naquele momento deixava a figuração para explorar uma “quase abstração”, tendo a figura do animal como forte referência. “Para mim, eles são animais. Mas eu não posso explicar de onde eles vêm, deve ser do meu subconsciente. Suas formas, mesmo que reconhecíveis, são de fato uma simbiose entre vegetal e animal”, disse a artista a Sam Hunter para o livro “Liuba: At the Edge of Abstraction”. Na Galeria Marcelo Guarnieri, as obras serão apresentadas da mesma forma como foram expostas originalmente: dispostas em bases e muros baixos formados por blocos de cimento.

 

Entre 1950 e 1960, Liuba viveu entre o Brasil, onde mais tarde se naturalizou, e a capital francesa. Esse período foi muito importante para a afirmação de seu trabalho e também pelos contatos que manteve com os artistas Marino Marini, Poliakoff, entre outros. “Sua plástica, ancorada na tradição da escultura moderna na linha de Brancusi e Giacometti, se alimenta, simultaneamente, da simplificação formal introduzida pelo cubismo e da arte de culturas exóticas. Como se sabe, essas duas vertentes estiveram associadas às vanguardas artísticas que no início do século romperam com as convenções da academia. A produção escultórica de Liuba bebeu nessas fontes, chegando à maturidade durante o alto modernismo, período em que a estética moderna ganhou alcance internacional”, afirma Maria Alice Milliet.

 

 

Sobre a artista

 

Nascida em 1923 na Bulgária, Liuba ingressa em 1943 na Escola de Belas Artes de Genebra, Suíça. De 1944 a 1949 estuda com a escultora francesa Germaine Richier, a princípio na Suíça e em seguida em Paris, onde passa a viver e trabalhar em 1946. Em 1949, ainda vivendo em Paris, monta ateliê também em São Paulo. Casa-se com Ernesto Wolf em 1958 no Brasil, e passa a dividir seu tempo entre os ateliers de São Paulo e Paris. A partir de 1989 estabelece atelier também na Suíça. Falece em São Paulo em 2005. Das diversas exposições individuais e coletivas que realizou, destacam-se nas seguintes instituições: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1965; Museu Nacional de Arte Moderna de Paris, 1967; Museu de Saint Paul de Vence na França, 1968; Hakone Open Air Museum no Japão, 1985; Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1996. Participou anualmente do Salon de La Jeune Sculpture de Paris no período entre 1964 e 1979; do Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1962 e 1963; da Bienal Internacional de São Paulo nos anos 1963, 1965, 1967 e 1973; e de diversas edições do Panorama de Arte Atual Brasileira no Museu de Arte Moderna de São Paulo no período de 1970 a 1985. Suas obras integram importantes coleções públicas internacionais como a do Fond National d’Art Contemporain de Paris, do Museu de Saint Paul de Vence na França, do Kunsthelle de Nuremberg na Alemanha, do Hakone Open Air Museum no Japão e do Musée de La Sculpture en Plein Air de La Ville de Paris; e integram também importantes coleções públicas nacionais como a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Coleção da Bienal de São Paulo e do Museu do Artista Brasileiro em Brasília, DF.

 

 

Sobre a Galeria

 

Marcelo Guarnieri iniciou as atividades como galerista nos anos 1980, em Ribeirão Preto, e se tornou uma importante referência para as artes visuais na cidade, exibindo artistas como Amilcar de Castro, Carmela Gross, Iberê Camargo, Lívio Abramo, Marcello Grassmann, Piza, Tomie Ohtake, Volpi e diversos outros. Atualmente com três espaços expositivos – São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto – a galeria permanece focada em um diálogo contínuo entre a arte moderna e contemporânea, exibindo e representando artistas de diferentes gerações e contextos – nacionais e internacionais, estabelecidos e emergentes – que trabalham com diversos meios e pesquisas.

 

 

De 19 de novembro até 21 de janeiro de 2017.

Fragmentação, peso e leveza

O trabalho de duas jovens artistas visuais, Marília Del Vecchio e Manuela Costa Lima, dialogam sobre as operações não visuais, na busca de um significado, abrindo em suas singularidades, potências de sentidos próprios. A exposição “Duas artistas, fragmentação, peso e leveza”, com curadoria de Rodrigo Naves, poderá ser conferida a partir do próximo dia 23 de novembro na Galeria Virgílio, Pinheiros, São Paulo, SP.

 

No que diz respeito à aproximação entre as artistas, e no que o curador Rodrigo Naves intitula como “operações não-visuais na busca de um significado para o que realizam”, Manuela Costa Lima exprime a condição do trabalhador assalariado contemporâneo na série “Ícones”. Espécie de “iconografia profana”, um tanto denunciativa, a artista pinta cartões de pontos em dourado, evocando em desenhos motivos espirituais e religiosos, presentes na história da arte no período bizantino em diante.

 

Por seu turno, Marília Del Vecchio, revela a sua poética, a partir da utilização dos cacos de vidros dos famosos copos americanos, criados por Nadir Figueiredo, em 1947, e tão presentes no imaginário e cotidiano da vida brasileira. Com o processo de restauro japonês, chamado kintsugi, a restauração, tal como no trabalho de ceramista, deixa à mostra o rastro dourado das emendas, mas revela, no sentido de significação, a potência da obra como ligação com a sabedoria oriental e uma possível experiência da vida.

 

O curador Rodrigo Naves, ressalta essa espécie de “afinidades” entre as duas artistas, como é o caso da obra “Palíndromo” de Marília Del Vecchio que evoca a dor da separação, nos versos de Pushkin, recortados em latão, e colados numa escultura composta por 5 placas de vidro apoiadas instavelmente entre si. O oposto complementar de “Palíndromo”, “Granadas” de Manuela Costa Lima reaproxima o que fora separado, a partir da pressão que cintas de metal realizam sobre vários pares de pedra. “Penso, porém, que o conjunto da produção de Marília e de Manuela tem singularidades suficientes para a constituição de sentidos próprios, o que implica uma atenção mais detida sobre cada um deles”, conta o curador.

 

Marília Del Vecchio destaca a fragilidade da vida e das relações humanas, seja com os cacos de vidro, narrativas pessoais e coletivas fragmentadas, lembrando as “inserções em circuitos ideológicos”, de Cildo Meirelles, como o amor evocado no poema de Pushkin, na obra “Palíndromo”, que, ao sugerir o desencontro dos amantes, pressupõe uma unidade originária perdida. “Esta é a minha primeira exposição individual, e também a primeira vez que tenho mais de um trabalho exposto no mesmo espaço. Com isto, pude desenvolver melhor os trabalhos e à relação entre eles – e no mesmo processo, as conversas com o Rodrigo Naves me ajudaram a amadurecer como artista”.

 

A singularidade de Manuela Costa Lima, por exemplo, ressoa na dialética entre peso e leveza, como na citada obra “Granadas”, mas também em “Livre Arbítrio”, na qual uma lâmpada fluorescente está suspensa por um fino cabo de aço, e levemente coberta por uma manta de borracha: “O traço comum aos trabalhos que formam essa exposição é a oposição entre peso e leveza, luz e escuridão. Recentemente tenho pensado sobre a questão do livre arbítrio, sobre as escolhas que enfrentamos e a tensão sempre presente nessas decisões”, afirma a artista.

 

 

De 23 de novembro a 19 de dezembro.

 

 

Escola de Belas Artes, 200 anos

11/nov

O Museu Nacional de Belas Artes, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura a exposição “Escola de Belas Artes:1816-2016 Duzentos anos construindo a arte brasileira”. Sob a curadoria de Angela Ancora da Luz, a mostra faz um recorte da produção artística da instituição que formou e ainda forma centenas de artistas brasileiros desde Vítor Meireles, Antônio Parreiras, Eliseu Visconti, passando por Burle Marx, Goeldi, Portinari, Weissmann, Anna Maria Maiolino, Roberto Magalhães, Lygia Pape, Celeida Tostes, Mauricio Salgueiro até Felipe Barbosa, Bruno Miguel, Jarbas Lopes entre muitos outros.

 

Criada por Decreto Real de D. João em 12 de agosto de 1816, a primeira sede da Escola de Belas Artes foi na Travessa das Belas Artes, próxima a Praça Tiradentes. O prédio, de Grandjean de Montigny, foi projetado para receber a então Academia Imperial das Belas Artes e foi inaugurado em 5 de novembro de 1826. Em 1908, já com o nome de Escola Nacional de Belas Artes, a instituição transferiu-se para seu segundo prédio, com projeto de Morales de los Rios, na Avenida Rio Branco, onde hoje situa-se o Museu Nacional de Belas Artes.

 

Segundo a curadora da exposição, Angela Ancora da Luz, que dirigiu a EBA entre 2002 e 2010, “…a presença da Escola no contexto da sociedade brasileira revelou sua identidade por aspectos pouco conhecidos, mas de grande interesse social e político, além de seu princípio norteador fundamental: o ensino artístico. Uma escola de grande peso no Império e que esteve aberta a todos os que desejassem buscar o caminho das artes, sendo aceitos pelos grandes mestres dos ateliês. O que contava na hora da seleção era o talento, sem restrição ao grau cultural, à raça ou situação econômica. Cândido Portinari, por exemplo, mal havia completado o terceiro ano do curso “primário” quando foi aceito pela instituição, tornando-se a grande referência da pintura brasileira”.

 

“São incontáveis os pintores, escultores, desenhistas, gravuristas, cenógrafos, indumentaristas, designers, restauradores e paisagistas que saíram dos ateliês e salas da escola. O grande desafio que a presente exposição nos trouxe foi o de apresentar apenas alguns destes artistas e suas obras. Mesmo se ocupássemos todas as salas deste museu (…) ainda assim seria impossível apresentar a excelência de tudo que aqui se produziu”, completa a curadora.

 

A exposição ocupará dois salões expositivos do MNBA abrangendo a produção dos artistas que passaram pela Escola de Belas Artes, desde sua criação até a presente data. A dificuldade de selecionar as obras desta mostra comemorativa foi muito grande. Pela excelência dos artistas que passaram por seus ateliês – impossível trazer um representante de cada período – a opção da curadoria foi privilegiar os que tiveram a formação da escola. Muitos desses artistas foram alunos do Curso Livre, admitidos pela avaliação dos Mestres. Passaram pela instituição artistas de todas as classes sociais, a escola sempre foi uma unidade que presava pela diversidade. De todos que cursaram a Escola de Belas Artes, mesmo os que não a concluíram, ficou o reconhecimento do papel fundamental que ela representou em suas trajetórias.

 

O eixo curatorial enfatizou a Escola de Belas Artes como instituição que preserva a preocupação social, política e intelectual das diferenças individuais, o que não impede a formação de um corpo e de uma identidade. A curadoria buscou evidenciar as diferenças e afinidades em desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, instalações, vídeos e performances que fizeram da escola um paraíso vocacionado para a arte e a cultura no Rio de Janeiro, potente e famosa caixa de ressonância artística do Brasil.

 

O projeto conta com patrocínio integral da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a produção/idealização da exposição está a cargo de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA Produção Cultural, que já realizou importantes publicações e exposições itinerantes pelo Brasil, como Farnese de Andrade, AthosBulcão, Milton Dacosta, Miguel Angel Rios, Raymundo Colares, Carlos Scliar, Debret, Aluísio Carvão, Henri Matisse, Bruno Miguel, Antonio Bandeira, Manoel Santiago, Teresa Serrano, Regina de Paula, Nazareno, entre outros.

 

 

Artistas

 

Abelardo Zaluar, Adir Botelho, Alfredo Galvão, Almeida Reis, Amés de Paula Machado, Anna Maria Maiolino, Antonio Manuel, Antônio Parreiras, Arthur Luiz Pizza, Augusto Müller, Bandeira de Mello, Barbosa Júnior, Batista da Costa, Belmiro de Almeida, Bruno Miguel, Burle Marx, Carlos Contente, Cândido Portinari, Celeida Tostes, Décio Vilares, Eduardo Lima, Eliseu Visconti, Estêvão da Silva, Felipe Barbosa, Franz Weissmann, Georgina de Albuquerque, Glauco Rodrigues, Grandjean de Montigny, Henrique Cavaleiro, Hugo Houayeck, Isis Braga, Ivald Granato, Jarbas Lopes, Jean-Baptiste Debret, João Quaglia, Jorge Duarte, KazuoIha, Lourdes Barreto, Lygia Pape, Manfredo de Souzanetto, Marcos Cardoso, Marcos Varela, Marques Júnior, Mauricio Salgueiro, Maurício Dias & Walter Riedweg, Newton Cavalcanti, Oscar Pereira da Silva, Oswaldo Goeldi, Patrícia Freire, Paulo Houayek, Pedro Américo, Pedro Varela, Quirino Campofiorito, Renina Katz, Ricardo Newton, Roberto Magalhães, Rodolfo Amoedo, Rodolfo Chambelland, Ronald Duarte, Rui de Oliveira, Vítor Meireles e Zeferino da Costa

 

 

 

Até 12 de fevereiro de 2017.

Oito décadas de Arte Naïf 

Jacques Ardies, marchand franco-belga estabelecido no Brasil e proprietário da galeria que recebe o seu nome é também o curador da mostra coletiva “Arte Naif, uma viagem na alma brasileira”, com abertura no dia 12 de novembro, no Memorial da América Latina – Galeria Marta Traba, Barra Funda, São Paulo, SP.

 

Interpretar a “arte naif” por si só já é um desafio, visto que se trata de uma expressão regional que percorre o mundo assumindo aspectos de acordo com os artistas que expõe suas próprias experiências, por meio de linhas e formas peculiares, sem ter recebido uma orientação formal. Algumas de suas principais características são o uso de cores fortes, a retratação de temas alegres, traços figurativos, a idealização da natureza e sem a preocupação com a perspectiva, ou seja, às vezes, ela é bidimensional. É exatamente por isso que no Brasil, esta arte goza de um ambiente ideal que se amplifica mais ainda graças à exuberância das florestas, à intensa luminosidade e ao conhecido calor humano brasileiro.

 

Como trata-se de um país com tamanha vastidão cultural, para a mostra, foram escolhidos 70 nomes representativos desse gênero específico de expressão artística. Os artistas foram divididos em três núcleos: Histórico – composto por registros de nomes já reconhecidos no segmento e com trajetória sólida; Atual, com nomes ativos no presente, cujos trabalhos também sofrem influencias de novas técnicas e temas contemporâneos e complementando a exposição, uma área especial composta por 10 esculturas do segmento destacado.

 

Segundo Jacques Ardies, a Arte Naïf baseia-se na liberdade para expressar memórias e emoções, por isso, escolhe apresentá-la em montagem em ordem cronológica, começando pela década de 40 até os dias atuais, com destaque para a pintura tropicalista, as evocações divinas em degradés sofisticados e outras características marcantes como cenas paulistanas, cores quentes, a boemia carioca e baianas em trajes finos. O curador observa que os artistas conseguem superar suas dificuldades técnicas e criar uma linguagem inédita, pessoal e singular. Essa liberdade da execução permite maior dedicação ao essencial da arte que pode ser observada pelas pessoas que ainda preservam intacta sua capacidade de encantar-se com o que pode ser apreciado numa exposição.

 

 

Artistas participantes

 

Agenor, Agostinho Batista de Freitas, Alba Cavalcanti, Ana Maria Dias, Antônio Cassiano, Antônio de Olinda, Antônio Julião, Antônio Porteiro, Artur Perreira, Bajado, Barbara Rochltiz, Bebeth, Chico da Silva, Conceição da Silva, Constância Nery, Crisaldo Morais, Cristiano Sidoti, Denise Costa, Dila, Doval, Edivaldo, Edna de Araraquara, Edson Lima, Elisa Martins da Silveira, Elza O.S, Ernani Pavaneli, Francisco Severino, Geraldo Teles de Oliveira, Gerson, Gilvan, Grauben, Helena Coelho, Iaponí Araújo, Ignácio da Nega, Iracema, Isabel de Jesus, Ivan Moraes, Ivonaldo Veloso de Melo, José Antônio da Silva, José de Freitas, José Perreira, Lia Mittarakis, Louco, Lourdes de Deus, Lucia Buccini, Luiz Cassemiro, Madeleine Colaço, Magdalena Zawadzka, Maite, Malu Delibo, Mara Toledo, Marcelo Schimaneski, Maria Auxiliadora, Maria Guadalaupe, Miranda, Mirian, Neuton de Andrade, Olimpio Bezerro, Passarinheiro, Raimundo Bida, Rodolpho Tamanini Netto, Rosina Becker do Valle, Silvia Chalreo, Soati, Sônia Furtado, Vanice Ayres, Waldemar, Waldomiro de Deus, Wilma Ramos e Zé do Embu.

 

 

A galeria

 

A Galeria Jacques Ardies, na Vila Mariana, está sediada em imóvel antigo totalmente restaurado. Desde sua abertura em Agosto de 1979, atua na divulgação e a promoção da arte naif brasileira. Ao longo de 37 anos, realizou inúmeras exposições tanto em seu espaço como em instituições nacionais e estrangeiras, onde podemos destacar MAC/ Campinas, MAM/ Goiânia, Espace Art 4 – Paris, Espaço Cultural do FMI em Washington DC, USA, Galeria Jacqueline Bricard, França, a Galeria Pro Arte Kasper, Suíça e Gina Gallery, Tel-Aviv, ,Israel. Em 1998, Jacques Ardies lançou o livro “Arte Naif no Brasil” com a colaboração do crítico Geraldo Edson de Andrade e em 2003, publicou o livro sobre a vida e obra do artista pernambucano Ivonaldo, com texto do professor e crítico de arte Jorge Anthonio e Silva. Em 2014, publicou Arte Naïf no Brasil II, de sua autoria, com textos complementares dos colecionadores Daniel Achedjian, Peter Rosenwald, Marcos Rodrigues e Jean-Charles Niel. A galeria possui em seu acervo obras, entre quadros e esculturas, de 80 artistas representativos do movimento da Arte Naif brasileira.

 

 

A galeria Marta Traba

 

A Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana é um espaço privilegiado para a difusão da arte latino-americana e para o intercâmbio cultural com os países do nosso Continente. Projetada por Oscar Niemeyer, a Galeria é hoje o único espaço museológico existente no Brasil, inteiramente dedicado às artes e à cultura latino-americanas. Ocupando uma área de 1.000 m², o espaço é sustentado por uma única coluna central, circundado por painéis que permitem ao visitante, desde a entrada, uma visão do conjunto das obras expostas.

 

 

Até 06 de janeiro de 2017.

Na CAIXA Cultural Rio 

01/nov

A CAIXA Cultural, Galeria 4, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Mostra Bienal CAIXA de Novos Artistas”, que reúne trabalhos de jovens talentos das artes visuais de todo o Brasil. A exposição apresenta 36 obras em diversos formatos: fotografia, escultura, pintura, gravura, desenho, objeto, instalação, videoinstalação, intervenção e novas tecnologias. A seleção das obras traz a assinatura da curadora Rosemeire Odahara Graça.

 

Resultado de projeto de apoio à cultura promovido pela CAIXA, a exposição recebeu 1.977 obras inscritas por 860 artistas iniciantes de todo o Brasil e selecionou trabalhos de 24 participantes. Os critérios de escolha foram originalidade, experimentação, inovação, conceito, qualidade artística e contemporaneidade. “Escolhemos as obras que tivessem um valor em si mesmas e que conversassem com as propostas contemporâneas de arte”, explica Rosemeire. Seguindo o regulamento da Seleção, foram escolhidos artistas que ainda não haviam exibido trabalhos em exposição individual.

 

A curadora avalia que a “Mostra Bienal CAIXA de Novos Artistas” foi bem sucedida em sua proposta de divulgar artistas ainda iniciantes ou recém-saídos da universidade, numa época de esvaziamento de espaços físicos de exibição nas artes visuais, com o fim dos grandes salões de arte e a chegada da internet. “Nesse novo momento de reformulação das artes visuais no Brasil, a Mostra Bienal CAIXA trouxe uma solução interessante para dar visibilidade a esses artistas”.

 

A Mostra Bienal CAIXA de Novos Artistas encerra esta edição no Rio de Janeiro depois de passar por todas as unidades da CAIXA Cultural: Curitiba, São Paulo, Brasília, Fortaleza, Recife e Salvador.

 

 

De 01 de novembro a 31 de dezembro.

 

Galvão, relevos inéditos 

31/out

Há dois anos o consagrado Galvão vem trabalhando em seus novos relevos nos quais emprega a madeira como suporte e em contrastantes cores fortes. Sua última exposição no Rio de Janeiro aconteceu na Galeria Marcia Barrozo do Amaral, Copacabana, Shopping Cassino Atlântico, em 2013, mesmo lugar que receberá seus 16 trabalhos inéditos a partir do dia 09 de novembro.

 

Conhecido como uma das referências mais importantes quando se trata de trabalhos em madeira, o artista carioca apresenta obras de cerca de 70 por 70 cm que expressam o aprofundamento do caminho que vem trilhando desde a década de 1950, quando iniciou sua trajetória nas artes plásticas. Os meticulosos relevos desta exposição – nunca apresentados ao público – sugerem diferentes tons de madeira como o cedro, vinhático, pau marfim, imbuia, entre outras, que se misturam com  cores vibrantes (tinta acrílica) tais como laranja, diferentes tons de azul, bordô, verde, preto e cinza chumbo. Em seu atelier em Muri, Nova Friburgo, RJ, o artista expõe uma série de  variações sobre um tema, um conjunto de obras que representam uma só linguagem. Segundo Marcia Barrozo do Amaral, “…Galvão consegue seguir o mesmo caminho trazendo resultados distintos que expressam um aprofundamento de seu trabalho”.

 

 

Sobre o artista

 

Galvão começou sua trajetória em Paris, quando foi estudar Sociologia da Arte na Sorbonne. Lá, trabalhou com Victor Vasarely, um expoente da arte abstrata do século 20. Com exposições individuais em Londres, Paris, Madrid e Buenos Aires, além das coletivas espalhadas pelo mundo, o artista também frequentou os ateliês de Sergio Camargo e Yvaral. Galvão possui trabalhos em coleções como as do Centre Cultural de l´Arsenal, na França; Museu Satoru Sato, no Japão; Mobil Madi Museum, na Hungria; Museu de Arte Moderna – RJ; Museu Nacional de Belas Artes – RJ; Museu de Arte da Pampulha – BH; Museu do Artista Brasileiro – Brasília; Museu de Arte Contemporânea – Niterói; MuBE – SP, entre outros. Possui obras monumentais situadas em diferentes locais no Rio de Janeiro e São Paulo e já recebeu prêmios como na 13ª Bienal de São Paulo e no 31º Salão Paranaense. Seus trabalhos estarão na próxima edição da Arco, em Madrid, em fevereiro de 2017.

 

 

Até 18 de dezembro.

Mostra de Eduardo Frota

20/out

 

Diferentemente das outras exposições de que participou em Porto Alegre, com grandes esculturas construídas a partir de pequenos módulos de madeira, desta vez o artista cearense Eduardo Frota utiliza a própria arquitetura do prédio para compor sua obra. As portas, os vidros das janelas internas, a escada que conduz à reserva técnica do acervo de máquinas, tudo foi removido de seu lugar de origem, para, na sequência, ser recodificado como se fosse desenho ou pintura nas paredes da Sala de Exposições. As partes, assim reinstauradas, dão outra fisicalidade ao todo, reinventando o espaço arquitetônico do velho galpão de madeira do Museu do Trabalho, Centro Histórico, Porto Alegre, RS.

 

A intervenção “Associações Disjuntivas” teve uma primeira versão em 2009 no Alpendre – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, espaço de arte independente que existia em Fortaleza, do qual Frota foi um dos fundadores e coordenador do núcleo de artes visuais. Eduardo Frota é reconhecido nacionalmente sobretudo por suas esculturas em madeira, às vezes em escalas monumentais, como as peças que apresentou em 2002 na histórica 25ª Bienal de São Paulo, com curadoria de Paulo Herkenhoff, ou os carretéis gigantes que empilhou em 2005 no Museu Vale, em Vila Velha, no Espírito Santo.

 

 

De 19 de outubro a 27 de novembro.

Na Athena Contemporânea

18/out

A galeria Athena Contemporânea apresenta, a exposição “Saudade e o que é possível fazer com as mãos”, com obras inéditas da artista mineira Raquel Versieux. Com curadoria de Raphael Fonseca, será apresentada uma grande instalação, composta por cerca de 200 objetos de cerâmica, que ocupará o chão da galeria, além de fotografias, esculturas e vídeos. Raquel Versieux nasceu em Belo Horizonte, em 1984, e possui obras na coleção do Museu de Arte do Rio (MAR), já tendo participado de importantes mostras como “Rumos”, do Itau Cultural, além de exposições no Paço Imperial, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Centro Cultural Banco do Nordeste, entre outras importantes instituições.

 

As obras que serão apresentadas na galeria Athena Contemporânea foram produzidas este ano, a partir de sua recente experiência na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, onde é professora de Artes Visuais na Universidade Regional do Cariri, e de uma residência artística na Cidade do México. “Essas experiências fizeram com que a artista travasse contato com novas concepções em torno da relação entre imagem, natureza e cultura”, afirma o curador Raphael Fonseca.

 

No chão da galeria, estará a grande instalação “Quenga coco loco”, composta por cerca de duzentos objetos cerâmicos, feitos a partir da modelagem do barro em contato com cascas de coco-da-baía e de carnaúba, chamadas de “quenga”. A artista coloca o barro dentro dessas cascas e as deixa dentro de seu carro. “Com isso, elas ficam impregnadas desta viagem, vão pegando uma impressão do tempo e destes deslocamentos”, explica Raquel Versieux. O barro depois é queimado em um forno a lenha, “que tem a ver com o contexto local”, e dá origem aos objetos que formam a instalação. Um vídeo desse processo em que os cocos acompanham a artista em seus trajetos de carro também estará na exposição. A escolha do coco é proposital, a artista o utiliza como um “signo de representação da paisagem local”. “É como os coqueiros e as palmeiras, que desde o século XIX são usadas em pinturas e desenhos para representar o Brasil”, ressalta a artista.

 

A exposição terá, também, cinco versões da obra “Coração seguro”, escultura feita em metal com 1,20m de altura. No topo dela há uma pedra vermelha bem característica da região do Cariri, uma rocha sedimentar do tipo “Arenito da Formação Exu”, que tem 96 milhões de anos. Essa pedra é usada no calçamento da cidade, no revestimento de muros, e também está presente na fundação das casas. “A coloração avermelhada me faz lembrar um coração. Criei a escultura de forma que a pedra ficasse na altura do meu coração”, diz a artista. Essas esculturas estarão expostas na mostra e também haverá uma fotografia delas feita por Raquel Versieux, com a chapada do Araripe ao fundo.

 

Na exposição estarão, ainda, oito fotografias, que retratam a paisagem e o uso da terra. A artista destaca que os trabalhos têm uma relação entre si, não só por tratarem da saudade, mas também pela relação entre imagem, natureza e cultura. “A saudade a que me refiro não é só minha, mas também uma saudade do material com o qual trabalho. Penso na saudade que uma pedra é capaz de sentir ao ser quebrada, por exemplo, é uma saudade pré-histórica”, conta a artista. “A forma como observo e reconheço a terra e as práticas que nela acontecem, somada ao estado solitário em um novo contexto geográfico onde predomina a caatinga brasileira, me levaram à reflexão em torno dos sentidos de distância e saudade”, diz.

 

 

Residência artística no México

 

Raquel Versieux está há oito meses morando no Ceará. Durante este período, esteve também em residência artística por duas semanas no México, que foram importantes para ela concretizar tudo o que estava vendo e vivendo no nordeste do Brasil. A escultura “Coração Seguro”, por exemplo, surgiu no México e foi finalizada no Ceará. “Vi um operário construindo uma espécie de cone na Cidade do México, que seria preenchido de concreto e que serviria de base para um poste de luz. Ou seja, depois ele retornaria a terra. Me apropriei da forma, que me fez chegar nesta estrutura. Nela, vejo a relação entre um coqueiro e um poste de luz”, afirma.

 

 

Sobre a artista

 

Raquel Versieux nasceu em Belo Horizonte, em 1984. Dentre suas principais exposições individuais estão a mostra “Antes da última queima”, na Galeria de Arte IBEU, em 2015; “When the houses live”, na Six Galerija, na Croácia, e “A feira da incoerência”, na galeria Athena Contemporânea, ambas em 2013. Dentre suas principais exposições coletivas estão “Pavilhão Casa França-Brasil” (2016); “Aparição” (2015), na Caixa Cultural Rio de Janeiro; “Encruzilhada” (2015) e V Mostra/ Programa Aprofundamento, ambas na EAV Parque Lage; “Em desencanto” (2014), no Museu Mineiro, em Belo Horizonte; “Encontros Carbônicos” (2014), no Largo das Artes; “Imaginário (2013), no Museu de Arte do Rio; “Fronteiras (2013), no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro; “Convite à viagem: Rumos Artes Visuais 2011 – 2013”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Entrecruzamentos” (2013), na Galeria Athena Contemporânea; “Á deriva: Rumos Artes Visuais 2011 -2013”, no Museu de Arte de Joinville, “Deslocamento F(R)Icção” (2012), no Galpão Capanema – Funarte, no Rio de Janeiro; “Perpendicular Fortaleza” (2012), no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza; “Convite À Viagem: Rumos Artes Visuais 2011-2013”, no Itaú Cultural, em São Paulo; “Mostra Energias na Arte Edp” (2010), no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; “Hélio Oiticica: Museu É o Mundo”, no Itaú Cultural, em São Paulo, entre outros.

 

De 20 de outubro a 19 de novembro.

Galeria Millan exibe Tunga

13/out

Tunga, um dos mais potentes criadores da arte contemporânea brasileira, morreu precocemente em junho passado, aos 64 anos, deixando pronta aquela que seria a sua próxima exposição. A Galeria Millan, Pinheiros, São Paulo, SP,  dá continuidade aos planos do artista e inaugura, no dia 15 de outubro, em seus dois endereços, a mostra “Pálpebras”, reunindo um conjunto de trabalhos inéditos ou pouco vistos no Brasil.

 

Na sede da Millan poderão ser vistos os “Phanógrafos”, peças derivadas do série “Cooking Crystals” (2010). Pouco exibidas desde então, são caixas que servem como recipiente, ou suporte, para assemblages de diferentes objetos e materiais, como garrafas, cálices, âmbar, pedras ou elementos escatológicos. Objetos que, segundo Tunga escreveu, têm “algo de talismã, se configurando como uma lamparina”.

 

O segundo andar da galeria abrigará também projeções e desenhos, revelando, por exemplo, as conexões entre produções bidimensionais e tridimensionais, e enfatizando a importância da linha no trabalho do artista.

 

No Anexo Millan, novo espaço inaugurado em 2015, será exposta a série “Morfológicas”, esculturas orgânicas que remetem ao corpo, sensuais, por vezes surreais e muitas vezes eróticas – lembrando vulvas, glandes, línguas, bocas, dedos e seios – que se originaram de outros conjuntos de trabalhos (como a série “FromlaVoieHumide”, de 2014) mas nunca foram mostradas independentemente no Brasil, mesmo que respeitando sua posição um tanto indefinida entre estudo de forma (como indica o próprio título) e obra acabada.

 

Um desses projetos começou a ser confeccionado em grandes dimensões para a Feira Internacional de Arte Contemporânea (FIAC), em Paris. A peça, intitulada “A Seus Pés”, tem sete metros e – como é usual em seu trabalho – é composta por diferentes partes. O elemento central é uma forma roliça e longa, com unhas em cada extremidade, como se fossem dedos que apontam para lados distintos. A peça não chegou a ser fundida em versão final e o que o público verá é a prova de artista que há algum tempo habita o ateliê de Tunga.

 

“Pálpebras” não é uma tentativa de síntese ou de olhar retrospectivo, mesmo porque, no caso de Tunga, a noção de retrospectiva não faz sentido. Afinal, seu trabalho parece marcado por um retorno cíclico a um manancial de elementos, físicos e psíquicos, que ressurgem de tempos em tempos, transfigurados em diferentes leituras. É como se testemunhássemos, interagíssemos com fragmentos de alguma história ou ação passada, seja pelo caráter instável de seus arranjos, que permitem infinitas possibilidades de reagrupamento, seja pelas várias camadas de leitura que se sobrepõem, criando um hipnótico enigma.

 

Esses mesmos ecos temporais se fazem sentir nas obras mais recentes. Mesmo que em vários momentos assumam um caráter mais escultórico, os aspectos centrais de seus mais de 40 anos de intensa produção – período no qual Tunga flertou com o surrealismo, se avizinhou da arte conceitual e muitas vezes pareceu agir mais como um xamã ou um cientista – estão novamente presentes.

 

 

De 18 de outubro a 12 de novembro.