Curso de Arte na Sancovsky

30/ago

Da Arte Moderna à Arte Contemporânea Brasileira por Pollyana Quintella

 

O curso tem como finalidade apresentar, através do trabalho de 8 artistas, os caminhos da arte moderna e contemporânea no Brasil, dos anos 1910 aos dias de hoje. Destinado a todos os públicos, serão abordados os contextos histórico e social, textos de críticos e artistas, fotos e documentos que discutam as linguagens e principais movimentos da Arte Brasileira. Os participantes poderão analisar, a cada aula e com o auxílio da professora, as principais obras dos artistas em questão, aprimorando a leitura de imagens e obras de arte através de critérios e metodologias exercitados. Serão estudadas as obras de Tarsila do Amaral, Alfredo Volpi e Alberto Guignard, Hélio Oiticica, Lygia Clark e Lygia Pape, Cildo Meireles e Tunga, reservando um momento para revisão, levantamento de aspectos gerais e apontamentos e conclusões sobre a Arte Brasileira.

 

 

Sobre Pollyana Quintella

 

Pollyana Quintella é curadora e crítica de arte, colunista de artes visuais do jornal Agulha. Atuou como pesquisadora e curadora adjunta da Casa França-Brasil e editora da revista USINA. Passou pelo Museu de Arte do Rio e Museu da Chácara do Céu. Curou exposições na Casa França-Brasil, no CCJF, no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, n’A MESA e no espaço SARACURA. É formada em História da Arte pela UFRJ e mestranda em Arte e Cultura contemporânea pela UERJ, onde pesquisa a obra de Mário Pedrosa.

 

 

Datas: Segundas, 25-Set, e 2,9,16-Out, das 20h às 22h.

Local: Galeria Sancovsky, Pça Benedito Calixto,103, Pinheiros – São Paulo – SP

Investimento: R$ 400,00 (Parceláveis)

 

Exibição inédita no Brasil

28/ago

A galeria Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, exibe entre os dias 12 de agosto e 30 de setembro, “Martin Kippenberger: Buying is Fun, Paying Hurts”, a primeira exposição do artista no Brasil. Esta mostra apresenta convites de exposições, livros e catálogos realizados pelo artista, mas principalmente seus cartazes. Dos 178 pôsteres que Kippenberger criou entre 1977 e 1997, serão apresentados 171 trabalhos.

 

MARTIN KIPPENBERGER: BUYING IS FUN, PAYING HURTS

 

Martin Kippenberger nasceu artista em Dortmund, Alemanha, em 1953, e morreu prematuramente de cirrose aos 44 anos, em 1997, em Viena. Viveu somente para a sua arte, tendo Joseph Beuys e Andy Warhol como alguns de seus modelos mais influentes. Beuys dizia que todo ser humano é um artista, enquanto Kippenberger, que gostava de colecionar tudo que encontrava pela vida, dizia que “todo artista é um ser humano”. Criador onívoro, ele acreditava que tudo tinha valor e poderia ser transformado e incorporado à sua arte, mesmo aquilo que fora descartado previamente.

 

Kippenberger surgiu a partir de uma geração anterior de artistas extraordinários que trabalharam nas cidades alemãs de Colônia e Düsseldorf nos anos 1960 e 1970, como Sigmar Polke, Gerhard Richter, Blinky Palermo e Jörg Immendorff, Joseph Beuys entre outros. Ele, no entanto, foi um dos artistas mais prolíficos de sua geração, produzindo uma quantidade extraordinária de pinturas, esculturas, objetos, múltiplos, bem como uma produção excepcional de fotografias, cartazes, convites, livros, discos, entre outros. Albert Oehlen, seu amigo e colaborador em muitos projetos, disse: “Ele ama arte como ninguém, acho que por isso consegue fazer 90 exposições, porque precisa trabalhar o tempo todo.”

 

Martin Kippenberger: Buying is Fun, Paying Hurts é a primeira exposição do artista no Brasil. O título, extraído de um trabalho do início dos anos 1980, é uma referência direta ao modo como Kippenberger decidiu enfrentar a vida. Ele viveu intensamente sem nunca considerar o preço sobre sua saúde bem como a sua relação com amigos, galeristas, colegas, instituições e imprensa. Nos anos 1990, produzia em média uma exposição por mês! E talvez esta voracidade criativa tenha sido também o motivo pelo qual os museus levaram mais tempo para conseguirem absorver o seu trabalho. Kippenberger produziu uma obra, similar a de Andy Warhol e Jeff Koons, que se adequava perfeitamente ao universo das galerias comerciais: seu trabalho expõe o processo de produção artística, o mercado e o mundo da arte no seu sentido mais amplo, como uma rede de estruturas inter-relacionadas.

 

Esta exposição apresenta convites de exposições, livros e catálogos realizados pelo artista, mas principalmente seus cartazes. Dos 178 pôsteres que Kippenberger criou entre 1977 e 1997, apresentamos 171, o que compõe uma das três maiores coleções acumuladas existentes. Kippenberger começou a colecionar elementos para seus cartazes desde muito cedo. Tudo era material para ele, como a fotografia tirada na viagem que o artista fez com Sigmar Polke a Berlim, quando Polke o instruiu a tirar fotos de pessoas embriagadas. Anos depois, uma dessas fotos acabou se transformando em um pôster, com Kippenberger em primeiro plano de calças abaixadas e Polke, ao fundo, com as calças desabotoadas. Ele sabia aproveitar oportunidades como ninguém e nunca jogava nada fora. Esse extenso material ajudou Kippenberger a construir um acervo para o estúdio que foi fundamental para o seu processo criativo por muitos anos.

 

Os pôsteres e convites das exposições são muito mais do que simplesmente anúncios informativos, ou um braço totalmente separado dentro de sua obra. Eles eram parte integrante da obra e das exposições. Para criá-los, o artista se apropriava de frases de livros e filmes e as usava como título de pinturas; ou, inversamente, apropriava-se de alguma imagem e a usava em seus pôsteres, convites ou para realizar múltiplos em esculturas. Em um processo dialético entre um fragmento de um desenho, poderia informar uma pintura que por sua vez instigasse a escultura ou o convite da exposição, ou o pôster num gesto performático que expunha criticamente, e quase sempre ironicamente, o processo criativo incessante do artista. Por isso não é possível, no caso de Kippenberger, dissociar o que é “efêmero”, ou material de comunicação, do que é obra em si.
Como uma anedota final, certa vez Kippenberger encontrou em um sebo em Paris alguns exemplares do livro Les Memoires d’un Cordon Bleu. Decidiu comprar todo o estoque, numerou-os, assinou e transformou-os em uma obra sua. Joseph Beuys, que admirava a espontaneidade de Kippenberger, deu o troco, carimbando e assinando uma série de pôsteres do artista, transformando-os em um Beuys original.
Thiago Gomide e Ricardo Sardenberg

No FACE Gabinete de Arte

24/ago

FACE Gabinete de Arte, Pinheiros, São Paulo, SP, inaugurado no primeiro semestre de 2017, traz agora a exposição de Agostinho Batista de Freitasreafirmando sua intenção de resgatar o olhar de Pietro M. Bardi sobre a produção artística brasileira. O espaço, ao revisitar artistas revelados ou incentivado pelo fundador do MASP, pretende compartilhar a experiência de Eugênia Gorini Esmeraldo durante décadas ao lado dele no museu, reativando, com mostras e debates, a presença desses nomes na cena contemporânea.

 

Conforme destaca Eugênia, torna-se difícil comentar a obra do pintor após a grande exposição realizada recentemente pelo MASP, quando também foi editado um bonito e merecido catálogo sobre o artista. Por isso, a presente mostra tem mais o significado de prestar uma homenagem ao descobridor de Agostinho, neste ano em que o MASP, instituição que ele fundou em outubro de 1947, comemora 70 anos.

 

Agostinho Batista de Freitas (Paulínia, SP, 1927 – São Paulo, SP, 1997) foi encontrado pelo Professor Bardi nas ruas da cidade, na praça do Correio, onde vendia as suas pinturas, no início dos anos 1950. Já em 1952 foi realizada uma individual do artista no emergente museu, na rua Sete de Abril, 230. Eram os primeiros anos da formação do espaço de arte que Bardi iria dirigir por mais de quatro décadas.

 

Algumas das obras reunidas nesta exposição estiveram na recente mostra do artista no MASP e, não por acaso, algumas delas passaram pelo crivo ou pertenceram a Bardi. Por volta de 1966, o fundador do museu criou a galeria Mirante das Artes, na rua Estados Unidos 1494, e ali começou a revender muitas obras de sua coleção, inclusive as de Agostinho. Era de sua propriedade e merece destaque a obra Enchente na Vila Maria, que pode ser vista nesta exposição graças ao empréstimo do acervo do Instituto Lina Bo e P.M. Bardi.

 

Como lembra Eugênia, em 1966 Bardi, ao aceitar ser um dos comissários que indicavam artistas brasileiros para a Bienal de Veneza daquele ano, selecionou Agostinho, ao lado de Jose Antônio da Silva, Francisco Domingo Silva (Xico da Silva) e dos eruditos Arthur Luiz Piza e Wesley Duke Lee. A obra de Agostinho selecionada para a exposição em Veneza, que não esteve na retrospectiva no MASP, estará presente na mostra.

 

FACE Gabinete de Arte é uma iniciativa de Eugênia Gorini Esmeraldo, museóloga e historiadora de arte e do engenheiro Francisco de Assis Esmeraldo, ambos colecionares e próximos aos Bardi, seja no trabalho direto, como é o caso de Eugênia, seja nas sistemáticas conversas sobre arte que Assis mantinha com o Professor.

 

 

De 26 de agosto a 07 de outubro.

Obras inéditas de Felipe Cohen 

23/ago

Felipe Cohen inaugura, em 31 de agosto, sua primeira individual na Cavalo, Botafogo, Rio  de Janeiro, RJ, “Luz Partida”. A exposição traz 12 trabalhos inéditos do artista paulistano, que partem da sua pesquisa em geometria e desdobram o tema da paisagem em diferentes suportes. Aos 40 anos, Felipe Cohen tem um trabalho construído a partir de relações paradoxais: da tensão entre os temas da arte clássica e as práticas contemporâneas; entre materiais nobres e ordinários; entre a abstração geométrica e a representação figurativa.

 

Na galeria, localizada em um antigo casarão em Botafogo, estarão dez pinturas sobre madeira da série ‘Luz partida’, que dá título à exposição. Nessas obras, triângulos de madeira coloridos com tinta acrílica dispostos como peças em uma estrutura que remete ao tabuleiro de um jogo. Nele, o artista organiza essas peças, criando paisagens minimalistas. Os triângulos de mesma proporção ganham então propriedades de elementos da natureza como mares, montanhas, vales, sol e céu, dependendo da composição, construindo cenários tão precisos quanto etéreos. Desta vez, o artista se inspira na geografia da cidade do Rio de Janeiro, onde encontrou um forte paralelo com seus próprios cenários.

 

“Os primeiros trabalhos que fiz tinham alusões a paisagens de marinas e montanhas, e percebi que surgiram situações parecidas com os cenários do Rio. Então comecei a criar essas semelhanças de maneira proposital: a montanha que se encontra com o mar ou que some atrás das nuvens, por exemplo”, conta Felipe Cohen.

 

O artista é conhecido, em seus trabalhos anteriores, pelo uso do reflexo como recurso escultórico. Na exposição, podemos observar essa prática no trabalho “Sol na montanha”, em que uma vitrine feita de vidro e madeira relaciona duas peças de mármore para formar um horizonte – que pode retratar tanto o momento da aurora quanto o do poente. Nesta escultura, o artista brinca com o reflexo das figuras na lâmina de vidro, que faz as vezes de mar e desmembra a paisagem em duas.

 

Completado a exposição está uma peça de quase três metros de comprimento que combina dois materiais antagônicos, artifício que Cohen utiliza desde o início de sua carreira. Feltro e vidro são montados em uma das paredes da galeria em recortes similares, formando uma topografia que remete à imagem de um gráfico. A transparência, a rigidez e a frieza do vidro enfrentam a opacidade, a maleabilidade e o calor do feltro, nessa disputa de montanhas e mares e, sobretudo, altos e baixos.

 

“Me inspirei num desenho de um gráfico que vi no jornal. Era algo sobre desenvolvimento industrial”, lembra Cohen, rindo da referência. “Então transformei as linhas do gráfico em topografia”.

 

 

Sobre o artista

 

Formado pela FAAP, Felipe Cohen, nascido em 1976, realizou mostras individuais e coletivas em importantes espaços como Centro Cultural São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Instituto Cultural Itaú. Entre suas principais exposições estão a 8ª e a 11ª Bienal do Mercosul, “Economy of means”, no Scottsdale Museum of Contemporary Art, nos Estados Unidos, e “Imagine Brazil – Artists Books”, que passou por diversas cidades da Europa. Possui trabalhos em importantes coleções, como o Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte do Rio e Scottsdale Museum of Contemporary.

 

De 31 de agosto a 28 de outubro.

A geometria de Antonio Manuel

No dia 29 de agosto, terça-feira, Antonio Manuel, – importante artista plástico brasileiro -, inaugura exposição individual com cerca de quinze pinturas inéditas na Cassia Bomeny Galeria, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A mostra comemora os 70 anos de idade e 50 de trajetória artística. Há 13 anos que Antonio Manuel não expõe em uma galeria de arte. O artista foi o representante do Brasil na Bienal de Veneza de 2015 e suas obras integram o acervo de importantes coleções, como MoMA, em Nova York, e Tate Modern, em Londres.

 

Com curadoria de Franz Manata, serão apresentadas pinturas que seguem os traços geométricos, que o artista vem trabalhando há alguns anos, mas há a introdução de texturas em algumas obras, como papel corrugado e tecido, além de recortes em algumas telas, transformando a parede em mais um elemento da pintura. Em algumas obras, ele utiliza, pela primeira vez, tinta esmalte junto com a tinta acrílica – que sempre usou em suas pinturas -, com a intenção de mesclar o fosco com o brilho. Conhecido por suas performances inovadoras e instalações interativas, Antonio Manuel sempre teve a pintura presente em sua trajetória.

Trabalhos inéditos

22/ago

Admirado por colegas artistas plásticos, Ronaldo do Rego Macedo apresenta obras inéditas de sua conceituada produção artística na Marcia Barrozo do Amaral – Galeria de Arte, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, a partir do dia 24 de agosto (quinta-feira). Após 11 anos sem realizar exposição individual, o artista apresentará telas e recortes coloridos, que revelam toda a inquietude proporcionada por este período de retiro criativo e também trabalhos de fases diversas.

 

Com a premissa “pintura é cor”, Ronaldo expõe oito pinturas em óleo sobre tela e óleo sobre papel com temas cromáticos. São pinturas brancas, areia, cinzas azuladas em que a gestualidade arquitetônica rigorosa provoca a sensação de espaços mais vastos, de grandeza e expansão que desejam ultrapassar os limites do quadro. Nos seis recortes coloridos (óleo sobre cartão) em caixas de acrílico, a cor vibra pela intensidade dos contrastes, pelas texturas aveludadas e sensuais.

 

“Ambos os conjuntos, as telas brancas e os recortes coloridos, têm trabalhos inéditos, realizadas nesses últimos anos. Não constituem uma visão completa do que venho fazendo, mas sintetizam claramente o que me ocupa como pintor: a cor como estrutura, a pintura que se pinta, que é auto-referencial, muito indicativa do meu processo de trabalho”, explica o artista.

 

As obras expostas, como a maior de todas as telas (2,50 x 1,80) – “Movem-se os mundos no ilimitado” -, revelam a ocupação de Ronaldo do Rego Macedo com a construção formal, a dinâmica da cor e os aspectos estruturais do quadro, mas também indicam uma carga subjetiva com a presença da fantasia e do inesperado. “Procuro mostrar uma forma de pintura que se pinta sozinha. O espectador pinta a tela com seus próprios olhos e interpreta ao seu modo”, afirma.

 

 

Sobre o artista

 

Ronaldo do Rego Macedo nasceu em 1950 no Rio de Janeiro, RJ. Pintor e professor. Inicia sua formação artística em 1969 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde estuda com Aluisio Carvão e Lygia Pape. Em 1975, faz sua primeira individual, na Fundação Cultural, em Brasília, e recebe o prêmio aquisição do Salão de Verão JB/Light, no MAM/RJ. De 1982 a 1989, dirige, com Ascânio MMM, a Galeria do Centro Empresarial Rio. Participa da sala especial “Em Busca da Essência: Elementos da Redução na Arte Brasileira”, na 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987. Mais recentemente, participou de duas exposições coletivas: entre 2008-2011, “Quatro Artistas Brasileiros”, Tóquio, Cairo, Rabat, Viena, Paris, Bruxelas; e em 2012 apresentou suas obras na exposição Construção e Desconstrução na Arte Brasileira – Museu BOZAR, Bruxelas, Bélgica. É professor de pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), no Rio de Janeiro desde 1977.

CIGA – Calendário de arte

21/ago

 

Em setembro, o Rio de Janeiro terá uma agenda de arte agitada. Nos dias que antecedem a ArtRio, está confirmada a quarta edição do CIGA – Circuito Integrado das Galerias de Arte. Entre 11 e 12 de setembro, as principais galerias cariocas terão programação e horários especiais com abertura de exposições, visitas guiadas, conversas com artistas e performances, entre outras atividades.

 

O CIGA tem entre seus objetivos estimular a visitação às galerias de arte, além dos museus e centros culturais.

 

“A ideia de ter o CIGA na mesma semana da ArtRio é justamente ampliar esse calendário especial de arte. A cidade inteira terá programação voltada para as artes e isso será uma excelente oportunidade para todo o público, com uma opção diversificada de agenda, locais e temas. As galerias, assim como os museus, são muito importantes para o contato do público com a arte e com os artistas. As pessoas têm que incluir esses endereços em seus roteiros de aprendizado e lazer”, indica Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

 

A organização terá um serviço de vans gratuito percorrendo todas as galerias. Na segunda-feira a van sairá às 17hs30min da galeria Mul.ti.plo Espaço e Arte e na terça-feira às 17hs30min do Espaço Saracura.

 
PROGRAMAÇÃO DO CIGA

 

11 de setembro – Segunda-feira

Bairros: Leblon, Ipanema e Copacabana

Horário: a partir das 17hs

Leblon – 17hs

 

Multiplo Espaço Arte
Rua Dias Ferreira 417, sala 206

Exposição individual “Estados de Imagem”, de Waltércio Caldas

Ipanema – a partir das 17hs30min

 

Cassia Bomeny Galeria
Rua Garcia D´Ávila 196

Conversa com o artista Antônio Manuel, que terá individual exposta na galeria

 

C. Galeria
Rua Visconde de Pirajá 580

Abertura da exposição “Espúrios”, de Bruno Melo e Felipe Fernandes

 

Martha Pagy Escritório de Arte
Rua Visconde de Pirajá 351, 14 andar Instituto Plajap

Vernissage e visita guiada a exposição “ Paisagens possíveis”, com a presença dos artistas Ivani Pedrosa, Jaqueline Voljta, Marcelo Jácome e Pedro Gandra

 

Galeria Marcelo Guarnieri
Rua Teixeira de Melo 31, lojas C/D

Exposição individual da artista Amelia Toledo
Copacabana – a partir das 19hs30min

 

Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Mostra dos trabalhos do Ronaldo do Rego Macedo e bate papo com Cesar Bartolomeu

 

Movimento Arte Contemporânea
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Perfomance e conversa com o artista Xico Chaves/SoloTransição

 

Patricia Costa Galeria de Arte
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Exposição da artista Claudia Portos, com curadoria do Luis Ernesto e Bruno Miguel

 

Galeria Inox
Avenida Atlântica 4240 / Shopping Cassino Atlântico

Exposição Oscar Niemeyer

 
12 de setembro – Terça-feira

Bairros: Saúde, Botafogo, Gávea e Jardim Botânico

Horário: a partir das 17hs

Saúde – 17hs

 

Espaço Saracura
Rua Sacadura Cabral 219

Conversa com gestores do espaço e com o artista Alan Sieber

Botafogo – a partir das 18hs

 

Cavalo
Rua Sorocaba 51

Visita guiada a exposição “Luz Partida”, de Felipe Cohen

Gávea – a partir das 19hs

 

Anita Schwartz Galeria de Arte
Rua José Roberto Macedo Soares 30

Visita guiada à exposição “Grito e Paisagem”, de Nuno Ramos

 

Mercedes Viegas Arte Contemporânea
Rua João Borges 86

Visita guiada a exposição “Quase Plano”, do artista Luiz d’Orey

 

Galeria da Gávea,
Rua Marquês de São Vicente 432

Inauguração do novo espaço da galeria e abertura da exposição de Luis Braga

 

Jardim Botânico – a partir das 20hs

Carpintaria
Rua Jardim Botânico 971

Exposição de Adriana Varejão e Paula Rego

 

 
Sobre a ArtRio

 

Em 2017, a ArtRio estreia em novo endereço: a Marina da Glória. O evento, que acontece de 13 a 17 de setembro, vai reunir importante galerias brasileiras e internacionais. Chegando a sua 7ª edição, a feira tem entre suas metas ser um dos principais eventos mundiais de negócios no segmento da arte.

 

A ArtRio pode ser considerada uma grande plataforma de arte contemplando, além da feira internacional, ações diferenciadas e diversificadas com foco em difundir o conceito de arte no país, solidificar o mercado, estimular e possibilitar o crescimento de um novo público oferecendo acesso à cultura.

No Galpão/Fortes D’Aloia & Gabriel

18/ago

Neste sábado, 19 de agosto, das 14hs às 17hs, o Galpão da Fortes D’Aloia & Gabriel, Bara Funda, São Paulo, SP, recebe convidados para dois eventos: abertura da exposição de Gabriel Lima e o lançamento do livro monográfico de Janaina Tschäpe.

 

Gabriel Lima | Proximate Drivers

 

O jovem pintor brasileiro, radicado em Nova York, apresenta onze obras inéditas para sua segunda exposição no Galpão. As obras transitam entre os retratos e a abstração, dando continuidade à longa tradição na pintura de analisar a relação do ser humano com a natureza.

 

 
Janaina Tschäpe

 

Uma co-publicação da Editora Cobogó (Brasil) e da Hirmer Publishers (Alemanha), o novo livro de Janaina Tschäpe reúne pinturas e fotografias dos últimos dez anos. Também conta com ensaios críticos, em português e inglês, dos curadores Germano Celant e Luisa Duarte. Depois do lançamento em São Paulo, o livro será lançado no Rio de Janeiro em 26 de agosto, às 14hs na Carpintaria, Rua Jardim Botânico, 971.

 

Gabriel Lima | Proximate Drivers

 

 

De 19 de agosto a 23 de setembro

 
Ao mesmo tempo em que se envolve e resiste às limitações da experiência empírica, Gabriel Lima direciona seu trabalho em busca da representação da consciência. Proximate drivers é sua segunda exposição no Galpão da Fortes D’Aloia & Gabriel e apresenta onze pinturas a óleo. Estes trabalhos etéreos incorporam a abordagem dinâmica e exploratória de sua prática com imagens que variam de pessoas e animais distintos, a paisagens surrealistas e abstrações puras.

 
O corpo coeso de obras aqui incluído desafia uma leitura singular. Através de sua maneira fragmentada de representação, Lima encoraja reconstruções visuais e conceituais, questionando a relevância da pintura dentro e além dos limites do espaço expositivo. Inspirado em parte pelo seu interesse pelas complexidades sócio-geográficas do Brasil – como a urbanização maciça somada à dominação corporativa das terras rurais –, Lima continua a longa tradição na pintura de analisar a relação do homem com a natureza.

 
As mulheres retratadas por Lima trazem expressões dúbias, que traduzem vulnerabilidades e forças universais, transmitindo um senso compartilhado de resolução. O que elas estão olhando? Elas estão se protegendo, procurando algo, realizando algum tipo de trabalho? Ou talvez estejam simplesmente observando. Ou aguardando. A ênfase do artista sobre seus estados íntimos sugere tanto um sentimento de deslocamento quanto uma presença transcendente.

 
Talvez o senso de deslocamento dessas mulheres se deva às paisagens que as acompanham. As pinturas de paisagem intercalam os retratos, sugerindo que as personagens devem achar seu caminho através desses ambientes. No entanto, ao invés de espaços habitáveis, esses trabalhos desmontam o tempo com representações difusas que ora sugerem cenários idílicos do pré-Antropoceno, ora se revelam como terrenos devastados ou de outro mundo. Em várias dessas paisagens um sol à distância parece se pôr, embora não haja linha do horizonte além da qual possa ir. A profundidade expansiva que Lima cria ao longo das telas é abruptamente achatada pela inclusão de uma forma preta e fantasmagórica – com um tom pesado, mas de forma leve, a natureza contraditória desse elemento consegue desmanchar e expandir a tela ao mesmo tempo.

 
Em uma das maiores obras da exposição, uma capivara flutua sobre uma composição abstrata. Apesar de seu habitat natural ser as savanas e florestas, as capivaras se adaptaram para viver nas margens dos rios altamente poluídos de São Paulo. Em vez de ditar como os espectadores devem entender a presença desse animal – como símbolo de destruição ambiental ou de sobrevivência inesperada – as possibilidades de interpretação são deixadas em aberto. Este espaço intersticial dentro do qual nos encontramos enquanto examinamos as pinturas de Lima é a essência de sua obra.

 
Como John Berger escreve na primeira passagem de Modos de Ver: “[É] o ato de ver que estabelece o nosso lugar no mundo circundante. Explicamos esse mundo com palavras, mas as palavras nunca podem desfazer o fato de estarmos por ele circundados. A relação entre o que vemos e o que sabemos nunca fica estabelecida.” Aceitar a declaração de Berger é aceitar o potencial inerente de um espaço tão indefinível. Lima está fazendo exatamente isso – empurrando a pintura além das questões do olhar ou ver para perguntar sobre o ser.

 

 

 

Sobre o artista

 
Gabriel Lima nasceu em São Paulo em 1984. Vive e trabalha em Nova York. Graduou-se em Belas Artes na Cooper Union (Nova York, 2007-2010) e fez Mestrado em Pintura na Royal College of Arts (Londres, 2011-2013). Suas exposições individuais incluem: life, vest; coffee, tray, Kai Matsumiya (Nova York, 2016); Hanoi, Hanoi, Galeria Múrias Centeno (Lisboa, 2015); Autêntico, Union Pacific (Londres, 2015); Us And Them Forever Bound Up In Here And Now, Galpão Fortes Vilaça (São Paulo, 2014); world interior, Galeria Múrias Centeno (Porto, 2014). Entre as coletivas recentes, destacam-se: A Terceira Mão, Fortes D’Aloia & Gabriel | Galeria (São Paulo, 2017); Nimm’s Mal Easy, Ausstellungsraum Klingental (Basel, 2015); Jac Leirner, Albert Baronian Project Space (Bruxelas, 2015); Ex Materia, Berthold Pott (Colônia, 2015).

Catálogo para Claudio Goulart

17/ago

Lançamento dia 19 de agosto, na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, em conjunto com a Fundação Vera Chaves Barceloos, Viamão, RS, contemplará a obra de Claudio Goulart, artista brasileiro/holandês. Com o projeto “Revelando Acervos”, o Acervo da FVCB, Viamão, RS, recebeu a doação da quase totalidade das obras de Claudio Goulart da Fundação Art Zone (Amsterdã), instituição legatária da obra do artista. Contribuindo para ampliar a visibilidade e a legibilidade da obra de Goulart, a FVCB lançará a publicação “Claudio Goulart|some pieces of myself” em evento acompanhado de fala da artista Vera Chaves Barcellos e de Fernanda Soares da Rosa, pesquisadora da obra do artista, mestranda em Teoria, História e Crítica de Arte, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

“Claudio Goulart | some pieces of myself” cataloga a obra do artista brasileiro/holandês (Porto Alegre, 1954 – Amsterdã – 2005), cuja vasta produção conceitual abrange diferentes suportes e linguagens como arte postal, livro de artista, fotografia, videoarte, instalações e registros de performances. Apesar da multiplicidade de tendências na trajetória de Goulart, questões relativas à identidade e um viés acentuadamente político se notabilizam. O artista viveu e produziu sua obra em Amsterdã a partir de meados da década de 1970, até sua morte, e fez parte de diversos projetos internacionais expondo em países como Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Suíça, Inglaterra, Cuba, México, Japão, entre outros.

 

Amplamente ilustrada, a publicação bilíngue (português/inglês) conta com texto de apresentação de Vera Chaves Barcellos e uma concisa contextualização histórica de Ana Albani de Carvalho, além de entrevista com o artista Flavio Pons, da Fundação Art Zone, parceiro de ações de Goulart e uma forte influência sobre sua obra em sua fase inicial. O material é acompanhado por um DVD com farta documentação visual do universo estético de Claudio Goulart. A publicação será distribuída gratuitamente. Posteriormente, está previsto o lançamento da publicação no Itaú Cultural, em São Paulo, SP.

 

Na mesma data, ocorrerá a  distribuição de uma publicação que abarca a história e atuação da Fundação Vera Chaves Barcellos.

 

 

Sobre Revelando Acervos | Rumos Itaú Cultural

 

Em 2015, a FVCB recebeu parte significativa do acervo de obras do artista da Fundação Art Zone, através de recursos do projeto “Revelando Acervos”, viabilizado através de recursos do programa Rumos Itaú Cultural. Com a publicação, a FVCB assinala mais uma vez seu compromisso com a contribuição à pesquisa no campo das artes visuais, colaborando para o reconhecimento da produção de Claudio Goulart dentro do contexto da arte brasileira contemporânea.

 

 

Sábado, 19 de agosto, às 17hs.

Onde: Auditório BTG Pactual | Fundação Iberê Camargo | Av. Padre Cacique, 2000 – Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Coletiva na VilaNova

A Galeria VilaNova, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP,  apresenta os três fotógrafos que passam a integrar seu time de artistas, com a inauguração da mostra “Excertos”. Sob curadoria de Fausto Chermont e Bianca Boeckel, os artistas Hilton Ribeiro, Ricardo de Vicq e Willy Biondani exibem trabalhos que despertam os elementos mais sensíveis e originais da arte, ao utilizarem técnicas sofisticadas na abordagem de assuntos diversos. Ao longo do próximo ano, os três artistas farão suas individuais, aprofundando as propostas exibidas nesta coletiva.
Importantes profissionais da Fotografia, premiados e com trabalhos expostos em grandes instituições e galerias do Brasil e do mundo, esse “trio de fotógrafos solistas” – como o curador Fausto Chermont se refere aos artistas do projeto – inicia suas parcerias com a Galeria VilaNova expondo séries inéditas no país, as quais traduzem suas trajetórias intensas e diversificadas.
Hilton Ribeiro, paulistano que iniciou sua carreira na Fotografia no início da década de 1970, apresenta em “Excertos” recortes de três séries, duas essencialmente urbanas e paulistanas, e outra que elege o mar como tema. Por sua vez, Ricardo de Vicq – carioca, começou retratando artistas para capas de discos, alguns deles ícones da Bossa Nova – exibe, pela primeira vez no Brasil, o projeto “Metamorfo”, premiado com medalha de ouro no Graphis Photography Annual 2017 (categoria “nu”), em Nova York – EUA. Em suas palavras: “Metamorfos são seres feitos de amor. Um Metamorfo não sabe onde termina seu corpo e começa o corpo da amada. Se o seu pensamento pertence a ele ou a quem ele ama. Sua dor é a dor sentida pelo outro. Um Metamorfo não sabe se a mão que lhe faz carinho é a sua ou a do seu amor. Um Metamorfo é feito de amor, tolerância, paixão e muito respeito à vida. Ser um Metamorfo deveria ser o objetivo de todo ser humano”. Willy Biondani, paulistano cuja trajetória tem início como fotógrafo publicitário e de editoriais de beleza e moda, participa de “Excertos” e empresta ao conjunto de imagens exibidas toda sua expertise adquirida na Publicidade e na Moda, em fotografias coloridas e cheias de grafismo e geometria.

 

De 22 de agosto a 21 de setembro.