LEILA DANZIGER NA COSMOCOPA

11/jun

Convite exposição

A exposição “Todos os nomes da melancolia”, de Leila Danziger é a primeira individual da artista na Cosmocopa Arte Contemporânea, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Leila faz parte do elenco da galeria de Alvaro e Maice Figueiredo desde setembro do ano passado e tem mostrado uma altíssima coerência, apuro, sensibilidade e qualidade nos trabalhos que vem apresentando. A exposição apresenta uma escritura da melancolia, realizada a partir de objetos de arquivos pessoais e signos apropriados da História da Arte. O livro “Banzo”, de Coelho Netto, publicado originalmente em 1912, ganha uma terceira edição ao ser apagado seletivamente pela artista, dando origem a uma pequena instalação. Representações da melancolia retiradas de obras de Debret, De Chirico, Domenico Fetti e Tarsila do Amaral são transformadas em carimbos, e assim passeiam por diversos tempos e espaços, como, por exemplo, as páginas do jornal francês “Libération”, da década de 1980, que tratam o tema da memória e do esquecimento, assunto recorrente no trabalho da artista. A mostra reúne duas séries fotográficas, “Vanitas” e “Leituras da melancolia”, uma instalação de mesa, “Banzo, 3ª. Edição”, um vídeo, “Vanitas” e dois objetos de parede, “Balangandãs” e “Amarelinha”. Na mesma ocasião, a Cosmocopa inaugura oficialmente seu novo Acervo Transparente.

 

De 14 de junho a 16 de julho.

CONVERSA COM O PÚBLICO

Regina de Paula

A artista Regina de Paula e a psicanalista Tania Rivera recebem o público na Sala de Leitura para uma conversa sobre a exposição “Miragens”. A exposição encontra-se em cartaz no Cofre da Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ. “Miragens” remete ao efeito ótico que ocorre nas paisagens desérticas e dá a falsa impressão da visão de um lençol d’água onde os objetos se acham refletidos. Alude também à visão fantástica e enganosa.

 

Regina de Paula ocupa o Cofre da Casa França Brasil com uma imensa quantidade de areia, contida por uma placa de acrílico, com a altura de 1,45m, que acompanha o movimento de abertura da porta para o interior do cofre. Ao adentrar a ocupação da artista neste espaço confinado, que possibilita a contemplação a apenas uma pessoa por vez, o espectador se depara com uma superfície quase plana de areia, limitada por paredes que quase podemos tocar. Em lugar do efeito ótico, a obra se abre à imaginação. A matéria (areia) integra a poética da artista ao fazer referência à paisagem da cidade, mais especificamente ao bairro de Copacabana, onde Regina de Paula vive desde a infância. É a partir de sua experiência nos lugares que a artista elabora seus trabalhos – que se desdobram em fotografias, vídeos, desenhos e instalações.

 

Data e local: 13 de junho, às 18h30 – Sala de Leitura, Casa França-Brasil.

KERTESZ EM SÃO PAULO

05/jun

O Museu da Imagem e do Som, Jardim Europa, São Paulo, SP, apresenta uma extensa mostra do artista húngaro André Kertesz, organizada pela Galerie du Jeu de Paume, Paris. Esse evento – “ANDRÉ KERTESZ, Uma vida em dobro” – é uma restrospectiva da vida de um dos mais importantes fotógrafos do século passado mostrando um grande número de imagens, que traduz o processo criativo de Kertesz, desde o início da sua carreira na Hungria, onde nasceu em 1912, e em Paris, onde foi um dos principais nomes da fotografia « avant-garde » e em Nova York, onde morou por quase 50 anos entre os anos de 1936 e 1985.

 

Até 21 de junho.

SELF SERVICE PAJÉ NO CCBB RIO

A Sala A Contemporânea, Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro inaugura a exposição do coletivo carioca OPAVIVARÁ!, intitulada “Self Service Pajé”, um objeto-performance, que mistura duas práticas tipicamente brasileiras: o ritual popular tradicional das pajelanças, encanterias, curanderias, e a prática contemporânea dos buffets self-service e restaurantes a quilo, inserindo essa colagem no contexto das artes contemporâneas.

 

O conceito de coletividade é evocado, destacando-se ligações que acontecem na feitura do trabalho entre os artistas e o público. O objeto possui um display com 60 ervas medicinais, cardápio-bula com todas as indicações e contraindicações, garrafas térmicas, sachês, copos de vidro e pessoas. O público participa ativamente da intervenção, selecionando, no cardápio, as ervas mais apropriadas para o momento, criando sua própria mistura de chás. Cada um se torna o pajé de si mesmo, buscando transmutar problemas e dores em prazeres e curas, através de um ritual artístico, popular, ancestral e xamânico. A instalação terá redes, esteiras, iluminação baixa e cardápio de ervas impresso na parede, para dar um clima de interior de uma oca, uma tenda de xamã que trata seus pacientes, ambiente acolhedor, tranquilo.

 

A consultoria fitoterápica e xamanística é assinada por Daniela Serruya Kohn. “Em nossas experiências, buscamos deslocar todos os participantes de suas funções institucionais (artista, autor, crítico, curador, galerista, público, espectador etc.), transportando-os para o campo experimental das relações poéticas”, explica o grupo, que não identifica seus participantes individualmente. O coletivo desenvolve ações interativo-imperativas em espaços envolventes, onde o público não é apenas convidado a interagir, mas a ação depende da participação dele para acontecer: “Tiramos o espectador de seu lugar comum e o colocamos no lugar do artista, gerando alterações das ordens perceptiva e política sobre todo o nosso universo de relações, desencadeando um questionamento reflexivo sobre nossas experiências cotidianas”, diz OPAVIVARÁ! sobre sua produção em geral.

 

De 11 de junho a 15 de julho.

PAULO PASTA NA GALERIA MILLAN

29/mai

Em sua segunda exposição individual na Galeria Millan, Vila Madalena, São Paulo, SP, o pintor Paulo Pasta apresenta oito pinturas a óleo sobre tela em grandes formatos. Todas as obras em exposição foram reaizadas entre 2011 e 2012. A presente exibição do artista pode ser considerada uma espécie de desdobramento da individual realizada no Centro Universitário Maria Antonia em 2011. O pintor segue com as mesmas indagações em tema e cor: a indeterminação do espaço como centro de seus trabalhos e a criação dos mesmos a partir de áreas de cor que infiltram-se umas dentro das outras, “…sem deixar claro o que envolve e o que é envolvido”.

 

De 31 de maio a 30 de junho.

REFLEXOS NA ÁGUA

28/mai

Paulo Gouvêa Vieira

O fotógrafo Paulo Gouvêa Vieira apresenta a exposição “Olhar sobre a Água do Jardim de Alah”. O local escolhido é o tradicional point do Garden, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A exposição é uma homenagem ao Jardim de Alah. Paulo Gouvêa Vieira registrou todo o cenário ao redor do canal visto através do reflexo na água. Para registrar as 63 imagens que compõem a série, Paulo usou apenas a câmera digital, sem nenhum outro equipamento de luz, e não fez retoques nas imagens. O que vemos são exatamente os reflexos captados do espelho d’água. Paulo Gouvêa Vieira, com sua forma peculiar de ver e interpretar o mundo, registrou no reflexo da água do Jardim de Alah, prédios, árvores, pessoas, postes, carros no trânsito. O resultado é um Jardim de Alah único e surpreendente. As imagens são fiéis ao que podemos ver refletido no espelho d’água. Paulo selecionou 22 das 63 imagens que registrou. A escolha do Garden, para abrigar a exposição, se deu justamente por ser um ponto tradicional na região e representar o clima do entorno do Jardim.

 

De 29 de maio a 30 de setembro.

VENTURA NA SERGIO GONÇALVES GALERIA

25/mai

O pintor Eduardo Ventura, exibe série inédita de pinturas em sua exposição individual “realidade re-velada – a linha do tempo”, em cartaz na Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ. A curadoria tem a assinatura – e texto – da crítica de arte Renata Gesomino que assim manifesta-se sobre o trabalho do artista: “…Analisando algumas obras presentes na mostra individual de Ventura, nota-se facilmente que o artista opta por representar figuras humanas quase sempre em flagrantes displicentes, quase sempre isoladas umas das outras numa espécie de alheamento irreversível. Essa capacidade de reconhecer momentos fugidios de solidão em meio à correria da vida urbana e dos excessivos elementos visuais que a preenchem, talvez tenha surgido no fato do artista possuir uma vivência concentrada em ambientes opostos: cidades pequenas, áreas bucólicas, cenários ao ar livre. Como parte desse processo singular, o artista reproduz em suas telas não o mero retrato de figuras anônimas, mas, suas respectivas solidões….De um ponto de vista plástico, o artista inicia uma série de pinturas em que o fundo e a figura se enamoram abraçados em camadas superfinas, revelando nuances de transparências quase infinitas. De um ponto de vista filosófico o artista acelera a sensação do passar do tempo indagando não mais sobre o tempo em si, que é físico e mensurável, e seu galgar incontornável, mas, sobre a duração que é metafísica, portanto, incomensurável. Seria o tempo o que nós duramos? E, sem respostas imediatas somos convidados a sentar junto à figura de um homem anônimo. Fixado em sua cadeira ele fita um horizonte particular, meditação para sempre congelada na apreensão do instante”.

 

Até 07 de julho.

MESTRE GRAVADOR

Adir Botelho

Uma importante coleção de xilogravuras de Adir Botelho pode ser conferida na mostra “Adir Botelho – Gravador de Sonhos”, Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Três séries do artista fazem parte da mostra: “Pedra Bonita”, “Caldeirão” e “Catumbi”, além de xilogravuras inéditas, num total de 68 obras. “A mostra é uma homenagem a esse grande artista que por mais de 50 anos se dedicou à gravura. Adir teve seu reconhecimento quando pesquisou a história de Canudos e de Antônio Conselheiro criando centenas de xilogravuras sobre o tema, reunidas no livro “Canudos – Xilogravuras”, que ganhou da Associação Brasileira de Críticos de Arte o prêmio de melhor livro de arte nacional em 2002”, afirma a curadora e artista plástica Lani Goeldi. Adir Botelho é um dos nomes em grau de mestre da gravura brasileira.

 

Até 24 de junho.

LIVRO E INSTALAÇÃO DE FLEMMING

Alex Flemming

O artista brasileiro Alex Flemming, radicado em Berlim, está de volta ao Brasil. O artista traz a São Paulo a instalação “Lápides”, série inédita que fica em na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, São Paulo, SP. “Lápides”, pinturas sobre superfícies não-tradicionais (notebooks), é uma reflexão sobre a tecnologia obsoleta, que representa a morte de antigos desejos.  Alex Flemming explora diversas técnicas em sua obra, como fotografia, pintura, serigrafia e gravura, criando imagens impactantes, como os trabalhos expostos na estação Sumaré do metrô de São Paulo.

 

O livro “Alex Flemming”, agora em lançamento pela Cosac e Naify, apresenta um ensaio da crítica de arte Angélica de Moraes sobre a importância da técnica fotográfica na trajetória do artista brasileiro. O texto destaca algumas influências na formação de Flemming: a experiência com o grafite, o aprendizado com a artista Regina Silveira e o fotógrafo Cristiano Mascaro.  A monografia traz também uma entrevista exclusiva do artista à autora, uma cronologia e reproduções de dezenas de obras, documentando diferentes séries e períodos de sua carreira. A edição é complementada com fac-símiles de páginas das agendas de Flemming, nas quais ele registra eventos cotidianos, ideias e referências utilizadas em seu processo criativo. Filho de um comandante e de uma aeromoça, o paulistano Alex Flemming nasceu em 1954 e morou em diversos países, até se instalar há 21 anos na Alemanha. Suas obras privilegiam o corpo, a religiosidade e o Brasil.

 

Lançamento do livro: 26 de maio, sábado, 11h, Átrio 1 da Pinacoteca.

 

Exposição: 26 e 27 de maio, Pinacoteca de São Paulo.

MUSEU AFRO BRASIL EXPÕE BABINSKI

24/mai

Paisagem da Memória

Gravuras, aquarelas e pinturas do artista plástico Maciej Babinski, polonês radicado no Brasil, encontram-se em exposição no  Museu Afro Brasil, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. Inspiradas nas luzes e cores incandescentes do Ceará, as 77 obras de “O Imaginário de Babinski” são reunidas em São Paulo após a comemoração dos 80 anos do pintor. Nascido em Varsóvia, em 1931, Babinski migrou com a família para a Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial. Depois de quase uma década, novo destino: o Canadá, onde viveu por quatro anos e afinou-se com o grupo de vanguarda Os Automatistas. Em 1953, finalmente aportou no Brasil, seu país por eleição. No Rio de Janeiro, aproximou-se de artistas como Oswaldo Goeldi, Augusto Rodrigues e Darel. Suas primeiras individuais, em solo brasileiro, ocorreram em 1962 e 1964. Em 1991, o artista passou a residir em Várzea Alegre, no interior do Ceará. “O sertão vira mar no estuário mágico babinskiano, seja no ‘Inferno Estético’ das gravuras em metal, na delicadeza das aquarelas, como na luz incandescente das grandes e explosivas pinturas – lampejos recentes do autor”, avalia a curadora Dodora Guimarães. As obras de Babinski se integram ao conjunto da exposição “O Sertão: da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste”, ainda em cartaz no museu. “É a continuidade de um artista contemporâneo, com seu imaginário numa cenografia real, que é o sertão, onde ele foi morar”, diz o diretor-curador Emanoel Araújo.

 

Até 27 de junho.