Dois na Marsiaj Tempo

24/abr

Eduardo Kac  apresenta “Early Media Works” na Marsiaj Tempo Galeria, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Nessa exposição, o visitante poderá conferir os trabalhos inaugurais das experiências do artista em mídias da época, podendo considerar “Early Midia Works”, uma exposição que compreende um importante período histórico na carreira de Eduardo Kac. Serão apresentados 14 trabalhos em papel (desenhos feitos com máquina de escrever, xerox, prints e fax), um holograma, um painel de led, um neon, e um vídeo por telefone.

 

 

 
Trecho do texto de Bernardo Mosqueira

 
“A exposição “Early Media Works” reúne um conjunto de trabalhos de Eduardo Kac desenvolvidos entre 1980 e 1994 e reflete um momento de intensificação do interesse do artista pelas novas tecnologias, os novos meios de comunicação e a cultura que com eles emergia. Em 1982, após a famosa “Interversão” na Praia de Ipanema com ações explosivas de diversos tipos naquele que seria o clímax do Movimento de Arte Pornô, Kac foi aos poucos tendo a sensação de que aqueles trabalhos refletiam e se inscreviam em um contexto muito local, brasileiro. Depois daquele ano, entendendo que a nova cultura seria global, Eduardo foi se empenhando cada vez mais na investigação e experimentação dos meios de comunicação. Com tensão utópica semelhante à do Movimento de Arte Pornô que desejava criar um mundo mais livre, Kac passou a acreditar que o mundo poderia ser reorganizado através do uso livre das tecnologias e que isso traria uma multimidialidade fértil para as relações. Nessa exposição, as obras mais antigas apresentam ainda interesses remanescentes do Movimento de Arte Pornô e os trabalhos mais recentes investigam questões que se tornariam fundamentais para sociedade em que vivemos.”.

 

 

 

A Marsiaj Tempo Galeria abre no mesmo dia a exposição “Noir – a noite na metrópole” com FOTOGRAFIAS CINÉTICAS, clipes de vídeo, realizados entre 2012 e 2015 por Antonio Saggese. O fotógrafo vem captando situações em SP sempre com tomadas noturnas, em uma fotografia alusiva ao cinema “noir”. Tendo recebido o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia promovido pela FUNARTE em 2014 com esse trabalho, um DVD será distribuído gratuitamente na ocasião com 64 fotos cinéticas selecionadas e apresentação de Antonio Fatorelli. A exposição contará com uma projeção principal, com imagens do DVD e 4 monitores que alternarão trabalhos (que não fazem parte do DVD), em vídeos que variam entre 1 e 7 minutos. A exposição será no anexo da Galeria.

 
Antonio Saggese vem realizando exposições nos mais renomados espaços entre Rio e SP há 4 décadas. Sua personalidade inquieta o leva a experimentar sempre novas possibilidades técnicas, trazendo para a fotografia novas abordagens para temas instigantes. Seu trabalho mais recente lida com a fotografia expandida, que nas palavras do fotógrafo significa: “uma fotografia cinética, diversa da cinematografia, em que a cena, pela rarefação ou pela recorrência, resiste ao avançar. Dilatado o corte temporal operado na fotografia, referem-se os fluxos, movimentos sem culminação dramática, bem como a imobilidade dos tempos mortos.” Sem som ambiente, câmera e enquadramentos são fixos. O tempo do evento não é alterado e não há montagem, pois a cena é, quando muito, cortada em seu princípio ou fim. O registro em branco e preto acontece já na câmera, no momento da captura, não na pós-produção.  As imagens são captadas com uma discreta câmera fotográfica portátil.

 
“As fotografias cinéticas testemunham que Saggese permanece fotógrafo, nesse momento transicional de remediação da fotografia pelo vídeo e pelas tecnologias digitais. Um fotógrafo especialmente perceptivo às singularidades do regime temporal contemporâneo – às configurações do tempo complexo, simultâneo e compartilhado em rede”. (Antonio Fatorelli)

 

 

 
Sobre o artista

 
Antonio Saggese fotógrafo e arquiteto. Nascido em São Paulo em 1950 e graduado em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Mestre e Doutor em Filosofia – Estética – pela FFLCH-USP. Antônio Saggese inicia carreira como fotógrafo em 1969. Especializou-se em fotografia de móveis e design em Milão como  bolsista do governo italiano. Através da “Triennale di Milano” realiza estágios em estúdios de fotografia na área entre os quais o de Aldo e Marirosa Ballo, Gabriele Basilico e o Studio Azzurro. Assistiu a workshop do Studio Azzurro no Pallazzo Fortuny em Veneza. Trabalhou para as revistas Casa Vogue, Design & Interiores, A&D, ViverBem, Arquitetura e Construção. Sempre desenvolvendo trabalhos artísticos independentes, já expôs no MAM do Rio de Janeiro, SESC Pompéia, Pinacoteca do Estado de SP, MAM de SP, Instituto Tomie Ohtake, Galeria Tempo, entre outros espaços expositivos. Seu trabalho está presente nos acervos do Museu de Arte Moderna de SP, Museu da Imagem e do Som de SP, Museu da Fotografia em Curitiba, Coleção Pirelli/MASP, Coleção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, além de importantes coleções particulares.

 

 

 
Abertura: 25 de abril.

No Parque Lage

Na próxima terça-feira, dia 28 de abril, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, inaugura  a exposição “Encruzilhada”, com mais de cem obras de cerca de 70 artistas, em curadoria de Bernardo Mosqueira.

 

“Encruzilhada” inaugura o programa Curador Visitante, novo desenho do calendário de exposições da instituição, que convidou para este ano cinco curadores – Bernardo Mosqueira, Bernardo de Souza, Daniela Labra, Luisa Duarte e Marta Mestre – para realizarem exposições, que, em meio a nomes já reconhecidos no circuito, incluam também trabalhos de ao menos cinco estudantes da Escola.

 

Para acompanhar criticamente a produção desses estudantes, os cinco curadores ministram cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Bernardo Mosqueira acompanha  desde o início do ano as atividades da Escola, e escolheu o estudante Ulisses Carrilho como seu assistente na curadoria, mais sete artistas estudantes da instituição.

 

A exposição abrange trabalhos de nomes consagrados e de artistas que integrarão a Bienal de Veneza em maio como André Komatsu e Berna Reale.

 

A relação completa dos artistas presentes na exposição é: Afonso Tostes + Aderbal Ashogun, Agência Transitiva, Alexandre Mazza, Ana Linnemann, Ana Mazzei, André Komatsu, André Parente, Anna Bella Geiger, Anna Costa e Silva, Antonio Dias, Armando Queiroz, Berna Reale, Beto Shwafaty, Cao Guimarães + Rivane Neueschwander, Caroline Valansi, Carla Zaccagnini, Carlos Vergara, Chico Fernandez, Cildo Meireles, Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado, Cláudia Andujar, Daniel Steegmann Mangrané, Dias&Riedweg, Domingos Guimaraens, Eduardo Kac, Elisa Castro, Fyodor Pavlov-Andreevich, Grupo UM, Guga Ferraz, Gustavo Ferro, Íris Helena, Ivan Grilo, Jac Leirner, Joana Traub Csekö, Jorge Soledar, José Patrício, Laura Lima, Leandro Nerefuh, Lenora de Barros, Lucas Parente, Luiz Braga, Marcos Chaves, Maria Laet, Martha Araújo, Mauro Restiffe, Maya Dikstein, Milton Marques, Montez Magno, Nazareno Rodrigues, Odaraya Mello, Opavivará!, Paula Sampaio, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Pedro Victor Brandão, Rafael RG, Rafael França (1957-1991), Raquel Versieux, Rebola, Regina Parra, Renata Lucas, Rodrigo Braga, Tiago Maladodi, Tiago Mata Machado, Tiago Rivaldo, Vivian Caccuri, Wesley Duke Lee e Waltercio Caldas.

 

 

Até 02 de junho.

Sarau na LUME

Organizado por Mariana Portela, a Galeria Lume, Jardim Europa, São Paulo, SP, em continuidade a seu calendário 2015 de atividades paralelas, convida para o “Sarau na Lume”. O evento propõe a reunião de artistas e apreciadores de arte para ouvirem e exporem suas poesias, músicas e performances.

 

“Assim se manifesta esse lugar de completude, de coragem, de alegrias. Uma galeria aberta para a comunhão de todas as artes.”, comenta a organizadora.

 

Nesta edição, o psicólogo ocupacional Paulo Vieira, especialista em mitologia, apresenta a palestra “O Saber dos Mitos; O Saber da Gente”, na qual estabelece um panorama de como podemos compreender e modificar nossas existências, a partir do conhecimento mitológico. A coordenação é de Paulo Kassab Jr., Felipe Hegg e Victoria Zuffo.

 

Sobre o palestrante e a organizadora

Paulo Ferreira Vieira

 

Graduado em psicologia pela Universidade de São Paulo – USP, em 1972. Especialista em Psicologia Social pela PUC São Paulo, em 1976. Professor associado da Fundação Dom Cabral das áreas de Organizações e Comportamento Organizacional. Atuou no MBA Empresarial, na Rede Paex, no STC – Skills, Tools & Competence, realizado em parceria com a Kellogg School of Management, EUA, e nos Programas Customizados da FDC. Sócio-diretor da Paulo Vieira Consultoria em Recursos Humanos S/C Ltda. Conferencista e palestrante no Brasil e exterior, com foco em Gestão de Pessoas. Especialista em Dinâmica Interpessoal e Liderança. Consultor e professor, com mais de 30 anos de experiência, nas áreas de Gestão de Pessoas, Cultura, Gestão de Mudança, Gestão de Cultura, Valores, Liderança do Futuro, Liderança Transformadora, Desenvolvimento de Equipes, Desenvolvimento do Estilo Coaching de Administrar.

 

 

Mariana Portela

 

É psicóloga e escritora. Nascida em São Paulo, capital, cresceu rodeada de livros e páginas amarelecidas. Sempre soube que a literatura dominava suas mãos e seus olhares pelo mundo. Organiza o “Sarau da Lume”, como espectadora de novos autores e compositores. Traz a esperança poética de tocar alguma alma através da leitura e da união das artes

 

 

Data: 25 de abril de 2015, sábado, a partir das 16h. – Preço: R$ 10,00.

Mury com Roberto Alban

Sem folha não tem Orixá!  Esse dito iorubá que sintetiza um dos princípios do candomblé, serviu de base para a exposição – de caráter inédito – que o fotógrafo e artista plástico Alexandre Mury apresenta em sua exposição individual em Salvador na Roberto Alban Galeria de Arte, Ondina, Salvador, BA.

 

A mostra, intitulada “O Catador na Floresta de Signos”, é resultado de uma incursão artística e filosófica sobre o universo afro brasileiro a partir de uma pesquisa empreendida por Alexandre Mury, durante dois meses, na capital baiana.

 

O trabalho de Alexandre Mury resultou na composição de 12 orixás, uma leitura livre baseada na simbologia das folhas associada à figura humana.  Em sua pesquisa em território baiano, o fotógrafo investigou o tema religioso a partir do contato próximo com as pessoas que vivem o candomblé no seu cotidiano, levando para sua vida essa influência.

 

Alexandre Mury ressalta nessa mostra a importância da vivência em terras baianas para o resultado final de seus trabalhos. E este resultado, decorreu de sua atenta observação sobre a apropriação dos signos e significados do candomblé pelos baianos. O artista confessa que procurou em seu trabalho a busca da ancestralidade no que ela tem de mais essencial e é nesse ponto que entra, como fio condutor, da exposição o elemento natureza, particularmente, as folhas.

 

 

 A palavra do artista

 

Eu tinha uma ideia na cabeça, mas quando cheguei a Salvador tudo mudou. Mudou na construção e no próprio sentido da obra que eu imaginava fazer.

 

Aqui, mesmo quem não é do candomblé acaba incorporando alguma coisa do candomblé no seu dia a dia.

 

 

 De 08 de maio a 06 de junho.

Julio Mariani, estreia

22/abr

As imagens que compõem a exposição de estreia de Julio Mariani (Porto Alegre, 1941), no Museu do Trabalho, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, correspondem a uma pequena parte daquilo que ele vem produzindo de forma constante e sistematizada ao longo dos últimos 15 anos, desde sua aposentadoria como jornalista. São desenhos em pequenos e médios formatos, sempre sobre papel, recorrendo a diferentes meios: aquarela, lápis de cor, tinta acrílica, nanquim colorido.

 
A singularidade dessa produção diz respeito tanto ao apuro técnico e ao gosto pela experimentação nos materiais quanto à surpreendente poética que ali se orquestra. Os desenhos, de forma livre e algo despretensiosa, contrastam a delicadeza de recursos e linguagens com uma nota perversa e desconcertante, que recicla figuras do imaginário coletivo e da cultura pop.

 

 
De 06 de maio a 21 de junho.

Andréa Facchini lança catálogo

17/abr

No próximo sábado, dia 18 de abril, às 16h30, a artista plástica , Andréa Facchini, vai lançar seu catálogo no Centro de Artes UFF, em Icaraí, Niterói. Haverá um bate papo com a curadora Marisa Flórido Cesar. O lançamento será às vésperas do encerramento da exposição “Alguma coisa atravessa pelos poros”. A mostra apresenta trabalhos inéditos, telas figurativas em acrílica de grandes a pequenas dimensões, desenhos e uma escultura. Os interessados poderão conferir a exposição individual até domingo, dia 19 de abril, também no Centro de Artes UFF, na Rua Miguel de Frias, 9, em Icaraí. A artista é representada pela Sergio Gonçalves Galeria, do Rio de Janeiro.

No SESC Santo André

O Sesc Santo André, SP, exibe “A Experiência da Arte”, com curadoria de Evandro Salles e nove obras, independentes entre si, dos artistas Cildo Meireles, Eduardo Coimbra, Eleonora Fabião, Ernesto Neto, Waltercio Caldas, Wlademir Dias-Pino e Vik Muniz. Entre esculturas, fotografias, instalações, obras sonoras, performances e poemas visuais, a mostra propõe uma imersão plena no universo poético da arte, ao apresentar peças com diferentes abordagens e estratégias de relação com o público: algumas de total interatividade, outras reflexivas ou inteiramente contemplativas.

 

Concebida no formato de grandes instalações, expostas em aproximadamente 1.700m2 de área interna e externa, “A Experiência da Arte” proporciona ao público a vivência da arte como um acontecimento especial, essencialmente poético, de natureza individual e intransferível. O projeto curatorial repensa o papel da mediação entre obra e espectador, no intuito de incentivar a criação de sistemas próprios de vivência e usufruto da arte. Neste sentido, são evitadas legendas, informações biográficas, discursos comparativos, informações históricas, abordagens sociológicas, antropológicas e demais informações que, segundo Evandro Salles, funcionam como “impedimentos que atravessam e obstruem o caráter essencialmente poético do objeto de arte”.

 

Entre os trabalhos expostos, Cildo Meireles apresenta “RIO OIR” e “Malhas da Liberdade – versão nº 4″. O primeiro, uma obra sonora criada pelo artista em 2012 e que acabou se transformando em longa-metragem, CD e instalação. A obra reúne o som gravado nos principais rios da enorme rede fluvial brasileira, do Amazonas ao São Francisco. “RIO OIR – Ouvir o Rio” convida o público a pensar a água como elemento fundamental da vida no planeta. Por sua vez, “Malhas da Liberdade – versão nº 4″ representa uma estrutura de plástico, feita de maneira que as peças podem se encaixar umas às outras indefinidamente, gerando uma variedade incontável de formas e configurações. Apesar da estrutura criar grades que limitam e, de alguma maneira, cerceiam o fluxo, seu desenho permite um inesperado espaço de ultrapassagem, de liberdade de articulação, onde o público interfere e opera um subversivo encontro de saídas e alternativas de caminho.

 

Eduardo Coimbra exibe “Escultura V”, um conjunto escultórico-arquitetônico composto por módulos em estrutura de ferro pintado, com formato de cubos em três tamanhos distintos. Essas peças, de forte inclinação construtivista, são empilhadas criando uma enorme estrutura, que pode ser escalada, ocupada e utilizada pelos visitantes de infinitas maneiras.

 

Por sua vez, a artista Eleonora Fabião traz um conjunto de trabalhos que denominou “Ações Andeenses”, sendo a obra central a performance “Converso Sobre Qualquer Assunto”, na qual se disponibiliza para conversar sobre qualquer coisa, com qualquer pessoa que reaja ao convite da artista. Esta ação ocorrerá uma vez por mês, durante os seis meses de duração da mostra.

 

“Riogiboia” é o título da obra de Ernesto Neto, também concebida especialmente para a exposição. Grande escultura penetrável, de forte impacto visual, tem o formato de uma cobra-labirinto com 122 metros de extensão, podendo ser percorrida em seu interior. Seu piso é feito de madeira, com incrustações de pedra que formam desenhos de signos indígenas tradicionais. Em torno dessa estrutura, grandes painéis são cobertos por fotografias da selva amazônica, justapostas à selva de edifícios que São Paulo configura. Entre esses dois blocos de imagens, as nuvens definem um fluxo do mais precioso líquido: a água. A oposição Urbe-Floresta se apresenta como fonte de reflexão sobre os mitos culturais brasileiros, a necessidade de sua preservação e, ao mesmo tempo, sua projeção no universo urbano.

 

Waltercio Caldas expõe as obras “Camuflagem” e “Inflamáveis”. A primeira, um corredor feito por espelhos, onde algumas poucas palavras problematizam a passagem do público pela estrutura, fazendo com que o olhar do visitante torne-se o objeto central da própria obra. Inflamáveis trata de linguagem e suas codificações. Um carrinho de bombeiro, colocado provocativamente dentro de uma grande vitrine, não possui sua cor característica – o vermelho –, cor esta que “escorrega” literalmente para a parede localizada em frente à vitrine. Significado e significante se descolam um do outro, fazendo com que o carrinho, totalmente branco, revele-se de forma imprevista e inusitada ao olhar do público.

 

Wlademir Dias-Pino, um dos fundadores dos movimentos de poesia construtivista no Brasil e do Poema Processo, apresenta uma nova versão de seu clássico livro “A Ave”. O poeta, hoje aos 88 anos de idade, propõe uma instalação na qual o público, usando o mesmo universo de palavras do poema e seu sistema de leitura, pode produzir novas articulações da obra em uma enorme superfície, coberta com tinta magnética. Assim, os vocábulos e linhas do poema, impressos em forma de imãs, podem ser manipulados em infindáveis possibilidades.

 

Vik Muniz apresenta quatro grandes trabalhos fotográficos em metacrilato, e oferece ao público o seu “Estúdio Vik Muniz”. Neste espaço interativo, seu método de trabalho e de criação fotográfica é disponibilizado, para que qualquer pessoa produza suas próprias imagens, as quais são impressas e também postas em exposição.

 

A mostra, que não tem nenhum roteiro de visitação pré-fixado ou trajetória pré-estabelecida, tem entretanto como seu espaço introdutório a “Sala de Encontro”, usada tanto para receber o público em seus primeiros momentos na área expositiva como para prepará-lo para percorrer um dos trajetos possíveis da mostra. Esta sala funciona como uma espécie de “passagem” entre o mundo cotidiano e o mundo da arte, onde o visitante se preparar para percorrer um universo de natureza mais sensível e complexa.

 

“A Experiência da Arte” não tem um tema central, nem busca a uniformidade de leitura entre estilos e técnicas artísticas. Elimina ao máximo todo tipo de mediação, em prol da livre absorção da poética do objeto de arte. Nas palavras do curador, “Uma exposição de arte é um lugar para ver e experimentar objetos totalmente diferentes daqueles do mundo cotidiano. Eles funcionam para o pensamento, para o olhar e para o coração.”.

 

 

De 21 de abril a 25 de outubro.

Santander : Artes Visuais I e II

16/abr

Santander  : Artes Visuais I

 

O Santander Cultural, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, apresenta o “RS Contemporâneo: CORPO SANTO”, através dos trabalhos de Felipe Caldas. A obra de Felipe Caldas expõe com determinação nos traços e forte intencionalidade um cruzamento tão comum ao brasileiro: elementos de diferentes religiões atendendo à mesma crença. Na exposição “CORPO SANTO”, Felipe alia com delicadeza técnica e vivências pessoais e entrega trabalhos carregados de signos comuns ao mesmo e a distintos públicos. Com curadoria do carioca Raphael Fonseca, o artista exibe no Santander Cultural pinturas, desenhos e uma escultura em bambu e papel.

 

 
Até 26 de abril.

 

 

 

Santander  : Artes Visuais II

 

 
Outra exposição do projeto “RS Contemporâneo” no Santander Cultural é “ o vento dissipa lembranças de uma realidade anterior”, de Leonardo Remor e curadoria de Bernardo Mosqueira. De Getúlio Vargas, no interior do Rio Grande do Sul, Leonardo Remor traz projeções de vídeo e um trailer caseiro em trabalhos que têm a intenção de comprovar os efeitos da passagem do tempo. Com transmissões ao vivo de pontos externos do Santander Cultural em diferentes escalas de tempo, a exposição “o vento dissipa as lembranças de uma realidade anterior”  faz com que o visitante ‘assista’ os efeitos da sua própria evolução temporal. As palavras do curador da mostra, o carioca Bernardo Mosqueira, são precisas: “são as pessoas e seus comportamentos aqui dentro que podem gerar interesse”.

 

 
Até 26 de abril.

Op-Art em São Paulo

15/abr

O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, apresenta, até 01 de junho, a exposição “Op-Art – Ilusões do Olhar”, um vasto panorama da optical art, ou arte ótica, e sua influência no Design, Arquitetura, Mobiliário, Moda, Cinema e Publicidade. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra foi idealizada pela Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha, e tem patrocínio da Allergan do Brasil e Acuvue.

 
“Op-Art – Ilusões do Olhar” é a primeira mostra abrangente, realizada no Brasil, sobre esse movimento, surgido no final da década de 1950. A exposição conta com mais de 200 itens, que estarão divididos em três módulos temáticos: 1. Design gráfico, mobiliário e objetos; 2. Obras de arte; e 3. Moda, cinema e publicidade. A lista de artistas participantes inclui alguns dos mais importantes e expressivos representantes do movimento no Brasil e no exterior, dos concretistas aos contemporâneos, mostrando como, na era digital, a Op-Art voltou a ser uma referência. Estarão em exposição, por exemplo, trabalhos dos designers Alexandre Wollner, Almir Mavignier e Antonio Maluf; dos estilistas: Alceu Penna, Versace, Gareth Pugh, Martha Medeiros e Sandro Barrros; além dos artistas plásticos Abraham Palatnik, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Luiz Sacillotto, Angelo Venosa, Hilal Sami Hilal, Julio Le Parc, Victor Vasarely e Carlos Cruz-Diez.

 
Com expografia de Guilherme Isnard, que utilizará efeitos de luz e profundidade para acentuar as características da mostra, OP-Art terá um espaço interno para a Fundação Oftalmológica Rubem Cunha que realizará, durante o período expositivo, a medição da acuidade visual a estudantes atendidos pelo Educativo MCB. “O desconhecimento de problemas visuais é um dos principais elementos responsáveis pela evasão escolar no Brasil”, afirma o Dr. Marcelo Cunha, da Fundação Rubem Cunha. “Dessa forma, a exposição Op-Art – Ilusões do Olhar cria um evento único, associando design, arte e moda a uma causa social”, conclui o médico.

 

 
Conteúdos da exposição por módulos:

 
1: Op-art no Design gráfico, mobiliário e objetos

 
Cartazes originais de Rubem Ludolf, Alexandre Wollner e Antonio Maluf; design gráfico da Tricot-lã, década de 1960, Adolpho Leirner;  cerca de 50 objetos entre pratos, canecas, xícaras, luminárias, mouse-pads, skates, almofadas e relógios de parede de designers brasileiros e estrangeiros; mobiliário de Zanine Caldas, Abraham Palatnik e Julien Pecquart;  exemplos de arquitetura Op-Art no Brasil e no mundo, em projeções; projeto original de Raymundo Colares para pintura em prédio no Rio de Janeiro.

 
2 : Arte

 
Cerca de 30 trabalhos, entre pinturas, esculturas e objetos de artistas brasileiros, pinturas de Lygia Clark, Hélio Oiticica, Aluísio Carvão, Luiz Sacillotto, Mauricio Nogueira Lima, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Geraldo de Barros, Lothar Charoux, Ivan Serpa, Ubi Bava, Hilal Sami Hilal, entre outros; esculturas e objetos de Abraham Palatnik, Mary Vieira, Raymundo Colares, Paulo Roberto Leal, Angelo Venosa, entre outros. Artistas estrangeiros: Julio Le Parc, Victor Vasarely, Carlos Cruz-Diez, entre outros.

 
3: Moda, Cinema e Publicidade

 
Vestido de noite de Alceu Penna e Hercules Barsotti, 1960; vestidos criados especialmente para a mostra pelos estilistas Sandro Barros e Martha Medeiros; roupas vintage como capa de chuva em vinil, vestidos curtos, blusa Versace; projeção com fotos de roupas de época e dos desfiles de Givenchy (2010),Louis Vuitton (2013), Mark Jacobs (2013), Gareth Pugh (2014), entre outros; acessórios vintage e contemporâneos: bolsas, óculos, sapatos, lenços etc.; publicidade: Pond’s, Ferrari, Avon, entre outras, apresentados em vídeo;  cinema: “The Responsive Eye”, de Brian de Palma e “Anémic Cinema”, de Marcel Duchamp.

 

 
Sobre a OP-Art

 
A Op-Art surgiu no final da década de 1950, e despontou internacionalmente a partir da exposição “The Responsive Eye”, organizada pelo MoMA, de Nova York, em 1965. Descendente de movimentos como o Suprematismo, Construtivismo e Concretismo, seus trabalhos têm como principais características a repetição de formas simples, o uso do preto e branco, os contrastes de cores vibrantes e as luzes e sombras acentuadas. A ambiguidade entre primeiro plano e fundo gera ilusões de movimento e profundidade. As obras da Op-Art criam um espaço tridimensional, que não existe, mas parece tornar-se real. Tais efeitos despertaram uma nova relação com a obra de arte, exigindo do público uma verdadeira participação.

 

 
Sobre a curadoria

 
Denise Mattar é uma das mais conhecidas e premiadas curadoras do Brasil. Em instituições trabalhou no Museu da Casa Brasileira, SP (1985-1987), MAM-SP (1987-1989) e MAM-RJ (1990-1997). Como curadora independente realizou de 1997 a 2014 mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Premio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Frans Krajcberg, Mary Vieira, Maria Tomaselli, Aluísio Carvão, Abelardo Zaluar, Raymundo Colares, Hildebrando de Castro, Norberto Nicola, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard. E as mostras temáticas (2004/14): “Traço, Humor e Cia”, “O Olhar Modernista de JK”, “O Preço da Sedução”, “O’ Brasil”, “Homo Ludens”, “Nippon”, “Brasília- Síntese das Artes”, “Tékhne” e “Memórias Reveladas”( prêmio ABCA), “Pierre Cardin”, “Mário de Andrade – Cartas do Modernismo”, “Projeto Sombras”, “No Balanço da Rede” e “Duplo Olhar”.

 

 
Sobre a Fundação Dr. Rubem Cunha

 
A Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo prevenir e tratar doenças oculares da população de baixa renda. Em 2007, foi reconhecida como entidade filantrópica OSCIP, faz parte da associação GIFE e do Instituto Azzi. Os recursos levantados pela Fundação, por meio de eventos socioculturais, subsidiam os custos relacionados aos exames e consultas, proporcionando aos pacientes armações e lentes de óculos, medicamentos e tratamento cirúrgico. A Fundação trabalha com os projetos: Boa Visão, Boa Educação, voltado às crianças em idade escolar; Nosso Olhar, vinculado à APAE, e Senhor Olhar, para a terceira idade, além de projetos especiais como Olhar do Sertão, realizado recentemente no interior de Alagoas. A mostra Op-Art – Ilusões do Olhar comemora os dez anos de trabalho filantrópico prestado a crianças e idosos carentes pela entidade criada pelos Drs. Rosana e Marcelo Cunha.

 

 
Até 31 de maio.

Duas mostras no MAM-Rio

13/abr

O MAM- Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, inaugura duas duas exposições: a primeira mostra individual do consagrado artista mexicano Damián Ortega e “Ver e ser visto”, que abordará as relações entre arte, imagem e psicanálise.

 

O artista Damián Ortega, que se divide entre a Cidade do México e Berlim, apresentará no Espaço Monumental do MAM Rio a exposição “O fim da matéria”, com uma instalação inédita em que um grande cubo de isopor de cerca de 6mx6mx6m será transformado durante o período da exposição por um grupo de escultores anônimos brasileiros, que originalmente trabalham para o carnaval. Todos os dias eles irão retirar pedaços deste cubo para fazer esculturas que, juntas, funcionarão como uma espécie de inventário da história da escultura. Dentre as obras que serão feitas em isopor estão trabalhos de artistas como Alberto Giacometti, Louise Bourgeois, Jeff Koons, Henry Moore, Ernesto Neto, Rodin, entre outros. Esta é a primeira exposição individual do artista no Rio de Janeiro, que só expôs anteriormente em uma instituição no Brasil em 2007, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte,MG.

 

 

Até 14 de julho.

 

 

Ver e ser Visto

 

Já a mostra “Ver e ser Visto” tem curadoria do psicanalista Guilherme Gutman e terá obras em diferentes técnicas e suportes, como pinturas, desenhos, esculturas e instalações, de cerca de 60 artistas brasileiros e estrangeiros, como Artur Barrio, Angelo Venosa, Anna Maria Maiolino, Carlos Zílio, Djanira, Gustavo Speridião, José Damasceno, Mira Schendel, Pancetti, Vieira da Silva, Waltercio Caldas, Wesley Duke Lee, entre outros.

 

Como parte da exposição, serão realizadas performances no MAM Rio.

 

No dia da abertura, às 19h, o artista Tiago Rivaldo apresentará “Horizonte de nós dois”.

 

No dia 18 de abril, às 16h, serão realizadas mais três performances: a terceira etapa da performance “Horizonte de nós dois”, chamada “Banco de Olhos”; “(Estudo para) um corpo ideal”, de Raphael Couto, e “Veste Nu”, de Daniel Toledo, Ana Hupe.

 

 

Até 19 de julho.