Cildo Meireles na Mul.ti.plo

18/nov

Sem expor no Rio de Janeiro há cerca de uma década e em uma galeria carioca há mais de trinta anos, Cildo Meireles inaugura mostra na Mul.ti.plo Espaço Arte, no Leblon. A exposição “Múltiplos Singulares” abre dia 19 de novembro, às 19h, permanecendo em cartaz até 19 de janeiro de 2020.

 

Com curadoria de Paulo Venancio, o artista exibe objetos e gravuras de diferentes formatos e materiais, produzidos ao longo de cinco décadas. Algumas peças são inéditas e serão apresentadas ao público pela primeira vez. De importância fundamental na internacionalização da arte brasileira, Cildo é um dos mais conceituados artista brasileiro na cena contemporânea mundial, com obras no acervo da Tate Modern (Londres, Inglaterra), Centro Georges Pompidou (Paris, França), MoMA (Nova York, EUA), Museu Reina Sofía (Madri e Barcelona), entre outros.

 

Cildo Meireles realizou sua última retrospectiva no Rio de Janeiro no ano 2000, apresentada no Museu de Arte Moderna. Na atual exposição na Mul.ti.plo, sendo gestada há dois anos, o público poderá ver um conjunto importante de obras, que lidam com noções de Física, Economia e Política, temas recorrentes nas obras de Cildo Meireles. Entre as 16 peças reunidas, quatro são inéditas e estão sendo produzidas em segredo. As surpresas só serão reveladas no dia da abertura.

 

“A ideia da mostra se consolidou há dois anos, no meu ateliê, com o Paulo Venancio, a partir de um objeto criado há décadas que sintetiza a instalação-performance “Sermão da Montanha: Fiat Lux”, apresentada há exatos 40 anos, em 1979, no Centro Cultural Candido Mendes. Foi uma provocação à ditadura militar, durando apenas 24 horas. Muito pouca gente viu. Desde então, guardo essa maquete e agora, finalmente, concluí o trabalho”, explica o artista. “Eu também já tinha combinado uma exposição na Mul.ti.plo com o meu amigo Maneco Müller”. Sócio da galeria, Maneco dá uma pista de outra obra surpresa da mostra: a participação da locutora Iris Lettieri, cuja voz ecoou por décadas, anunciando as partidas e chegadas no aeroporto do Galeão, no Rio. “Um dia, Cildo me revelou um projeto, concebido nos anos 70, que só poderia ser realizado com a voz única dela. Não perdi tempo. Fui ao encontro de Iris e conseguimos realizar o desejo do Cildo, com a mesma fala impecável e inesquecível”, explica Maneco.

 

“A exposição apresentará múltiplos de Cildo Meireles, que trazem em si o pensamento das grandes instalações do artista”, explica o curador. Uma delas, por exemplo, tem ligação com “Metros”, trabalho apresentado numa emblemática exposição na Documenta, em Kassel, Alemanha, em 2002. “Os objetos e gravuras reunidos exemplificam o pensamento de grandes trabalhos de Cildo, sendo alguns pouco vistos”, diz ele. O público poderá conferir uma nova edição das notas de “Zero Dólar” (1978-1994).

 

Considerado um dos artistas mais importantes de sua geração, o premiado Cildo Meireles possui obras no acervo de uma das maiores instâncias de consagração da arte contemporânea do mundo, a Tate Gallery, onde expôs ao lado de Mark Rothko, em 2008. Obras do artista fazem parte também da Coleção Cisneros (NY e Caracas), Pérez Art Museum (Miami, EUA), Fundação Serralves (Lisboa, Portugal), Inhotim (Brumadinho, Brasil), MAC (Niterói, Brasil), etc. Com sucessivas participações na Bienal de Veneza (Itália) e na Documenta (Kassel, Alemanha), Cildo traz no currículo ainda exibições individuais no MoMA e no Metropolitan, em Nova York. Atualmente, o artista está com uma grande exposição em São Paulo, SP, no SESC Pompeia. “Para essa individual no Rio, procurei reunir o mais significativo conjunto de múltiplos do Cildo, numa espécie de retrospectiva, de forma que as duas se complementassem”, conclui Paulo Venancio.

 
Sobre o artista

 

Cildo Meireles nasceu no Rio de Janeiro, RJ, 1948. Inicia seus estudos em arte em 1963, na Fundação Cultural do Distrito Federal, em Brasília, orientado pelo ceramista e pintor peruano Barrenechea (1921). Começa a realizar desenhos inspirados em máscaras e esculturas africanas. Em 1967, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde estuda por dois meses na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Nesse período, cria a série “Espaços Virtuais: Cantos”, com 44 projetos, em que explora questões de espaço, desenvolvidas ainda nos trabalhos “Volumes Virtuais” e “Ocupações” (ambos de 1968 – 1969). É um dos fundadores da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1969, na qual leciona até 1970. O caráter político de suas obras revela-se em trabalhos como “Tiradentes – Totem-monumento ao Preso Político” (1970), “Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Coca – Cola” (1970) e “Quem Matou Herzog?” (1970). No ano seguinte, viaja para Nova York, onde trabalha na instalação “Eureka/Blindhotland”, no LP “Sal sem Carne” (gravado em 1975) e na série “Inserções em Circuitos Antropológicos”. Após seu retorno ao Brasil, em 1973, passa a criar cenários e figurinos para teatro e cinema e, em 1975, torna-se um dos diretores da revista de arte Malasartes. Desenvolve séries de trabalhos inspirados em papel moeda, como “Zero Cruzeiro” e “Zero Centavo” (ambos de 1974 – 1978) e “Zero Dólar” (1978 – 1994). Em algumas obras, explora questões acerca de unidades de medida do espaço ou do tempo, como em “Pão de Metros” (1983) ou “Fontes” (1992). Em 2000, a editora Cosac & Naify lança o livro “Cildo Meireles”, originalmente publicado, em Londres em 1999, pela Phaidon Press Limited. Participa das Bienais de Veneza, 1976; Paris, 1977; São Paulo, 1981, 1989 e 2010; Sydney, 1992; Istambul, 2003; Liverpool, 2004; Medellín, 2007; e do Mercosul, 1997 e 2007; além da Documenta de Kassel, 1992 e 2002. Tem retrospectivas de sua obra feitas no IVAM Centre del Carme, em Valência, 1995; no The New Museum of Contemporary Art, em Nova York, 1999; na Tate Modern, em Londres, 2008; e no Museum of Fine Arts de Houston, 2009. Recebe, em 2008, o Prêmio Velázquez das Artes Plásticas, concedido pelo Ministério de Cultura da Espanha. Em 2009, é lançado o longa-metragem “Cildo”, sobre sua obra, com direção de Gustavo Moura. No mesmo ano, expõe no Museu d´Art Contemporani de Barcelona, Espanha, e no MUAC – Museu Universitário de Arte Contemporáneo, na Cidade do México. Em 2011, realiza a “Ocupação Cildo Meireles”, com curadoria de Guilherme Wisnisk, no Itaú Cultural, São Paulo. Em 2013, expõe no Centro de Arte Reina Sofía, Palácio de Velásquez, com curadoria de João Fernandes, em Madri, Espanha; e também no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, Portugal. Em São Paulo, apresenta mostra no Centro Universitário Maria Antonia, com curadoria de João Bandeira. Em 2014, expõe em Milão, Itália, no HangarBicocca, com curadoria de Vicente Todolí. No Brasil, expõe na Galeria Luisa Strina, São Paulo; na Dinamarca, na Kunsthal 44 Møen. Em 2015, expõe na Galerie Lelong, Nova York, EUA. Em 2019, abre a grande exposição “Entrevendo”, no SESC Pompeia, São Paulo.

 

Sobre a curadoria

 

Paulo Venancio Filho. Curador, crítico de arte, professor titular na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do CNPq. Publicou textos sobre vários artistas brasileiros, entre eles Antonio Manuel, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Lygia Pape, Waltércio Caldas, Mira Schendel, Franz Weissmann, Iole de Freitas, Carlos Zilio, Anna Maria Maiolino, Eleonore Koch e Nuno Ramos. Foi curador das seguintes exposicões: O corpo da escultura: a obra de Iole de Freitas 1972-1997(MAM-SP, 1997/Paço Imperial, 1997), Century City: Art and Culture in the Modern Metropolis (Tate Modern, Londres, 2001), Iberê Camargo: Diante da Pintura (Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003), Soto: A construção da imaterialidade (CCBB, Rio de Janeiro, 2005/Instituto Tomie Othake, 2006/MON, Curitiba, 2006), Anna Maria Maiolino: Entre Muitos (Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2005/Miami Art Central, 2006), Fatos/Antonio Manuel (CCBB, São Paulo, 2007), Time and Place: Rio de Janeiro 1956-1964 (Moderna Museet, Estocolmo, 2008), Nova Arte Nova (CCBB, Rio de Janeiro, 2008), Hot Spots (Kunsthaus Zürich, 2009), Cruzamentos (Wexner Center for the Arts, Columbus, 2014), Possibilities of the Object: Experiments in Brazilian Modern and Contenporary Art (The Fruitmarket Gallery, Glasgow, 2015) e Piero Manzoni (MAM-SP, 2015).

Exibindo Cildo Meireles

07/nov

Exposição “Entrevendo – Cildo Meireles”, obedece a curadoria de Júlia Rebouças e Diego Matos e encontra-se em exibição na Área de Convivência, Galpão e Deck do Sesc Pompeia, São Paulo, SP. A mostra abrange obras e projetos desde o início de sua produção, nos anos 1960, até os dias atuais, em diferentes linguagens artísticas e meios de expressão.

 

Cildo Meireles é um artista incontornável para a arte contemporânea brasileira e internacional. Desde suas primeiras obras desenvolvidas em desenho, que datam de 1963, até o presente, Meireles tem engendrado uma produção tão diversa quanto rica, em que proposições conceituais e sua materialização formal se dão em complexa simplicidade. De maneira análoga, as relações entre forma e conteúdo, poesia e política, abstração e figuração engajam de maneira abrangente o público com a experiência artística. Os trabalhos desdobram-se em distintos suportes, sendo amplamente reconhecido por suas instalações, mas também fazendo-se notar por sua obra em desenho, escultura, pintura, trabalhos sonoros, performances, entre outros.

 

A exposição busca elaborar a multiplicidade de acepções da ideia de sentido na obra de Meireles: modalidade de sensações (tato, visão, olfato, paladar, audição), a faculdade de compreender, perceber; tino, senso; pontos de vista; direções, orientações de movimento; significados; alvos, fins, propósitos, o que parece englobar não apenas aspectos conceituais e teóricos concernentes à obra do artista, mas também distintos suportes e linguagens. Os jogos semânticos e as distintas camadas de percepção, sensação e entendimento são caros ao artista, que com sua produção promove imediato engajamento do público e ao mesmo tempo o envolve numa diversificada trama de possibilidades de experiência.

 

Em um espaço de mais de 3000m2, a mostra poderá ser vislumbrada na Área de Convivência, Galpão e Deck. “Entrevendo foi pensada para dialogar com essa condição democrática e generosa que vemos no Sesc Pompeia. É importante apresentar a produção de Cildo Meireles para um público grande e diverso, fazê-lo participar e se engajar com sua obra, em diferentes linguagens, suportes e temas”, diz a curadora Júlia Rebouças. Ela também conta que, durante a curadoria, guiou-se pela ideia polissêmica de sentido associada à obra de Cildo, navegando por conceitos como sensação, compreensão, sinestesia, escala, direção e propósito.

 

Por dentro da exposição

 

Um total de 150 obras, criadas por Cildo entre os anos 1960 e os dias de hoje. “Entrevendo”, a obra que nomeia a mostra, encontra-se exposta na Área de Convivência e convida o visitante a caminhar contra um ventilador de ar quente em uma instalação cilíndrica.

 

No mesmo espaço, está “Amerikkka” (1991/2013), obra inédita no país e que faz nascer uma América a partir de aproximadamente 17 mil ovos de madeira e 33 mil balas de armas de fogo.

 

Outra grande instalação é “Missão, Missões” (Como construir catedrais) (1987/2019), que será apresentada em um novo formato, circular, e pensa os processos missionários de catequização de indígenas a partir de milhares de moedas, ossos de boi, centenas de hóstias. Essas são apenas três de um total de 150 trabalhos fundamentais para compreender a arte brasileira.

Até 02 de fevereiro de 2020.

 

Grupo de Bagé na FIC

09/ago

A Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, vai homenagear o “Grupo de Bagé”. Até a abertura da mostra, serão realizadas diversas atividades gratuitas sobre a história de um dos grupos artísticos mais relevantes do país, formado por quatro jovens que tinham a necessidade de expressar seus traços e pensamentos sobre o mundo e a própria vida.

 

Neste sábado será exibido o documentário “Grupo de Bagé”, de Zeca Brito, seguido de bate-papo com o diretor e o cineasta e historiador de arte Giordano Gio. O longa-metragem destaca a trajetória e o legado dos pintores e gravadores gaúchos Carlos Scliar (1920–2001), Danúbio Gonçalves (1925–2019), Glauco Rodrigues (1929–2004) e Glênio Bianchetti (1928–2014), nomes de frente de um movimento artístico surgido nos anos 1940 que alcançou projeção nacional com trabalhos abordando temáticas realistas e de denúncia social.

 

O documentário conta com depoimentos de teóricos como Néstor García Canclini e Nicolas Bourriaud e de artistas plásticos que incluem Anico Herskovits e Cildo Meireles, entre outros, que investigam a trajetória do grupo. “Buscamos recuperar e compreender os elementos que estabeleceram as condições para que os jovens artistas alcançassem uma identidade estética própria e, cada um a sua maneira, conduzissem os ideais e as características artísticas e políticas do grupo que criaram”, destaca o diretor Zeca Brito.

 

 

Arte-veículo

05/jun

O SESC/Santos, São Paulo, SP, apresenta a exibição coletiva com 40 artistas e grupos estudados na pesquisa Arte-veículo, da curadora Ana Maria Maia. Desde a televisão, inaugurada em 1951, e a Internet, difundida no início dos anos 2000, diferentes artistas e grupos figuraram no agendamento midiático para nele experimentar e praticar “inserções em circuitos ideológicos”, como alegou Cildo Meireles em 1970. Ou disseminar “ideias vírus”, conforme Giseli Vasconcelos prescreveu já em 2006, fazendo ressoarem ao longo das décadas os termos de uma relação que se dá entre os veículos de comunicação como hospedeiros e os artistas como parasitas.

 

Para repercutir intervenções midiáticas no contexto de uma instituição cultural, a curadoria pretende misturar diferentes suportes na organização espacial da exposição, de documentos impressos e registros em vídeo a objetos e instalações. O projeto foge de uma narrativa cronológica para priorizar o entendimento de estratégias recorrentes dos artistas e grupos no decorrer desse intervalo histórico. Desse partido, surgem seus seis núcleos, denominados a partir de verbos que denotam um conjunto de ações: duvidar da verdade, perder-se, duelar, “ouviver”, hackear e ficcionalizar. A exposição propõe também um programa público de performances, conversas e laboratórios, e ainda a reinserção de trabalhos em espaços de imprensa e mídias, como jornais, revistas e programas de rádio, e mesmo redes sociais. Destaque para o Grupo Manga Rosa: Carlos Dias, Francisco Zorzette e Jorge Bassani.

 

Até 28 de julho.

Tons de brancos no Paço Imperial

18/dez

O carioca Ronaldo do Rego Macedo mostra 40 trabalhos inéditos em óleo sobre tela e sobre papel na individual, intitulada “Fissão)(Tectônica”, um segmento de sua produção dos anos 2010, que ocupa três salas do Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, sob curadoria de Sonia Salcedo Del Castillo. Ronaldo do Rego Macedo é um pintor que não faz concessões no conceito nem na feitura de seus trabalhos.

 

A pintura abstrata recente do artista, professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, é a continuidade de uma pesquisa de décadas, em que a cor constitui pura presença física. Cores vibrantes, criadas por Ronaldo são “soterradas” por camadas muito espessas de tinta a óleo de tons de branco, aplicadas com pincel, trincha, vassoura ou a mão diretamente. Nas telas grandes e pequenas, há vestígios de vermelhos, azuis e roxos implacavelmente cobertas pelos brancos, nos quais a marca das “pinceladas” se faz evidente.

 

“Estou sempre girando em torno do tema da invisibilidade, do silêncio, do vazio. Sempre há algo que nunca se revela inteiramente, fica à sombra (…). A pintura vem para a frente, ela quer nos abraçar, mas há alguma coisa que chama atenção para o que é fluido e recessivo. O título, quando aparece inscrito na pintura, (…) é, muitas vezes, é um signo vazio, que nada significa, ainda bem. E que tem sempre um apagamento, que contradiz essa presença da área pintada”, entrega Rego Macedo.

 

Sobre o apagamento a que o artista se refere, a curadora Sonia Salcedo Del Castillo descreve no texto de apresentação: (…) o vigor impresso à fatura de suas telas resulta em espaço e presença pulsantes. Há nela tal frescor que, por vezes, parece sugerir sabor à sua pintura.”

 

 
Sobre o artista

 

Ronaldo do Rego Macedo nasceu no Rio de Janeiro, em 1950. Fez sua primeira individual aos 23 anos no Rio, à qual se seguiram outras 12 em capitais brasileiras. Desde os 19 anos participa de coletivas no Brasil e em cidades como Montevidéo, Buenos Aires, Cidade do México, Toronto, Pully (Suíça), Viena e Linz (Áustria), Paris, Bruxelas, Cairo, Rabat e Tóquio. O artista esteve nas edições da Bienal Internacional de São Paulo de 1973 e de 1987, quando ganhou Sala Especial, e no Salão Nacional de Arte Moderna de 1972 e 1973. Sua pintura está nas coleções de Gilberto Chateaubriand, João Sattamini, Giovanni Bianco, Antonio Cicero, Brenda Valansi, Lauro Jardim, Marcel Telles (Ambev), e nos acervos do MAM Rio e do Museu Nacional de Belas Artes (RJ). Teve como mestre o pintor Aluisio Carvão, com quem estudou três anos no MAM Rio. Foi ainda aluno de Lygia Pape e Cildo Meireles também no MAM Rio.

 

 

Até 17 de fevereiro.

LEILÃO BENEFICENTE  MOBILIZA ARTISTAS NO PARQUE LAGE 

07/dez

Renomados artistas doam obras para tratamento de saúde de Michel Groisman, diagnosticado com doença neurodegenerativa.

Evento acontece no dia 18 de dezembro, na Escola de Artes Visuais.

 

Conhecido internacionalmente por suas performances de controle corporal, o premiado artista brasileiro Michel Groisman vem se deparando com a difícil condição de perder o controle sobre o próprio corpo. Groisman foi diagnosticado com uma doença neurodegenerativa que paulatinamente vem limitando seus movimentos. Sensibilizados com sua situação, um grupo de mais de 70 artistas vem doando obras para a realização de um leilão beneficente. O valor arrecadado custeará o tratamento de Groisman num hospital especializado, nos EUA. O leilão reúne trabalhos de Adriana Varejão, Arnaldo Antunes, Barrão, Cabelo, Cildo Meireles, Ernesto Neto, Jose Damasceno, entre outros renomados artistas. O evento acontece no dia 18 de dezembro, às 19h, no Parque Lage.

 

Ao longo dos últimos 20 anos Michel Groisman se apresentou em inúmeros centros culturais ao redor do mundo e consagrou-se por suas inusitadas performances de controle corporal com equipamentos agregados ao corpo. Nos últimos anos, no entanto, ele se vê atrelado à execução de uma performance involuntária dentro do seu próprio cotidiano, a de simplesmente tentar levantar-se, andar, mover-se. Uma no-stop performance, na qual o artista precisa de todo seu esforço e concentração para se deslocar dentro de casa e ir de um cômodo a outro. Um ensaio diário, circunscrito ao âmbito privado, do que pode vir a ser a sua última performance.

 

O leilão que custeará as despesas de seu tratamento médico acontecerá no Salão Nobre da EAV Parque Lage, escola que já abrigou tantas vezes as performances de Groisman ao longo dos anos. As obras à venda podem ser visualizadas a partir do dia 5 de dezembro e os interessados podem  dar lances iniciais diretamente no site http://michelgroisman.com/leilao.No dia do leilão, as obras estarão em exposição na galeria do subsolo, das 9h às 19h.

 

 

Artistas participantes

 

Adriana Tabalipa, Adriana Varejão, Adriano Motta, Afonso Tostes, Alexandre Vogler, Amador Perez, André Alvim, Angelo Venosa, Arnaldo Antunes, Arjan Martins, Barrão, Beatriz Berman, Bob N, Cabelo, Cadu, Carla Zaccagnnini, Carolina Ponte, Carlos Bevilacqua, Celina Portela, Cildo Meireles, Claudia Hersz, Chiara Banfi, Chelpa Ferro, Daniel Murgel, Ducha, Eduardo Berliner, Elvis Almeida Oliveira, Enrica Bernardeli, Ernesto Neto, Felipe Barbosa, Fernanda Gomes, Fernando de la Roque, Franklin Cassaro, Gê Orthof, Gisele Camargo, Guga Ferraz,Guilherme Teixeira,Gustavo Speridião, Jarbas Lopes, Joao Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Eber, Laura Lima, Lucia Koch, Lucia Laguna, Luiza Marcier, Luiza Baldan, Luiz Zerbini, Marcela Tibone, Marcius Galan, Marco Veloso, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Mariana Manhães, Martha Niklaus, Matheus Rocha Pitta, Mauro Espindola, Michel Groisman, Miguel Rio Branco, Nadam Guerra, Noni Ostrower, Opavivará/Domingos Guimarães, Paulo Vivacqua, Pedro Varela, Pedro Paulo Domingues, Raul Mourão, Ricardo Basbaum, Ricardo Ventura, Romano, Rodrigo Andrade, Stela Barbieri, Suzana Queiroga, Tatiana Grinberg, Thereza Salazar, Valeria Scornaienchi, Vicente de Mello, Vivian Cacuri.

 

 

Quem é Michel Groisman

 

Michel começou a desenvolver equipamentos corporais quando frequentava a faculdade de música, onde se formou como professor. Nessa época descobriu que podia inventar seus próprios instrumentos, e que estes não precisavam ser musicais, podiam ser instrumentos de todo tipo, desde que servissem para uma auto-investigação e para a interação com o outro. Em seu processo de criação, Michel Groismanintegra diferentes campos: artes visuais, dança, jogos, arte interativa, engenharia, relações interpessoais etc. Foi contemplado com bolsas e prêmios: Rioarte (2004), Vitae (2002) e Uniarte da Faperj (2000), Programa Rumos Artes Visuais (1999), Rumos Dança (2009) e Rumos 2018; Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014, 8o Salão da Bahia (2001) e Prêmio “O Artista Pesquisador” do MAC de Niterói (2001), entre outros. Seu trabalho vem sendo mostrado em museus e festivais ao redor do mundo: MoMA (Nova York, 2014); Worlds Together Conference, Tate Modern (Londres, 2012); Festival Temps D’Image (Paris, 2012); Lig Art Hall (Coreia do Sul, 2012); PS 122 (Nova York, 2011); 29a Bienal de São Paulo (2010); Centro de Arte Reina Sofia (Madri, 2008); Festival In Transit the Berlim Lab (Alemanha, 2001 e 2006); Don’t Call It Performance, El Museo Del Barrio (New York, 2004); “Tempo”, MOMA (Nova York, 2001); Festival de La Batiê (Geneva, 2002); II Bienal de Lima (Peru, 2000); e Encontros Acarte (Lisboa, 2000), entre outros.

 

 

PERFOMANCES DO ARTISTA

 

Em “Transferência”, que teve sua estreia na EAV, em 1999, o artista utilizava velas acopladas ao seu corpo e executava uma série de movimentos para passar o fogo de uma vela para outra. Já em “Criaturas”, Groisman e sua parceira utilizavam equipamentos conectados a eletricidade, de modo que quando encostavam um no outro faziam as lâmpadas acenderem. Junto com seu trabalho de performance, o artista também passou a criar obras de arte de engajamento coletivo, dizendo que as relações interpessoais era o que havia de mais revelador. Dentre as suas obras-jogo coletivas estão: Polvo, Máquina de Desenhar, Sirva-se, Risco etc. Uma dessas obras foi premiada pelo programa Rumos 2018, do Itaú Cultural, a Risco#32, que o artista intenta ter condições de realizar no ano que vem. Trata-se de uma máquina de grande dimensões a ser manipulada por 32 pessoas simultaneamente, com o propósito de fazerem juntas um simples desenho num papel. Seria apenas uma coincidência que, assim como o lápis da obra Risco precisa de 32 participantes para riscar um desenho sobre o papel, agora a própria salvação de Groisman dependa também de uma união e engajamento coletivo?

 

 

 

LEILÃO MICHEL GROISMAN
Dia: 18 de dezembro de 2018 (terça-feira)
Horário: 19h às 21h
Local: Salão Nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage
End.: Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro
As obras estarão em exposição na galeria do subsolo no próprio dia do leilão, das 9h às 19h.

 

SITE DO LEILÃO: http://michelgroisman.com/leilao

No Instituto Tomie Ohtake

27/set

AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar

 

“Para que pode servir uma instituição de arte em um país como o Brasil, hoje, em 2018? Embora isso não chegue diretamente ao olhar dos visitantes, essa é uma pergunta que as equipes do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, enfrentam cotidianamente, no trato com as responsabilidades intrínsecas aos trabalhos desenvolvidos. As respostas para isso são muitas e uma delas passa pela revisão contínua da história da arte dentro da história mais ampla da sociedade, acreditando que tanto uma quanto a outra podem aparecer de forma renovada quando colocadas em tensão”.

 

A partir dessa reflexão, assinalada pelo Instituto Tomie Ohtake, nasce  AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar, exposição que busca discutir os custos da retirada de direitos democráticos para o imaginário cultural do País, em resposta aos 50 anos do Ato Institucional No. 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).

 

Conforme o curador Paulo Miyada, a pesquisa tem como núcleo a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegou a ser virtualmente criminalizada pelas práticas de censura e repressão. Em alguns casos, as obras reunidas foram proibidas, destruídas ou subsistiram ocultas; em outros, sua circulação foi seriamente contida e seus modos de expressão passaram por codificações e táticas de resistência.

 

Como uma exposição-ensaio, AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar propõe um percurso que passa por diversos estágios de restrição dos direitos democráticos e destaca múltiplas atitudes de contestação, grito e reflexão. Há também espaço para textos e documentos de contextualização, além de algumas obras comissionadas de artistas mais jovens, que conheceram o período por meio da história.

 

Segundo Miyada, uma das contribuições que a arte pode oferecer mesmo durante os arcos mais sombrios da história humana é a sua capacidade de ampliar o campo do que pode ser dito e sentido frente aos limites e interdições da linguagem. “Com isso em mente, é possível considerar que esta mostra não é apenas um memorial de silenciamentos e perdas, mas também de reinvenções e resistências, com apelos que se endereçaram à sociedade de então e continuam em aberto para os cidadãos de hoje”, completa o curador.

 

 

A exposição está dividida em seis núcleos:

 

Censura no período da ditadura civil-militar frente a frente com a emergência da ideia de “opinião” na produção artística entre 1964-1968. Apresenta exemplos de engajamento crítico das vanguardas artísticas e o acirramento gradual de mecanismos de silenciamento que fizeram um arco desde casos de censura moral até ataques explícitos à liberdade de expressão e crítica.
Destaques desse núcleo:Textos de Hélio Oiticica e obras de Cybele Varela e Carlos Vergara, fotografias de Evandro Teixeira e projeto não realizado de Carmela Gross.

Criminalização da própria opinião após o AI-5 e transformação das tendências artísticas que, com o acirramento das estratégias de repressão, alcançaram seu ponto de máxima tensão entre 1968 e 1970. Discute como artistas que integraram ativamente a transformação da arte brasileira na segunda metade da década de 1960 produziram obras limítrofes, radicais e de contestação, muitas vezes de perto (ou de dentro) de episódios de prisão, exílio, tortura e coerção.

 

Destaques desse núcleo:Depoimento de Gilberto Gil, obras e depoimentos de Claudio Tozzi e Carlos ZIlio, depoimento de José Carlos Dias, obras de Antonio Henrique Amaral e Anna Bella Geiger, obras e caderno inédito de Antonio Dias.

Produção da chamada “geração de guerrilha”, que ganhou espaço na arte brasileira entre 1969 e 1970 e constantemente emulou em seus processos criativos táticas de infiltração, resistência e indistinção típicos de movimentos de guerrilha urbana. Trata-se, também, de uma produção que buscou ocupar espaços nas bordas ou fora do circuito artístico institucional, além de reagir a tentativas de censura e/ou enquadramento formal de suas proposições.

 

Destaques desse núcleo:Obras de Antonio Manuel, Artur Barrio e Cildo Meireles. Contraposições e contrastes: Carlos Pasquetti, Regina Vater e Nelson Leirner.

Arte na década de 1970 e recursos de busca de liberdade e crítica em um país autoritário. Levantamento de caminhos apesar dos interditos, que passaram pelo teor libidinoso e lúdico da produção chamada de “marginal”; pela formação de circuitos subterrâneos de distribuição, como cineclubes e redes de arte correio; e por experimentação de modelos linguísticos com alto grau de codificação e desenvolvimento conceitual.

 

Destaques desse núcleo:Obras de Wlademir Dias-Pino, Paulo Bruscky, Regina Silveira, Regina Vater e filmes de José Agrippino de Paula e Ivan Cardoso.

Críticas ao desenvolvimentismo do ideal de país promovido pela ditadura. Seleção de obras que apontam para a resistência ao otimismo nacionalista impulsionado pela retórica de ocupação da Amazônia, megalomaníaco e inconsequente com reflexões ecológicas e os direitos das populações indígenas.

 
Destaques desse núcleoObras e livros de Claudia Andujar, obra de Cildo Meireles e filme de Jorge Bodanzky.

Reflexão sobre a crise institucional que alcançou o processo de “abertura democrática”, aplicado ao caso das instituições artísticas, a exemplo de tantas outras áreas, não passaram por um processo cuidadoso e amplo de reconstrução e revisão de suas premissas com o final da ditadura na década de 1980.

 
Os assuntos em destaque são proposições provocativas para o campo artístico, todas interrompidas ou descontinuadas: a criação do Museu da Solidariedade no Chile, por Mario Pedrosa; a proposição do Museu das Origens após o incêndio do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, também por Mario Pedrosa; e o Encontro de Críticos de Arte da América Latina, organizado por Aracy Amaral com o intuito de rediscutir as premissas da Bienal de São Paulo.

 

 

Lista de artistas participantes:

 

Adriano Costa, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Benetazzo, Antonio Dias, Antonio Henrique Amaral, Antonio Manuel, Aracy Amaral, Artur Barrio, Aurélio Michiles,Augusto Boal, Aylton Escobar, Bené Fonteles, Caetano Veloso, Carlos Pasquetti, Carlos Vergara, Carlos Zilio, Carmela Gross, Chico Buarque, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Claudio Tozzi, Coletivo (Ana Prata, Bruno Dunley, Clara de Capua,  Derly Marques, Deyson Gilbert, Janina McQuoid, João GG, Leopoldo Ponce, Mauricio Ianês, Pedro França e Pontogor), Cybèle Varela, Daniel Santiago, Décio Bar, Décio Pignatari, Desdémone Bardin, Edouard Fraipont, Evandro Teixeira, Francisco Julião, Frederico Morais, Gabriel Borba, Genilson Soares e Francisco Iñarra, Gilberto Gil, Glauber Rocha, Glauco Rodrigues, Guga Carvalho, Hélio Oiticica, Ivan Cardoso, Jo Clifford, Renata Carvalho, Natalia Mallo e Gabi Gonçalves, João Sanchez, Jorge Bodanzky, José Agrippino de Paula, José Carlos Dias, José Celso Martinez Corrêa, Lula Buarque de Hollanda, Marcello Nitsche, Marcio Moreira Alves, Marisa Alvarez Lima, Mario Pedrosa, Matheus Rocha Pitta, Mauricio Fridman, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Raymundo Amado, Regina Silveira, Regina Vater, Reynaldo Jardim, Ricardo Ohtake, Roberto Schwarz, Samuel Szpigel, Sérgio Sister, Vera Chaves Barcellos, Wlademir Dias-Pino e outros.

 

 

Até 04 de novembro.

Estratégias Conceituais na Galeria Bergamin & Gomide

24/ago

12

A Galeria Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, reúne obras produzidas entre 1960 e 1980, período marcado por ditaduras militares na América Latina, e traz artistas como Hélio Oiticica, León Ferrari, Lygia Pape e Cildo Meireles. A produção artística na América Latina entre as décadas de 1960 e 1980 é tema de “Estratégias Conceituais”, em cartaz do dia 25 de agosto até 20 de outubro. A exposição apresenta obras de 42 artistas, com curadoria de Ricardo Sardenberg, e reflete um período histórico marcado por intensa repressão política em todo continente.

 

A mostra lança luz sobre um momento histórico muito semelhante ao atual, marcado pelo acirramento das disputas políticas, recrudescimento de iniciativas que incitam a censura, desmantelamento dos espaços de convívio e quebra da comunicação. Assim como ações coletivas e individuais de resistência por parte dos artistas, atuando por vezes à margem do sistema das artes visuais estabelecidas até então.

 

Entre os artistas selecionados estão nomes como Victor Grippo, León Ferrari, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Cildo Meireles, Antonio Manuel, Anna Bella Geiger, Luis Camnitzer, Clemente Padín, Anna Maria Maiolino, Antonio Caro, Beatriz Gonzalez, entre outros.

 

“Estratégias Conceituais” quer dar visibilidade à criação da arte latina durante esses anos de transformação socioeconômica. Nesse contexto, são apresentadas diversas obras que foram utilizadas numa estratégia para contestar o regime vigente, muitas vezes burlando a censura, e estimular a conscientização da realidade, criando no processo novas formas de produção, apresentação e distribuição da arte.

 

“Calcados em seus contextos locais – principalmente com a ideia de meios de produção no espaço do subdesenvolvimento -, buscavam não apenas difundir o conhecimento, mas também propor novas formas de gerar conhecimento, sem se formalizarem em um movimento específico. Foram então reconhecidos como “artistas conceituais”. Porém, amplamente conscientes das estratégias formais de “desmaterialização” e das teorias da informação e da comunicação, os aqui apresentados introduzem conteúdos como ação e estratégia de intervenção política, poética,pedagógica e comunicativa. De diversas matizes ideológicas, as estratégias conceituais daquela época se baseiam em primeira instância no contexto local(geralmente político e de confronto), depois no contexto do subdesenvolvimento na América Latina e, por fim, numa “estratégia de inserção global”, explica Sardenberg.

 

 

Artistas de “Estratégias Conceituais”

 

3NÓS3

Adolfo Bernal

Anna Bella Geiger

Anna Maria Maiolino

Antonio Caro

Antonio Dias

Antonio Manuel

Artur Barrio

Beatriz González

Carlos Zilio

Cildo Meireles

Clemente Padín

Décio Noviello

Edgardo Antonio Vigo

Eugenio Dittborn

Felipe Ehrenberg

Graciela Carnevale

Guillermo Deisler

Grupo CAYC

Hélio Oiticica

Hudinilson Jr.

Ivens Machado

Jac Leirner

Jorge Caraballo

Julio Plaza

Lenora de Barros

León Ferrari

Letícia Parente

Liliana Porter

Luis Camnitzer

Luiz Alphonsus

Lygia Pape

Marcelo Brodsky

Montez Magno

Paulo Bruscky

Regina Silveira

Regina Vater

Roberto Jacoby

Umberto Costa Barros

Victor Gerhard

Victor Grippo

Waltercio Caldas

 

 

Sobre a Bergamin & Gomide

 

Criada em 2000 em São Paulo, por Jones Bergamin, a galeria Bergamin ficava numa casa da década de 1950 do arquiteto Vilanova Artigas nos Jardins. Apresentou importantes projetos, dentre eles, uma retrospectiva de Iberê Camargo,  exposições de Mira Schendel, Lygia Pape, Tunga e Miguel Rio Branco e projetos especiais como, por exemplo, “Através” em que a curadora Lisette Lagnado trouxe a público “Tteia”, obra icônica de Lygia Pape (hoje em exposição permanente em Inhotim). Em 2013, Antonia Bergamin, filha de Jones Bergamin, assumiu a direção da galeria com Thiago Gomide. Com foco em vendas privadas de artistas brasileiros e estrangeiros do período Pós-Guerra, a Bergamin & Gomide inaugurou seu novo espaço na rua Oscar Freire, em agosto do mesmo ano. Sem uma lista fixa e com flexibilidade para trabalhar um amplo número de artistas e exposições de diferentes temas, períodos e movimentos, o  programa da galeria conta com quatro exposições por ano, entre individuais e coletivas. Além disso a Bergamin & Gomide participa de feiras nacionais e internacionais como Art Basel, TEFAF NY Spring, Art Basel Miami Beach, Semana de Arte e SP-Arte e desenvolve parcerias com importantes galerias estrangeiras.

Prêmiação artística

16/jul

O Museu Histórico Nacional, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura no próximo dia 19 de julho, três exposições, às 18h, em torno da 6a edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas. Na ocasião, será realizada a performance “Verzuimd Brasiel – Brasil Desamoparado”, com o artista Daniel Santiago. As três mostras, poderão ser vistos trabalhos de 23 artistas, de várias gerações: “Artistas premiados”, com obras de Daniel Lannes (RJ), Fernando Lindote (SC), Jaime Lauriano (SP), Pedro Motta (MG) e Rochelle Costi (SP); a exposição “Verzuimd Braziel – Brasil Desamparado”, do curador premiado Josué Mattos, com obras de outros dezessete artistas, como Anna Bella Geiger,  Cildo Meireles, André Parente, Daniel Santiago, Ivan Grilo, Lourival Cuquinha, Regina Parra e Regina Silveira; e ainda “A Intenção e o Gesto”, com obras do artista cearense Sérvulo Esmeraldo (1929-2017), um dos expoentes da arte cinética, com curadoria de Marcus Lontra. O artista é o homenageado desta edição do projeto Arte e Indústria.

Visões da terra / O mundo planejado. Coleção Luís Paulo Montenegro

15/jan

Visiones de la tierra / El mundo planeado. Colección Luís Paulo Montenegro

 

Entre 20 de fevereiro e 10 de junho de 2018, o Santander Art Room, Madrid, Espanha, acolherá a exposição “Visions of the Earth / The Planned World”, a primeira exposição que mostra as obras do colecionador brasileiro Luís Paulo Montenegro.

 

Luís Paulo Montenegro começou sua coleção em 1999, quando comprou o primeiro trabalho, “La India Carajá” de Cândido Portinari, em um leilão. Hoje, possui uma das mais importantes coleções de Arte Moderna e Contemporânea no Brasil.

 

Rodrigo Moura, ex-diretor de programas artísticos e culturais do Instituto Inhotim, será o curador desta exposição para a qual realizou uma seleção de mais de 200 peças que mostram os gostos artísticos do colecionador, que começou a se interessar pelo Modernismo Brasileiro, posteriormente pela Arte latino-americana e Arte Concreta Brasileira e internacional e, finalmente, para Arte Contemporânea.

 

A exposição mostrará uma seleção de 218 peças de diferentes disciplinas artísticas, com uma representação especial da pintura. Entre os 107 artistas selecionados, destacam-se nomes importantes da arte brasileira moderna, como Alfredo Volpi, Lygia Clark, Lygia Pape, Wifredo Lam, Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Ernesto Neto; mas também renomados artistas internacionais como Alexander Calder, Andy Warhol ou Willem de Kooning.

 

 

De 20 de fevereiro a 10 de junho.