Mobiliário Brasileiro em Curitiba

16/mar

Em breve, em exposição – único lugar – mobílias e peças de design históricas, muitas delas exclusivas, assinadas por nomes como Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin, Carlo Hauner e Joaquim Tenreiro. Isso será possível na Bossa – Mobiliário Moderno Brasileiro, Batel, Curitiba, PR. O novo empreendimento trará toda a excelência do grupo responsável pelo sucesso das curitibanas SIM Galeria e Simões de Assis Galeria de Arte.

 

Com foco em mobiliário vintage original de época, a Bossa vai trabalhar com peças brasileiras produzidas entre as décadas de 1950 e 1980. O período escolhido marca a efervescência da arquitetura e do design nacional, principalmente após a construção de Brasília, o investimento na indústria, o surgimento do Movimento da Bossa Nova e a consolidação do movimento modernista nas artes.

 

“Trabalhamos há mais de trinta anos com obras de arte, formamos importantes coleções no Brasil e contribuímos para a internacionalização dos nossos artistas. Como sempre gostamos e tivemos peças de importantes designers brasileiros em nossa coleção particular, pensamos em estender isto ao público e aos colecionadores que já atendemos. O mobiliário de design brasileiro está alcançando grande projeção internacional, e nos vemos mais uma vez como um importante ponto de conexão”, explica Guilherme Simões de Assis, diretor e um dos idealizadores da Bossa – Mobiliário Moderno Brasileiro.

 

Comparadas a obras de arte, as mobílias e objetos e design da Bossa serão apresentadas em um formato de exposição, com lançamentos bimestrais. Em sua exposição de inauguração, contará com duas mostras individuais do maior arquiteto brasileiro de todos os tempos: Oscar Niemeyer. O empreendimento vai apresentar peças icônicas de Niemeyer, além de um conjunto de desenhos. Um dos destaques da exposição será a poltrona Chaise-Longue Rio, criada por Niemeyer em 1978. Além disso, em sua abertura a Bossa trará mobiliários assinados pelo consagrado arquiteto e designer polonês Jorge Zalszupin. Naturalizado brasileiro, ele desembarcou no país na década de 1950 depois de escapar da perseguição aos judeus em sua terra natal e ter cursado Arquitetura na Romênia.

 

“Estamos posicionando a Bossa como um espaço expositivo muito similar à de uma galeria de arte, e vamos trabalhar da mesma forma que na galeria. A experiência e o nome ajudam muito, desde a captação de peças até a entrada em importantes clientes. Já na abertura, queremos mostrar ao nosso público o que reflete os conceitos da Bossa – Mobiliário Moderno Brasileiro. Escolhemos dois nomes conhecidos internacionalmente para lançar esse novo projeto. Foram meses para a aquisição de peças muito especiais”, detalha Guilherme.

 

Um detalhe que diferencia a Bossa – Mobiliário Moderno Brasileiro ficará por conta do trabalho de restauro, caso seja interesse do comprador. Por se tratarem de peças originais de época, muitas delas com mais de 50 anos de história, alguns itens podem apresentar algum tipo de desgaste causado pelo tempo.

 

Além de Niemeyer e Zalszupin, a Bossa possui um acervo com peças de nomes como Carlo Hauner, Joaquim Tenreiro, Sergio Rodrigues, Percival Lafer, Jean Gillon, Lina Bo Bardi, Liceu de Artes e Ofícios, Geraldo de Barros e Giuseppe Scapinelli. “A reposição de uma peça vendida será algo quase inusitado. Como trabalhamos com peças raras, o abastecimento será lento e seletivo. Queremos apresentar algo exclusivo e com muita história para o nosso público”, completa o diretor da Bossa.

 

 

 

A partir de 18 de março.

Debate na Bahia

06/fev

O tema “Artes Visuais”será debatido na próxima edição de “A sopa de Maria”, na próxima terça-feira, dia 07, às 17hs, na parte externa do Palacete das Artes, Rua da Graça, 289, Graça, Salvador, BA,compondo a programação gratuita do projeto “Tropicália: Régua e Compasso”. Neste encontro haverá um bate-papo sobre as Artes Visuais no período em que a cidade de Salvador vivia a efervescência cultural dos anos 1960, antes da cristalização do movimento musical no eixo Rio-São Paulo. Participarão compartilhando suas vivências e experiências: Renato da Silveira, artista plástico e gráfico, professor da UFBA e doutor em Antropologia pela École dês Hautes Études em Sciences Sociales de Paris; Paulo Dourado, diretor teatral, com trajetória como professor na Escola de Teatro da UFBA e membro da Associação Amigos de Smetak; a galerista Solange Bernabó, Sossó, filha e curadora das obras do artista Carybé; e Carla Zollinger, doutora Arquiteta pela Escola Técnica Superior D’Arquitectura de Barcelona, Universitat Politècnica de Catalunya ETSAB-UPC.

 

 
A sopa

 

Além do bate-papo descontraído, “A Sopa de Maria” oferece para o público uma sopa, que nesta edição será feita pela chefe Andréa Nascimento. Ela foi a fundadora da primeira creperia da cidade de Salvador e vivenciou importantes experiências formativas, com destaque para workshops com o chef Alex Atala e imersão gastronômica pelo Novo México. Ao longo dos anos, acumulou prêmios. Atua há 22 anos na área de food service.
Exposição

 

Além das outras ações do projeto, o público poderá conferir,na Sala Contemporânea Mario Cravo Jr, uma exposição com peças de artistas da música, dança, e artes visuais em evidência nos anos 1960, como Lina Bo Bardi, Walter Smetack, Yanka Rudzka, Carybé, Juarez Paraíso, Lênio Braga, Jenner Augusto, Pierre Verger, além de fotos dos acervos de Lia e Silvio Robatto, recentemente doados ao Centro de Memória da Bahia.

 

O “Tropicália: Régua e Compasso” foi idealizado por Fernanda Tourinho, diretora da FUNCEB e a exposição montada no Palacete das Artes tem curadoria de Murilo Ribeiro, diretor do espaço administrado pelo IPAC.O projeto foi realizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, FUNCEB, em parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, IPAC, – ao qual pertence o Palacete das Artes -, e com a Fundação Pedro Calmon, FPC, entidades vinculadas à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, Secult BA. A ação desta terça-feira, foi desenvolvida pela Coordenação de Artes Visuais/Dirart da Funceb.

 
Programação até março: terças, quartas e quintas-feiras sempre a partir das 17hs.

 

– A Sopa de Maria: Terças-feiras, 7 e 14/02, 14 e 28/03

 

– Uma Ideia na Cabeça:Quarta-feiras, até 30/03

 

– Essa Noite se Improvisa: Quintas-feiras, 9/02, 23 e 28/3

 

– Seminário e Lançamento de revista: dias 29/30/03

Agostinho no MASP

19/jan

O pintor primitivo Agostinho Batista de Freitas recebeu especial atenção do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP, Avenida Paulista, São Paulo, SP, através de amplo trabalho de campo e a realização de um esmerado catálogo do qual participam críticos especialmente convidados para uma nova reflexão sobre a obra do artista.

 
Esta exposição reúne 74 pinturas realizadas entre as décadas de 1950 e 1990, incluindo cinco telas recentemente doadas ao acervo do MASP, fazendo com que, pela primeira vez, a obra de Agostinho Batista de Freitas (1927-1997) esteja presente na coleção do Museu, corrigindo uma lacuna histórica.

 
Instalada na arquitetura franca e direta de Lina Bo Bardi (1914-1992), com suas transparências e aberturas para a paisagem urbana, a obra de Batista de Freitas convida a uma visão ativa sobre São Paulo, com suas complexas dinâmicas urbanas, histórias e diferenças sociais.
Agostinho Batista de Freitas, São Paulo faz parte de um importante eixo da direção artística do MASP, que pretende questionar os conceitos de arte erudita e popular, dedicando mostras a artistas autodidatas, frequentemente de origem humilde ou reclusos, operando fora dos circuitos tradicionais do sistema da arte.

 
Essas estratégias hoje comportam ainda a reencenação de “A mão do povo brasileiro”, uma das mais célebres e polêmicas exposições organizadas pelo Museu, e a realização de mostras que privilegiam a leitura de temas populares no modernismo brasileiro, como Portinari popular. A ideia é construir um museu aberto, múltiplo e plural, que seja permeável a diversas culturas.

 
As histórias de Batista de Freitas e do MASP se misturam. O diretor fundador do MASP, Pietro Maria Bardi (1900-1999), introduziu o trabalho do artista no circuito de arte ao realizar sua primeira individual, em 1952. Ele tinha apenas 25 anos de idade, morava no bairro do Imirim, na Zona Norte de São Paulo, pintava e mostrava suas obras nas ruas do centro de São Paulo, onde Bardi o conheceu. Parte fundamental deste projeto é a publicação de um extenso catálogo, com reproduções de todas as obras em exibição, documentos raros e fotografias de época, além de seis ensaios inéditos dos curadores e de críticos especialmente convidados a produzir novas reflexões sobre um artista até então marginalizado pela história da arte o­ficial. (Fernando Oliva, Curador, MASP / Rodrigo Moura, Curador adjunto de Arte Brasileira, MASP).

 

 

 
Até 09 de abril.

A mão do povo

01/set

Masp recria histórica mostra de arte popular montada por Lina Bo Bardi

 

Um São Jorge encara o público na entrada. Atrás e ao lado dele no primeiro andar do Masp estão tablados cheios de carrancas, ex-votos, tachos de alambique, colheres de pau, joias de escravas. No fundo, um Cristo agoniza na cruz que pende do teto. É o fim apoteótico da mostra ressuscitada agora num remake de exatidão obsessiva, milimétrica.

 

Quase meio século depois da primeira montagem de “A Mão do Povo Brasileiro”, pesquisadores examinaram fotografias de época e listas de empréstimos para recriar com total fidelidade uma das mostras mais ambiciosas e controversas da história do museu.

 

Quando levou esses objetos de arte popular à exposição inaugural do Masp na avenida Paulista, Lina Bo Bardi já tinha alguma noção do potencial explosivo de seu gesto.

 

Ela chegou a montar uma mostra parecida em Roma, quatro anos antes, mas o evento foi interditado por ordem de agentes da ditadura, que discordavam dessa visão do Brasil quando tentavam emplacar a ideia de um país moderno, uma futura potência. No dia da abertura, que não ocorreu, o jornal “L’Espresso” concluía que “a arte dos pobres apavora os generais”.

 

Em 1969, Bo Bardi desafiou mais uma vez os militares. Mais do que uma exposição, a mostra que abriu o museu foi uma espécie de manifesto cenográfico, em que sua idealizadora tentava mostrar objetos ditos do povo na mesma caixa resplandecente de vidro e concreto que abrigava quadros renascentistas e impressionistas.

 

“É importante entender esse momento”, diz Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp. “Era o centro financeiro do Brasil, onde estavam obras-primas da arte europeia, e essa produção popular estava ali em contraste, em fricção radical com aquilo. Tem um dado subversivo que permanece, porque isso ainda é marginalizado, menosprezado. A gente vê certo preconceito com esse material.”

 

No caso, um preconceito que vem se dissolvendo, dada a multiplicação de mostras do tipo em museus e galerias, que vêm bancando uma revisão da ideia de arte popular. Isso passa também pela implosão de rótulos como “naïf” ou “outsider”, termos até há pouco comuns para indicar obras de nomes de fora do circuito tradicional das artes visuais.

 

Mesmo às vezes beirando o fetiche pelas ideias de Bo Bardi, o Masp parece se esforçar para liderar esse movimento, querendo superar, nas palavras de Pedrosa, a “distinção entre arte e artefato”. Tanto que o museu planeja uma integração desses acervos, infiltrando carrancas e outros objetos do tipo entre os cavaletes de vidro do segundo andar, reservado à arte dos grandes mestres aceitos pela história.

 

Nesse sentido, o remake de “A Mão do Povo Brasileiro” é o primeiro passo na retomada da relação entre o alto e o baixo clero da coleção, mas também joga luz sobre o pensamento de Bo Bardi. “Nos esboços, a Lina anotava coisas como ‘refletor de teatro’, ‘luz dramática'”, observa Tomás Toledo, um dos organizadores da mostra. “Ela tinha uma preocupação cenográfica.”

 

Isso se revela tanto na simetria dos tablados que sustentam os objetos quanto na ordem das peças, que lembra uma procissão religiosa. Flanar pelos corredores do primeiro andar do museu dá a sensação de ser um voyeur num desfile de formas incongruentes, de roupas de vaqueiro a peças de cerâmica, arte plumária, brinquedos, placas de feira e moendas de pedra.

 

No fundo, Bo Bardi quis arrebatar mais pelo acúmulo e pelo espanto dos volumes do que pelas peças individuais. Existe ali, como lembra Pedrosa, um horror ao vazio.

 

E à distância. Tanto que a arquiteta preferiu santos de procissão a figuras de altar, mais íntimas da multidão, e as luzes da galeria foram rebaixadas a uma tonalidade mais quente. O que ressurge no Masp é a exaltação dessa mão calejada e inquieta do povo. (Texto de Silas Martí).

 

 

 

De 1º de setembro a 29 de janeiro de 2017.

Artistas visuais & Músicos

14/jul

Através de um duo de jovens artistas chilenos, a Casa Nova, Jardim Paulista, São Paulo, SP, abre as portas para mostrar trabalhos de uma geração que propõe obras de cunho político, porém enviesadas pelo pensamento estético, formalista e poético. As obras produzidas por Ignacio Gatica e Martin La Roche foram criadas in locus especialmente para dialogar com a situação política do Brasil em contraponto com a do Chile.

 

Através de pinturas, esculturas e instalações, os artistas abrem espaço para questionamentos sobre um futuro incerto, tanto a partir de fragmentos da linguagem verbal quanto de slogans e ícones de nossa vida cotidiana. Para tanto, traduzem suas vivências e experiências em um arquivo visual de suas próprias memórias, nos levando para o enfrentamento de nossas desilusões e anseios através da arte.

 

 

Música

 

Na abertura da exposição será realizado o evento musical “Justaposições” com curadoria de Thais Gouveia e Marcos Guzman e apresentações musicais de Nathalia Lete, Beto Montag, Gui Duvignau, Marcelo Monteiro, Julia Teles, Érica Alves, Paulo Tessuto e Maria Victoria Castelli.

 

As obras que compõem esta exposição convidam a questionar o presente e o futuro dentro de um cenário no qual a linguagem verbal está fragmentada e em crise. Esta crise é o resultado de um desapontamento e exaustão, gerando slogans políticos falsos, publicidade enganosa com promessas e compromissos não cumpridos. É impossível escapar de acontecimentos políticos, eles geram indignação, mobilização e um estado de alerta. Também é impossível escapar de acontecimentos políticos domésticos para o nosso desgosto, bem como de quebras e separações que modificam e transformam nossas vidas diárias.

 

 

Iganacio Gatica : “Midnight Amanhã”

 

As obras em “Midnight – Amanhã” nascem dessa dicotomia; questionando a arte em tempos de incertezas. Esta nos sugere uma geografia pessoal e viva, aliadas a questões de como devemos enfrentar como indivíduos nossas próprias desilusões e anseios, a arte cumpre e também possibilita uma re-construção de um futuro a partir das novas experiências.

 

 

Martin La Roche : “Time is on my side” –  “O tempo está a meu favor”

 

Há alguns eventos que desaparecem a partir da memória, mas parecem repetir ou voltar depois de algum tempo de sua ocorrência. Como a memória de um tremor de terra que se torna menos viva e volta apenas com a experiência de um forte e novo movimento. O mesmo aconteceu com a exposição “Civilização do Nordeste” no Solar de União, em Salvador feita por Lina Bo Bardi em 1963. Depois de alguns meses ele foi proibido e forçado a ser esquecido. Alguns anos mais tarde, esta coleção foi encontrado aberta novamente e desdobrou-se em novas formas. Como é que vamos organizar e esboçar nossas memórias? Para esta exposição Martin La Roche tomou como ponto de partida uma frase do caderno de anotações de Hélio Oiticica (que parece ter sido tirada de uma música dos Rolling Stones) para desdobrar uma série de desenhos e objetos no espaço que refletem sobre a maneira que arquivamos nossas experiências. Martin La Roche, nasceu em 1988 em Santiago do Chile. Vive e trabalha em Amsterdam.

 

 

Sábado, 16 de julho, das 15 às 22hs.

Viva o Povo Brasileiro!

19/abr

O Centro Cultural Correios, Centro Histórico, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Viva o Povo Brasileiro!”, um panorama poético da arte popular brasileira sob a curadoria de Denise Mattar. Em exibição cerca de 150 obras de arte popular criadas pelos mais representativos nomes de diversas regiões do país como Mestre Vitalino, Jadir, João Egídio, Nhô Caboclo, Zezinha, Isabel, Galdino, Ranchinho, Miranda, Bajado, Miriam, Paul Pedro Leal, Chico Tabibuia, Julião, Ana das Carrrancas, Noemisa, Rita Loureiro, Heitor dos Prazeres, J. Borges, Aurelino entre muitos outros.

 

A proposta da exposição “Viva o povo brasileiro!” é a de mostrar ao público a extrema beleza das diversas formas da arte espontânea brasileira. O conjunto mapeia obras de vários estados exibindo uma visão abrangente que enaltece a qualidade dos trabalhos. As técnicas vão da pintura à escultura em amadeira, cerâmica, ex-votos e tábuas votivas, relevos e objetos. O temas abordam desde os santos às festas, cenas do cotidiano e animais selvagens. Uma explosão de cor, ritmo e alegria, permeada de lirismo, poesia e até de certa melancolia.

 

Segundo a curadora Denise Mattar, estamos finalmente assistindo ao crescimento do prestígio da arte popular brasileira com museus e importantes coleções, ressaltando sua importância, originalidade e requinte: “A exposição Viva o povo brasileiro! pretende revelar esse tesouro e mostrar ao público obras que pertencem a coleções particulares e que nunca foram vistas. A arte popular brasileira sempre foi mais valorizada pelos estrangeiros, e isto acontece desde a colonização. Nomes como o francês Jean de Léry (1536 – 1613), que escreveu sobre a arte plumária indígena, o suíço Blaise Cendrars (1887 – 1961), que encantou-se com a arte do povo mineiro, a italiana Lina Bo Bardi (1914 – 1992), que criou na Bahia um Museu de Arte Popular e realizou a antológica exposição “A mão do povo brasileiro”, são apenas alguns exemplos.”

 

As obras selecionadas pela curadora Denise Mattar e pelo pesquisador Roberto Rugiero, que responde pela consultoria da mostra,  fazem parte das coleções de João Maurício de Araújo Pinho e Irapoan Cavalcanti, duas das mais importantes e completas do Brasil. O projeto expográfico é assinado por Guilherme Isnard.

 

 

Artistas participantes:

 

Agostinho de Freitas | Alcides Pereira | Alcides Santos | Ana das Carrancas | Ana do Baú | Anésio Julião | Antonia Leão | Antonio de Dedé | Artur Pereira | Bajado | Benedito | Bento Sumé | Cícera Fonseca | Chico da Silva | Chico Tabibuia | Dona Eli | Emídio de Souza | Geraldo de Andrade | GTO | Gina | Guma | Heitor dos Prazeres | Isabel | Jadir | João Egídio | J. Borges | J. Coimbra | João Alves | José Antônio da Silva | José de Freitas | Antônio Julião | Júlio Martins | Lafaete | Licídio Lopes | Louco | Luis Antônio |  Maria Auxiliadora | Maria de Beni | Mestre Cunha | Mestre Galdino | Mestre Guarany | Mestre Vitalino | Miriam | Miranda | Mudinho | Nhô Caboclo | Nilson Pimenta | Nino | Noemisa | Nuca | Oziel | Paulo Pedro Leal| Placidina | Ranchinho | Resendio | Rita Loureiro | Romildo | Roberto de Almeida | Roberto Vital |  Sil | Tarcísio Andrade | Timbuca | Tonico Scarelli |Ulisses Pereira | Valentim Rosa | Véio | Vicente Ferreira | Waldomiro de Deus | Willi de Carvalho | Zé Cordeiro | Zé do Chalé | Zezinha | Zezinho de Tracunhaém.

 

Até 13 de junho.

MASP exibe Moda

26/out

O MASP, Avenida Paulista, São Paulo, SP, inaugurou a exposição “Arte na moda: Coleção MASP Rhodia”, na qual apresenta o conjunto completo da Coleção MASP Rhodia, doada em 1972, e composta por 78 peças produzidas nos anos 1960. Assinam a curadoria da mostra o diretor artístico Adriano Pedrosa, a curadora adjunta Patrícia Carta e o curador Tomás Toledo.

 

A coleção foi doada pela empresa química francesa Rhodia, que lançava seus fios sintéticos no Brasil, e utilizava desfiles e coleções de moda como forma de divulgação de seus produtos. Essa estratégia foi concebida por Lívio Rangan, então gerente publicitário da Rhodia, responsável por coordenar a criação das coleções e organizar os desfiles onde as roupas eram divulgadas. Estes se aproximavam mais de um espetáculo que de uma divulgação comercial, reunindo profissionais do teatro, dança, música e das artes para sua realização.

 

O vestuário exposto tem estampas criadas por artistas brasileiros como Willys de Castro, Aldemir Martins,Hércules Barsotti, Carybé, Ivan Serpa, Nelson Leirner, Manabu Mabe, Alfredo Volpi, Lula Cardoso Ayres e Antonio Maluf, entre outros. As escolhas dos artistas revelavam o interesse em dialogar com a arte contemporânea do momento e refletiam as principais tendências estéticas e programas artísticos do período.

 

A abstração concreta está presente nas peças de Hércules Barsotti, Willys de Castro e Antonio Maluf. Já a abstração informal aparece nos vestidos de Manabu Mabe e Antonio Bandeira, e as referências ao pop, nas peças de Carlos Vergara, e Nelson Leirner.

 

Outra preocupação era trazer para a coleção a temática da cultura popular brasileira, parte importante da história do museu, além de assunto frequente nas pesquisas de Lina Bo Bardi. As estampas criadas por Aldemir Martins, Carybé, Francisco Brennand, Genaro de Carvalho, Lula Cardoso Ayres, Manezinho Araújo, Gilvan Samico e Carmélio Cruz refletem o tema.

 

A moda esteve presente no MASP em eventos e exposições realizadas no passado, como o desfile de vestidos de Christian Dior, em 1951; o desfile de moda brasileira, em 1952; e o Festival de Moda – I Exposição Retrospectiva da Moda Brasileira, de 1971, no qual foram exibidas algumas das peças que estão presentes nesta mostra. A expografia desenvolvida para a exposição é uma combinação monocromática de dois elementos: bases horizontais elevadas do chão para os manequins e cortinas que criam planos verticais de fundo para as peças. Distribuídos pelo espaço expositivo do segundo subsolo, criam um percurso de visitação: se vistos de cima, uma composição gráfica de curvas e retas. A opção pela predominância da cor preta nos elementos expográficos permite destacar as cores vibrantes das peças e, ao mesmo tempo, controlar melhor a intensidade da iluminação, para preservar as peças têxteis, bastante sensíveis.

 

No contexto da exposição, será vendido um catálogo inédito com reprodução das 78 peças. Além do texto curatorial, o catálogo contará com comentário crítico da especialista Patrícia Sant’Anna, cuja tese de doutorado realizado na Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, abordou a coleção MASP-Rhodia.

 

Estarão contemplados na publicação e na exposição os artistas Aldemir Martins, Alfredo Volpi, Antonio Bandeira, Antonio Maluf, Carlos Vergara, Carmélio Cruz, Carybé, Danilo Di Prete, Fernando Lemos, Fernando Martins, Francisco Brennand, Genaro de Carvalho, Gilvan Samico, Glauco Rodrigues, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Isabel Pons, Ivan Serpa, João Suzuki, José Carlos Marques, Kenishi Kaneko, Licínio de Almeida, Lívio Abramo, Luigi Zanotto, Lula Cardoso Ayres, Manabu Mabe, Manezinho Araújo, Moacyr Rocha, Nelson Leirner, Tikashi Fukushima, Tomoshigue Kusuno, Waldemar Cordeiro e Willys de Castro.

 

 

O conceito da curadora adjunta

 

Para Patrícia Carta, o acervo único reúne a riqueza de um momento histórico marcado pela ascensão do prêt-à-porter e pela crescente industrialização do país. “A importância desta exposição, além de trazer a estética e a plasticidade da época, é aproximar a arte de outras áreas, como moda e design, e é um bom exemplo de dessacralização do espaço museológico.”

 

 

Sobre Patrícia Carta

 

É curadora adjunta de vestuário e moda do MASP, diretora da Carta Editorial, que publica Harper’s Bazaar e a revista Iguatemi, entre outros títulos. Foi diretora das publicações da Condé Nast, como a Revista Vogue, de 2003 a 2010. Na Folha de S.Paulo, foi editora de moda de 1992 a 1997.

 

 

Curso Arte, Moda e Museu

 

O Museu de Arte de São Paulo – MASP oferece, por meio do MASP Escola, uma grade abrangente se cursos livres voltados para interessados em artes — temas como fotografia, história da arte e moda são destaques. Desde o dia 21 de outubro, o museu oferece o curso “Arte, Moda e Museu”, ministrado por Lorenzo Merlino, que se propõe a localizar e relacionar características cruciais da história da moda, iniciando pela pré-história e as primeiras vestimentas, passando pela diferenciação por gênero da Idade Média, e chegando ao contexto recente da globalização expressa pelo Ready-to-Wear e o Fast Fashion. Os movimentos de vestuário serão apresentados de maneira cronológica com viés crítico e inter-relacional ao longo de oito aulas.

 

Lorenzo Merlino tem 20 anos de experiência no mundo da moda, professor titular da cadeira de Estilo no curso de moda da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP desde 2010 e Pós-Graduado com nota máxima em História da Arte pela mesma instituição em 2013. Professor colaborador na Escola São Paulo, na Casa do Saber, no Senac e nas Faculdades Rio Branco. Desde abril é o novo figurinista-residente do Theatro Municipal de São Paulo.

 

 

Até 14 de fevereiro de 2016.

Marcello Nitsche, registro de uma trajetória

21/ago

A exposição retrospectiva do artista Marcello Nitsche abarca sua extensa trajetória, desde a

década de 1960 até dias atuais. Sua carreira artística é marcada pelo diálogo estreito com a

cultura pop, pela leitura ativa da paisagem e dos signos urbanos, pela exploração de diversas

linguagens – como pintura, desenho, intervenções no espaço urbano e a realização de filmes

em super-8 mm. Destaca-se, igualmente, sua atuação nos debates e projetos obre arte-

educação e no cenário político da redemocratização do país, nos anos 1980, sobretudo pela

realização da identidade visual da campanha Diretas Já. A mostra reúne mais de cem do artista

nas últimas cinco décadas.

 

“LIG DES” leva à área de convivência da unidade Sesc Pompeia, Água Branca – Oeste, São

Paulo, SP,  grandes esculturas infláveis denominadas bolhas, esculturas de pequeno porte,

obras de suportes e características variadas, maquetes de obras para locais abertos, desenhos,

pinturas, registros em fotografia e em filmes em 8mm, documentando acontecimentos em

torno de sua obra.

 

O diálogo entre o espaço do Sesc Pompeia e a mostra é um destaque a parte, em que se revela

um fator potencializador para a exposição. Segundo a curadora, Ana Maria de Moraes

Belluzzo, “LIG DES” dialoga com as características do espaço, que já foi uma fábrica,

transformado em ambiente nada convencional de cultura e convívio por Lina Bo Bardi”.

 

 
Texto da curadora

 

A nova visão da natureza moderna impõe-se pela paisagem urbana aos jovens artistas

brasileiros atuantes em meados dos anos 1960. Fábrica e cidade constituem a moderna

paisagem e marcam, de modo peculiar, a experiência artística de Marcello Nitsche entrelaçada

à vida de São Paulo.

 

A presença dessas obras no espaço da fábrica do Sesc Pompeia é um estimulante ponto de

partida. O local, transformado pela imaginação da arquiteta Lina Bo Bardi em espaço não

convencional de convívio e cultura, atualiza sua vocação ao mostrar essa obra aberta à

existência no espaço urbano.

 

A experiência de Marcello Nitsche se desdobra num momento em que se agitam convenções

artísticas e o país é assaltado por profundas transformações políticas e culturais, momento em

que artistas alargam o campo perceptive e lançam mão da apropriação estética de coisas que

povoam o entorno imediato dos habitantes da cidade.

 

A contribuição precoce de Marcello brota no interior de movimentos de renovação cultural no

país, em diálogo com coletivos internacionais da época pop, em meio ao debate sobre o novo

realismo e o retorno à figura. É parte dos avanços da nova objetividade brasileira. Em âmbito

paulista, as experimentações acolhidas pelo grupo REX contam com o substrato trazido ao

debate por mestres da Faap, afinados com a pauta arquitetônica.

 

Em diálogo com diferentes interlocutores, sua obra irrompe no vigor das concepções, sob

diferentes mídias. No teor experimental dos anos 1960, 1970, 1980, apuram-se aberturas para

contemporaneidade.

 

A apreciação retrospectiva do repertório do artista deve-se à cordialidade das coleções

públicas e privadas e à presença de versões fac-similares de peças desaparecidas, construídas

pelo Sesc para a ocasião.

 

Que o caráter inaugural dessa obra chegue às novas gerações, reproduzindo a surpresa vivida

por seus pares com o aparecimento de cada novo trabalho de Marcello.

Ana Maria de Moraes Belluzzo

 

 

Sobre o artista

 

Marcello Nitsche é paulistano, e seu trabalho se apresenta nos anos 1960, em meio ao cenário

de uma São Paulo que tem sua paisagem transformada pelo crescimento urbano industrial.

 

 

Até 30 de agosto.

Dominique Gonzalez-Foerster no MAM-Rio

17/jun

Artista francesa que irá expor no Centre Pompidou, em Paris, ganha exposição com obras emblemáticas e um trabalho recente (inédito) no Museu de Arte Moderna, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ. Chama-se “Temporama”, a exposição com doze obras da artista Dominique Gonzalez-Foerster, francesa nascida em Strasbourg, que se divide entre Paris e o Rio de Janeiro. A mostra, que tem curadoria de Pablo Léon de la Barra, ocupará uma área de 1.800 metros quadrados no segundo andar do MAM, e traz obras emblemáticas da artista produzidas entre 1985 e 1991, que serão reconstruídas pela primeira vez para a exposição. Estará ainda em “Temporama” um único trabalho produzido este ano “uma piscina abstrata” com aparições fotográficas da artista caracterizada como Marilyn Monroe. Dominique Gonzalez-Foerster, que integrou a Documenta XI, em Kassel, 2002, ganhará em setembro deste ano mostra no Centre Pompidou, em Paris, e em abril do ano que vem no prestigioso espaço K20, em Düsseldorf, Alemanha. Dominique Gonzalez-Foerster é uma das mais importantes artistas de sua geração, com obras históricas na produção artística internacional dos últimos vinte anos, que sempre integram importantes exposições. Esta será a primeira exposição individual da artista em uma instituição brasileira.

 
O curador Pablo León de la Barra ressalta que “Gonzalez-Foerster tem uma forte relação com o Brasil e com o Rio de Janeiro desde 1998”. “Ela mora parte do tempo no Rio, e isso tem uma importante influência em seu trabalho”. A artista complementa lembrando que realizou “várias apresentações com o grupo Capacete no Rio de Janeiro”, e fez “quatro pequenos filmes no Brasil: ‘Plages’, inspirado no grande desenho de Burle Marx na praia de Copacabana, ‘Marquise’, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, ‘Gloria’, na Praça Paris, no Rio de Janeiro, e ‘Brasília’, no Parque da Cidade, que integra a coleção do Moderna Museet, em Estocolmo”. “Em meu trabalho uso muitas referências de Lina Bo Bardi, Burle Marx, Sérgio Bernardes, entre outros”, afirma.

 
“Temporama” foi pensada especificamente para o MAM e no “modernismo tropical” de Affonso Reidy (1909 – 1964), arquiteto que concebeu o museu em estreito diálogo com o Parque do Flamengo. A exposição busca expandir a noção da retrospectiva tradicional para uma escala de tempo maior, avançando para o futuro e retrocedendo no tempo.

 
A artista explica que “Temporama” “se configura como uma máquina do tempo, um parque, uma praia, uma vista, e um panorama. Um lugar onde podemos parar o tempo e experimentar diferentes tempos-espaços”, diz.

 

 
Filtros vermelhos e turquesas

 
Filtros vermelhos e turquesas, colocados em toda a extensão da exposição transportarão o público às primeiras obras de Dominique Gonzalez-Foerster criadas na década de 1980, mas também ao MAM do século 20. “As fachadas de vidro permitem que a paisagem entre no Museu. Dentro e fora se confundem no espaço de exposição, que se torna uma continuação da paisagem. O vidro também cria um jogo de reflexos e miragens, onde as diferentes imagens do Rio, juntamente com as lembranças e os desejos do visitante, se sobrepõem. Da mesma forma, a arte exposta no MAM não só é exibida dentro do museu, mas também flutua na paisagem, tornando-se parte dela”, afirma o curador Pablo Léon de la Barra.

 
A exposição será acompanhada de uma publicação, com textos do curador Pablo León de la Barra, de Tristan Bera e da própria artista, a ser lançado ao longo do período. As fotos que farão parte do livro serão feitas na exposição, incluindo também as etapas de montagem.

 
O trabalho da artista integra as coleções da Tate Modern, em Londres; do Centre Pompidou, do Musee d’Art Moderne de la ville de Paris e do Fonds National d’Art Contemporain, em Paris; do Guggenheim Museum e Dia Art Foundation, em Nova York; do MUSAC e da La Caixa Foundation, ambos na Espanha; do Moderna Museet, na Suécia; do 21st Museum of Contemporary Art, no Japão, e do Van Abbemuseum, na Holanda. O Instituto Inhotim exibe, em sua coleção permanente, sua instalação “Desert Park” (2010).

 

 
Sobre a artista

 
Nascida em Estrasburgo em 1965, Dominique Gonzalez-Foerster estudou na École des Beaux-Arts de Grenoble, onde se formou em 1987, e na École du Magasin do Centre National d’Art Contemporain de Grenoble, antes de concluir seus estudos em 1989 no Institut des Hautes Études en Arts Plastiques, em Paris. Morando em Paris e no Rio de Janeiro, Gonzalez-Foerster é celebrada por sua prática interdisciplinar e, ao lado de contemporâneos como Philippe Parreno e Pierre Huyghe, é considerada uma das figuras proeminentes da estética relacional, termo proposto pelo crítico e curador Nicholas Bourriaud para descrever práticas surgidas na década de 1990 que exploravam os relacionamentos humanos e os contextos sociais em que eles ocorrem. Com seu interesse especial pela arquitetura, interiores e espaços e seu fascínio pela literatura, cinematografia, mídia e tecnologia, seu trabalho assumiu primordialmente a forma de instalações, com frequência site-specific, embora muitas vezes utilize também o filme como suporte. Entre a série de obras dos anos 1990 em torno da ideia de quartos estão RWF (Rainer Werner Fassbinder) (1993), a recriação do apartamento do falecido cineasta alemão, e Une Chambre en Ville (1996), que apresentou um quarto parcamente decorado, porém acarpetado, contendo um pequeno número de objetos para comunicação de informações e mídia, tais como um rádio-relógio, uma TV portátil, telefone e jornais diários. Entre 1998 e 2003, produziu uma série de 11 filmes apresentados como a compilação Parc Central (2006), contendo filmagens de parques, praias, desertos e paisagens urbanas de diversos locais, de Kyoto a Buenos Aires, de Paris a Taipei. Em 2002, ganhou o Prix Marcel Duchamp, Paris. Entre suas principais obras e projetos desde a virada do milênio estão Roman de Münster (2007), em que criou réplicas em escala 1:4 de esculturas selecionadas de outros artistas apresentadas antes no Skulptur Projekte Münster; TH.2058 (2008), encomendada para o Turbine Hall da Tate Modern como parte da série Unilever, que consistia de 200 estruturas de metal de camas-beliche dispostas em fileiras, com livros espalhados por cima e enormes réplicas de esculturas de artistas como Louise Bourgeois e Bruce Nauman elevando-se sobre elas; e “Desert Park”, nos trópicos de Inhotim (2010), para a qual construiu pontos de ônibus de concreto inspirados na arquitetura modernista brasileira, que instalou num campo próximo a uma floresta tropical. Sua prática transdisciplinar e muitas vezes colaborativa também se estendeu ao âmbito da música e do teatro, com peças como NY.2022 (2008), com Ari Benjamin-Meyers e a Richmond County Orchestra de Staten Island, no Peter B. Lewis Theater do Guggenheim Museum, Nova York; K.62 (2009), no Abrons Art Center, Nova York, como parte da Performa 09; e T.1912 (2011), em homenagem do 99º aniversário do naufrágio do Titanic, no Guggenheim Museum, Nova York. Aperformance M.2062 começou na Memory Marathon da Serpentine Gallery em 2012 e foi apresentada em diversas versões desde então, inclusive com o título Lola Montez in Berlin (2014). Em 2006, a artista participou da 27ª Bienal de São Paulo, com curadoria de Lisette Lagnado. Entre suas mostras individuais estão “Chronotopes & Dioramas” na Dia Art Foundation, Nova York (2009), “Splendide Hotel” na Reina Sofia, Madri (2014), e exposições em desenvolvimento para o Centre Pompidou de Paris (2015) e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2015).

 

 
De 20 de junho a 09 de agosto.

 

Mobiliário brasileiro em NY

12/fev

Depois de Joaquim Tenreiro e Sérgio Rodrigues, a R & Company, galeria de Nova York especializada em mobiliário moderno brasileiro, vai destacar a produção de Lina Bo Bardi e Roberto Burle Marx numa exposição marcada para o final de março.
Não é nenhuma surpresa que reservaram a data para coincidir com a abertura da megamostra “Latin America in Construction”, também marcada para o fim de março, no MoMA, em Nova York. Ou seja, enquanto um dos maiores museus da cidade revê a produção arquitetônica de Bo Bardi e Burle Marx, será possível –para poucos– levar uma dessas peças para casa.

 
Em meio às comemorações do centenário de Bo Bardi, celebrado no fim do ano passado, a exaltação de seu mobiliário, tema de uma mostra na Casa de Vidro, em São Paulo, no ano passado, era a vertente que faltava entre os movimentos de mercado.
Burle Marx, alvo de uma retrospectiva com suas pinturas agora em cartaz na Pinacoteca do Estado, também merece a lembrança no exterior, em especial por sua atuação em projetos icônicos na fase heroica da implantação do modernismo no Brasil.

 

Fonte: Silas Marti (Folha de São Paulo).