Loredano no Rio

24/out

A galeria Paulo Fernandes, Centro, Rio de Janeiro, RJ, tornou-se a “sede” da história do século passado em desenhos. O espaço apresenta a exposição “Cássio Loredano – Desenhos”, mostra composta por 40 obras de Cássio Loredano ou Loredano, como é conhecido. Esta é a primeira mostra de desenhos realizada pela Galeria Paulo Fernandes que completou 30 anos e já realizou diversas exposições, entre elas as individuais de Antonio Dias, Tunga, Gerchman, Nelson Félix, Nuno Ramos, Waltércio Caldas, Anish Kapoor,  Barrio, José Resende e Cabelo. Além do Rio de Janeiro, a galeria Paulo Fernandes conta com um espaço em São Paulo, na Vila Nova Conceição.

 

A curadoria é assinada pelo crítico de arte Ronaldo Brito e a exposição abriga desenhos retratando personalidades do meio político, intelectual, esportivo, musical e literário,  criados por Loredano desde o ano de 1970 até os dias atuais, ou seja, em exibição uma verdadeira passagem de século. Após a temporada carioca, em dezembro, a mostra desloca-se para Caraíva, Bahia, e no início de 2014 ganhará exibição em São Paulo, na galeria Raquel Arnaud.

 

Com reconhecimento nacional e internacional, Loredano tem como peculiaridade o fato de não ter voltado os seus desenhos para a crônica social e política, características comuns da charge. O desenhista focou suas habilidades no retrato puro e simples de personalidades, às vezes com distorções quando a intenção é crítica, com exageros ou detalhes que servem como homenagem à personalidade retratada.

 

Entre os retratos expostos na mostra destacam-se os dos políticos Magalhães Pinto, Tancredo Neves, Lula e Dilma Rousseff, do educador Paulo Freire, dos escritores Machado de Assis, Júlio Cortázar e Mário de Andrade, dos filósofos Jean-Paul Sartre e Simone Beauvoir, do cineasta Alfred Hicthcock, além de imagens emblemáticas de Guevara, Chaplin e Kafka. Os visitantes vão poder conferir estas e outras obras nas versões originais reproduzidas em publicações como Jornal do Brasil, Opinião, Pasquim, Estadão, El País, entre outras.

 

O curador Ronaldo Brito destaca as características que fazem do artista uma figura única no meio: “O que diferencia o Loredano de outros artistas é o traço soberano, a linha muito bem pensada, cuidada e a imaginação que ele tem. E a obra dele fica melhor ainda na página de um jornal. O Loredano tirou a moldura do desenho e é aí que se encontra a modernidade da obra: ele desenhar com a página. Como desenhista de imprensa não existe igual”.

 

Segundo Paulo Fernandes, é injusto limitar a obra de Loredano à simples caricatura: “A obra do Cássio vai além. Ele é um dos maiores artistas brasileiros que conseguiu, através dos seus desenhos, ‘escrever’ muito da história do século passado. É, sem dúvida, um dos maiores desenhistas do mundo e por esta sua grandiosidade é que trazemos a mostra com um traço intelectual”, ressalta.

 

Sobre o artista

 

Cássio Loredano nasceu no Rio de Janeiro, em 1948. Iniciou sua carreira em 1965, em São Paulo. Trabalhou no jornal Diário do Grande ABC onde exerceu diversas funções. Em 1972 retorna ao Rio de Janeiro e assume o posto de ilustrador no jornal Opinião e, em 1975, colabora com o Jornal do Brasil e O Pasquim.

 

Em Lisboa publicou trabalhos no periódico O Jornal. De 1977 a 1981 ilustrou jornais alemães em Bonn, Munique e Frankfurt. Com reconhecimento internacional e entre idas e vindas ao Brasil, seus desenhos apareceram ainda em jornais da Itália, França, Suíça e Espanha.

 

Loredano colaborou ainda nos jornais O Globo, O Estado de S. Paulo e Gazeta Mercantil. Lançou o livro “Loredano Caricaturas” em 1994, prêmio de melhor livro de caricaturas pela Associação de Cartunistas do Brasil. Nos anos 2000 e 2002, Loredano recebeu o prêmio de melhor caricaturista do ano pela ACB. Ainda em 2002 publicou outro livro, “Loredano Alfabeto Literário”, prêmio de melhor livro de caricaturas concedido mais uma vez pela ACB. Colabora a revista Veja.

 

Até 13 de novembro.

Juarez Machado em BH

A Pequena Galeria do Teatro da Cidade, Centro, Belo Horizonte, MG, apresenta a exposição individual de Juarez Machado, artista visual catarinense (gravador, desenhista e pintor) radicado na França. Trata-se de uma pequena parte da produção serigráfica do artista, dez obras que retratam casais em clima festivo que evocam a atmosfera romântica e sofisticada dos loucos anos 20.

 

Dono de um traço inconfundível, Juarez Machado registra em sua vida profissional mais de sessenta anos de trabalho ininterrupto, uma carreira marcada de sucessos, com incursões de humor que marcaram época na televisão e na imprena nacional. Nos últimos vinte anos dedica-se, com mais afinco, à pintura e uma de suas séries mais celebradas aborda o cultivo do vinho na França. O artista, que é representado no Brasil, da Galeria Simões de Assis, divide seu tempo entre Paris, Rio de Janeiro e Curitiba.

 

Até 28 de outubro.

Um olhar livre

23/out

Antanas Sutkus

Pela primeira vez encontra-se em exibição 120 retratos de um dos mais importantes fotógrafos do século XX. Aos 73 anos, o lituano Antanas Sut­kus ganha retrospectiva no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, Centro, Belo Horizonte, MG. A mostra compõem-se de imagens da vida cotidiana na União Soviética (da qual a Lituânia fazia parte) dos anos 50 aos 90. Antanas Sutkus abordou com delicadeza e certa intimidade cenas comuns de sua terra. Um dos exemplos mais famosos nessa exposição é a premiada foto “Pioneiro”, que mostra um melancólico menino mas também são evidentes na produção do artista reflexos de sua biografia. Por ter sido criado pelos avós no meio rural, ele registra com ternura pessoas idosas e camponeses. Outra preciosidade, que surgiu do seu acervo de quase 1 milhão de negativos, é uma série de fotografias da visita dos filósofos Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir à Lituânia, em 1965. Essa sequência de imagens ganhou lugar de destaque no mezanino da galeria.

 

Segundo o curador Luiz Gustavo Carvalho, “o principal interesse do lituano eram as pessoas simples, a rotina e a expressão particular de cada um, além de posicionar-se contra os arbitrários do movimento realista soviético”, o crador afirma ainda que “cada imagem (de Antanas) contém uma dose de subversão tingida com a doçura do olhar deste fotógrafo excepcional. O olhar de Antanas Sutkus é o olhar de um homem livre”.

 

Em 1969, fundou a Sociedade da Arte da Fotografia, em Vilnius, na Lituânia, que reunia fotógrafos que possuíam as mesmas aspirações. Em 1976, Antanas Sutkus foi condecorado com um prêmio da Associação Internacional de Fotografia Artística, associação da qual ele até hoje é membro, e é também, desde 1996, presidente da Associação Lituana de Fotógrafos.

 

A exposição já foi apresentada em Curitiba e, depois da capital mineira, segue para Salvador e Fortaleza.

 

Até 04 de novembro.

 

Geraldo de Barros em BH

Stravinsky

O Sesc Palladium, Galeria de Arte GTO, Centro, Belo Horizonte, MG, dedica exposição a Geraldo de Barros, artista falecido em 1998. Pioneiro da fotografia experimental no Brasil, Geraldo de Barros dedicou sua vida à pintura, gravura, fotografia, design gráfico e desenho de móveis. Em exibição, 36 de seus trabalhos fotográficos mais importantes. Sua contribuição para as artes visuais brasileiras, no entanto, não está limitada apenas a esse gênero.

 

Barros integrou o grupo Ruptura, que ajudou a estabelecer as premissas da arte concreta no país. Ao lado de Anatol Wladyslaw, Leopoldo Haar, Lothar Charoux, Féjer, Waldemar Cordeiro e Luiz Sacilotto, ele inaugurou, em dezembro de 1952, a exposição “Ruptura” no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os sete pretendiam romper com a arte figurativa e o excesso de naturalismo presente em obras de artistas até então nunca questionados, como Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. A palavra de ordem dos concretistas era “racionalizar o processo criativo, utilizar o mínimo de cores e empregar recursos gráficos que tornassem a obra inteligível e livre de lirismos”.

 

A abstração geométrica é facilmente percebida nas composições de Geraldo de Barros. Com forte apelo gráfico, muitas de suas imagens apresentam linhas que se sobrepõem e áreas claras e escuras que contrastam entre si. São também marcantes em seu trabalho as experimentações feitas em laboratórios fotográficos interferindo em negativos com ranhuras.

 

Até 4 de novembro.

Impressionistas no CCBB-Rio

20/out

Manet

A mostra “Impressionismo: Paris e a Modernidade” chega ao Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, após uma temporada de sucesso de exibição em São Paulo. Pela primeira vez, 85 obras do acervo do Museu d’Orsay de Paris cruzam o Atlântico para aportar no Brasil. A exposição apresenta um panorama detalhado da pintura impressionista e pós-impressionista no período que compreende a segunda metade do século XIX e início do século XX.

 

Foi muito grande a visitação da mostra em São Paulo. Filas gigantes se formaram e o CCBB passou a abrir aos finais de semana, e de madrugada, com a “virada impressionista”. Dividida em seis módulos, a mostra reflete a história da pintura ocidental e reúne alguns dos trabalhos de Van Gogh, Monet, Degas, Cézanne, Pissaro, Lefebvre, Manet, Gauguin, Renoir, Toulouse- Lautrec, entre outros. Atraídos ou repelidos pelo magnetismo de Paris, a cidade motivou a expressão artística desses artistas, que pintaram suas paisagens, seus lugares e sua vida sob diferentes perspectivas.

 

Detentor da mais importante coleção de obras impressionistas, o Museu d’Orsay é um dos mais visitados museus do mundo. A exposição foi co-organizada pelo Museu d’Orsay e pela Fundación Mapfre para o Centro Cultural Banco do Brasil. A curadoria é de Guy Cogeval, presidente do Museu D´Orsay, Caroline Mathieu, conservadora-chefe do Museu D´Orsay e Pablo Jimenez Burillo, diretor-geral da Fundación Mapfre.

 

De 23 de outubro de 2012 até 13 de janeiro de 2013.

Três no Palácio Capanema

08/out

A galeria da Funarte, Centro, situada no mezanino do Palácio Gustavo Capanema, apresenta “Palácio”, exposição dos artistas Alvaro Seixas, Hugo Houayek e Rafael Alonso. O projeto foi contemplado com a Edição 2011 do ‘Prêmio Funarte de Arte Contemporânea – Projéteis Funarte de Artes Visuais Rio de Janeiro”. Os três artistas apresentam trabalhos que estabelecem estreito diálogo entre si e constituem uma grande instalação concebida especificamente para o espaço em questão. A monumentalidade da maioria das obras e a sua relação com a arquitetura do edifício paradigmático do modernismo brasileiro, propiciam uma potente presença teatral para os objetos expostos, que se situam estrategicamente entre categorias como a pintura, a escultura e o design. Um catálogo da exposição será posteriormente editado, contendo imagens das obras e entrevistas dos três artistas com o crítico de arte Felipe Scovino e o artista e crítico de arte Fernando Gerheim.

 

Alvaro Seixas, vive e trabalha na cidade de Niterói, expõe mais de uma dezena de telas-objetos de grande formato, pintadas à mão – grande parte delas dotadas de estruturas de ferro aparentes. Esses trabalhos, em seu conjunto e em sua relação com a arquitetura, nos remetem simultaneamente a certas formas e composições surgidas da associação entre a pintura, a geometria e o design ao longo do século XX.  As obras – que em parte se “comportam” aparentemente como objetos utilitários – do mobiliário doméstico ou ainda da sinalização urbana – fazem lembrar as formas emblemáticas do suprematismo e do construtivismo, mas também as práticas e questionamentos lançados por movimentos contemporâneos como o minimalismo e o pós-minimalismo, e o neo-geo e o neo-conceitualismo. A vaga repetição por Seixas de antigos – e recentes – modelos estéticos parece afirmar certo caráter paradoxal do fazer da “pintura” na atualidade, que se recusa a ser apenas mais uma peça em uma sequência lógica de fatos.

 

Hugo Houayek apresenta trabalhos que exploram os limites do campo pictórico. Um deles,  “Queda”, obra de grandes dimensões constituída de 100 metros de lona plástica, ocupa uma parte considerável do mezanino do Palácio Capanema. Nessa obra o artista explora as sensações táteis e visuais desse material banal – mas ao mesmo tempo profundamente enraizado em nossas atividades quotidianas. Através da sua vibração cromática e maleabilidade escultórica esse produto sintético é convertido num dispositivo expressivo de traços. Na série “Bancos”, Houayek “contamina” suas obras com o caráter utilitário dos objetos de design, produzindo peças de escultura-pintura-mobiliário. Desse modo, as obras de Houayek servem como elementos provocadores esteticamente – trata-se de objetos dotados de uma “camuflagem” que mimetiza outros objetos e outras coisas do mundo. Na exposição, esses trabalhos contaminam o espaço, são contaminados pelo espaço e se contaminam entre si.

 

Rafael Alonso, vive e trabalha no Rio de Janeiro. O artista apresenta uma massiva estrutura em forma de cubo, recoberta com largas faixas de papel adesivo multicoloridas, que a transformam num objeto opticamente ativo. Tais adesivos são do tipo conhecido popularmente como lambe-lambe, item muito utilizado como um ágil e improvisado veículo de divulgação publicitária nas grandes cidades, na maioria das vezes de modo ilegal. O grande objeto – que pode ser descrito como uma “Caaba ótica” – se afirma não apenas como um elemento formalmente ambíguo e, portanto, provocador, mas é também uma espetacular atração que se torna, a partir de certo momento, desconfortável para os olhos, tendo em vista o impacto visual obtido pela justaposição de inúmeras e estreitas linhas diagonais azuis, vermelhas e amarelas. O padrão ótico adesivado, que servirá em alguns momentos como “pano de fundo ativo” para as obras de Seixas e Houayek, é uma versão precária das formas geométricas vibrantes concebidas por movimentos históricos como o Art Déco e a Op-Art.

 

 

De 09 de outubro a 07 de novembro.

Goeldi ilustra Dostoiévski

27/set

Goeldi

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta a exposição “Goeldi e Dostoiévski”, que reúne ilustrações de Oswaldo Goeldi produzidas para quatro livros do escritor russo Fiódor Dostoiévski. Além das gravuras, a mostra exibirá livros originais e interferências tecnológicas com aplicativos criados especialmente para esta ocasião,  que podem ser baixados para celulares e tablets, com informações detalhadas sobre o escritor e o artista.

 

As 94 obras de Oswaldo Goeldi ilustraram os livros “Humilhados e ofendidos”, “Memórias do subsolo”, “O idiota” e “Recordações da casa dos mortos”, de Dostoiévski, a pedido da editora José Olympio, entre os anos de 1944 e 1953. As ilustrações são consideradas uma contribuição importante para a iconografia do escritor russo. Nelas, Goeldi soube capturar e sublinhar a essência de cada romance e, com traços sucintos, retratar o cotidiano dos personagens descritos. As obras de Dostoiévski ilustradas por Goeldi foram publicadas apenas na Rússia.

 

“Oswaldo Goeldi conseguiu expressar a relação peculiar entre suas ilustrações e o texto do autor russo. Muitos críticos já apontaram para o fato de que Dostoiévski capta a psique humana em seus momentos de crise, e é nisso que Goeldi nos proporciona com seus desenhos predominantes densos e soturnos. Seu mundo branco e preto se funde com a visão dostoievskiana do homem vivendo no submundo e no ápice da tortura”, explica a curadora Lani Goeldi.

 

A exposição contará também com uma criação cenográfica com interferências pictóricas do artista plástico muralista Jefferzion, que complementará o cenário com uma obra representativa do tempo dos czares russos. Autodidata e com 18 anos de carreira, Jefferzion constrói, em seus trabalhos de grandes dimensões, o espaço, a perspectiva e a profundidade dentro de sua pintura. O objetivo principal é iludir os olhos do espectador a fim de proporcionar sensações inusitadas como o tridimensionalismo.

 

Até 18 de novembro.

Pras: ordem e beleza

Taxi Borusse

Encontra-se em exposição na Sérgio Gonçalves Galeria, Rua do Rosário, Centro, Rio de Janeiro, RJ, uma instalação criada pelo artista francês Bernard Pras, que pela primeira vez exibe uma obra em site specific. Seis outras obras compõem a mostra. Bernard Pras é bem pouco ortodoxo, se autodenomina pintor mas em vez (ou além de) tintas, telas e pincéis, se apropria de todo tipo de objeto cotidiano para criar sua obra: instalações construídas com embalagens, brinquedos, tecidos, eletrodomésticos, talheres, parafusos e materiais que muitas vezes teriam o lixo como destino. O que, a princípio, pode parecer um caos sem sentido, adquire forma e conteúdo se for visto de um determinado ponto de vista – o mesmo da máquina com que fotografa sua obra, para que a torne eterna. É o seu “Inventário”. Normalmente as instalações são levadas para o local da mostra, entretanto, durante a confecção desse trabalho, a Sérgio Gonçalves Galeria transformou-se no ateliê do artista.

 

Pras expõe a instalação “Samba”, reprodução em 3D do quadro de mesmo nome de Di Cavalcanti, obra perdida no incêndio no apartamento do marchand Jean Boghici. “Uma homenagem à obra, ao artista e ao colecionador. Ele ficou muito tocado quando soube, ainda em Paris, da notícia do incêndio e das perdas”, conta o marchand Sérgio Gonçalves.

 

O lado curioso da mostra é que, como em todas as instalações de Pras, o artista consegue este efeito de “caos e ordem” através de recursos de ótica, como a perspectiva e a anamorfose. Na galeria, a contemplação será através de um pequeno buraco na vitrine da galeria, que estará coberta. Apenas dali, daquele pequeno ponto, a obra de Di Cavalcanti – e de Bernard Pras – toma forma e sentido.

 

Completando a mostra, no segundo andar da galeria, seis obras fotográficas (quatro inéditas no Brasil) do artista – como “Casablanca”, reproduzindo uma cena do filme com Ingrid Bergman e Humphrey Bogart; “Nuit étoilée”; reproduzindo a obra homônima de Van Gogh; e “Taxi borusse”. A Sérgio Gonçalves Galeria também está produzindo um livro do artista, a ser lançado em outubro.

 

Até 15 de novembro.

Virada impressionista

25/set

“Impressionismo: Paris e a Modernidade” é o atual cartaz do CCBB, Centro, São Paulo, SP, e foi batizada informalmente de “Virada Impressionista”. A exposição traz, pela primeira vez ao Brasil, uma seleção de 85 obras-primas do acervo do Musée d’Orsay, de Paris, e ocupa todos os espaços do CCBB.

 

A mostra, que apresenta um panorama detalhado do movimento impressionista, reflete a história da pintura ocidental no período que compreende a segunda metade do século XIX e início do século XX. A exposição foi dividida em módulos temáticos que apresentam 85 obras de Cézanne, Gauguin, Pissaro, Monet, Degas, Manet, Toulosse-Lautrec, Renoir Vallotton, Lefebvre e Vincent Van Gogh, entre outros mestres. A curadoria é de Guy Cogeval, presidente do Musée d’Orsay; Caroline Mathieu, conservadora chefe do Musée d’Orsay e de Pablo Jimenez Burillo, diretor-geral da Fundación Mapfre. A visitação já atingiu a impressionante marca de mais de 100.000  espectadores.

 

Até 07 de outubro.

Três Individuais no Paço Imperial

21/set

O Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, centro cultural do IPHAN dirigido por Lauro Cavalcanti, inaugurou exposições individuais de três consagrados artistas cariocas. No térreo, a artista Cristina Salgado apresenta a instalação “Ver para olhar”. Na sala Terreiro do Paço, Luiz Aquila ocupa o primeiro pavimento com a retrospectiva “Quase tudo: a never ending tour”, celebrando 50 anos de carreira, com 200 obras. Em todo o segundo pavimento, Roberto Magalhães expõe 174 trabalhos sobre papel de 1958 a 2012, na mostra “Quem sou, de onde vim e para onde vou”. As exposições de Luiz Aquila e de Roberto Magalhães têm curadoria de Lauro Cavalcanti.

 

Mostra de Cristina Salgado

 

“Ver para olhar” é uma instalação constituída por 28 cadeiras, bancos e poltronas, em uma fila mais ou menos organizada e, sobre cada assento, repousa uma caixa antropomórfica de madeira de dimensões variadas. Como duas linhas horizontais, um facho de luz e uma longa lança de aço atravessam as caixas “sentadas” por cerca de 20 metros e alcançam uma última poltrona que funciona como anteparo para a luz projetada, revelando a imagem que percorreu todo o caminho e venceu os obstáculos. A imagem é a de uma mulher grande de mãos dadas com a filha pequena.

 

Mostra de Luiz Aquila

 

A retrospectiva de Luiz Aquila marca meio século de carreira nas artes plásticas e seus 70 anos de idade. “Quase Tudo, a never ending tour” cobre o período de  1962 a 2012, ocupando sete salas do Paço, entre pinturas, gravuras, desenhos, colagens, ilustrações para livros e outros meios.

A exposição foi montada por afinidade entre os trabalhos: 80  desenhos de todas as décadas e de várias técnicas formarão uma linha do tempo; um conjunto de obras com predominância do preto, cor rara na produção do artista; trabalhos inéditos; pintura em processo, e obras de grandes dimensões de coleções particulares e dos museus MAM-Rio e MAC-Niterói.

 

 

Mostra de Roberto Magalhães

 

“Quem sou, de onde vim, para onde vou” é o título de um pastel de 1992, de Roberto Magalhães e assim intitula-se também esta individual que celebra os 50 anos de carreira do artista, considerando a data de sua primeira exposição, em 1962.

Ocupando quatro grandes salas, a mostra reúne 174 desenhos de todas as técnicas:– óleo, pastel, guache, aquarela, grafite, nanquim, lápis de cor e esferográfica. Os trabalhos escolhidos saíram de um conjunto de cerca de três mil obras sobre papel da coleção particular do artista, datados de 1958, ano do primeiro desenho profissional de Roberto Magalhães, a inéditos de 2012.

 

Até 25 de novembro.