Na Anita Schwartz Galeria

18/mai

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a partir do dia 23 de maio, e do dia 25 de maio para o público, a exposição “Lona”, com 18 pinturas inéditas, em grandes dimensões, feitas pelo artista Gustavo Speridião exclusivamente para esta sua individual que ocupará todo o espaço de arte do Baixo Gávea.

 

O artista, nascido em 1978, é um nome destacado em sua geração, e tem integrado diversas exposições no Brasil e no exterior, como “Parasophia 2015”, com curadoria de Shinji Kohmoto, em Kyoto, Japão; “Here There (Huna Hunak)”, com curadoria de Gunnar B. Kvaran, Thierry Raspail e Hans Ulrich Obrist, no Museum of Art Park, em Doha; “Imagine Brasil”, com curadoria de Gunnar B. Kvaran, Thierry Raspail e Hans Ulrich Obrist, em Lyon, França, e no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; e a individual “Geometrie. Montage. Equilibrage. Photos e Videos”, com curadoria de Jean Luc Monterosso, na Maison Européene de La Photographie, em Paris, em 2013. Ele tem trabalhos em importantes coleções, como Gilberto Chateaubriand/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niterói, e MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro.

 

O título da exposição é extraído do suporte utilizado, lona de algodão, e as pinturas estarão expostas sem chassi, presas diretamente na parede, “em uma montagem simples”, conta o artista. No grande espaço térreo da galeria, serão quatorze pinturas, com dimensões de 2mx7m cada uma, e no terraço serão quatro lonas, com formato de 5,9m x 2m a 1,80 x 1metro.

 

Esta série de lonas é um desenvolvimento do trabalho de Gustavo Speridião, que tem como foco a pintura e a política, “explorar o plano pictórico e questões políticas, utilizando tinta, carvão e colagens (palavras, abstrações e cartazes)”. O artista fez uma colagem nas lonas com material gráfico coletado entre 2007 e 2014 em vários países, como Brasil, Bolívia, Portugal, Espanha, México, França, Grécia, Rússia e Turquia : “ – São cartazes de rua, políticos, de movimentos sociais”. “Este material ilustra o início da crise econômica mundial de 2008, e seus desdobramentos políticos”, diz ele.

 

No contêiner do terraço será exibido em looping o vídeo “Movimento [Moviment]” (2007/2014), com imagens capturadas entre 2007 e 2014, em diversos países, sobre o movimento social internacional. “Apresentarei obras cujos temas refletem o processo revolucionário mundial e outras que, não se ligando à este processo pelo tema, estão profundamente tomadas e coloridas pela nova consciência que dele surgiu. Utilizo o mesmo plano para campos aparentemente distintos; abstrações panfletárias, pinturas escritas e panfletos abstratos”. Esta é a segunda individual de Gustavo Speridião na Anita Schwartz Galeria de Arte. A primeira foi em 2011.

 

 

Até 04 de julho.

Wilma Martins em livro

Sábado, 23 de maio, às 15h, no Salão Nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, a artista plástica Wilma Martins, – mineira, radicada no Rio de Janeiro -, lança os livros “Cotidiano (Caderno do desenho)”  e “Caderno de Viagem”, vencedores da segunda edição do Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais.  As publicações são parte das comemorações dos 80 anos de vida e 60 anos de sua carreira artística. Os livros serão distribuídos ao público. No dia do lançamento, haverá mesa-redonda com os críticos Frederico Morais (organizador das publicações), as psicanalistas e pesquisadoras de artes visuais Tania Rivera e Flávia Corpas, e a artista.

 

Os dois livros, de caráter fac-similar, reproduzem os cadernos de desenho que Wilma Martins manteve ao longo do tempo. Em suas gravuras, desenhos e pinturas, o universo feminino é personagem principal, por sua pesquisa de imagens do cotidiano e do interior da casa. O projeto pretende destacar a importância do desenho em seis décadas de produção plástica de Wilma Martins, e a relação desta com outras técnicas usadas pela artista, como a pintura, aquarela e a xilogravura.

 

“Cotidiano”, 144 páginas, reúne quase 70 registros de grande parte de sua produção em desenho e pintura, com um texto de apresentação do organizador e uma síntese curricular. Já “Caderno de Viagem”, 140 páginas, reúne mais de 50 desenhos de viagens pelo Brasil, pelos Estados Unidos, Europa e América Latina, acompanhados de trechos de textos de autores, como Julio Cortázar, Sylvio de Vasconcellos, François Cali, Jorge Luiz Borges e Ítalo Calvino, e uma síntese curricular. A tiragem de 1.000 exemplares – 500 de cada livro – será distribuída para centros de pesquisa, fundações, museus, bibliotecas públicas, bibliotecas de universidades com cursos de graduação e/ou pós-graduação na área de Artes Visuais, assim como artistas, críticos, curadores e pesquisadores.

 

Essas publicações e mais um livro de capa dura, abrangendo todas as técnicas da artista, com lançamento no final deste ano, são resultado da mostra “Wilma Martins: Uma Retrospectiva”, realizada no Rio de Janeiro, no Paço Imperial, de novembro de 2013 a fevereiro de 2014, onde foi eleita pelo jornal O Globo uma das dez melhores exposições de 2013 e em Belo Horizonte, na Galeria do Minas Tênis Clube, de março a junho de 2014. Com curadoria de Frederico Morais, a mostra reuniu cerca de 140 obras, de coleções particulares, como a de Gilberto Chateaubriand, e acervos públicos como do MAM Rio, entre gravuras, desenhos, pinturas, aquarelas e  ilustrações para jornais e livros infantis, de 1955 a 2008.

 

Sobre a retrospectiva, Ferreira Gullar escreveu: “(…) essa gravadora, que explorava um universo noturno e delirante, tornou-se depois a desenhista diurna, de desenho limpo e lúcido, que parece constituir o ápice de sua aventura estética. Essa fase de Wilma está entre as melhores coisas que a arte brasileira produziu nestas últimas décadas (…)”, Folha de S. Paulo, 5 de janeiro de 2014. Amigo de Wilma Martins, o escritor Silviano Santiago avaliou o desenho da artista como uma das produções mais destacadas do país, mas também uma das mais desconhecidas. “É um paradoxo”, disse Santiago.

 

 

Sobre a artista

 

Wilma Martins nasceu em Belo Horizonte, 1934, onde frequentou o Instituto de Belas Artes entre 1956 e 1959, tendo como professor Alberto da Veiga Guignard. Além da pintura, do desenho, da gravura e da ilustração, ela exerceu atividades como diagramadora no jornal Estado de Minas e nas revistas Alterosa, de Belo Horizonte, e Jóia, do Rio de Janeiro, e desenhou figurinos para o Balé Klaus Vianna e para o Teatro Universitário (ambos em Belo Horizonte). A artista fez individuais em Belo Horizonte, Ouro Preto, Salvador, Brasília, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Curitiba e Buenos Aires. Ela participou das bienais internacionais de São Paulo (1967), Ljubljana/Iugoslávia (1967), Veneza (1978), Genebra e Berlim (1969), entre outras. Seu trabalho esteve na Bienal da Bahia de 1966 e 1968, no Salão Nacional de Arte Moderna de 1961, 1968 e 1975, e no Panorama de Arte Atual Brasileira, do MAM SP (1969 e 1974).

 

Wilma Martins recebeu o Prêmio Itamaraty, na Bienal de São Paulo de 1967, o Prêmio de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Arte Moderna, em 1975, e o Prêmio Principal do Panorama de Arte Atual Brasileira em 1976, no MAM SP, e outros como ilustradora de livros infantis.

Fotografias de Daniela Dacorso

A Galeria Luhda, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, programou para o dia 22 de maio, a exposição “Auto-focus”, individual de Daniela Dacorso, com a curadoria de Marco Antonio Teobaldo, na qual a artista apresenta 12 trabalhos inéditos, que representam a sua pesquisa sobre as periferias do Rio de Janeiro, um retrato inusitado de fatos corriqueiros nos subúrbios cariocas, mas que adquirem uma ironia delicada pelo olhar da fotógrafa.

 

Conhecida por ser a primeira fotógrafa a registrar o funk carioca nos anos 90, Daniela Dacorso vem fazendo suas incursões na cena underground desde então, assim como o seu trabalho de fotojornalismo proporcionou-lhe situações mais próximas de seu objeto de estudo e interesse. O seu olhar se volta para determinados pontos nas paisagens suburbanas que passam despercebidos aos menos atentos. Arquitetura, música, dança, religiosidade, moda e arte compõem este caldeirão cultural encontrado pela artista em suas andanças. Daniela Dacoroso admite existir o que chama de “um raciocínio plástico e um sentimento artístico” que lhe interessa nestes locais, cpompletando seu pensamento : ” – É uma lógica que cria soluções alternativas que espelham uma afetividade que eu busco como voyer, nestes espaços urbanos”.

 

O curador da mostra, Marco Antonio Teobaldo, afirma: “…mesmo dentro de uma situação de fragilidade social ou pobreza, Daniela Dacorso consegue imprimir doçura e leveza em cada imagem produzida”. Assim surgiu a obra “Boia”, em que uma cabeça emerge no centro de uma boia, em um dia de Sol a pino em pleno Piscinão de Ramos, 2012. Outra obra que remete a uma poética com a assinatura de Dacorso é “Podrinho”, 2013, que retrata o momento em que o dono de uma barraca de comida de rua finaliza um “podrão” (sanduíche com todo tipo de ingredientes da junk food juntos). O nome no diminutivo é uma espécie de apelo afetivo ao formato da obra, que será apresentada no tamanho de 30 cm X 40 cm.

 

Esta é a primeira exposição individual da artista na Galeria Luhda, que “…se volta para artistas contemporâneos que proporcionam novos olhares sobre o mundo em que vivemos”, como conta a galerista Ludwig Danielia.

 

 

De 22 de maio a 20 de junho.

Rodrigo Torres na SIM galeria

O título da nova exposição do artista plástico Rodrigo Torres já sugere a experiência que as obras provocarão no público : “Trompe-l’oeil “. A mostra entra em cartaz na SIM Galeria, Batel, Curitiba, PR, e reúne  cerca de 30 obras que propõem dar início a construção de lugares fictícios através da manipulação de objetos do cotidiano; a ideia da mostra, não é narrar uma história, mas apenas sugerir uma narrativa, a criação de um possível lugar a partir de diferentes objetos.

 

Quase todas as obras da exposição foram criadas em 2015, e apenas uma delas, no ano 2014. Uma das obras se chama “Esquecidos”, onde o artista cria relações de invisibilidade ao trabalhar com giz pastel e lápis de cor sobre placas de vidro jateado.

 

“Trompe-l’oeil”  gira em torno dessa antiga técnica artística de pintura, que ao “pé da letra” significa enganar o olhar. Essa técnica cria uma ilusão óptica para apresentar formas que não existem de verdade, por meio de truques de perspectiva. Na exposição, objetos do cotidiano como vassoura, balde, extensão elétrica e até mesmo uma caixa de fósforo, que não costumam ser dignos de muita atenção, formam a base do pensamento das obras assinadas por Rodrigo Torres.

 

 

A palavra do artista

 

“Tipo esses filmes “baseado em fatos reais”, ou mesmo a ideia que temos de antigas civilizações a partir de achados arqueológicos. Por exemplo, apenas recentemente conseguimos visualizar as estátuas gregas como elas eram originalmente, ou seja, coloridas. Uma Grécia antiga repletas de estátuas branquinhas é uma ficção baseada nos fatos que conhecemos”.

 

“Entretanto, nessa exposição, não estou contando uma história, apenas sugerindo uma narrativa. Essa é a minha guia, num sentido mais espiritual talvez, que atravessa minhas exposições”.

 

“Os objetos em questão, não demandam olhares atentos. Dificilmente alguém vai se dar ao trabalho de olhar atentamente, por um minuto, para uma vassoura. Nós percebemos que ela está ali, que cumpre sua função e isso basta”.

 

“Por vezes pode não parecer, mas a minha linha de pensamento está enraizada na pintura e no desenho. Nessa exposição isso fica ainda mais claro. Me apoiei em alguns pilares da história da pintura, como as técnicas do trompe-l’oeil, natureza-morta e paisagem. Para além da técnica, vou buscar ocupar a galeria com vestígios de um lugar em construção e ao mesmo tempo passar uma sensação de abandono”.

 

 

Sobre o artista

 

Formado em pintura pela EBA-UFRJ, Rodrigo Torres trabalhou como assistente do artista plástico Luiz Zerbini entre 2006 e 2010. Participou de várias exposições, dentre elas: Volta NY, Nova Iorque, 2015; Frestas, Mostra Trienal das Artes, SESC Sorocaba, 2014; Parque das Transgressões, SIM Galeria, Curitiba, 2013 e Grana Extra, Paço das Artes, São Paulo, 2012. Recebeu o Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea em 2013 e o Prêmio Aquisitivo no 16º Salão UNAMA de Pequenos Formatos.

 

 

Sobre a SIM Galeria

 

Fundada em 2011 em Curitiba, PR, a SIM Galeria nasceu para atuar como um espaço difusor de arte contemporânea, exibindo artistas brasileiros e internacionais com investigações nos mais variados suportes:  pintura, fotografia, escultura e vídeo. Ao longo dos últimos três anos, a SIM foi palco de uma série de mostras individuais e coletivas organizadas por curadores convidados, como Agnaldo Farias, Jacopo Crivelli, Denise Gadelha, Marcelo Campos, Fernando Cocchiarale e Felipe Scovino. A galeria também é responsável pela assinatura de catálogos e outras publicações. A SIM ainda trabalha em conjunto com instituições brasileiras e estrangeiras com o intuito de promover exposições e projetos de artistas nacionais e internacionais.

 

 

 

Até 06 de junho.

Vânia Barbosa na Sergio Gonçalves Galeria

14/mai

No sábado, dia 16 de maio, acontece a abertura da exposição individual “LAVA”, de Vânia Barbosa, a partir das 14h, na Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Serão expostos objetos, pinturas e fotografias. Em sua mostra, a artista plástica reúne ideias sobre o significado e a interseção entre fogo e terra.

 

Inicialmente, a ideia da artista foi explorar os quatro elementos, mas, ao trabalhá-los, foi fisgada pelo fogo e pela terra. “Comecei a perceber e buscar a interseção entre esses dois elementos. O fogo, em seu abrangente significado que aquece, que ilumina mas que também destrói.  Que arde e crepita sobre a vela revelando a fé. Quando falo em fé, não quero entrar em nenhuma crença religiosa, mas penso, no sentido amplo do acreditar. Crer em algo.”, comenta Vânia.

 

Da mesma forma, a terra é mãe que acolhe e dá segurança. “Terra é a LAVA que resfria e forma o chão no qual pisamos, mas como falar da terra sem pensar em seu abate? A terra é abatida como são abatidos os animais. Vemos a terra sendo explorada, arrancada, queimada, deslocada, arranhada por mãos de ferro. A terra, esta matéria primordial da qual é retirado o minério, o ferro. Separação seca, onde só é visado o capital. O homem esquece que existe uma relação de simbiose entre ele e o universo. Esquece também das consequências deste estrago e é aí que podemos perceber a descrença. Mais uma vez a interseção fica clara: desacredito no homem quando vejo a terra abatida. A fé falha. E dói…”, completa a artista. Os elementos fogo e terra, entrelaçam no ciclo da criação e destruição, fé e descrença.

 

 

De 16 de maio a 30 de junho.

Marcia Barrozo do Amaral no CIGA

A Art Rio apresenta pelo segundo ano consecutivo o CIGA – Circuito Integrado das Galerias de Arte, nos dias 22 e 23 de maio. Mais de 20 galerias, espalhadas por seis bairros, abrem suas portas com uma programação especial de exposições, com objetivo de aproximar cada vez mais o público das artes visuais. A Galeria Marcia Barrozo do Amaral, Copacabana, que representa nomes importantes no cenário das artes como Frans Krajcberg e Ascânio MMM vai apresentar trabalhos do artista Luiz Philippe, da série “Malas Prontas”, na qual utiliza azulejos antigos.

 

 

Carlos Bevilacqua na Fortes Vilaça

Em sua nova exposição na Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP, Carlos Bevilacqua apresenta três novos trabalhos que refletem sobre o exercício do fazer artístico, do conhecimento e da memória. As esculturas em madeira e aço possuem uma escala maior, inédita em sua trajetória, e revelam um imbricado sistema de relações simbólicas.

 

Carlos Bevilacqua articula aspectos elementares da escultura através de sínteses onde tensão, equilíbrio e espacialidade tornam-se questões latentes. Sua pesquisa, porém, não é puramente formalista; trata-se de uma plataforma para discutir temas fora do espectro racional, indo em direção ao existencialismo e à metafísica. Nesse sentido, o título da mostra, “Let it Go”, torna-se uma declaração de leveza, ao passo que indica o caminho da percepção poética.

O trabalho central, “O Inexorável Caminho do Saber”, é composto por três peças de madeira sobre rodas, cada qual com um arco de aço carbono sobre si, que o artista denomina de “veículos de transcendência”. Eles são alinhados sobre um rastro de papéis em branco, dispostos aleatoriamente no chão. O artista esboça aí relações entre a escrita e a memória, partindo das considerações que Freud descreveu no artigo “Uma nota sobre o bloco mágico” (1924).

 

Na parede ao fundo da galeria, a obra “Geometria Muda” lida com formas geométricas rudimentares – ponto, linha, circunferência e triângulo. Bevilacqua ordena esses elementos no espaço vazio fazendo com que, apesar de estática, a obra possa sugerir movimento. Trata-se de um estado permanente de porvir, uma tensão enigmática sobre a matéria inerte da escultura.

 

Em “Ponte do Isolamento”, uma complexa estrutura de madeira e aço configura uma ponte sem fim que, por não ligar um lugar a outro, conecta apenas a si mesma. Duas vigas são suspensas entre duas colunas, tensionadas no meio por uma peça de madeira e aço; essa armação é repetida transversalmente em duas outras pontes de menor escala que, por sua vez, se ligam por uma outra em redução. Ao mesmo tempo que sugere um eterno recomeço, o trabalho atua como metáfora da solidão.

 

 

Sobre o artista

 

Carlos Bevilacqua nasceu no Rio de Janeiro em 1965, cidade onde vive e trabalha. Dentre suas exposições individuais, destacam-se as mostras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2000, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1992. Suas mostras coletivas incluem participações em: “Desejo da forma”, Akademie der Künste ,Berlim, Alemanha, 2010; “Um Mundo Sem Molduras”, MAC-USP, São Paulo, 2009. Sua obra está presente em importantes coleções, como: Instituto Inhotim, Brumadinho, MG; MAM Rio de Janeiro, MAC-USP, São Paulo, entre outras. Um catálogo da exposição será lançado neste ano com texto da curadora holandesa Carolyn Drake.

 

 
De 21 de maio a 20 de junho.

Obras de Giovani Caramello

Foram mais de 60 dias dedicados somente à criação e execução de três novas peças hiper-realistas – cada uma  demora, em média, 300 horas para ser finalizada. Após este hiato de novidades e reclusão criativa, a expectativa de público e formadores de opinião poderá ser sanada com a apresentação das novas texturas, cores e sentimentos expressados nas criações de Giovani Caramello durante sua participação na edição Cidade Jardim, São Paulo, SP, da PARTE Feira de Arte Contemporânea deste ano.

 

O artista, que já foi comparado ao ícone Ron Mueck, tem apenas 24 anos e já coleciona alguns admiradores e muitos curiosos em relação ao seu trabalho em todo o país e no exterior, e está tendo a oportunidade de participar de um evento desse porte. Para Giovani Caramello a satisfação ao ampliar o alcance de suas esculturas está entre os principais sentimentos prévios à feira, que vai acontecer entre os dias 11 e 14 de junho, no Shopping Cidade Jardim. “Essa vai ser uma experiência positiva para a minha carreira, pois mais pessoas terão acesso ao meu trabalho. Acho gratificante essa oportunidade”, comenta.

 

O convite para participação na PARTE foi feito por Thomaz Pacheco, galerista da OMA | Galeria, espaço que representa o artista. “No começo desse ano tivemos uma grande procura pelo nome dele e suas peças. Nada mais justo que no début da galeria, esta também é a nossa primeira vez na feira, seja feito com a presença de artistas que nos ajudam diariamente a contar a nossa história e auxiliam em nosso crescimento”, diz. A OMA | Galeria, São Bernardo do Campo, SP, que completará dois anos na data de abertura do evento. “Temos nos destacado pela apresentação de jovens artistas que estão despontando de fato no cenário artístico nacional e internacional, isso endossa as escolhas da OMA e nos posiciona muito bem perante aos nossos clientes”, completa.

 

Novas obras

 

O público poderá ver pela primeira vez as esculturas “Ansiedade II” (um punho fechado, de aproximadamente 50 cm), “Rei do Ego” (uma criança com uma coroa, de aprox. 70 cm) e um busto ainda sem nome (de aprox. 25 cm). Além dessas, as peças” Ansiedade I”, também do artista Giovani Caramello (busto de um homem com marcas no corpo, de aprox. 25 cm) e mais séries novas dos demais artistas da OMA Galeria, produzidas exclusivamente para a feira, também estarão disponíveis para visitação. Além dele, o espaço da galeria contará com fotografias de Nario Barbosa, telas de Thiago Toes, RIEN e Andrey Rossi e gravuras de Daniel Melim. No total, mais 50 peças do acervo da galeria estarão disponíveis para todos os visitantes.

 

 

Até 14 de junho

Reedição de obra rara

12/mai

​Um marco da história editorial brasileira, uma edição que levou cinco anos para ser concluída, de autoria de Gilberto Ferrez e concebido por Raymundo de Castro Maya, com 200 ilustrações em preto e branco e 50 pintadas a mão. Trata-se de “A muito leal e heroica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, cujo lançamento será dia 13 de maio no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

 

O comitê Rio 450 anos lança edição fac-similar dessa obra rara, além de exposição que exibirá o making-of do livro, que foi originalmente lançado nas comemorações dos 400 anos da cidade, em 1965. Na mostra – design de montagem de Daniela Thomas e Felipe Tassar -, estarão expostas obras originais de Jean Baptiste Debret, Victor Frond, Marc Ferrez, Thomas Ender, Angelo Agostini, entre outros, além de lay-outs, bonecas e correspondências trocadas entre Gilberto Ferrez, Raymundo de Castro Maya, o editor francês Marcel Mouillot, bibliotecas e instituições culturais nacionais e internacionais durante a pesquisa desses cinco anos.

Margaret Mee e a Flor da Lua

Como levar um filme para dentro de uma galeria de arte? Esta é a premissa da exposição “Margaret Mee e a Flor da Lua – um olhar da equipe sobre as filmagens na Amazônia”, na Galeria Modernistas, Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ. A partir do diário da diretora Malu De Martino, a exposição mostra através de fotografias, croquis em aquarela, objetos e imagens, os bastidores das filmagens do documentário “Margaret Mee e a Flor da Lua” na Amazônia. O olhar da equipe que registrou a cada dia de filmagem, uma perspectiva diferente sobre a Amazônia e a ultima expedição da ilustradora botânica inglesa, Margaret Mee, para retratar a rara Flor da Lua.

 

Através das lentes de Julia Equi, diretora de fotografia, das aquarelas botânicas de Malena Barretto, consultora e ilustradora botânica do filme e do diário de filmagem de Malu De Martino, a Amazônia ganha intensidade sob novos ângulos. A exposição também conta com uma experiência sensorial através dos muitos sons que a floresta possui, fazendo o convidado mergulhar no universo no filme e vivenciar o dia a dia da filmagem.

 

Com curadoria e ambientação da designer Mariana Rodrigues, especialista em projetos sustentáveis, tudo foi criado e será montado a partir de elementos da natureza, como folhas secas e também reaproveitados, como o papelão. Um convite a todos para viver esta experiência de cinema, através da exposição do processo de realização do filme. A data da abertura da exposição foi escolhida por ser o aniversário de nascimento de Margaret Mee, quando completaria 106 anos.

 

 

 

De 22 de maio a 22 de junho.