Artista egípcio na Bahia

08/mar

 

O egípcio de origem judaica Leo Laniado migrou com a família do Cairo para o Brasil em 1953, aos oito anos. Parte desse contato com o país, principalmente com a Bahia, resultou em uma história de 50 anos muito bem vividos, que virou a exposição “BAHIA… MINHA”, com estreia marcada para 14 de março, na Galeria Hugo França, dentro da programação em torno do Festival de Música de Trancoso.

A mostra – até 29 de abril – reúne mais de 40 obras, selecionadas dos seus últimos sete anos intensos de produção, impressas com alta tecnologia em papel de algodão. Nas produções, o artista, que chama a Bahia de “a casa fora da casa”, o artista questiona as semânticas da cor em desenhos em tons ocres, carregados de história e permeados por “coisas que estavam lá atrás e estão ressurgindo”, como explica.

Segundo o artista, as obras foram, instintivamente, trazendo elementos do cotidiano baiano, como o mar, côco e velas, não com o objetivo pré-definido de fazerem parte de uma exposição, mas porque são memórias saudosas e genuínas. “Maré Alta”, “Luz ao Entardecer”, “Pescadores”, “Namorados”, “Mesa Posta”, “Sábado”, “Contemplação” e “Praia do Itaipe” são algumas das obras com nomes autoexplicativos.

 

Registro de viagem

06/mar

 

A Roda de Saberes no Pontal Instituto Cultural recebe o artista viajante Alex Flemming em Marabá, PI. É mais uma etapa que se cumpre no alongado caderno de vaigens do renomado artista.

 

Sobre o artista

Alex Flemming nasceu em São Paulo, SP, em 1954. Multiartista, fotógrafo, pintor, escultor e gravador. De ascendência patrilinear alemã, freqüentou o curso livre de Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado, entre 1972 e 1974. Cursou serigrafia com Regina Silveira e Julio Plaza, e gravura em metal com Romildo Paiva, nos anos de 1979 e 1980. Na década de 1970 realizou filmes de curta-metragem, participando de festivais. Em 1981 viajou para Nova Iorque, onde desenvolveu projeto no Pratt Institute Manhattan, com bolsa de estudos da Comissão Fulbright, com permanência até 1983. Foi professor da Kunstakademie de Oslo, na Noruega, entre 1993 e 1994. No começo dos anos 1990, realizou algumas séries de pinturas com caráter autobiográfico, que tinham como suporte suas próprias roupas. Posteriormente, passou a recolher e pintar cadeiras, poltronas e sofás usados, nos quais posteriormente aplicava letras, que formavam textos retirados de notícias de jornais, deslocando assim a relação preestabelecida com esses objetos. Já em Body Builders (2001/2002), fotografou corpos jovens e esbeltos para em seguida desenhar, sobre essas imagens, mapas de áreas de conflitos e de guerras, como, por exemplo, as do Oriente Médio ou da região de Chiapas, no México. A fotografia, como meio em si ou como propiciadora de acesso a outras médias, é usada por Flemming desde o início de sua carreira. O uso de caracteres gráficos sobre fotografias de pessoas também está presente em um dos seus mais destacados trabalhos: os painéis da Estação Sumaré do Metrô de São Paulo. Compostos por fotos de pessoas comuns, a cada uma delas foi atribuído um poema, escrito em letras meio borradas, com alguns trechos invertidos ou ausentes, o que não impossibilita totalmente a compreensão do texto. São particularmente interessantes as gravuras executadas nos anos 1970, de forte conteúdo político, reproduzidas em livro editado pela Editora da Universidade de São Paulo. Alex Flemming realizou diversas exposições individuais no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Vive em Berlim.

Arte em Ouro Preto

 

Estes são detalhes de algumas obras de “Sofrência”, que ocupa o Paço da Misericórdia, em Ouro Preto, MG. A exposição integra o projeto “Arte nas Estações”, que leva para as cidades mineiras o acervo incrível do Museu de Arte Naïf, que infelizmente fechou suas portas em 2016.

Com curadoria de Ulisses Carrilho, a mostra fala sobre apaixonamento e separação por meio de uma narrativa com início, meio e fim. Inspirada nas novelas, essa história apresenta ao público cenas de convívio social, flerte, festas e jogos de sedução, permeadas por poesias e poemas populares. (Texto de Fábio Schwarzwald no Facebook).

Filme e exposição de Glauco Rodrigues

31/jan

 

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul – MARGS, Porto Alegre, instituição da Secretaria de Estado da Cultura do RS – Sedac, apresenta o Cine Verão Tropical pelo Programa Público da exposição “Glauco Rodrigues – TROPICAL”, atualmente em exibição no Museu. Será um ciclo com 5 sessões do filme “Glauco do Brasil” (2015), no Auditório do MARGS, nos dias 01, 11, 15 e 25 de fevereiro e 16 de março, sempre às 16h. Esta última contará com a participação do diretor do documentário, o cineasta Zeca Brito. As sessões são abertas ao público e gratuitas, com limite de 60 lugares por ordem de chegada. “Glauco do Brasil” tem duração de 90 minutos e classificação indicativa livre.

Ocupando duas salas do 2º andar do MARGS (Galeria Iberê Camargo e Sala Oscar Boeira), a exposição “Glauco Rodrigues – TROPICAL” permanecerá em exibição até 16 de abril. A visitação é gratuita e ocorre de terça a domingo, das 10h às 19h (último acesso às 18h30). Visitas mediadas para grupos podem ser agendadas pelo email educativo@margs.rs.gov.br.

 

Sobre o filme

O documentário “Glauco do Brasil”, apresenta, a partir de entrevistas e arquivos, a trajetória de vida de Glauco Rodrigues (1929 – 2004). Acompanha as mudanças nas concepções artísticas do artista, partindo dos anos iniciais em Bagé até sua estadia no Rio de Janeiro. O filme inicia com um depoimento do artista, concedido ao diretor Zeca Brito, quando este possuía apenas 12 anos. Além de depoimentos do artista, constam entrevistas com nomes de destaque no campo artístico nacional, como os críticos Frederico Morais e Ferreira Gullar, Gilberto Chateaubriand – seu pricipal colecionador -, o músico João Bosco, o escritor Luis Fernando Veríssimo, a atriz Camilla Amado, e o curador francês Nicolas Bourriaud.

 

Sobre o diretor

Zeca Brito (1986) é cineasta. Foi diretor do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul. Possui mestrado em Artes Visuais pela UFRGS, com ênfase em História, Teoria e Crítica, e graduação em Realização Audiovisual pela Unisinos e em Poéticas Visuais pela UFRGS. Dirigiu e roteirizou longas-metragens como “O Guri” (Canal Brasil), “Glauco do Brasil” (Canal Brasil), “Em 97 Era Assim” (Canal Brasil), “A vida Extra-Ordinaria de Tarso de Castro” (Canal Brasil), “Grupo de Bagé” (Canal Curta!), “Legalidade” (Telecine Cult) e “Trinta Povos” (Canal Curta!).

 

Sobre a exposição e o artista

Nascido em Bagé, Glauco Rodrigues ficou notabilizado pela sua atuação nas importantes realizações do denominado “Grupo de Bagé” e dos Clubes de Gravura criados nos anos 1950. Assim, seu nome costuma figurar junto aos artistas Glênio Bianchetti, Danúbio Gonçalves e Carlos Scliar. Esse Glauco Rodrigues relacionado à representação do homem e das paisagens do campo, do trabalho rural da pecuária e dos tipos e costumes regionais – ligado, portanto, ao gaúcho e à cultura campeira sulina – foi desde então bastante celebrado. Inclusive pelo MARGS, como atesta a história das exposições do Museu. Depois de partir, no final dos anos 1950, para experiências no Brasil e na Europa, fixando-se a seguir no Rio de Janeiro, Glauco Rodrigues dá um direcionamento ao seu trabalho em que passa a fazer da história e da cultura brasileiras o maior interesse e tema privilegiado de sua produção. A exposição enfoca esse “Glauco tropical”, que surge nos anos 1960, explorando os temas de uma identidade brasileira vivenciados a partir da experiência carioca. Com seu inconfundível grafismo e colorido na figuração de acento pop, são obras nas quais Glauco Rodrigues explora fatos, estereótipos, tipos e complexidades da história e da cultura brasileiras, de forma crítica e analítica.

A mostra apresenta uma seleção de 49 obras do Acervo Artístico do MARGS, onde o artista está representado por mais de 300 trabalhos. A maior parte foi adquirida em 2018, através da generosa doação de Norma de Estellita Pessôa, viúva do artista. Desde então, essas obras foram sendo submetidas a processos de restauração, possibilitando agora que estejam em condições de exibição para esta que é uma primeira apreciação pública do conjunto, a partir de um recorte temático e que cobre um período dos anos 1960 a 90.   Com curadoria de Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS, e Cristina Barros, curadora-assistente do MARGS, “Glauco Rodrigues – TROPICAL” integra 2 programas expositivos em operação no Museu que são aqui interligados: “Histórias ausentes”, voltado a resgates e revisões históricas, e “História do MARGS como história das exposições”, que aborda a história institucional do Museu.

 

Sanagê Pele e Osso

25/jan

 

Híbridos que transitam entre pintura, escultura e relevo compõem exposição que propõe imersão na diáspora africana e nas questões raciais. Resultado de mais de quatro anos de pesquisa em materiais e texturas, a exposição “Sanagê Pele e Osso” foi inaugurada no Espaço Cultural Correios Niterói, RJ, com telas de 1,60m por 2,10m e objeto escultórico concebidos pelo artista Sanagê. Sob curadoria de Carlos Silva, a exposição propõe uma imersão estética e sensorial à questão racial e suas consequências na sociedade contemporânea brasileira. Utilizando espuma expandida, matéria-prima muito empregada na construção civil, o artista conseguiu torná-la semelhante a texturas, volumes e cor de peles, ossos, fissuras e ligamentos.

A partir dessa experimentação ele se aproxima de um tema bastante familiar: a diáspora africana e suas consequências. “Num primeiro momento, há o encantamento com a matéria-prima e suas possibilidades. Este é um dado fundamental para a construção da obra, pois é sobre a espuma expandida que se projeta meu exercício de produção contemporânea em arte”, analisa Sanagê, radicado em Brasília desde 1972.

Inicialmente, a linguagem é direta, pois as obras se referem a países africanos de onde saíram e por onde passaram homens, mulheres e crianças capturados e vendidos como escravos para trabalhar em fazendas e minas no Brasil. E se, por um lado, o material se revelou ideal para pensar estruturas invisíveis de um ponto de vista externo, por outro, nunca foi intenção do artista fazer uma apropriação expressionista e explícita da condição básica da diáspora. Os mapas são regiões de circunscrições de uma experiência. Nesse lugar da experimentação, ele alcança a conjunção favorável de um trabalho com pé na pintura e um desdobramento imediato em relevo e escultura. As estruturas de espuma são rasgadas, serradas, quebradas e coladas entre elas e sobre a tela.

Telas e objetos escultóricos e espaço expositivo foram pintados de branco, do teto ao chão, revestido de espuma EVA. Ao optar pela cor que contém e reflete todas as outras, Sanagê conduz o visitante a uma experiência de espaço infinito. “O branco é a presença diáfana que simboliza uma ausência de limites.  Porém, além de uma escolha estética, a cor também é política. Assim como as telas que contêm relevos e texturas que não representam os relevos ou acidentes geográficos dos países africanos, a cor também não ser refere a uma realidade. É uma provocação para a reflexão sobre passado, presente e futuro”, completa o artista.

 

A curadoria é assinada por Carlos Silva:

“Quando nos referimos ao racismo, estamos sempre imbuídos em destacar questões que o cenário educacional nos apresenta mormente de forma fantasiosa. A literatura escolar sobre a importância e o legado da cultura negra além de tendenciosa é extremamente fraca em seu conteúdo, deixando nítido seu gesto marginal, ou seja, estamos recebendo invariavelmente um legado pobre que não permite uma interpretação isenta e analítica dos momentos. Sanagê Pele e Osso busca, de forma tímida, porém consistente, despertar alguns desses fatos e momentos, trazendo luz a algumas questões que possam motivar a releitura de aspectos históricos importantes, considerando que nada é definitivo. Esta exposição é uma fagulha nesta proposta e entendimento da questão”.

A mostra já foi apresentada no Museu da República de Brasília, onde atraiu um público de mais de 39 mil pessoas, e no MAB – Museu de Arte de Blumenau, SC. Com vocação itinerante, a ideia é percorrer o país.

 

Sobre o artista

Sanagê Cardoso, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, numa família com um casal de irmãos e filho de Maria do Carmo e Oswaldo Cardoso. Chegou a Brasília em 1972, com a mesma história de todos, em busca de qualidade de vida e pelas oportunidades. Experimenta várias atividades, mas o pendor para as artes se materializa na fotografia. Com um trabalho autoral e conceitual tento o clips como poética e desenvolvimento. Quando abandona a fotografia, resolve transformar as imagens abstratas e trazê-las para o plano tridimensional, fazendo da escultura seu ponto de partida. Para melhor desenvolver sua arte, buscou formação acadêmica na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, em Brasília. Tendo participado de diversas exposições individuais e coletivas, hoje contabiliza obras que fazem parte do acervo de alguns museus de arte contemporânea. Desde então, tem uma produção independente orientada pela linguagem neoconcretista.

Até 04 de março.

 

 

 

Alberto Pitta na Paulo Darzé

18/jan

 

Vinte trabalhos em pintura e serigrafia (mix, clear e pigmento) sobre Canva, em dimensões variadas, compõem a mais recente mostra de Alberto Pitta na Paulo Darzé Galeria, Salvador, Bahia, com o título “Alberto Pitta – Màriwô”, tendo texto de apresentação de Daniel Rangel.

Alberto Pitta é um dos pioneiros na concepção de serigrafias com estampas afro baianas, através de símbolos, ferramentas, indumentárias e adereços dos orixás como fonte de inspiração, tendo uma excelência nos fios, nos panos e suas dobras, Alberto Pitta desenvolve em seus trabalhos, pesquisas e criações, o essencial para a interpretação de códigos e símbolos, e de uma estética que o tornam um dos mais importantes artistas visuais brasileiros hoje.

Como designer, principalmente têxtil, e serígrafo, com exposições em vários países em individuais e coletivas, e como carnavalesco, participando de blocos afro, afoxés e de índios, tendo como exemplo os figurinos dos blocos-afro como Filhos de Gandhy, Olodum (antes dos abadás), até se tornar criador e produtor do Cortejo Afro, criado em 2 de julho de 1998, data da Independência da Bahia, pela comunidade de Pirajá. O bloco se destaca na apresentação de valores estéticos no carnaval de Salvador, com desenhos, figurinos, adereços e alegorias, trazendo uma estética própria de volta para as avenidas da cidade.

Tendo nascido dentro dos limites de um terreiro de candomblé, o Ilê Axé Oyá, rapidamente entendeu que na tradição africana, da qual descende, a roupa não responde somente à necessidade utilitária de proteger o corpo, sendo um poderoso elemento significante, que inscreve o homem na natureza e o reconecta a seus ancestrais, afirmando-se como suporte da linguagem e dos marcadores sociais, onde atesta toda a sua autenticidade e força da cultura negra.

Foi observando as atividades de sua mãe, a sacerdotisa Mãe Santinha de Oyá, importante ialorixá de Salvador, do Ilê Axé Oyá, que se dedicava aos bordados richelieu e à educação de crianças e adolescentes da comunidade de Pirajá – seguindo a vocação comunitária do candomblé -, que Pitta viu desde cedo despertar seu interesse pelos panos e arremeter seu compromisso em agregar pessoas através das palavras e das ações. O terreiro hoje, projetado por Lina Bo Bardi, é comandado por Nívea Luz, neta da ialorixá, e tem logo na entrada o barco que simbolizou o “navio de possibilidades” ou “um outro navio que não o negreiro”, no desfile 2018 do Cortejo Afro.

Para Gilberto Gil é um “artvista”, um “mensageiro de panos, tintas e axés”, consciente da força de sua arte e de suas atividades, e de sólida formação “como artista plástico e militante dos movimentos negros e mestiços da Bahia lhe tem ensejado um trabalho original e abrangente na aglutinação dos povos fazedores da festa”. Para Caetano Velloso é, talvez, o criador mais importante e mais atuante neste imenso movimento que enche de beleza as ruas a cada carnaval. “Pioneiro das estamparias baiano-africanas, é pensador do processo de que se faz parte e tem todas as características de um artista fino e requintado”.

 

Sobre o artista

Alberto Pitta nasceu na Bahia, em 1961, vive e trabalha em Salvador e destaca-se no cenário artístico e cultural, indo bem além do carnaval dos blocos afros, afoxés e de índios em Salvador, quando ainda na década de 1970, se encantou pelas roupas dos blocos de índios, como Apaches e Comanches, inspirados no cinema americano e que caíram no gosto dos homens negros de Salvador. Com exposições em várias cidades brasileiras, e na Alemanha, Angola, EUA, França, Londres, participações em festivais de cultura nacional e internacional, Pitta exerce a atividade de arte-educador, realizando trabalhos no Instituto Oyá de Arte e Educação, ensinando aos jovens o ofício da serigrafia. No Projeto Axé, foi Assessor da Coordenadoria de Arte Educação e Assessor da Coordenação de Cultura, Estética e Arte

 

 

O legado da Família Ohtake

16/jan

 

O Instituto Ling, Porto Alegre, RS, convida: “Você é nosso convidado para uma conversa sobre o legado da família Ohtake nesta quarta, às 18h. O bate-papo é gratuito e aberto ao público, sem necessidade de inscrição prévia. É só chegar!”. O encontro terá a presença de Rodrigo Ohtake, neto da pintora Tomie Ohtake e filho de Ruy Ohtake, arquiteto e designer como o pai. A conversa contará também com o curador da exposição “Tomie Ohtake: seis décadas de pintura”, o gestor cultural Cézar Prestes e o diretor da galeria Almeida&Dale, Carlos Dale, com mediação da jornalista Eleone Prestes. A exposição está em cartaz na galeria do Instituto Ling até 25 de fevereiro e exibe doze obras de Tomie Ohtake (1913-2015), artista plástica reconhecida como uma das principais expoentes do abstracionismo no Brasil.

Espaço democrático

12/jan

Lugar Comum é um projeto de Vik Muniz localizado na Feira de São Joaquim, na cidade de Salvador, Bahia. Com quatro exposições anuais, o projeto tem como objetivo democratizar o acesso à arte contemporânea e aproximar o público de importantes nomes do meio artístico. Em uma espécie de negociação com a arte pública, a iniciativa tem como objetivo trazer o cubo branco característico das galerias de arte para lugares inesperados. A exposição atual é “Cordão Forte” de Maria Nepomuceno. Até 05 de fevereiro.

Poteiro em exposição panorâmica

15/dez

 

Exposição sobre Antonio Poteiro reúne trabalhos que contam a trajetória do pintor. O português filho e neto de ceramistas, nascido e criado em olarias, construiu um mundo de mitos e fantasias inspirados em questões sérias e reais, uma mistura cuja dimensão pode ser acompanhada com detalhes em “As matérias vivas de Antonio Poteiro: Barro, cor e poesia”. Em cartaz no Museu Nacional da República, Brasília, DF, a partir de 15 de dezembro, a exposição tem curadoria do também artista Divino Sobral e traz um percurso bastante completo sobre a trajetória do português que era também goiano e ganhou o Brasil com pinturas e esculturas naifs.

Antonio Poteiro morreu há 10 anos. Se estivesse vivo, estaria prestes a completar 97 anos. Pensando nessa trajetória que se estende por praticamente todo o século 20, Divino Sobral foi atrás de obras capazes de sintetizar os percursos do artista e contextualizá-lo em um tempo, em uma região e na própria família. “O grande volume de obras são do Poteiro, mas tem três gerações da família, que são três peças do pai, que era português e chegou ao Brasil um ano depois do nascimento de Poteiro. Ele era de uma família de ceramistas da região de Braga. Para mim, Poteiro carrega no sangue essa herança de arte, embora ele, durante grande parte da vida, não quisesse ser poteiro”, diz o curador.

Fonte: Correio Braziliense

 

Mostra panorâmica

13/dez

O Instituto Ling, Porto Alegre, RS, inaugura a exposição “Tomie Ohtake: seis décadas de pintura”. A mostra é uma parceria entre o Instituto Ling, Almeida & Dale Galeria de Arte e Studio Prestes. Até o dia 25 de fevereiro de 2023 – com curadoria de Cézar Prestes – , o público poderá conferir na mostra da galeria do centro cultural 12 obras a óleo e tinta acrílica sobre tela.

 

Sobre a artista

Japonesa naturalizada brasileira Tomie Ohtake (1913-2015), é reconhecida como um dos principais expoentes do abstracionismo no Brasil. Nascida em Kyoto, Japão, Tomie Ohtake chegou ao Brasil em 1936 e, impedida de voltar devido ao início da Guerra do Pacífico, acabou permanecendo no país. Começou a pintar com quase 40 anos, incentivada pelo artista japonês Keiya Sugano. Participou de 20 Bienais Internacionais, 120 exposições individuais e quase 40 mostras coletivas, entre o Brasil e o exterior, além de receber 28 prêmios. A abertura será nesta quarta-feira, 14 de dezembro, com um encontro com o curador para uma visita mediada, às 19h30min.