Filme sobre vida e obra de Di Cavalcanti

14/nov

 

A Danielian Galeria exibirá um documentário inédito. A projeção está marcada para o próximo dia 19 de novembro, às 15h, trata-se de “Di Cavalcanti – Entre tempos e lirismos” (2022, 25 min), de Ludwig Danielian e Marcela Akaoui, que farão um bate-papo após a projeção do filme. O evento integra o Festival de Gastronomia, Arte e Jazz do Baixo Gávea, BG Arte e Jazz.

O documentário foi feito durante a exposição “Di Cavalcanti – 125 anos”, realizada pela Danielian Galeria entre 06 de setembro e 22 de outubro, e que reuniu aproximadamente 40 obras raras do grande artista, com destaque para duas obras-primas recentemente descobertas em Paris – as pinturas em óleo sobre tela “Carnaval” (década de 1920) e “Bahia” (1935) – vistas em público pela última vez em 1936, na galeria francesa Rive Gauche, durante o exílio do artista na França.

“Di Cavalcanti – Entre tempos e lirismos” aborda vida e obra de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) e seu legado para a arte brasileira, com depoimentos de Denise Mattar, curadora da exposição e pesquisadora da obra do artista desde os anos 1990; Elizabeth Di Cavalcanti, filha do artista e pesquisadora; Jones Bergamin, marchand; Marcus de Lontra Costa, diretor artístico da Danielian Galeria, e Miguel Afa, artista visual e muralista.

Estratégias Conceituais na Galeria Bergamin & Gomide

24/ago

12

A Galeria Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, reúne obras produzidas entre 1960 e 1980, período marcado por ditaduras militares na América Latina, e traz artistas como Hélio Oiticica, León Ferrari, Lygia Pape e Cildo Meireles. A produção artística na América Latina entre as décadas de 1960 e 1980 é tema de “Estratégias Conceituais”, em cartaz do dia 25 de agosto até 20 de outubro. A exposição apresenta obras de 42 artistas, com curadoria de Ricardo Sardenberg, e reflete um período histórico marcado por intensa repressão política em todo continente.

 

A mostra lança luz sobre um momento histórico muito semelhante ao atual, marcado pelo acirramento das disputas políticas, recrudescimento de iniciativas que incitam a censura, desmantelamento dos espaços de convívio e quebra da comunicação. Assim como ações coletivas e individuais de resistência por parte dos artistas, atuando por vezes à margem do sistema das artes visuais estabelecidas até então.

 

Entre os artistas selecionados estão nomes como Victor Grippo, León Ferrari, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Cildo Meireles, Antonio Manuel, Anna Bella Geiger, Luis Camnitzer, Clemente Padín, Anna Maria Maiolino, Antonio Caro, Beatriz Gonzalez, entre outros.

 

“Estratégias Conceituais” quer dar visibilidade à criação da arte latina durante esses anos de transformação socioeconômica. Nesse contexto, são apresentadas diversas obras que foram utilizadas numa estratégia para contestar o regime vigente, muitas vezes burlando a censura, e estimular a conscientização da realidade, criando no processo novas formas de produção, apresentação e distribuição da arte.

 

“Calcados em seus contextos locais – principalmente com a ideia de meios de produção no espaço do subdesenvolvimento -, buscavam não apenas difundir o conhecimento, mas também propor novas formas de gerar conhecimento, sem se formalizarem em um movimento específico. Foram então reconhecidos como “artistas conceituais”. Porém, amplamente conscientes das estratégias formais de “desmaterialização” e das teorias da informação e da comunicação, os aqui apresentados introduzem conteúdos como ação e estratégia de intervenção política, poética,pedagógica e comunicativa. De diversas matizes ideológicas, as estratégias conceituais daquela época se baseiam em primeira instância no contexto local(geralmente político e de confronto), depois no contexto do subdesenvolvimento na América Latina e, por fim, numa “estratégia de inserção global”, explica Sardenberg.

 

 

Artistas de “Estratégias Conceituais”

 

3NÓS3

Adolfo Bernal

Anna Bella Geiger

Anna Maria Maiolino

Antonio Caro

Antonio Dias

Antonio Manuel

Artur Barrio

Beatriz González

Carlos Zilio

Cildo Meireles

Clemente Padín

Décio Noviello

Edgardo Antonio Vigo

Eugenio Dittborn

Felipe Ehrenberg

Graciela Carnevale

Guillermo Deisler

Grupo CAYC

Hélio Oiticica

Hudinilson Jr.

Ivens Machado

Jac Leirner

Jorge Caraballo

Julio Plaza

Lenora de Barros

León Ferrari

Letícia Parente

Liliana Porter

Luis Camnitzer

Luiz Alphonsus

Lygia Pape

Marcelo Brodsky

Montez Magno

Paulo Bruscky

Regina Silveira

Regina Vater

Roberto Jacoby

Umberto Costa Barros

Victor Gerhard

Victor Grippo

Waltercio Caldas

 

 

Sobre a Bergamin & Gomide

 

Criada em 2000 em São Paulo, por Jones Bergamin, a galeria Bergamin ficava numa casa da década de 1950 do arquiteto Vilanova Artigas nos Jardins. Apresentou importantes projetos, dentre eles, uma retrospectiva de Iberê Camargo,  exposições de Mira Schendel, Lygia Pape, Tunga e Miguel Rio Branco e projetos especiais como, por exemplo, “Através” em que a curadora Lisette Lagnado trouxe a público “Tteia”, obra icônica de Lygia Pape (hoje em exposição permanente em Inhotim). Em 2013, Antonia Bergamin, filha de Jones Bergamin, assumiu a direção da galeria com Thiago Gomide. Com foco em vendas privadas de artistas brasileiros e estrangeiros do período Pós-Guerra, a Bergamin & Gomide inaugurou seu novo espaço na rua Oscar Freire, em agosto do mesmo ano. Sem uma lista fixa e com flexibilidade para trabalhar um amplo número de artistas e exposições de diferentes temas, períodos e movimentos, o  programa da galeria conta com quatro exposições por ano, entre individuais e coletivas. Além disso a Bergamin & Gomide participa de feiras nacionais e internacionais como Art Basel, TEFAF NY Spring, Art Basel Miami Beach, Semana de Arte e SP-Arte e desenvolve parcerias com importantes galerias estrangeiras.

Farnese, melhores do ano

07/jan


A mostra “Farnese de Andrade – arqueologia existencial” realizada na CAIXA Cultural Brasília e CAIXA Cultural São Paulo foi indicada como uma das pelo programa de televisão “Metrópolis” – um programa da TV Cultura, como uma das 10 melhores mostras de 2015 e pelo Guia da Folha de São Paulo ao Prêmio Melhores do Ano de 2015 na categoria Exposições e anteriormente pela revista Veja como a primeira das cinco melhores mostras de Brasilia.

 

 

 

Sobre a exposição

 

 
A exposição apresentou obras de Farnese de Andrade (1926-1996), provenientes de coleções públicas e particulares, além do acervo familiar. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, um dos mais respeitados e engajados curadores do Brasil o projeto “Farnese de Andrade – arqueologia existencial” se constitui na primeira exposição itinerante póstuma em sua homenagem e já foi contemplado com Patrocínio da CAIXA através de Edital Público de Patrocínio CAIXA e apresentado na Caixa Cultural Brasília (2014/2015) e Caixa Cultural São Paulo (2015). A mostra abrangente e de qualidade curatorial única, reuniu as obras mais representativas de sua trajetória artística, privilegiando a produção do artista ao longo de mais de 30 anos.

 

 

Além de obras, foram apresentados material iconográfico e documental, uma cronologia ilustrada, textos críticos, fotos e vídeos sobre sua trajetória artística. A produção ficou a cargo de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA Produção Cultural -, que tem em seu curriculo mostras de importantes artistas, como: Antonio Bandeira, Debret, Manoel Santiago, Di Cavalcanti, Emeric Marcier, Carlos Scliar, Carybé, Cícero Dias, Henri Matisse, Raymundo Colares, Aluísio Carvão, Bandeira de Mello, Almir Mavignier, Athos Bulcão, Milton Dacosta, Mário Gruber, dentre outros.

 

 

A equipe produtora A Dupla Produção Cultural Ltda veio a público agradecer a todos os envolvidos nesse processo, em especial a realizadora CAIXA Cultural, ao herdeiro Atabalipa de Andrade Filho, aos familiares Marcelo de Andrade, Marcelo Sharp de Freitas, Mauricio Carvalho de Andrade, Murilo Sharp de Andrade e Yrys Albuquerque, e aos colecionadores Diógenes Paixão, Dominga Gomes Barbosa, Elio Scliar, Elizabeth e Jorge Fergie, Eunice de Medeiros Scliar, Fernanda Feitosa e Heitor Martins, Gotffried Stutzer Junior, Isa Gontijo e Nicola Calicchio, Jones Bergamin, Paulo Darzé, Luis Alberto Barbosa, Sebastião Aires de Abreu, ao cineasta Olívio Tavares de Araújo e ao curador Marcus de Lontra Costa. Afirmando ainda que “…Nosso trabalho em parceria com os herdeiros de tão importantes artistas, visa o enriquecimento e resgate da memória artística nacional, promovendo o acesso do público aos bens culturais de forma democrática e igualitária. Por fim, agradecemos a patrocinadora CAIXA ECONÔMICA FEDERAL pelo incentivo constante aos nossos projetos, pois, para nossa produtora é uma honra manter essa profícua parceria com a Insitituição Cultural que mais democratiza a arte em território nacional”.