Individual de Thiago Honório

14/mar

A Galeria Luisa  Strina, Cerqueira César, São Paulo, SP, apresenta “Solo”, primeira exposição individual do artista mineiro Thiago Honório na galeria.Honório apresenta o trabalho “Roca”. Trata-se de uma cabeça de imagem de roca ou de vestir do século XVIII disposta sobre sólido geométrico produzido com um procedimento construtivo brasileiro utilizado no período colonial no repertório das construções dos séculos XVIII e XIX, conhecido como pau a pique, taipa de mão, taipa de sopapo ou taipa de sebe.

 

Essa técnica vernacular consiste no entrelaçamento de ripas ou toras de madeiras verticais com vigas de bambu horizontais e amarradas entre si por cipó, engendrando uma grande estrutura tramada cujos vãos se preenchem com barro, resultando numa parede. Das práticas da chamada arquitetura de terra é uma das mais recorrentes, principalmente nas zonas rurais.

 

A cabeça, estátua ou imagem de roca designa a tipologia de imagens sacras processionais que são travestidas com trajes de tecidos, perucas e adornadas com pedras preciosas, semipreciosas ou bijuterias. A palavra roca, como substantivo feminino, significa bastão, haste ou vara, possuindo na extremidade um bojo que se enrola a rama do algodão, do linho, da lã: roca de fiar. Também denota a formação volumosa e elevada de pedra, rocha, rochedo, penhasco.

 

Segundo Thiago Honório: “A imagem de roca tradicionalmente aparece em procissões e consiste numa estrutura de madeira articulável que dá a ver apenas a cabeça, mãos ou braços e, às vezes, os pés da peça esculpida, envolta em indumentária e adereços que a caracterizam conforme seus usos litúrgicos. Grande parte dessas imagens era construída numa escala aproximada da escala natural do corpo humano”. Este gênero de imagens adquiriu considerável difusão no Brasil, sobretudo na Bahia e em Minas Gerais durante o período Barroco, estendendo-se até meados do século XIX.

 

No caso de “Roca”, obra que ocupa sozinha grande área da sala de exposições, a cabeça da imagem de roca encontra-se no topo de um “monte” geométrico de pau a pique e taipa de mão.

 

Na exposição “Solo”, a obra “Roca” apresenta-se fincada na terra, solo; com o duplo sentido da ideia de solo, nesse caso tanto a apresentação destinada ao solista quanto a terra. O trabalho busca problematizar à maneira metalinguística as noções de solo, camadas da terra, piso, chão de construção ou casa, ou a superfície que é construída para se pisar; substrato físico sobre o qual se fazem obras. Em sentido figurado, faz referência a nação, país ou região: em solo brasileiro, solo fértil. A etmologia do substantivo solo vem do latim sŏlum, que significa fundo, fundamento, pavimento e planta do pé. E também solo no sentido de só; a solo na ideia de executado por uma só voz ou instrumento; do latim sōlus, a, um a partir da noção de só, solitário; e também pode ser a dança, a ginástica artística, o trecho musical, a apresentação teatral, a exposição individual ou a seção a ser executada por um único intérprete.

 

 

 

Sobre o artista

 

Exposições recentes do artista nascido em Carmo da Paranaíba, em 1979, incluem “Trabalho”, MASP Museu de Arte de São Paulo, 2016; “Boate Azul” em colaboração com Pedro Vieira, Museu de Arte da Pampulha, 2016; “Títulos”, Paço das Artes, 2015. Ainda em 2016, Thiago Honório lançou o seu primeiro livro intitulado {[( )]} – publicado pela editora IKREK – e premiado pelo ProAC. Em 2017 lançará “Augusta”, publicado pela mesma editora. Possui obras nos acervos do MASP; MAC/USP Museu de Contemporânea da Universidade de São Paulo; MAR Museu de Arte do Rio; MAM/SP Museu de Arte Moderna de São Paulo; MAB/FAAP Museu de Arte Brasileira e na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

 

 

De 14 de março a 29 de abril.

Muntadas

“Dérive Veneziane”

 

Projeção no Anexo da Galeria Luisa Strina -aos sábados – Cerqueira César, São Paulo, SP.

 

18 Março – 29 Abril 2017

Abertura: 14 março, às 19hs

 

O filme – filmado durante a noite de um barco – propõe um lado diferente, alternativo da Veneza estereotipada e clichê – uma Veneza escondida, uma Veneza desconhecida, uma Veneza misteriosa.

 

Inspirando-se na deriva dos Situacionistas, teoria descrita por Guy Debord como “um modo de comportamento experimental ligado às condições da sociedade urbana: uma técnica de passagem rápida por ambientes variados”, o filme “Dérive Veneziane” leva os espectadores a um passeio noturno, estranho e surreal, pelos canais icônicos de Veneza, onde eles encontram o inesperado e o imprevisto.

 

O filme estreou no 72º  Festival de Cinema de Veneza, Itália, em 2015.

Alfredo Jaar na Luisa Strina

A Galeria Luisa Strina, Cerqueira César, São Paulo, SP, apresenta “The Politics of Images”, segunda exposição individual de Alfredo Jaar na galeria. Alfredo Jaar, Chile, 1956, é artista, arquiteto e vídeo maker. Após completar seus estudos no Chile, fixou-se – em 1982 -, Nova York, cidade onde vive e trabalha atualmente. Sua prática artística é focada na criação, distribuição e circulação de imagens na esfera pública.

 

O ponto de partida da exposição é a instalação “The Sound of Silence”, de 2006, “um teatro construído para uma única imagem” (Jacques Rancière). O trabalho conta a história de Kevin Carter (1960 – 1994), fotojornalista sul-africano que se tornou famoso por sua fotografia ganhadora do prêmio Pulitzer. Tirada enquanto Carter se reportava do Sudão em 1993, a fotografia mostra uma criança em estado de inanição se rastejando pelo chão enquanto um abutre a observa. Após o suicídio do autor, a fotografia se tornou propriedade de sua filha Patricia Megan Carter e seus direitos são controlados pela Corbis, a maior agência fotográfica do mundo, a qual controla mais de cem milhões de imagens e é de propriedade de Bill Gates. Usando uma linguagem sucinta, Jaar questiona não só os limites do representável e da possibilidade de observar, mas também trata de questões de responsabilidade tanto do fotógrafo individualmente quanto daqueles que controlam a circulação e a disseminação das imagens, e finalmente, o espectador.

 

“One Million Points of Light”, de 2005, foi realizado na costa de Angola, em Luanda. A câmera foi posicionada em direção ao oceano, apontando diretamente ao Brasil, em memória e homenagem aos 14 milhões de escravos enviados de Angola para o Brasil. A fotografia é reproduzida numa caixa de luz e em cartões postais que os visitantes são convidados a levar para casa.

 

“Searching for Africa in LIFE”, de 1996, foca na ausência de representação e na ausência da África na revista de notícias LIFE (a LIFE foi uma revista de fotojornalismo, fundada em 1936 por Henry Luce- também fundador da revista Time – e encerrou suas atividades com a edição de maio de 2000). O trabalho consiste em uma coleção de 2128 capas, de 1936 a 1996, mostradas em ordem cronológica e visando refletir a chocante escassez de cobertura do continente africano por uma das mais influentes revistas do mundo.

 

Jaar usa uma fórmula similar no trabalho intitulado “From Time to Time”, de 2006, o qual, outra vez, traz à tona os esteriótipos racistas que governam a percepção da mídia ocidental em relação à África. São nove capas recentes da revista Time dedicadas à África divididas pelos únicos três assuntos geralmente cobertos: doenças, fome e conflito armado.

 

 

Sobre o artista

 

Alfredo Jaar realizou exposições individuais em instituições como o New Museum, Nova York, 1992; White chapel Gallery, Londres, 1992; Museum of  Contemporary Art, Chicago, 1992; Moderna Museet, Estocolmo, 1994; Museum of Contemporary Art, Roma, 2005; Berlinische Galerie, Alte National galerie e Neue Gesellschaft für Bildende Kunst, Berlim, 2012; e Museum  of  Contemporary Art Kiasma, Helsinki, 2014.

 

O trabalho do artista faz parte de coleções tais como a do Museum of Modern Art, Nova York; Tate Collection, Londres; Guggenheim Museum, Nova York; LACMA e MOCA, Los Angeles; Centro de Arte Reina Sofia, Madrid; Centre Georges Pompidou, Paris; Moderna Museet, Estocolmo; e MASP, São Paulo.O artista participou de algumas das mais estabelecidas exposições coletivas ao redor do mundo, tais como a Bienal de Veneza (1986, 2007, 2009, 2013); Documenta, Kassel (1987, 2002); e Bienal Internacional de São Paulo (1987, 1989, 2010).

 

 

De 14 de março a 29 de abril.

Rubem Valentim em Brasília

Chama-se “Rubem Valentim Construção e Fé”, a mostra na Caixa Cultural, Brasília, DF, com curadoria de Marcus de Lontra Costa. A exposição exibe pinturas, relevos e esculturas do artista baiano Rubem Valentim. Suas obras sintetizam em formas geométricas as simbologias místicas de matriz africana e se destacam na arte moderna construtivista e concretista brasileira. Um artista vanguardista que, ao residir em Brasília na década de 1960, incorpora de forma única a tridimensionalidade à sua obra.

 

 

De 15 de março a 28 de maio.

12 Contemporâneos 

13/mar

A CAIXA Cultural, Galeria 1, 

 

Centro, Rio de Janeiro, RJ, recebe, de 18 de março a 14 de maio, a exposição coletiva “PINTURA (Diálogo de artistas)”, através de doze trabalhos de doze artistas diferentes, selecionados e dispostos de maneira que a unidade da mostra se dá pela investigação pictórica de cada participante e não pelo diálogo entre as obras. O projeto aposta na diversidade de pesquisas genuínas de pintura utilizando ora a tela e seus meios tradicionais, ora experimentações para ampliar o questionamento sobre as possibilidades da arte no tempo presente. O projeto tem patrocínio da CAIXA Econômica Federal e Governo Federal.

 

 

A proposta de diversidade reuniu artistas como os portugueses Rui Macedo e Ema M; o vencedor do prêmio PIPA Online 2014, Paulo Nimer PJota; além de Hugo Houayek, James Kudo, Pedro Varela, Rafael Alonso, Vânia Mignone, Zalinda Cartaxo, Alvaro Seixas, Elvis Almeida e Willian Santos.

 

 

No espaço expositivo, partindo do pressuposto de que toda exposição de artes visuais toma forma como um diálogo entre artistas, para construir essa discussão, decidiu-se afastar as possíveis semelhanças entre as obras, como suporte e técnicas, ao invés de aproximá-las. Acompanhado de um pequeno texto escrito por cada artista, cada trabalho pode expressar o entendimento próprio de seu criador sobre pintura.

 

 

Da mesma forma, a seleção de artistas esteve intimamente relacionada com as diferentes visões individuais sobre a pintura a partir de suas qualidades originais e essenciais. Não houve preferência por nenhum tipo de abordagem ou material. Assim, o público encontrará trabalhos em óleo, acrílicas, objetos em gesso e instalações.

 

 

Como parte da programação da mostra, haverá uma palestra sobre a pintura e seus desdobramentos com os convidados Fernanda Lopes, Ivair Reinaldin e Raphael Fonseca.

 

A palestra ocorre no dia 15 de abril, às 17h, no Cinema 1 da CAIXA Cultural Rio de Janeiro, com entrada fraca. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes na bilheteria do espaço.

 

 

 

Sobre os artistas

 

 

Alvaro Seixas

 

Nascido em Niterói, em seus trabalhos mais conhecidos, Alvaro Seixas explora as ideias de “pintura”, “abstração” e “apropriação” e como esses conceitos se relacionam com o panorama artístico-cultural atual. Recentemente, o artista tem incluído, em seus desenhos e pinturas, palavras e textos, valendo-se de sua força narrativa, teórica e crítica, mas sem deixar de encará-los como valiosos elementos plásticos e sensíveis. Dentre suas exposições recentes destacam-se a coletiva Ornamentos (2013), na Galeria A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro; a individual Paintbrush (2015), na Galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, também no Rio; a coletiva Pequenas Pinturas (2016), no espaço Auroras, em São Paulo (2016). Em 2015 foi o mais jovem artista selecionado para concorrer à quinta edição do Prêmio CNI-SESI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas e integrou a mostra coletiva por ocasião da premiação no MAC-USP. Em 2011, publicou o livro Sobre o Vago: Indefinições na Produção Artística Contemporânea e, em 2013, Palácio. Possui obras em diversas coleções particulares, destacando-se a Coleção Diógenes Paixão (Rio de Janeiro). Recentemente, uma série de seus desenhos passou a integrar a coleção do Museu de Arte do Rio (MAR). Alvaro é, ainda, editor da The Melting Painter Magazine TM, uma revista digital independente. Seu tema é exclusivamente a pintura, tendo a cada edição diversos pintores brasileiros como colaboradores.

 

 

 

Elvis Almeida

 

Nascido no Rio de Janeiro, Elvis Almeida é graduado em gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudou, ainda, serigrafia na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e História da Arte na Rede Maré (Rio de Janeiro, RJ). Recebeu bolsa da Incubadora Furnas Sociocultural para Talentos Artísticos (2007), o Prêmio Categoria Grafite do 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (2008) e bolsa Interações Florestais da Terra UNA (2011). Realizou sua primeira individual na Galeria Amarelonegro (Rio de Janeiro, RJ), em 2010 e participou de mostras em São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e EUA. Indicado ao Prêmio Pipa 2016.

 

 

Ema M

 

Portuguesa, Ema M é o pseudônimo artístico de Margarida Penetra Prieto. A artista é doutoranda em Artes Plásticas e promove exposições individuais e coletivas em Portugal desde 1999. Tem participado como ilustradora em publicações e livros dedicados, principalmente, a crianças. EMA M está representada em coleções particulares e institucionais, em Portugal, Espanha e França. No Brasil a artista já participou de exposições no Centro Cultural Oi Futuro (RJ), no Museu do Trabalho (RS) e na galeria Amarelonegro (RJ).

 

 

 

Hugo Houayek

 

Doutorando na Linha de Linguagens Visuais no programa de pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em pintura, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, pintura, arte e história da arte. Possui experiência com curadoria e produção de exposições, edição e publicação de livros. Atua também como professor em cursos de artes visuais. Expõe regularmente desde 2002, além de possuir 2 livros publicados.

 

 

 

James Kudo 

 

Graduou-se em design gráfico pela Faculdade de Belas Artes em 1989. Morou em Nova York, de 1992 a 1994, onde estudou pintura abstrata na Art Student League, orientado pelo professor Bruce Dorfman. Trabalhou como pattern designer no escritório de arquitetura Diamond & Baratta. O artista a “topofilia” como tema principal de seu trabalho e busca lembranças da cidade natal, Pereira Barreto, que foi coberta parcialmente por água decorrente da construção de uma usina hidrelétrica. Kudo tem obras expostas no Museu de Arte Contemporanea (MAC) de São Paulo, na Pinacoteca do Estado de SP, no Miura Museum Matsuyama e outros. Entre as exposições individuais, destacam-se Topofilia, na Galeria Zipper e Telurica, na Galeria Laura Marsiaj. Entre as coletivas, destacam-se:Expeditionen in ästhetik und nachhaltigkeit, no Memorial America Latina, em São Paulo; Espelho Refletido, no Centro de Artes Helio Oiticica, no Rio de Janeiro; Entre Hemisferios, na Gunter Braunsberg Galerie, em Nuremberg, Alemanha e Today, no Museu Miura, em Matsuyama, no Japão.

 

 

Pedro Varela 

 

Graduado em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2005, foi bolsista do programa de iniciação cientifica pelo CNPq com a pesquisa: “A Pintura dos anos 80 no Brasil e seus desdobramentos”, orientado pela professora Angela Ancora da Luz e co-orientado pelos professores Júlio Sekiguichi e Lourdes Barreto. Entre 2001 e 2006 participou de cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, entre eles Arte e Filosofia, Pintura II e Arte Hoje. Participou também dos 33º, 35º, 36º e 37º Festivais de inverno da UFMG. Seus trabalhos podem ser encontrados em coleções do MAR (Museu de Arte do Rio), do Museu de Arte Moderna (MAM), também no Rio de Janeiro; na Coleção Gilberto Chateaubriand, em Montblanc, no Mexico; no SESC Brasil e na Sprint Nextel Art Collection.

 

 

 

P Jota

 

Vencedor do PIPA Online 2014, Paulo Nimer “PJota” vive e trabalha em São Paulo. Seus trabalhos carregam uma seleção de imagens, cores, símbolos e suportes que dialogam com princípios socioculturais emergentes, vasculhando entre paredes estreitas pelas relações entre cultura e sobrevivência e como isso se aplica na estética e na vida destes locais. Entre suas mais recentes exposições coletivas, destacam-se Synthesis between contradictory ideas and the plurality of the object as image II, em Maureen Paley (Londres); Synthesis between contradictory ideas and the plurality of the object as image I, na Mendes Wood DM (São Paulo); New Shamans/Novos Xamãs: Brazilian Artists, na Rubell Family Collection (Miami) e Beyond the cartoon, em Artuner (Nova Iorque).

 

 

 

Rafael Alonso 

 

Objetos, instalações e pinturas compõem o universo produtivo de Rafael Alonso. O artista é formado e mestre pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde foi professor entre 2009 e 2010. Entre as exposições mais recentes, destacam-se as individuais Torto e Panorama, ambas no Rio de Janeiro, e Calça de Ginástica, em Curitiba. O artista também já participou de inúmeras coletivas, como Atlas Abstrato, no Centro Cultural São Paulo, Alster Kunst Salon, em Hamburgo, e Cariocas, na Maison Folie Wazemmes.

 

 

 

Rui Macedo 

 

Nascido em Portugal, Rui Macedo já foi contemplado com bolsas de apoio de instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian e a Promoción del Arte. Entre as exposições individuais, destacam-se: La totalidad imposible (Espanha), Memorabilia (Portugal) e In situ – carta de intenções (MAC de Niterói).  Em 2017, o trabalho do artista estará presente em exposições no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e na Fundação Millenium BCP (Portugal). No Brasil o artista já participou de exposições no Museu da República (RJ), no Museu Nacional do Complexo Cultural da República (DF), no MAC Niteroi (RJ), na galeria Amarelonegro (RJ) e ainda tem participação confirmada em uma exposição agendada para 2017, no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul.

 

 

 

Vânia Mignone 

 

Nascida em Campinas, Vânia Mignone é formada em Artes Plásticas pela UNICAMP e em Publicidade pela  PUC Campinas. A partir da década de 1990, envolveu-se com pintura e desenho, duas vertentes que se conjugam em sua obra desde então. O eixo central de sua pintura é a narrativa, que se constrói a partir de figuras, palavras e objetos equilibrados sem hierarquias no plano da tela. A artista faz uso despojado de um repertório de personagens, artefatos e artifícios mundanos. Já teve seus trabalhos expostos na Casa Triângulo (São Paulo), na Galeria Mercedes Viegas (Rio de Janeiro) e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.

 

 

 

Willian Santos 

 

Graduado Bacharel em Artes Visuais com Ênfase em Computação Gráfica pela Universidade Tuiuti do Paraná. Envolve em suas obras a história da arte como matéria prima para analogias com o raciocínio de realidade ampliada abordada pela tecnologia. Com afinco na investigação, na manufatura e no desenvolvimento destes e outros conceitos em torno da pintura, a história se refaz aspirando suas relações de “presentidade”, onde o real, os símbolos e os ícones nos são indagados por suas energias capciosas. Num processo de cordialidade, o artista está intencionado a desenvolver experiências que fomentam um público desperto. Destaca-se, entre as suas últimas atividades, a premiação no 19º Edital de Incentivo à Produção Chico Lisboa no MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em 2016. Em 2015, as exposições coletivas LIMIAR, na Sim Galeria; Aí estão elas que se diz já foram e nunca faltam, na Galeria Casa Imagem, em Curitiba; e 40º SARP – Salão de Arte de Ribeirão Preto, no MARP.

 

 

 

Zalinda Cartaxo 

 

Como artista, o trabalho de Zalinda Cartaxo está voltado para a reflexão das possibilidades da pintura. A partir do conceito de pintura, a artista pensa a mesma como conceito. Os doutorados que realizou, ambos em artes, viabilizaram o exercício da conciliação entre o pensamento e a prática. É doutora em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Artes pela Universidade de São Paulo (USP). Também realizou pós-doutorado na Faculdade de Belas-Artes do Porto (FBA), em Portugal. É professora adjunta na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-RIO), onde faz parte do corpo docente do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC) como professora colaboradora.  Também é autora, tendo publicado o livro Pintura em Distensão.

 

 

De 18 de março a 14 de maio.

Legendas: Rui Macedo

Vânia Mignone

Marcelo Lange na Verve Galeria

10/mar

A Verve Galeria, Jardim Paulista, São Paulo, SP, abrirá, em 16 de marco, “Substantivo Abstrato”, exposição individual de Marcelo Lange com curadoria de Ian Duarte Lucas. O termo “substantivo abstrato” é aquele quedesigna seres que dependem de outros para se manifestar ou existir e, nesse caso, os trabalhos estão diretamente relacionados com as interferências humanas, transformando a matéria básica a partir dessa ação, contemplando o efeito proposto pelo artista.

 

O conceito diretor da mostra tem como pilar principal uma definição em que a “arte não é 100% pura”; seu resultado final é o de todas as intervenções externas provocadas pelo artista e outros elementos por ele selecionados. Como define Ian Duarte Lucas, “o artista plástico explora técnicas e processos não convencionais na produção de suas obras. Trabalhando no campo da abstração, a série inédita de pinturas em que comunica a expressão do mundo interior e as inúmeras interferências do ser humano e da arte no contexto contemporâneo. ”

 

A abstração para Marcelo Lange já se destaca durante seu processo de pintura. Não há limitação em tonalidades ou combinações pictóricas; elas nascem conforme as sensações e sentimentos do artista, gerando uma ampla combinação de cores. O artista pouco se utiliza do pincel, preferindo jogar tinta na tela e espalha-la com a mão, criando assim uma maior proximidade e intimidade táctil com as obras.

 

A expressão dos significados trocados para a melhor forma como são observados é o mote dessa exposição, que abarca toda a história decorrente das transformações que vem ocorrendo no mundo. O próprio artista declara que busca ampliar a diversidade de materiais e técnicas utilizadas para ir ao encontro da poética escolhida.

 

 

Sobre o artista 

 

Natural de São Paulo, Marcelo Lange é bacharelado em economia e psicologia e atua no mercado financeiro desde 1991. Iniciou sua carreira artística com algumas pinturas no ano de 2003 e fotografa desde 2015, mas só entrou de fato no circuito das artes em maio de 2016, com sua primeira exposição individual na Galeria Lordello e Gobbi, sob a curadoria de Deyse Peccinini. Depois, em dezembro do mesmo ano, participou da exposição coletiva na Art Lab Gallery, com curadoria de Marcia Goldstein. Agora, exibe seus trabalhos pela primeira vez na Verve Galeria, com a mostra individual, Substantivo Abstrato.

 

 

De 16 de março a 16 de abril.

Gaudi no MAM Rio

O MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ,inaugura no próximo dia 16 de março a exposição “Gaudí: Barcelona, 1900”, que reúne maquetes, algumas delas em escala monumental, e peças de design, entre objetos e mobiliário, criados pelo genial arquiteto catalão, conhecido mundialmente por seu estilo único. Completam a mostra cerca de 40 trabalhos de outros artistas e artesãos que compunham a cena avançada de Barcelona da época. Todas as peças pertencem aos acervos do Museu Nacional de Arte da Catalunha, Museu do Templo Expiatório da Sagrada Família e da Fundação Catalunya-La Pedrera, em Barcelona, que apoiaram a exposição. A idealização e realização do projeto foram do Instituto Tomie Ohtake, com coordenação geral da Chizhi – Organización Proyecto Cultural Internacional. A curadoria é de Raimon Ramis e Pepe Serra Villalba, especialistas em Gaudí.

 

 

Até 30 de abril.

Luiz Zerbini/Monotipias

Neste sábado, 11 de março, Luiz Zerbini abre nova exposição no Galpão da Fortes D’Aloia & Gabriel, Barra Funda, São Paulo, SP, dessa vez apenas com monotipias – algo inédito na carreira do artista. Os trabalhos são impressões a partir de folhas, flores, galhos e espinhos, colhidas e impressas em Inhotim. Em sua nova exposição no Galpão da Fortes D’Aloia& Gabriel, Luiz Zerbini expõe gravuras pela primeira vez em sua longa carreira. “Monotipias” é o resultado da imersão do artista nesse universo com o impressor João Sánchez. Os dois saíram do Rio de Janeiro rumo a Inhotim em um caminhão levando uma prensa. Chegando lá, foram em busca das espécies raras do Jardim Botânico que serviriam de matrizes para estas obras.

 

Em incursões passadas pela gravura, Zerbini nunca se satisfazia com os trabalhos. As gravuras lhe pareciam adaptações de suas de pinturas e essa falta de uma autonomia o incomodava. Durante o desenvolvimento do livro de artista “Minhas Impressões”, UQ! Editions, 2016, porém, sua relação com a técnica mudou. As monotipias com plantas apareceram como uma subversão da técnica, uma impressão direta em que as espécies são utilizadas como matrizes para as próprias imagens.

 

As composições privilegiam contornos e texturas de cada espécie em uma paleta reduzida de marrons, verdes e pretos. As espécies ocupam o papel – sempre do mesmo formato vertical – em movimentos distintos. A singular Costela de Adão se mostra inteira, frontal, como num retrato em close-up. Já o Ipê é desfeito em fragmentos positivos e negativos que se sobrepõem numa nuvem cinza. Outros trabalhos flertam com imagens da história da arte. A Embaúba, em corte seco e alto contraste, nos faz pensar nas flores de Andy Warhol, assim como o Jardim Japonês, que aspira a outras épocas e também a outros estados de contemplação. Se a técnica aparece como uma novidade, a flora tropical largamente conhecida de suas pinturas reaparece como a musa central. Os trabalhos revelam um tipo de simplicidade que só um longo tempo de observação proporciona. Há uma troca evidente e incessante entre o olhar do artista e essas plantas.

 

 

Sobre o artista

 

Luiz Zerbini nasceu em 1959, em São Paulo, mas vive e trabalha no Rio de Janeiro desde 1982. Entre suas exposições recentes, destacam-se as individuais: amor lugar comum, Inhotim, Brumadinho, 2013 – atual; “Pinturas”, Casa Daros, Rio de Janeiro, 2014; “Amor”, MAM, Rio de Janeiro, 2012. Sua obra está presente em diversas coleções públicas, como: Inhotim, Instituto Itaú Cultural (São Paulo), MAM Rio de Janeiro, MAM São Paulo, entre outras.

 

 

Estrelas Escolhidas*

Luiz Zerbini

 

Estou com a mesma calça há três dias. Estava andando no mato ainda há pouco, antes de entrar neste avião de volta para o Rio. Estava atrás dos destaques botânicos que me foram apresentados como estrelas. Estrelas botânicas. Agora, para mim, apenas estrelas. Pensando sobre as cores concluí que o verde é uma espécie de cinza. A mata quando cobre a terra de verde espalha uma neutralidade cromática morna, onde animais, flores e frutos pipocam cintilantes como estrelas numa noite sem lua.João e eu partimos para o Inhotim com a prensa nova no caminhão, capaz de imprimir um papel de 106 x 81 cm. Seguimos à procura das maiores e mais belas folhas do Jardim Botânico de lá. Durante uma semana trabalhamos exaustivamente felizes nas monotipias que ilustram este livro. Colhíamos as folhas e flores com a ajuda dos jardineiros de manhã bem cedo, enchíamos o carrinho e seguíamos para o almoxarifado onde instalamos a prensa. Por mim, eu passaria o mundo todo pela prensa. O João me dizia o que era possível passar e como faríamos isso. As matrizes eram folhas, frutas, cascas e espinhos. Foram impressas por nós diretamente no papel.

*Texto originalmente publicado no livro “Artenatureza: Inhotim espaço tempo”. Instituto Inhotim, 2016.

 

 

 

De 11 de março a 06 de maio.

Vera Chaves Barcellos no Paço Imperial

08/mar

Fotografias, manipulações e apropriações

 

O Centro Cultural Paço Imperial – RJ em parceria com a Fundação Vera Chaves Barcellos inaugura em 16 de março, “Fotografias, manipulações e apropriações”, exposição individual fotográfica da artista Vera Chaves Barcellos, importante nome da arte contemporânea brasileira. A seleção de trabalhos, feita pela própria artista, abrange um recorte temporal de mais de quatro décadas de sua produção criativa, ancorada na utilização estética, crítica e reflexiva da imagem fotográfica. O público poderá conferir séries sequenciais de imagens que instigam a percepção do espectador para um exercício de visualidade mais amplo, sistêmico e crítico. A exposição apresenta obras representativas dos diversos modos de utilização do emprego da cor e da imagem fotográfica – entre manipulações e apropriações – experimentados pela artista desde os anos 1970 até a atualidade. Assim, simples registros fotográficos – ora exibidos como tal, ora manipulados – imagens coletadas da mídia impressa, televisiva e da internet, geram séries que, expandidas e reconsideradas pelo pensamento visual da artista, originam e estimulam ângulos inéditos de relacionamento com a fotografia.

 

 
Vera Chaves Barcellos Fotografias, manipulações e apropriações

Por Claudia Giannetti

 

A exposição monográfica de Vera Chaves Barcellos exibe, por primeira vez no Rio de Janeiro, um amplo panorama da obra da artista gaúcha com e em fotografia. Vinte trabalhos, desde 1975, cobrem quatro décadas de criação, nos quais convivem dois tipos de produção: obras híbridas (fotografias manipuladas e imagens apropriadas de registros da mídia) e fotografias autorais. A linguagem serial, amplamente explorada, desencadeia múltiplas associações imagéticas e narrativas.

 

Seis eixos temáticos principais estabelecem diálogos temporais e nexos conceptuais e formais entre as obras. Gestos: “Do aberto e do fechado”, “O grito”, “L’ Intervallo Perduto” e “The Birds”. Expressões faciais e gesticulações comunicam emoções e estados ricos em significados, que, descontextualizados, podem transitar da eloquência para o silêncio. Heróis anônimos: “Os Nadadores”, “Menexéne” e “O Peito do Héroi”. Os desportistas, os prisioneiros e os mitos personificam condições e valores socioculturais e políticos. As intervenções nas imagens reais, apropriadas da mídia, apagam suas identidades, como também acontece com nossas histórias e memória. Despojos: “Manequins de Düsseldorf” e “Caixotes em três tempos”. Os motivos insólitos das fotografias, encontrados por acaso, vinculam a noção de despojamento com a alusão ironica à nossa cultura do consumo e da uniformização. (Des)construções: “Fata Morgana”, “Letrados” e “Casasubu”. Nas sequências fotográficas, a primeira explora superposições gradativas de suas partes e as outras documentam insólitas fachadas frontais de edificações, sendo que na última as manipulações criam simulacros inexistentes na realidade. Retratos: “Meus pés”, “Auto-retrato”, “A filha de Godiva”, “Cão veneziano” e “Retrato”. Para a construção de figuras identitárias, sejam estas as de um carro, uma pessoa ou um animal, a artista recorre a ópticas singulares. Arte sobre arte: “As you like”, “Jogo de damas” e “Zócalo”. As reflexões acerca da arte, características do seu trabalho, ironizam sobre a arbitrariedade dos critérios de valor na arte e questionam os esteticismos de certos tipos de pintura.

 

Ao entender o ato fotográfico como processo e a fotografia como um campo de possibilidades e uma linguagem a transgredir, Vera Chaves Barcellos avançou no tempo e levou à prática as noções hoje tão em voga de pós-fotografia e meta-fotografia.

 

 
De 16 de março a 21 de maio.

Leonilson: arquivo e memória vivos

A Fundação Edson Queiroz, Fortaleza, CE, apresenta, a exposição “Leonilson: arquivo e memória vivos”, no Espaço Cultural Unifor. Organizada pelo Projeto Leonilson, mantido por familiares e amigos do artista cearense, e pela Fundação Edson Queiroz, a mostra, de cerca de 120 obras de José Leonilson Bezerra Dias, conta com generosa seleção de trabalhos do artista, incluindo obras inéditas. A curadoria é de Ricardo Resende, atual curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, do Rio de Janeiro, e a produção executiva da Base7 Projetos Culturais, de São Paulo, que tem reconhecida expertise na área museológica.

 

“A exposição “Leonilson: arquivo e memória vivos” tem o diferencial de apresentar um grande número de obras inéditas e de traçar uma retrospectiva do artista, reforçando o caráter pedagógico e de formação de público para as artes das mostras realizadas na Universidade de Fortaleza. Esta exposição vai ao encontro da publicação do catálogo raisonné de Leonilson, também realizada pela Fundação Edson Queiroz, no ano em que celebraríamos 60 anos do nascimento desse grande artista cearense”, destaca o vice-reitor de Extensão da Unifor, professor Randal Pompeu.

 

Além do ineditismo de várias obras, a exposição vai inaugurar a ampliação do Espaço Cultural Unifor, que terá sua área acrescida em 539 m2, e terá ainda como atrativo especial o lançamento do catálogo raisonné de Leonilson, patrocinado pela Fundação Edson Queiroz e fruto de 24 anos de pesquisa. Editor do catálogo, Ricardo Resende informa que a publicação, de cerca de 1.000 páginas, distribuídas em três livros, reúne todas as obras de Leonilson, divididas em cerca de 3.500 registros catalográficos, constituindo-se no primeiro catálogo raisonné de artista contemporâneo do Brasil. “Por todos esses motivos, acredito que a exposição será um grande sucesso”, ressalta Ricardo Resende.

 

A exposição tem caráter retrospectivo. Segundo o curador Ricardo Resende, “a mostra não poderia deixar de trazer de forma generosa para o público os trabalhos inéditos e as ‘chaves’ para o que se considera a composição dessa obra expressa por meio dos signos que representam as emoções humanas, dos fragmentos da condição humana e dos dilemas do homem comum, traduzidos em palavras e números”.

 

Para esta exposição, a curadoria indicou obras de acervos de diversas instituições do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, como a Fundação Edson Queiroz e o Museu de Arte Contemporânea (MAC), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de Fortaleza, além de coleções de colecionadores particulares.

 

 

 

Sobre o artista

 

O pintor, desenhista e escultor José Leonilson Bezerra Dias nasceu em Fortaleza, em 1957, e faleceu em São Paulo, em 1993. Em 1961, mudou-se com a família para São Paulo e logo cedo começou a demonstrar o seu interesse pela arte. Fez cursos livres na Escola Panamericana de Arte e depois ingressou no curso de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado, deixando-o incompleto, para iniciar sua trajetória composta de muitas viagens e se tornar um dos grandes expoentes da arte brasileira contemporânea. Na década de 1980, fez parte do grupo de artistas que lidera a retomada do “prazer” da pintura, conhecido como Geração 80. Participou de diversas mostras no Brasil e no exterior, incluindo Bienais em São Paulo e Paris. Foi nos primeiros anos da década de 1990 que o artista firmou-se como um dos destaques no panorama cultural brasileiro, com uma obra singular e autobiográfica. O artista faleceu jovem, deixando cerca de 4.000 obras, além de múltiplo acervo documental. Sua produção é considerada por críticos brasileiros e internacionais de grande valor conceitual para a História da Arte no Brasil, sendo o retrato autêntico e incansável de uma geração e, que por abordar questões cruciais inerentes à subjetividade humana, se faz capaz de gerar identificação e diálogo universal.

 

 

Visitação: De 14 de março a 09 de julho.