Sob orientação de Paulo Herkenhoff

13/set

 

Localizada na sede da FGV, em Botafogo, no Rio de Janeiro, a FGV Arte será um espaço voltado à valorização e experimentação artística e a debates contemporâneos em torno da arte e da cultura, buscando incentivar o diálogo com setores mais criativos e heterogêneos da sociedade. A iniciativa pretende conectar, a partir de projetos artísticos, as escolas da FGV, tais como a Escola Brasileira de Administração Pública, Escola de Economia, Escola de Matemática Aplicada, Escola de Ciências Sociais (CPDOC) e a Escola de Comunicação, Mídia e Informação. A FGV Arte prevê ainda seminários, oficinas metodológicas e cursos práticos de formação para as artes.
A exposição inaugural foi intitulada de “A Quarta Geração Construtiva no Rio de Janeiro” pelo curador Paulo Herkenhoff e ficará em cartaz, com entrada gratuita, até novembro de 2023. Na abertura, será lançado o livro “Rio XXI Vertentes Construtivas”, também sob a concepção de Paulo Herkenhoff, que além de organizar a publicação, dirigiu o projeto editorial junto ao artista e designer gráfico Fernando Leite. O livro é o segundo volume da coleção, que se iniciou com “Rio XXI Vertentes Contemporâneas”, lançado em 2019. A relação da FGV com a arte contemporânea vem sendo resgatada desde 2012, quando passou a editar publicações sobre diversas vertentes da arte e do design, a exemplo do livro “Móvel brasileiro moderno”.
“Ainda na década de 1940, a FGV promoveu um curso pioneiro no âmbito artístico que possibilitou a formação especializada para o campo gráfico – em forte expansão à época. A FGV Arte resgata a tradição de incentivo à arte da Fundação, buscando encorajar e desenvolver ainda mais o setor cultural no Rio de Janeiro”, avaliza o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, que completa: “A importância do novo espaço se firma na promoção de diálogos multidisciplinares, algo que a Fundação tem em sua missão”.
“A FGV Arte surge em um movimento importante de revitalização do Rio de Janeiro”, diz Sidnei Gonzalez, diretor da FGV Conhecimento, um dos incentivadores do projeto: “O novo espaço abre com a intenção de apoiar a arte contemporânea brasileira e carioca. Local de produção de conhecimento, prospecção de novos artistas e promoção de diálogos, a FGV Arte se integra à cidade, ressaltando um dos seus grandes diferenciais: o setor artístico e seu engajamento criativo”.

Música e arte digital

Durante a abertura da FGV Arte, a esplanada da FGV será palco de um concerto com metais e percussão da Orquestra Sinfônica Brasileira. O repertório cria uma cronologia da música carioca, de Villa-Lobos ao funk. E, pela primeira vez, a abóbada do auditório, projetado por Oscar Niemeyer, receberá um mapping original criado pela SuperUber, a partir das inspirações conceituais e das referências da exposição em cartaz. As projeções sobre a abóboda acontecem de segunda a sexta-feira, dia 15 de setembro, das 18 às 21h.

A exposição

“A Quarta geração construtiva no Rio de Janeiro” reúne 47 artistas cariocas: de origem, por adoção ou visitantes marcados pela cidade, sem limite geracional ou de linguagem, e sob curadoria de Paulo Herkenhoff, que definiu a cidade no século XXI “com novas perspectivas no campo social de circulação da obra de arte”. Para o curador, o processo construtivo, retratado na exposição, permanece fortemente na cidade, com práticas contemporâneas em andamento. Foi a partir daí que Paulo Herkenhoff estabeleceu o conceito de “quarta geração construtiva”: “O século XXI coincide com a quarta geração construtiva, a etapa de maior abertura experimental da relação com a matemática, a topologia, o número, o acaso e improvisos, desastres e a crise do poder, num emaranhado de agendas políticas e conceituais, processos de subjetivação, a explosão do olhar da periferia e um novo ethos, a crítica institucional, a geometria sensível da América Latina, introdução de signos materiais da arte inauditos e o quase nada e o zero”.

Participam da coletiva os artistas (por ordem alfabética):

Adriana Eu, Adriana Maciel, Alexandre Vogler, Allan Weber, Alvaro Seixas, Amalia Giacomini , Andrea Brown, Antonio Bokel, Bruno Veiga, Cadu, Carolina Ponte, Daniel Murgel, Deborah Engel, Delson Uchôa, Denilson Baniwa, Francisco Proner, Guilherme Santos Silva, Guilhermina Augusti, Heleno Bernardi, Heberth Sobral, Igor Vidor, Ismael Monticelli, Jefferson Medeiros, Joana Traub Csekö, Joelington Rios, Joey Seiler, Latoog, Lucas Ururah, Luiz Baltar, Luna Bastos, Lyz Parayzo, Marcelo Catalano, Marcelo Conceição, Marcelo Macedo, Marcelo Monteiro, Marcone Moreira, Maria Mazzilo, Michel Groisman, Mulambö, Osvaldo Carvalho, Paulo Vivacqua, Pedro Vitor Brandão, Tainan Cabral, Tantão, Thiago, Ortiz, Toz e Yhuri Cruz.

O livro

Com organização e direção editorial Paulo Herkenhoff e Fernando Leite, Rio XXI Vertentes Construtivas [288 páginas] é o segundo volume bilíngue [português e inglês], da coleção Rio XXI, desenvolvida pela FGV Conhecimento. A nova publicação relaciona as gerações precursoras dos movimentos atuais e suas formas de gerar o raciocínio construtivo nas artes visuais brasileiras. Assinam textos nesta edição (na ordem em que aparecem na publicação) Leno Veras, Glória Ferreira, Paulo Herkenhoff, Sérgio Bruno Martins e Felipe Scovino; e textos adicionais por José Maria Dias da Cruz, Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho, Luiz Camillo Osorio, André Pitol, Daniela Name, Guilherme Altmayer, Priscyla Gomes, Fernanda Lopes, Fernando Cocchiarale, Jefferson Medeiros, Christiane Laclau, Aldones Nino, Nathalia Grilo, Vovó Maria Carlota, Ricardo Gomes Lima, Natalia Quinderé e Wair de Paula. A publicação estará à venda a partir do final de novembro.
Coleção de arte

Concomitante à criação da FGV Arte, a Fundação Getulio Vargas está iniciando uma coleção de arte brasileira do século XXI. As primeiras obras incorporadas são uma escultura de Ascânio MMM e um trabalho de Xadalu Tupã Jekupé, artista indígena radicado em Porto Alegre. A coleção tem orientação e coordenação curatorial de Paulo Herkenhoff.

Fundação Getulio Vargas

Instituição de caráter técnico-científico e educativo, foi criada em 20 de dezembro de 1944 como pessoa jurídica de direito privado. Tem por finalidade atuar na produção de conhecimento, com ênfase especial no campo das ciências sociais, administração, direito e economia, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.

 

Coletiva no Castelinho

27/abr

A partir do dia 12 de maio, o Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho – o Castelinho do Flamengo – Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, será ocupado por nove artistas na exposição “Coquetel”.

 

André Renaud, Bernardo Zabalaga, Isabela Sá Roriz, Jeferson Andrade, Joana Traub Csekö, Julia Csekö, Leo Ayres, Mario Grisolli e Zé Carlos Garcia apresentarão trabalhos inéditos, concebidos especialmente para a exposição e em diálogo com a arquitetura eclética que caracteriza o espaço. “Coquetel” pretende reintroduzir este centro cultural da prefeitura do Rio de Janeiro no circuito da arte contemporânea. O local, que já foi cenário de trabalhos de artistas como Marcos Chaves, Ana Miguel, Claudia Bakker e Renato Bezerra de Melo, agora se torna palco de instalações de artistas emergentes.

 

O grupo escolhido para o projeto enfatiza a variedade de mídias e estratégias usadas na arte contemporânea – objeto, escultura, fotografia, apropriações. “Coquetel” trará para o público uma amostragem da diversidade e da maleabilidade com as quais a arte de hoje trabalha, não se intimidando diante de diferentes espaços e situações, mas criando a partir de diversos contextos e suas particularidades.

 

No térreo, Zé Carlos Garcia apresenta uma de suas esculturas aladas, sendo acompanhado na sala ao lado por André Renaud, com duas pilhas de lixo que se espelham.

 

No primeiro andar, Joana Traub Csekö revela um de seus foto-objetos, criado especialmente para o local; Isabela Sá Roriz cria móveis que se desfazem em líquido; e Bernardo Zabalaga mostra o resultado de uma de suas terapias energéticas.

 

No segundo andar, Jeferson Andrade expõe uma pesquisa feita a partir de fotos pessoais de um soldado encontradas na rua; Leo Ayres constrói um viveiro de plantas caseiras; Julia Csekö exibe uma de suas esculturas da série Híbridos; e Mario Grisolli nos provoca com uma máquina construída com o motor de um espremedor de sucos.

 

Na abertura, haverá uma ação-ritual de Bernardo Zabalaga e uma leitura performática de Jeferson Andrade..

 

A exposição contará ainda com duas conversas com curadores, críticos e artistas, nos dias 9 e 30 de junho, quando serão debatidos os temas “arte e magia” e “outros circuitos”.

 

 

De 12 de maio a 12 de julho.

No Parque Lage

24/abr

Na próxima terça-feira, dia 28 de abril, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, inaugura  a exposição “Encruzilhada”, com mais de cem obras de cerca de 70 artistas, em curadoria de Bernardo Mosqueira.

 

“Encruzilhada” inaugura o programa Curador Visitante, novo desenho do calendário de exposições da instituição, que convidou para este ano cinco curadores – Bernardo Mosqueira, Bernardo de Souza, Daniela Labra, Luisa Duarte e Marta Mestre – para realizarem exposições, que, em meio a nomes já reconhecidos no circuito, incluam também trabalhos de ao menos cinco estudantes da Escola.

 

Para acompanhar criticamente a produção desses estudantes, os cinco curadores ministram cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Bernardo Mosqueira acompanha  desde o início do ano as atividades da Escola, e escolheu o estudante Ulisses Carrilho como seu assistente na curadoria, mais sete artistas estudantes da instituição.

 

A exposição abrange trabalhos de nomes consagrados e de artistas que integrarão a Bienal de Veneza em maio como André Komatsu e Berna Reale.

 

A relação completa dos artistas presentes na exposição é: Afonso Tostes + Aderbal Ashogun, Agência Transitiva, Alexandre Mazza, Ana Linnemann, Ana Mazzei, André Komatsu, André Parente, Anna Bella Geiger, Anna Costa e Silva, Antonio Dias, Armando Queiroz, Berna Reale, Beto Shwafaty, Cao Guimarães + Rivane Neueschwander, Caroline Valansi, Carla Zaccagnini, Carlos Vergara, Chico Fernandez, Cildo Meireles, Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado, Cláudia Andujar, Daniel Steegmann Mangrané, Dias&Riedweg, Domingos Guimaraens, Eduardo Kac, Elisa Castro, Fyodor Pavlov-Andreevich, Grupo UM, Guga Ferraz, Gustavo Ferro, Íris Helena, Ivan Grilo, Jac Leirner, Joana Traub Csekö, Jorge Soledar, José Patrício, Laura Lima, Leandro Nerefuh, Lenora de Barros, Lucas Parente, Luiz Braga, Marcos Chaves, Maria Laet, Martha Araújo, Mauro Restiffe, Maya Dikstein, Milton Marques, Montez Magno, Nazareno Rodrigues, Odaraya Mello, Opavivará!, Paula Sampaio, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Pedro Victor Brandão, Rafael RG, Rafael França (1957-1991), Raquel Versieux, Rebola, Regina Parra, Renata Lucas, Rodrigo Braga, Tiago Maladodi, Tiago Mata Machado, Tiago Rivaldo, Vivian Caccuri, Wesley Duke Lee e Waltercio Caldas.

 

 

Até 02 de junho.

No MAM/Rio

18/dez

O MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ,  inaugura duas exposições: “Operação Condor”, com 113 fotografias do fotógrafo português João Pina, que mostram o que foi a Operação Condor – aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul – e as ditaduras militares nos países latino-americanos nos anos 1970, e “Imagens da escuridão e da resistência, com cerca de 50 obras de artistas e ativistas brasileiros que fizeram de seus trabalhos um instrumento de luta política, tanto na época da ditadura militar quanto nos dias atuais.

 

O trabalho de João Pina foi realizado ao longo de nove anos e resultou na exposição e no livro “Condor” (Editora Tinta da China), com 246 páginas, prefácio do jornalista Jon Lee Anderson e posfácio do juiz Baltasar Garzón.

 

No dia da abertura da exposição no MAM Rio será realizado o lançamento do livro e uma mesa-redonda, às 18h, com a participação do fotógrafo João Pina, do curador do MAM Rio Luiz Camillo Osorio e do jornalista Chico Otavio.

 

Com curadoria de Diógenes Moura, a mostra apresenta fotos em preto e branco das séries “Brasileiros”, “Retratos”, “Paisagens”, “Laboratório”, “Prisões”, “Julgamentos”, “Salas de Tortura” e “Arquivos”. A exposição terá, ainda, uma instalação composta por várias imagens de antigos presos políticos paraguaios, tratadas como cartazes típicos de rua que eram usados para procurar pessoas durante as ditaduras. Por meio destas fotografias, Pina investiga e documenta as histórias de brasileiros e outros sul-americanos que foram diretamente afetados pelas ditaduras militares em geral, e, em particular, pela Operação Condor.

 

Paralelamente à exposição, será realizada a mostra “Imagens da escuridão e da resistência”, com curadoria de Luiz Camillo Osório, que selecionou obras de Antonio Manuel, Augusto Malta, Carlos Zilio, Evandro Teixeira, Hélio Oiticica, Hugo Denizart, Rosângela Rennó e Rubens Gerchman, pertencentes à coleção do MAM Rio e à coleção Gilberto Chateaubriand, em comodato com o Museu.

 

A mostra terá, ainda, a Cosmococa “CC9 Cocaoculta Renô Gone”, projeto que Hélio Oiticica enviou para Carlos Vergara em 1974, que será realizado e apresentado pela primeira vez. Completam a exposição um vídeo do coletivo Atelier de Dissidências Criativas, cartazes lambe-lambe dos artistas Joana Traub Csekö, Isabel Ferreira, Fábio Araújo e Icaro dos Santos, e fotografias do projeto Imagens do Povo, realizado pelo Observatório das Favelas, que alia a fotografia às questões sociais.

 

 

Até 22 de fevereiro de 2015.

#Vaiterobaoba no Ateliê397

25/jun

A terceira edição da festa carioca de arte “#OBAOBA” chega este mês a São Paulo, abrindo suas portas no Ateliê397, Vila Madalena, São paulo, SP, nesta sexta-feira dia 27/06 a partir das 21h. Uma das ideias da festa/exposição é ser um espaço de experimentação e improvisação. Alguns artistas levam trabalhos já prontos outros se dão no desenrolar da noite que conta com uma mostra de vídeos, intervenções no espaço expositivo e música.

 

O programa de videoarte Sessão Corredor apresenta vídeos de artistas cariocas e estrangeiros: Agência Transitiva, Ana Linnemann, Analu Cunha, Carla Guagliardi, Celina Portella, Cláudia Hersz, Gisela Milman, Julia Debasse, Martin Ogolter, Mayana Redin, Nicanor Araoz, Renato Bezerra de Mello, Tomás Pérez González são alguns dos participantes dessa edição. A sessão de vídeos começa pontualmente às 21h com o som original e se repete durante todo o evento, mas com a música da festa.

 

O som fica a cargo da dupla de DJs IOIA que traz para as pistas de dança uma mestiçagem musical fundindo compassos do tecno e da musica house, com a síncope e contratempo dos ritmos afro-latinos. A performer paulista Glamour Garcia completa o line-up com uma divertida playlist.

A ocupação do salão fica com os artistas Bob N, Bianca Bernardo, Daniel Albuquerque, Evandro Machado, Joana Traub Csekö , Maria Mattos, Leo Ayres , Leo Videla, Paloma Ariston , Simone Cupello. #OBAOBA é organizado pelo artista-etc carioca Leo Ayres.

 

 

Sessão Corredor #OBAOBA às 21h

 

VÍDEOS de Agência Transitiva, Ana Linnemann, Analu Cunha, Carla Guagliardi, Celina Portella, Cláudia Hersz, Gisela Milman, Julia Debasse, Martin Ogolter, Mayana Redin, Nicanor Araoz, Renato Bezerra de Mello e Tomás Pérez González.

 

+ INTERVENÇÕES de Bob N, Bianca Bernardo, Daniel Albuquerque, Evandro Machado, Joana Traub Csekö, Maria Mattos, Leo Ayres, Leo Videla, Paloma Ariston e Simone Cupello.