Milhazes em NY

13/ago

A Fortes D´Aloia & Gabriel, anuncia a presença da artista visual Beatriz Milhazes, em segmento à sua vitoriosa projeção internacionalq que estará, a partir de 15 de agosto e até novembro, com “Aquarium”, na Cartier, Hudson Yards.

 

Longo Bahía na Argentina

08/ago

A artista brasileira Dora Longo Bahía está na Sala de Audiovisual do Parque de La Memória, pela Bienal Sur (Bienal Internacional de Arte Contemporáneo de América del Sur). Parque de la Memoria – Monumento a las Víctimas del Terrorismo de Estado, Av. Costanera Norte Rafael Obligado 6745, Adyacente a Ciudad Universitaria, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina.

 

“Choque” leva o título da unidade antidistúrbios da polícia brasileira, também conhecida como “Tropa de Choque”, uma divisão treinada e equipada para reprimir multidões e protestos no espaço público. A videoinstalação de Dora Longo Bahía, de profunda potência visual, questiona criticamente os métodos que os poderes do Estado aplicam para suprimir as forças de resistência. Assim, longe de se estabelecer como símbolo de proteção, as forças policiais transmitem em “Choque”, uma filosofia do medo e, embora a obra ancore sua base conceitual na realidade histórico-política do Brasil contemporâneo, a narrativa visual implantada pela artista encontra ressonâncias semelhantes em várias cidades ao redor do planeta.

 

Sobre a artista

 

Dora Longo Bahía nasceu em São Paulo, 1961. Artista visual e doutora em Poéticas Visuais pela Universidade de São Paulo. Seus trabalhos são desenvolvidos em várias mídias, incluindo pintura, fotografia, vídeo, instalações sonoras e livros. Sua ligação com o punk rock dos anos 1980 levou-a a participar de diferentes bandas como Disk-Putas e Blah Blah Blah. Dora Longo Bahía se define como um produtor de imagens e suas obras tratam, sem buscas retóricas, da violência do mundo contemporâneo.

 

Até 13 de outubro.

 

Cris Cavalcante, NY/Fortaleza

23/jul

Cris Cavalcante usa sua formação em química para suas pinturas ultracoloridas. A artista cearense Cris Cavalcante usa em suas pinturas uma técnica desenvolvida a partir de sua pesquisa com polímeros, pigmentos e solvente, que ao reagirem criam belas formas ultracoloridas. Antes de cursar arte na School of Arts de Nova York, ela havia se formado em química, e aplica este conhecimento em sua prática no ateliê. Seus trabalhos estão em coleções privadas em Portugal, Luxemburgo, Alemanha, Estados Unidos e China (Xangai), e no Brasil em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, onde também podem ser vistos em seu espaço de arte no bairro de Aldeota. Passou a infância e a juventude no Rio de Janeiro, retornando a Fortaleza aos 25 anos, onde fica baseada. Suas pinturas ocuparão um espaço próprio na Casa Cor Fortaleza 2019, entre 12 de setembro e 22 de outubro.

 

Agora, a partir de 22 de julho, suas pinturas integram a coletiva “4 Elements”, na Van Der Plas Gallery, no Lower East Side em Nova York. Fundada em 1980 pelo austríaco Adriaan Van Der Plas, a galeria é especializada em arte contemporânea. A mostra reúne trabalhos que lidam com os quatro elementos: fogo, ar, água e terra.

 

 

Mundo vivo em Paris

09/jul

Reunindo uma comunidade de artistas, botânicos e filósofos, a Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, França, ecoa a mais recente pesquisa científica que lança nova luz sobre as árvores. Organizada em torno de grandes conjuntos de obras, a exposição “Trees” dá voz à numerosas pessoas e artistas (entre os quais, alguns artistas brasileiros) que, através de sua jornada estética ou científica, desenvolveram um forte e íntimo vínculo com as árvores, revelando assim a beleza e a riqueza biológica desses grandes protagonistas do mundo vivo, ameaçado hoje com o desmatamento em larga escala. A curadoria é de Bruce Albert, Hervé Chandès e Isabelle Gaudefroy.

Artistas participantes e colaboradores da exposição: Efacio Álvarez, Herman Álvarez, Fernando Allen, Fredi Casco, Claudia Andujar, Eurides Asque Gómez, Thijs Biersteker, José Cabral, Johanna Calle, Jorge Carema, Alex Cerveny, Raymond Depardon, Claudine Nougaret, Diller Scofidio + Renfro, Mark Hansen, Laura Kurgan, Ben Rubin, Robert Gerard Pietrusko, Ehuana Yaira, Paz Encina, Charles Gaines, Francis Hallé, Fabrice Hyber, Joseca, Clemente Juliuz, Kalepi, Salim Karami, Mahmoud Khan, Angélica Klassen, Esteban Klassen, George Leary Love, Cesare Leonardi, Franca Stagi, Stefano Mancuso, Sebastián Mejía, Ógwa, Marcos Ortiz, Tony Oursler, Giuseppe Penone, Santídio Pereira, Nilson Pimenta, Osvaldo Pitoe, Miguel Rio Branco, Afonso Tostes, Agnès Varda, Adriana Varejão, Cássio Vasconcellos, Luiz Zerbini (foto).

Até 10 de novembro.

Prêmio para Jac Leirner

02/mai

O ano de 2019 é um marco especial para o Prêmio Wolfgang Hahn. Pela primeira vez, a Gesellschaft für Moderne Kunst trata de homenagear uma artista sul-americana por sua obra internacionalmente relevante. Isso ampliará a perspectiva do prêmio em relação à evolução da arte contemporânea global. O trabalho de Jac Leirner, localizado na intersecção entre o minimalismo, o conceitualismo e a crítica institucional, é uma adição importante à coleção do Museu Ludwig, Colônia, Alemanha. Graças à dedicação de seus membros, a Gesellschaft für Moderne Kunst apresenta o Prêmio Wolfgang Hahn pelo vigésimo quinto ano consecutivo.

 

Até 21 de julho.

Tunga na Itália

A Galeria Franco Noero exibe a segunda exposição individual de obras de Tunga na Itália, pela primeira vez exibida nos espaços da Piazza Carignano 2, Turim, Itália. Tunga foi um dos mais importantes e influentes artistas brasileiros de sua geração, e ele se expressou através de uma variedade extremamente eclética de mídias e linguagens artísticas, variando de desenho a escultura, instalação, fotografia, performance, cinema, vídeo e escrita. Os trabalhos expostos nesta exposição são de grande impacto simbólico. Alguns deles nunca foram exibidos antes e estão sendo apresentados pela primeira vez. O foco está nos processos e referências mais caros ao artista e nas obras que ele criou durante os últimos anos de sua carreira, antes de sua morte prematura. Eles vão desde a escala mais íntima de desenhos e pequenas esculturas ao poder e majestade de uma grande instalação de grande alcance. A exposição abre com dois elementos que são absolutamente típicos da arte de Tunga. Dois fantoches pendurados no teto da sala de entrada, suspensos em expectativa teatral, convidam o visitante a olhar atentamente para os materiais de que são feitos: cristal de rocha e esponja.

 

Até 20 de junho.

 

Dois em Aspen

11/mar

A Marianne Boesky Gallery apresenta “Tropical Molecule”, exposição dos trabalhos do designer Hugo França e do artista Thiago Rocha Pitta, em Aspen, Colorado, USA. Diferentes em suas abordagens conceituais e estéticas, Rocha Pitta e França estão unidos pelo compromisso de se envolver e respeitar o ambiente natural, especialmente em seu país de origem, o Brasil. Em exposição até 31 de março, a mostra inclui o mobiliário escultural característico de França ao lado de uma seleção de aquarelas, afrescos e fotografias de Rocha Pitta. Uma nova escultura de Rocha Pitta também será instalada no exterior da galeria. As obras, juntas pela primeira vez, capturam as fronteiras entre arte e design e destacam a Natureza e o Tempo como poderosas fontes de inspiração.

Um livro para a História

A marchand brasileira Cérès Franco, será motivo de livro. Radicada na França desde os anos 1960 e após desenvolver no Brasil – com Jean Boghicci – uma famosa exposição na qual reuniu jovens artistas contemporâneos franceses e brasileros no MAM-Rio. Fixando-se em Paris, lá criou a Galerie L’Oeil de Boeuf que serviu de esteio a diversos artistas brasileiros e latinos que fugiam  das ditaduras em seus países durante os anos 1970. Agora, ganhará um livro contando a história de sua coleção.

 

A editora Lelivredart publicará um volume dedicado a Cérès Franco, suas escolhas artísticas, suas reuniões e seus compromissos que constituem a essência de sua coleção: “Cérès Franco, História de uma coleção”. O autor, Raphaël Koenig, é doutor em Literatura Comparada pela Universidade de Harvard. Sua tese foi dedicada à recepção da arte dos loucos e da arte brut pelos avant-gardes, de Prinzhorn a Dubuffet. Seu projeto editorial parte de uma simples observação: há uma relação quase simbiótica entre a trajetória biográfica de Cérès Franco e a constituição de sua coleção.

 

Os grandes colecionadores gradualmente segregam em torno deles uma espécie de concha ou casulo, um habitat que se assemelha a eles e que testemunha seu caráter, suas prioridades pessoais, políticas e estéticas, e os acidentes significativos de suas trajetórias biográficas …

 

Este livro não será um catálogo raisonné de sua coleção, mas sim, através da narrativa biográfica, propor uma série de janelas abertas sobre as principais obras da coleção, apreendidas na especificidade de seus respectivos contextos históricos. Este livro também destacará a importância de Paris como centro do mundo da arte após 1945, destacando a notável expansão internacional da coleção Cérès Franco.

 

Jean-Hubert Martin, Diretor Honorário do Museu Nacional de Arte Moderna Centro Pompidou de Paris, ex-presidente do Museu Nacional de Arte Africana e Oceânica em Paris, também curador de grandes exposições, incluindo “Les Magicians de la terre” em 1989 e a exposição “Carambolages” mais recentemente no Grand Palais, escreverá o prefácio do livro.

 

Duas exposições na Europa

28/jan

 

Entre o final de janeiro e início de fevereiro, o fotógrafo e artista visual, Gilberto Perin realiza duas exposições na Europa nas quais apresenta série inédita na “Exposição de Arte Contemporânea da América Latina”, em Genebra, Suíça, e inaugura individual em Lisboa, Portugal. A série inédita “Fake Photos”, composta de 11 imagens que misturam o conceito de fake fotos, fake news e o paradoxo de René Magritte (“A Traição das Imagens”), será exibida em Genebra, a partir do dia 23 de janeiro. Já a série “Sem Identificação”, que foi exposta em 2018 no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, entra em cartaz na A Pequena Galeria, em Lisboa, no dia 07 de fevereiro.

 

A Exposição de Arte Contemporânea da América Latina (Exposition D’Art Contemporain D’Amérique Latine), no Centro de Artes da Ecole Internationale de Genève – Ecolint, vai exibir obras de 13 artistas e coletivos da América Latina até o dia 28 de fevereiro. Gilberto Perin foi convidado a expor na Ecolint após participar, no ano passado, de um projeto em parceria entre o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), sua Associação de Amigos (AAMARGS) e a escola da Unesco. O projeto “Travessia” propiciou um intercâmbio cultural entre estudantes gaúchos e suíços e artistas convidados. Além de Gilberto, outros dois artistas brasileiros que participaram do projeto também terão seus trabalhos expostos na Ecolint: o pintor Britto Velho e o fotógrafo Nilton Santolin.

 

Em “Fake Photos”, – seu trabalho mais recente -, o artista traduz suas inquietações sobre a autenticidade e a veracidade das imagens produzidas, além de fazer uma reflexão sobre o atual momento político no Brasil e suas relações com as fake news: ao carimbar as imagens com as palavras “Fake Photos”, Gilberto Perin nega tudo aquilo que apresenta. “A relação das minhas fotografias com essa temática me fez pensar sobre as fake news e, no meu caso específico como fotógrafo, nas fake photos. Afinal, o que é arte contemporânea? A fotografia pode ser vista como arte? Os carimbos chamam a atenção sobre se o que vemos na realidade é somente uma imagem ou é aquilo que queremos ver”, explica.

 

A série “Sem Identificação” é uma crítica irônica e reflexiva do momento atual, repleto de informações e mensagens visuais. O fotógrafo – junto aos modelos que posaram nus – produziu imagens icônicas, inspiradas em obras de arte conhecidas, e outras que surgiram espontaneamente no momento do ensaio fotográfico. Nas 25 fotografias que compõem a série, os corpos aparecem sem cabeças – efeito obtido apenas com o enquadramento da câmera. “A falta da cabeça e a ausência do olhar causa certo estranhamento e passa a significar uma identidade perdida, levando-se em conta que a cabeça é o centro de tudo: das emoções até a decisão da nossa vida ou morte. Em tempos de selfies, “Sem Identificação” tem concepção simples e direta, onde a nudez é apenas a parcela aparente daquilo que não é revelado sobre a nossa identidade e pensamento”, afirma o fotógrafo.

 

Sobre o artista

Gilberto Perin nasceu em Guaporé, RS, vive e trabalha em Porto Alegre. Formado em Comunicação Social pela PUC-RS, é fotógrafo, diretor de cena e roteirista. Tem dois livros publicados: “Camisa Brasileira” (2011) e “Fotografias para Imaginar” (2015). Suas obras são publicadas em livros, jornais e revistas brasileiras e também no exterior, e fazem parte de acervos de museus, entidades culturais e coleções particulares. Entre suas exposições individuais, destacam-se: “Linha d’Água e Sem Identificação” (2018) no MARGS; “Fotografias para Imaginar” (2013 e 2015), no Instituto dos Arquitetos do Brasil e Pinacoteca Aldo Locatelli, as duas em Porto Alegre: “Vestiário” (2013), no Museu do Futebol de São Paulo; “Camisa Brasileira” (2010 a 2018), Porto Alegre, no interior do Rio Grande do Sul, na França e Itália; “Conexões Infinitas” (2009), no Centro Cultural Erico Verissimo, em Porto Alegre. Participou também de exposições coletivas, como “Queermuseu” (2017 e 2018), no Santander Cultural em Porto Alegre e no Parque Laje no Rio de Janeiro; “A Fonte de Duchamp, 100 Anos de Arte Contemporânea”, MARGS, Porto Alegre; “Objectif Sport” (2016), circuito internacional da Aliança Francesa, em Porto Alegre na Galeria La Photo; “Manifesto: Poder, Desejo, Intervenção” (2014), MARGS, Porto Alegre; “The Beautiful Game: o Reino da Camisa Amarela” (2014), Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, Porto Alegre; “De Humani Corporis Fabrica”, MARGS, Porto Alegre; “Cromo Museu” (2012), MARGS, Porto Alegre.

 

 

“Fake Photos” – Exposition D’Art Contemporain D’Amérique Latine

De 23 de janeiro a 28 de fevereiro de 2019 – Entrada franca

Local: Centre Des Arts – École Internationale de Genève – Ecolint

Campus La Grade Boissiére – 62, route de Chêne, CH-1208 – Genebra – Suíça

 

 

“Sem Identificação”

De 07 de fevereiro a 08 de março de 2019 – Entrada franca

Local: A Pequena Galeria –  Av. 24 de Julho 4C, 1200-109 – Lisboa – Portugal

 

Caetano Dias no México

20/dez

O questionamento da nossa realidade, cada vez mais complexa, e o papel da própria arte dentro dessa realidade, colocando questões básicas sobre a nossa existência e o nosso lugar no mundo atual, onde a arte não faz afirmações, faz perguntas, em trabalhos com vídeo, pintura, obras tridimensionais, instalação multimídia, fotografia digital, performance, refletindo as relações entre corpo e identidade, memória e pertencimento, levando a discussão sobre ideias e poéticas, são alguns dos principais eixos da arte de Caetano Dias.

 

Uma das vertentes deste trabalho em fotografias e vídeos está em exposição na cidade de San Cristóbal de Las Casas, no extremo sul do México, fronteira com a Guatemala, no estado de Chiapas, México, como integrante da programação do XVII Festival Tragameluz, com curadoria de Luciana Accioly. O artista é exclusivo da galeria Paulo Darzé, Salvador, Bahia.

 

 

Sobre o artista

 

Caetano Dias é considerado pela crítica nacional como um dos mais importantes artistas surgidos ultimamente na Bahia. Nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 1959. Vive e mora em Salvador, Bahia. Começou a expor individualmente a partir de 1989. Participou de exposições importantes representando a Bahia e o Brasil, como XVIII Festival de La Peinture (França), The Brazilian Northeast Festival Contemporary Art (Portugal), Feira Internacional de Arte (Estados Unidos). Entre suas individuais fora do Brasil temos: Nova York (Neuhoff Galery), Paris (Galerie Vivendi), Havana (Casa das Américas). Sua obra foi premiada no 16º Festival de Arte Contemporânea Sesc/Videobrasil (2007) com residência no Le Fresnoy, em Tourcoing, França.