Interações e tensões plásticas.

04/fev

 

A Nara Roesler São Paulo convida para abertura, em 06 de fevereiro, da exposição “A Cor entre Linhas”, que investiga a relação dinâmica entre cor e linha, suas mútuas interações e tensões plásticas, presentes nas obras de grandes artistas, de diferentes linguagens: Abraham Palatnik, Amelia Toledo, Antonio Dias, Artur Lescher, Carlito Carvalhosa, Fabio Miguez, Jose Dávila, Milton Machado, Mira Schendel, Sérgio Sister, Tomie Ohtake.

A mostra tem como ponto de partida a instalação inédita “Entrelinhas”, em latão e linhas de multifilamento, medindo 5 metros de altura, por 5,90 metros de largura e 8,40 metros de comprimento, criada especialmente por Artur Lescher para o projeto, idealizado pelo Núcleo Curatorial da Nara Roesler.

Abraham Palatnik, nome fundador da arte cinética, explorou esses elementos plásticos visando à obtenção de dinamismo e jogos óticos, que terminavam por engajar o espectador na composição, que assim passa a ter uma relação mais ativa com a obra. Nas pinturas de Tomie Ohtake, por seu turno, a relação entre linha e cor se dá de modo tácito, meditativo, com amplas áreas cromáticas, compostas de discretos tonalismos, entrecortadas por linhas absolutas e sinuosas. Já Amelia Toledo enxerga essa relação principalmente através da linha do horizonte, que explora por meio de paisagens nas quais retém apenas os elementos essenciais, trabalhando dessa forma no limite entre figuração e abstração.

No trabalho de Mira Schendel, a linha se apresenta de maneira caligráfica, em especial em suas monotipias, realizadas a partir da década de 1960, e feitas sobre papel de arroz. Essas obras apresentam traços, linhas e grafismos que parecem flutuar ante o fundo branco do suporte, servindo, ao mesmo tempo, como material precípuo da comunicação escrita e signo visual independente. Dentre os artistas que participaram do processo de retomada da pintura em uma chave contemporânea a partir da década de 1980, integram a mostra Sérgio Sister, Fabio Miguez e Carlito Carvalhosa. No trabalho do primeiro, a relação entre linha e cor extrapola o plano pictórico, se detendo também na tridimensionalidade, de modo que sua poética termina por contribuir para a ideia de pintura expandida. Carlito Carvalhosa, por seu turno, utiliza como suporte chapas de alumínio espelhadas ou mesmo espelhos, sob os quais aplica matéria pictórica, por vezes através de grandes áreas de cor, e seu gestual acaba por se fazer presente em linhas que imprime sobre a matéria, destacando o que está “por baixo” da cor. Em Fabio Miguez, na sua produção mais recente, a relação entre linha e cor caminha na projeção de espacialidades e arquiteturas, em que o artista faz releituras de pinturas de grandes mestres do Renascimento italiano, porém removendo das cenas os personagens e conservando apenas as situações espaciais.

Em Milton Machado, o conjunto de telas “Terras”, que parecem evocar as cores e formas de tijolos, é composto de um fundo marrom e grids que vão de tons do vermelho ao preto. A matéria-prima empregada é pó de tijolo macerado, e o trabalho faz portanto menção ao material que pretende evocar. Jose Dávila, cujo principal interesse poético consiste em explorar tensões e equilíbrios resultantes da relação de materiais díspares, revisita a história da arte construtiva buscando composições formadas por linhas, planos e cores. Ao inserir, lado a lado, trechos desses trabalhos referenciais, acaba enfatizando a sensação de incompletude gerada por essa composição. Artur Lescher traz a exploração da relação entre linha e cor para o âmbito escultórico, objeto primordial de sua poética, levando em conta sobretudo a relação com o espaço.

Em cartaz até 15 de março.

Giros e afetos por vinte artistas.

31/out

A galeria Nara Roesler São Paulo apresenta, a partir de 31 de outubro, a exposição “Giros e Afetos, Arte Brasileira 1983-1995″, com aproximadamente 40 obras criadas neste período por 20 artistas: Amelia Toledo, Angelo Venosa, Antonio Dias, Brígida Baltar, Cao Guimarães, Carlito Carvalhosa, Carlos Zílio, Cristina Canale, Daniel Senise, Fabio Miguez, José Cláudio, Karin Lambrecht, Leda Catunda, Leonilson, Marcos Chaves, Paulo Bruscky, Rodrigo Andrade, Sérgio Sister, Tomie Ohtake e Vik Muniz.

As obras foram selecionadas por Luis Pérez-Oramas e o núcleo curatorial da Nara Roesler, e têm diferentes tamanhos, técnicas e pesquisas, em pinturas, aquarelas, desenhos, esculturas e bordados, que mostram que “…entre voltas e afetos, ainda que compartilhando o mesmo momento histórico, e, embora aparentemente semelhantes, os artistas e suas obras são únicos e irrepetíveis, e cada um deles inaugura uma temporalidade específica”.

Para os curadores, “…em sua tentativa ilusória de se tornar científica, a história da arte esquece que, durante séculos, suas realizações foram reguladas, explicadas e sustentadas por uma teoria dos afetos, também chamada de teoria das paixões”. No percurso proposto, o público poderá ver o que aproxima e o que distancia esses trabalhos.

Até 18 de janeiro de 2025.

Diálogos com cor e luz

06/mar

“Diálogos com cor e luz” é uma exposição voltada para a difusão da coleção do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, que apresenta exclusivamente trabalhos desse acervo. Aqui, reunimos um pequeno recorte de obras com ênfase nas relações entre a cor e a luz na arte brasileira da segunda metade do século 20. Vale destacar que, no século passado, o MAM São Paulo desempenhou um papel significativo na introdução e na propagação das tendências abstracionistas no Brasil. Dois exemplos merecem ser citados: a mostra inaugural do museu, Do Figurativismo ao Abstracionismo, realizada em março de 1949 por Léon Degand (1907-1958), e a exposição Ruptura, em dezembro de 1952, que deu início ao movimento concretista na arte brasileira, com a publicação de seu manifesto.

Agrupamos no espaço várias gerações de artistas, sem privilegiar tendências nem estabelecer uma ordem cronológica. Misturamos tempos e linguagens, para incentivar nosso olhar à percepção de semelhanças e diferenças entre as várias poéticas visuais nos diversos tratamentos da luz e da cor. A museografia distribuiu no espaço os painéis radiais, numa referência ao disco de cores – ou seja, ao experimento óptico de Isaac Newton (1643-1727), publicado em 1707 em seu livro Opticks. Nele, o físico inglês demonstra, por meio de um disco de sete cores (vermelho, violeta, azul índigo, azul ciano, verde, amarelo e laranja), sua teoria de que a luz branca do Sol é formada pelos matizes do arco-íris. Ao girarmos o disco com velocidade, as cores se sobrepõem em nossa retina e nos fazem enxergar o branco.

A seleção de obras, ao enfatizar os diálogos com a cor e a luz em diversos suportes, chama atenção para a luz como elemento fundante da percepção. Trabalhar com a luz significa que temos de lidar também com a sombra, a escuridão ou a ausência de luz. E nos interessa justamente o primeiro contato que temos com a cor, anterior às teorizações e aos sentidos que acrescentamos a ela. A cor é indissociável daquilo que ela expressa. Ela mesma já é expressão, não apenas a tradução de uma ideia ou sentido preconcebido.

Fundamental é nos livrarmos dos sentidos já instituídos e sedimentados no campo da cultura, de conceitos anteriores ao vivido, para aí podermos ter a experiência com a duração da cor. Em vez de pensarmos a cor e a luz como elementos idealizados, o contato direto com a arte nos ajuda a restituir o vínculo originário com o mundo. Os diálogos entre luz e cor na arte nos mostram que o mundo pode ser surpreendente e nossa relação com ele, inesgotável.

 

Fábio Magalhães e Cauê Alves

Curadores

Diálogos com cor e luz

Coletiva com Abraham Palatnik, Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Amelia Toledo, Arthur Luiz Piza, Cássio Michalany, Hermelindo Fiaminghi, Lothar Charoux, Luiz Aquila, Lygia Clark, Manabu Mabe, Marco Giannotti, Maria Leontina, Maurício Nogueira Lima, Mira Schendel, Paulo Pasta, Rubem Valentim, Sérgio Sister, Takashi Fukushima, Thomaz Ianelli, Tomie Ohtake, Wega Nery e Yolanda Mohalyi.

Até 28 de maio.

Na Casa de Cultura do Parque

05/mai

 

A trajetória e o desenvolvimento do olhar do colecionador – reflexos do tempo e de suas experiências – dão direção à mostra coletiva “Setas e Turmalinas”, uma parceria com o espaço de arte Auroras, em cartaz na Casa de Cultura do Parque, Alto de Pinheiros, São Paulo, SP.

 

 

A escolha curatorial de Gisela Domschke tem como ponto de partida um eixo formado entre uma grande pintura de Francesco Clemente, artista que introduziu Ricardo Kugelmas ao mundo das artes em Nova York, e outra de Laís Amaral, uma de suas mais recentes aquisições. “Pode-se notar neste eixo uma travessia. Busquei absorver essa ideia de passagem, cruzamento e travessia na linha curatorial. No fundo, ao colecionar, você cria uma narrativa de maneira inconsciente e isso tem a ver com suas vivências”, explica Gisela Domschke.

 

 

No texto O Colecionador, o filósofo e ensaísta Walter Benjamin nota como as coisas vão de encontro ao colecionador, ou como ele as busca e as encontra. “Para o colecionador, a ordem do mundo se dá em cada objeto, e no arranjo inesperado com que as organiza – uma percepção quase onírica das coisas”, continua a curadora.

 

 

Ao todo, foram selecionadas mais de 70 obras de arte contemporânea, em tamanhos, técnicas e suportes distintos, como pintura, escultura, desenho, cerâmica e bordado, dos artistas Adriano Costa, Aleta Valente, Alex Katz, Alexandre Wagner, Alvaro Seixas, Ana Claudia Almeida, Ana Prata, Anderson Godinho, Anitta Boa Vida, Antonio Dias, Antonio Oba, Bruno Dunley, Cabelo, Caris Reid, Carolina Cordeiro, Cecily Brown, Cildo Meireles, Cisco Jimenez, Claudio Cretti, Coleraalegria, Dalton Paula, Daniel Albuquerque, David Almeida, David Salle, Eleonore Koch, Emannuel Nassar, Emanoel Araujo, Fabio Miguez, Fernanda Gomes, Flavia Vieira, Flora Rebollo, Francesco Clemente, Gabriela Machado, Gokula Stoffel, Guga Szabzon, Gustavo Prado, Ilê Sartuzi, Jac Leirner, Janaina Tschape, José Bezerra,  Juanli Carrion, Kaya Agari, Kaylin Andres, Laís Amaral, Leda Catunda, Lenora de Barros, Louise Bourgeois, Lucia Koch, Luis Teixeira, Marepe, Marie Carangi, Marina Rheingantz, Mauro Restiffe, Maya Weishof, Melvin Edwards, Moises Patricio, Ouattara Watts, Pablo Accinelli, Paolo Canevari, Paulo Whitaker, Renata de Bonis, Rodrigo Bivar, Santidio Pereira, Sergio Sister, Shizue Sakamoto, Sofia Borges, Sonia Gomes, Sylvia Palacio Whitman, Tadaskia, Tatiana Chalhoub, Thomaz Rosa, Tiago Tebet, Tunga, Valeska Soares, Yhuri Cruz e Yuli Yamagata.

 

 

Em 2019, a exposição “Tensão, relações cordiais”, com curadoria de Tadeu Chiarelli, inaugurou a Casa de Cultura do Parque com uma proposta semelhante: o recorte da coleção da diretora executiva da Casa Regina Pinho de Almeida. Agora, três anos após a abertura, a Casa abre as portas para outro espaço cultural e obras de um colecionador convidado para ocupar a galeria principal. “Esta mostra para a Casa é marcante, pois propõe o encontro de dois espaços, com idealizadores que são colecionadores e têm ideais em comum, como a construção de um espaço plural, com diálogo do público com a arte e a cultura”, pontua o diretor artístico da Casa Claudio Cretti.

 

 

De 09 de abril a 12 de junho.

 

Thomaz Rosa na Artsy

22/set

A Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP,  tem o prazer de apresentar obras do artista Thomaz Rosa na Latitude Art Fair, que acontece de 24 a 27 de setembro, na plataforma Artsy.

O cerne do trabalho do Thomaz é a relação do pensamento e da prática. O pensamento da pintura e pensamento do pintor são elementos intrínsecos ao seu processo criativo, que perpassam as questões clássicas e atemporais da prática da pintura, mas que encontram significado na essência da execução.

 

Sobre o artista

Linhas, grafismos, gestos reflexivos, composições a partir de pontos e formas concretas, analogias verbais de imagens: marcas presentes na obra de Thomaz Rosa. Seus trabalhos são pensados como construções autônomas capazes de descrever a sensação do processo criativo – entre um idealismo romântico e um planejamento racional diante a tradição moderna. As obras de Rosa parecem sempre questionar sua inserção no mundo, de forma semiológica, onde a obra tenta de forma recíproca conviver com a história. A prática de Thomaz tenta re-processar, por meio de suas próprias línguas em prosa, as influências que, subjetivamente, ele escolhe como uma referência entre vários pintores-artistas, brasileiros ou não, em momentos específicos da própria produção. Essas escolhas mantêm um caráter transeunte com a coisa, uma caminhada que parte sem um objetivo claro, em que caminhar sem destino faz do eu um flâneur no meio dessas escolhas, intrincando uma interação entre matéria e significado. Assim, as discrepâncias entre singularidade e todo, indivíduo e história, experiência pessoal e significação, passam a assumir uma forma cristalina. A memória simbólica, sua força empírica e a vivência imediata do artista com a obra tomam corpo no projeto. O objetivo último de Rosa é mostrar uma pintura que fala de pintura; mostrar uma ou mais declinações de várias linguagens, porque a linguagem é fluida e mutável, e, assim como a arte de Thomaz, caminha em constante evolução. por Luiza Teixeira de Freitas

Thomaz Rosa (1989). Vive e trabalha em São Paulo. Em 2009, iniciou sua formação em Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de São Paulo – UNESP. Entre 2012 e 2013, fez residência na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto – FBAUP, em Portugal. Fez assistência para artistas como Lucas Arruda, Claudio Cretti, Caetano de Almeida, Marina Rheingantz, Paulo Monteiro e Sergio Sister. Em 2016, participou das exposições “Oito Artistas” na Galeria Mendes Wood DM, organizada pelos artistas Bruno Dunley e Lucas Arruda; “Circumscriptio, Compositio, Receptio Luminum” na BFA Boatos Fine Arts; “Um desassossego” na Galeria Estação; e a coletiva “Na soleira da noite” na Galeria Sancovski. Em 2017, realizou sua primeira individual “Unwelt” na BFA Boatos. No ano de 2018, fez residência artistica no PIVÔ. Em 2019, participou da exposição “Fevereiro” na Mendes Wood DM; e realizou sua segunda exposição individual e primeira na Europa “Intorno alla mia cattiva educazione” na galeria Castiglioni, em Milão. Também em 2019, organizou o projeto “Featuring” em parceria com os artistas Leandro Muniz e Marcelo Pacheco, e exposição no Ateliê Massapê. Em 2020, participou da coletiva Entre Bordas no SESC Santo André com curadoria de Paula Braga.

 

No Instituto Tomie Ohtake

27/set

AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar

 

“Para que pode servir uma instituição de arte em um país como o Brasil, hoje, em 2018? Embora isso não chegue diretamente ao olhar dos visitantes, essa é uma pergunta que as equipes do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, enfrentam cotidianamente, no trato com as responsabilidades intrínsecas aos trabalhos desenvolvidos. As respostas para isso são muitas e uma delas passa pela revisão contínua da história da arte dentro da história mais ampla da sociedade, acreditando que tanto uma quanto a outra podem aparecer de forma renovada quando colocadas em tensão”.

 

A partir dessa reflexão, assinalada pelo Instituto Tomie Ohtake, nasce  AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar, exposição que busca discutir os custos da retirada de direitos democráticos para o imaginário cultural do País, em resposta aos 50 anos do Ato Institucional No. 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).

 

Conforme o curador Paulo Miyada, a pesquisa tem como núcleo a produção de artes visuais do período, com obras, ideias e iniciativas que nasceram em tensão com a interdição da própria opinião política, que chegou a ser virtualmente criminalizada pelas práticas de censura e repressão. Em alguns casos, as obras reunidas foram proibidas, destruídas ou subsistiram ocultas; em outros, sua circulação foi seriamente contida e seus modos de expressão passaram por codificações e táticas de resistência.

 

Como uma exposição-ensaio, AI-5 50 ANOS – Ainda não terminou de acabar propõe um percurso que passa por diversos estágios de restrição dos direitos democráticos e destaca múltiplas atitudes de contestação, grito e reflexão. Há também espaço para textos e documentos de contextualização, além de algumas obras comissionadas de artistas mais jovens, que conheceram o período por meio da história.

 

Segundo Miyada, uma das contribuições que a arte pode oferecer mesmo durante os arcos mais sombrios da história humana é a sua capacidade de ampliar o campo do que pode ser dito e sentido frente aos limites e interdições da linguagem. “Com isso em mente, é possível considerar que esta mostra não é apenas um memorial de silenciamentos e perdas, mas também de reinvenções e resistências, com apelos que se endereçaram à sociedade de então e continuam em aberto para os cidadãos de hoje”, completa o curador.

 

 

A exposição está dividida em seis núcleos:

 

Censura no período da ditadura civil-militar frente a frente com a emergência da ideia de “opinião” na produção artística entre 1964-1968. Apresenta exemplos de engajamento crítico das vanguardas artísticas e o acirramento gradual de mecanismos de silenciamento que fizeram um arco desde casos de censura moral até ataques explícitos à liberdade de expressão e crítica.
Destaques desse núcleo:Textos de Hélio Oiticica e obras de Cybele Varela e Carlos Vergara, fotografias de Evandro Teixeira e projeto não realizado de Carmela Gross.

Criminalização da própria opinião após o AI-5 e transformação das tendências artísticas que, com o acirramento das estratégias de repressão, alcançaram seu ponto de máxima tensão entre 1968 e 1970. Discute como artistas que integraram ativamente a transformação da arte brasileira na segunda metade da década de 1960 produziram obras limítrofes, radicais e de contestação, muitas vezes de perto (ou de dentro) de episódios de prisão, exílio, tortura e coerção.

 

Destaques desse núcleo:Depoimento de Gilberto Gil, obras e depoimentos de Claudio Tozzi e Carlos ZIlio, depoimento de José Carlos Dias, obras de Antonio Henrique Amaral e Anna Bella Geiger, obras e caderno inédito de Antonio Dias.

Produção da chamada “geração de guerrilha”, que ganhou espaço na arte brasileira entre 1969 e 1970 e constantemente emulou em seus processos criativos táticas de infiltração, resistência e indistinção típicos de movimentos de guerrilha urbana. Trata-se, também, de uma produção que buscou ocupar espaços nas bordas ou fora do circuito artístico institucional, além de reagir a tentativas de censura e/ou enquadramento formal de suas proposições.

 

Destaques desse núcleo:Obras de Antonio Manuel, Artur Barrio e Cildo Meireles. Contraposições e contrastes: Carlos Pasquetti, Regina Vater e Nelson Leirner.

Arte na década de 1970 e recursos de busca de liberdade e crítica em um país autoritário. Levantamento de caminhos apesar dos interditos, que passaram pelo teor libidinoso e lúdico da produção chamada de “marginal”; pela formação de circuitos subterrâneos de distribuição, como cineclubes e redes de arte correio; e por experimentação de modelos linguísticos com alto grau de codificação e desenvolvimento conceitual.

 

Destaques desse núcleo:Obras de Wlademir Dias-Pino, Paulo Bruscky, Regina Silveira, Regina Vater e filmes de José Agrippino de Paula e Ivan Cardoso.

Críticas ao desenvolvimentismo do ideal de país promovido pela ditadura. Seleção de obras que apontam para a resistência ao otimismo nacionalista impulsionado pela retórica de ocupação da Amazônia, megalomaníaco e inconsequente com reflexões ecológicas e os direitos das populações indígenas.

 
Destaques desse núcleoObras e livros de Claudia Andujar, obra de Cildo Meireles e filme de Jorge Bodanzky.

Reflexão sobre a crise institucional que alcançou o processo de “abertura democrática”, aplicado ao caso das instituições artísticas, a exemplo de tantas outras áreas, não passaram por um processo cuidadoso e amplo de reconstrução e revisão de suas premissas com o final da ditadura na década de 1980.

 
Os assuntos em destaque são proposições provocativas para o campo artístico, todas interrompidas ou descontinuadas: a criação do Museu da Solidariedade no Chile, por Mario Pedrosa; a proposição do Museu das Origens após o incêndio do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, também por Mario Pedrosa; e o Encontro de Críticos de Arte da América Latina, organizado por Aracy Amaral com o intuito de rediscutir as premissas da Bienal de São Paulo.

 

 

Lista de artistas participantes:

 

Adriano Costa, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Antonio Benetazzo, Antonio Dias, Antonio Henrique Amaral, Antonio Manuel, Aracy Amaral, Artur Barrio, Aurélio Michiles,Augusto Boal, Aylton Escobar, Bené Fonteles, Caetano Veloso, Carlos Pasquetti, Carlos Vergara, Carlos Zilio, Carmela Gross, Chico Buarque, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Claudio Tozzi, Coletivo (Ana Prata, Bruno Dunley, Clara de Capua,  Derly Marques, Deyson Gilbert, Janina McQuoid, João GG, Leopoldo Ponce, Mauricio Ianês, Pedro França e Pontogor), Cybèle Varela, Daniel Santiago, Décio Bar, Décio Pignatari, Desdémone Bardin, Edouard Fraipont, Evandro Teixeira, Francisco Julião, Frederico Morais, Gabriel Borba, Genilson Soares e Francisco Iñarra, Gilberto Gil, Glauber Rocha, Glauco Rodrigues, Guga Carvalho, Hélio Oiticica, Ivan Cardoso, Jo Clifford, Renata Carvalho, Natalia Mallo e Gabi Gonçalves, João Sanchez, Jorge Bodanzky, José Agrippino de Paula, José Carlos Dias, José Celso Martinez Corrêa, Lula Buarque de Hollanda, Marcello Nitsche, Marcio Moreira Alves, Marisa Alvarez Lima, Mario Pedrosa, Matheus Rocha Pitta, Mauricio Fridman, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Raymundo Amado, Regina Silveira, Regina Vater, Reynaldo Jardim, Ricardo Ohtake, Roberto Schwarz, Samuel Szpigel, Sérgio Sister, Vera Chaves Barcellos, Wlademir Dias-Pino e outros.

 

 

Até 04 de novembro.

Na Roberto Alban, 13 em Salvador

06/set

O trabalho de 13 artistas de diversas regiões do Brasil, alguns dos quais vivendo no exterior, encontra-se em exposição em “Fragmentos de um Discurso Pictórico”, em exposição até 30 de setembro na capital baiana.

 

Um recorte sobre a pintura brasileira, com a participação de artistas de diversas gerações e estilos e que vivem dentro e fora do Brasil, é um dos diferenciais da exposição coletiva, “Fragmentos de um Discurso Pictórico”, que a Roberto Alban Galeria, Ondina, Salvador, BA, até 30 de setembro. O curador da mostra, Mario Gioia, atua desde 2009 em crítica de arte no circuito brasileiro e latino-americano, com artigos em publicações especializadas e curadorias.

 

“A exposição parte mais das leituras que cada obra pode proporcionar. Não pretende ser um panorama que esgote discussões sobre determinadas características da linguagem, mas que funcione como um encontro entre produções de artistas que não comumente estejam relacionadas”, afirma Mario Gioia, destacando que entre os artistas estão alguns mais experientes como Fábio Miguez, Ricardo van Steen e Sérgio Sister, ativos desde os anos 1980 – conhecida como “a década da pintura”- até talentos emergentes, como a paulista Giulia Bianchi (nascida em 1990), a carioca Cela Luz (de 1986) e o gaúcho João GG (também de 1986). Há a presença destacada de novos artistas representados pela Roberto Alban como Antonio Lee, David Magila e Felipe Góes, todos apresentados pela primeira vez no espaço expositivo da capital baiana.

 

“Anualmente a galeria convida curadores externos para trazerem a Bahia um novo olhar sobre a arte contemporânea. Acredito que a curadoria do Gioia é um bom momento de conhecer sobre a ótima produção da pintura brasileira, através do seu recorte”, observa Cristina Alban.

 

Com a maioria das telas sendo exibidas pela primeira vez, Mario Gioia considera que há uma ótima oportunidade e não fácil de ser repetida em ver reunidos, numa só mostra, trabalhos dessa qualidade e de nomes celebrados tanto no campo institucional como no mercado. “Existe um claro interesse de colecionadores nesta linguagem e, com isso, pinturas que admiramos podem ficar anos a fio em acervos particulares”, declara o curador, enfatizando a presença da baiana Lara Viana dentro do recorte. “Acompanho de perto a obra dela faz ao menos dois anos, quando suas telas de pequenas proporções eram um dos atrativos da Roberto Alban na ArtRio”, diz ele. “Sua habilidade em criar atmosferas muito particulares, por meio de uma inspirada construção de figuração e abstração, além de um marcado domínio de cores, são um dos destaques da coletiva.”

 

Lara Viana se divide entre Salvador e Londres, onde estudou mestrado no prestigiado Royal College of Art. Entre as exposições recentes que participou, podem ser citadas “Málverkasýning”, coletiva em Rejkjavik, Islândia, que contou também com obras de incensados artistas internacionais, como Andreas Eriksson e Melanie Smith.

 

Os artistas que compõem a exposição “Fragmentos…” são: Ana Elisa Egreja, Antonio Lee, Cela Luz, David Magila, Eloá Carvalho, Fabio Flaks, Fábio Miguez, Felipe Góes, Giulia Bianchi, João GG, Lara Viana, Ricardo van Steen e Sérgio Sister. “As obras escolhidas sempre têm características pictóricas, mesmo que sejam apresentados em outros suportes, como o tridimensional de João GG, que pode ser lido como uma pintura expandida, e os objetos de Sérgio Sister, como a “Caixa e o Tijolinho”, estas peças que têm como principal atributo o uso da cor”, afirma Gioia.

 

A Roberto Alban Galeria também promoveu uma conversa com os artistas Fábio Miguez e Sérgio Sister, com a mediação do curador, no dia seguinte à abertura.

 

 

 

Sobre o curador

 

Mario Gioia, nasceu em São Paulo, SP, em 1974. Curador independente é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) e faz parte do grupo de críticos do Paço das Artes desde 201, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de “Luz Vermelha” (2015), de Fabio Flaks, “Black Market” (2012), de Paulo Almeida, e “A Riscar” (2011), de Daniela Seixas. Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de “Ter lugar para ser”, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre Arquitetura e Artes visuais. Já fez a curadoria de exposições em cidades como Brasília (“Decifrações”, Espaço Ecco, 2014), Porto Alegre (“Ao Sul, Paisagens”, Bolsa de Arte se Porto Alegre, 2013) e Rio de Janeiro (“Arcádia”, CGaleria, 2016). É colaborador de periódicos de artes como Select e foi repórter e redator de Artes visuais e Arquitetura da Folha de São Paulo de 2005 a 2009. De 2011 a 2016, coordenou o projeto “Zip’Up”, na Zipper Galeria, destinado à exibição de novos artistas e projetos inéditos de curadoria. Na feira de arte ArtLima 2017, assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada “Sul-Sur”.

 

 

 

Sobre os artistas

 

 

Ana Elisa Egreja, São Paulo, 1983. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formou-se no ano de 2005 em Artes Plásticas pela FAAP. Participou em 2008 da 11ª Bienal de Santos (São Paulo, Brasil) e no mesmo ano recebe o prêmio 15º Salão da Bahia, no MAM Bahia (Salvador, Brasil). Entre as recentes exposições individuais estão Jacarezinho 92, na Galeria Leme (São Paulo, Brasil, 2017); Da Banalidade: vol.1, no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil, 2016); Galeria Leme (São Paulo, Brasil, 2013); Temporada de Projetos, no Paço das Artes (São Paulo, Brasil, 2010). Participou de diversas exposições coletivas como: A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela, com curadoria de Bruno Miguel, na Caixa Cultural (Rio de Janeiro, Brasil, 2017); Vértice – Construções, exposição itinerante com curadoria de Polyanna Morgana, no Centro Cultural dos Correios (São Paulo, Brasil, 2016). Em 2012, participou da Seven Artists from São Paulo, no CAB Contemporary Art (Bruxelas, Bélgica) e Nova Pintura, no Centro de Exposições Torre Santander (São Paulo, Brasil). No ano de 2011, Os primeiros dez anos, no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil) e Convivendo com arte: Pintura além dos pincéis, no Centro de Exposições Torre Santander (São Paulo, Brasil); Seus trabalhos receberam prêmio aquisição no 32º Salão de Arte de Ribeirão Preto (MARP, Brasil, 2007) e Prêmio incentivo Energias na arte, do Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, Brasil, 2009). Participa de coleções como: Coleção Santander, Brasil. Franks-Suss Colletion, Londres, Inglaterra. MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil. MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil. Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil.

 

Antonio Lee, São Paulo, 1981. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formou-se em Artes Plásticas pela FAAP. Trabalha principalmente com pintura, onde mistura as diferentes linguagens e estilos da arte moderna e contemporânea. Participou de exposições institucionais como o Salão de Arte Contemporânea na Pinacoteca de Piracicaba e em 2012 e 2013 na Anual de Artes da FAAP, onde foi premiado em 2012 com a Bolsa de Arte da faculdade. Realizou sua primeira exposição Memória Dinâmica na Galeria Luciana Caravello, no Rio de Janeiro, em 2013. Em 2015, na Galeria Zipper mostrou na exposição Velocity vs Viscoscity, seu primeiro conjunto de obras abstratas, que foram destaque em reportagem do canal Arte 1. Em 2016, realizou Pareidolia, sua primeira mostra internacional na Galeria Emma Thomas em Nova Iorque.

 

Cela Luz, Rio de Janeiro, 1986. Vive e trabalha em New York. Cela Luz concluiu mestrado em Fine Arts com foco em pintura, pela School of Visual Arts, New York, em 2017. Entre suas principais exposições, está uma individual na Casa de Cultura Laura Alvim em 2015, e duas coletivas em New York, “Cognitive Dissidence”, com curadoria de Dan Cameron (New Museum), e “Transfiguration”, na Flatiron Gallery, Chelsea, ambas em 2017. A artista foi selecionada para Partial Scholarship pela School of Visual Arts e tem obras na Coleção Gilberto Chateubriand, Brasil/MAM-RJ, Rio de Janeiro, Brasil e coleções particulares.

 

David Magila, São Caetano do Sul, 1979. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Magila é formado pelo Instituto de Artes da UNESP no Bacharelado em Artes Plásticas, participou de diversos cursos de especialização: 2017 – Ready-made e Imagens Prontas como Alegorias Neobarrocas com o prof. Sergio Romagnolo no Instituto de Artes UNESP – São Paulo. Litografia na ECA- USP com Cristy Wyckoff – PNCA – EUA, Anotações para uma História da Estampa no Ocidente na Pós-Graduação ECA-USP com Prof. Claudio Mubarac entre outros. Em 2017 participou como convidado da exposição “Tudo é Tangente” no Memorial Minas Vale em Belo Horizonte 2017; “Fotografia-Pintura e o Espírito de um tempo” na Casa Para Alugar em Ribeirão Preto 2016; Semana de Arte de Londrina 2016 e de exposições como: “Mostra Bienal Caixa de Novos Artistas 2015 e 2016” ”40º Salão de Ribeirão Preto” em 2015 , “Arte LONDRINA 3” , “Geometrias fragmentadas” e ”Preâmbulo” ambas na Galeria Contempo – SP em 2013, “Situações Brasília – Prêmio de Arte Contemporânea do Distrito Federal – 2012”; “Programa de Exposições 2012” MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto – SP – 2012. Ganhou prêmios aquisitivos no 1º Festival Casa Camelo – Belo Horizonte em 2017; 40º Salão de Ribeirão Preto”; III Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea – Palácio do Itamaraty – Brasília; 28º Salão de Arte Contemporânea de Santo André – SP e no 26º Salão de Arte Jovem CCBEU- Santos.

 

Eloá Carvalho, Niterói, 1980. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. O trabalho de Eloá Carvalho se apresenta inicialmente com a ideia de uma paisagem velada, que sugere uma espécie de narrativa silenciosa, passando pela construção do espaço através das figuras, na relação entre elas e em suas atitudes. A maioria das imagens vem de registros fotográficos que a artista se apropria e nos convida a olhar para aqueles que olham. Sua capacidade de gerar diálogos internos entre os trabalhos, a relação com o cinema, o interesse pela história, pela cena, as fricções entre o fazer pictórico, a fotografia e o desenho, tudo isso compõe o universo de investigação da artista. Dentre as principais exposições, suas individuais: Todo ideal nasce vago, MAM RJ/2016; Como se os olhos não servissem para ver, Galeria do Lago (Museu da República)/RJ 2015; Projetos da minha espera, ZipUp (Zipper Galeria)/SP 2015; Diante de outro branco, MUV Gallery/RJ em 2015 e Mise em Scène, Galeria Ibeu/RJ em 2013. Suas principais exposições coletivas: A insistência abstrata, nas coisas, Galeria Ibeu/RJ; Cruzamentos Insuspeitos, C.Galeria/RJ; Ver e ser visto, MAM RJ; Figura Humana, Caixa Cultural RJ; Novas Aquisições 2014, MAM RJ; XI Bienal do Recôncavo Baiano, São Félix/BA; Como se não houvesse espera, CCJF/RJ; Como o tempo passa quando a gente se diverte, Galeria Casa Triângulo, São Paulo/SP; Novíssimos 2010, Galeria de Arte IBEU/RJ.

 

Fabio Flaks, São Paulo, 1977. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP, em 2001. Mestre em Poéticas Visuais pelo Departamento de Artes Plásticas da ECA USP, em 2009. Entre as exposições individuais estão ‘Luz Vermelha’ na Temporada de Projetos do Paço das Artes (São Paulo, 2015), o ‘Solo Project’ na ARCO Feria Internacional de Arte Contemporáneo (Madri, 2014), ‘Cinza’ na Galeria Pilar (São Paulo, 2013), ‘Aéreos’ no Espaço Zip’Up da Zipper Galeria (São Paulo, 2011). Participou de diversas exposições coletivas como ‘Deslize’, curadoria de Raphael Fonseca no Museu de Arte do Rio – MAR (Rio de Janeiro, 2014), ‘Premio Internacional de Pintura na Fundación Focus – Anbegoa (Sevilla, 2014), ‘Realidades: Desenho Contemporâneo Brasileiro’ no SESC Pinheiros (São Paulo, 2011), entre outras. Em 2014 participou da Residência Artística do Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura na Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre através da Bolsa Luiz Aranha. Recebeu o Prêmio Bolsa Luiz Aranha da Fundação Iberê Camargo em 2014, o Prêmio Estímulo no 31° Salão de Arte Contemporânea de Santo André em 2003 e a Menção Honrosa na 9ª Bienal Nacional de Santos de 2004.

 

Fábio Miguez, São Paulo, 1962. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Pintor, gravador e fotografo. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela FAU/USP. Em 1982, estudou gravura em metal com o artista Sérgio Fingermann. Fábio Miguez participou de bienais como a Bienal Internacional de São Paulo (São Paulo, Brasil, 1985 e 1989), a 2ª Bienal de Havana (Havana, Cuba, 1986), a 3ª Bienal Internacional de Pintura de Cuenca (Cuenca, Equador, 1991) e a 5ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, Brasil, 2005), além de mostras retrospectivas como Bienal Brasil Século XX (1994) e 30ª Bienal (2013), ambas promovidas pela Fundação Bienal de São Paulo. Realizou exposições individuais, como: Paisagem zero (Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo, Brasil, 2012); Temas e variações (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2008); na Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo, Brasil, 2003), acompanhada da publicação de um livro sobre sua obra; e no Centro Cultural São Paulo (São Paulo, Brasil, 2002). Mostras coletivas recentes incluem Prática portátil (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil, 2014), Tomie Ohtake/Correspondências (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2013), Analogias (Museu da Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo, Brasil, 2013) e As tramas do tempo na arte contemporânea: estética ou poética (Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil, 2013).

 

Felipe Góes, São Paulo, 1983. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formado em Arquitetura. Durante esse período, expôs trabalhos em eventos culturais organizados pelo Diretório Acadêmico da faculdade. O interesse por pintura o levou ao curso de história da arte com Rodrigo Naves em 2007, e a uma viagem de estudos pela Europa em 2008 para ter contato direto com o acervo de importantes museus. Realizou curso de pintura com Paulo Pasta (2008-2012) e algumas disciplinas como aluno ouvinte no mestrado em artes da ECA-USP. Além dessas atividades participou de salões e exposições coletivas. Realizou também exposições individuais na Galeria Loly Demercian (São Paulo, 2010), Museu de Arte de Goiânia (2012), Usina do Gasômetro (Porto Alegre, 2012), Centro Cultural Adamastor (Guarulhos, 2013) Galeria Transversal (São Paulo, 2013), phICA (EUA, Phoenix, 2014), Central Galeria de Arte (São Paulo, 2014), Galeria Virgílio (São Paulo, 2016) e Museu Universitário de Arte, UFU (Ubêrlandia, 2017). Outro campo de atuação foram projetos artísticos como Arte Praia (Natal, 2013), AbNach São Paulo – Aos cuidados de Kassel” com exposição simultânea em Kassel e São Paulo (2012), exposições do Coletivo Terça ou Quarta (2011-2014) e residências artísticas no Instituto Sacatar (Itaparica, 2012) e Phoenix Institute of ContemporaryArt (EUA, Phoenix, 2014).

 

Giulia Bianchi, Bauru, 1990. Vive a trabalha em São Paulo, Brasil. A prática cotidiana de desenho e interesses relacionados impulsionou Bianchi a cursar artes plásticas pela FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), durante os anos de 2008 e 2011. Neste período de sua formação acadêmica, pôde experimentar diversas mídias, aprofundando-se na pesquisa pictórica que é realizada desde então. Inicialmente, os trabalhos foram guiados por impulsos, apetite, desejo de produzir; época em que sua prática era influenciada por elementos do seu cotidiano, universo íntimo e relações interpessoais. A pesquisa que se desenvolveu a partir de então, atualmente é direcionada ao coletivo. Através de pinceladas marcadas, escorridos casuais e gestualidade em harmonia contrastante com uma paleta bem equilibrada; corpos de contornos não definidos se fazem presentes por força e sensualidade. Os personagens podem ser vistos como uma narrativa ou dissolvidos em seu enquadramento. Participou de exposições coletivas independentes, fez parte da 41ª e da 42ª Anual de Arte FAAP, do 7º Salão dos Artistas sem Galeria, 3ª edição da Compartiarte, entre outras. Em 2016, fez parte do acompanhamento em pintura com Rodrigo Bivar e atualmente integra o grupo de artistas “Agosto”, orientado por Thiago Honório.

 

João GG

Porto Alegre, 1986. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Artista visual graduado pela Universidade de São Paulo (ECA USP), bacharel em Pintura. Nos últimos dois anos, participou de diversas exposições, com destaque para ‘Disfarce’ (Oficina Cultural Oswald de Andrade), ‘O Céu Ainda é Azul, Você Sabe…’ (retrospectiva de Yoko Ono no Instituto Tomie Ohtake), 66º Salão Paranaense (Museu Oscar Niemeyer), Programas de Exposições do MARP e SARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto) e Arte Londrina (Casa de Cultura UEL). Em 2015, participou da residência UV Estúdios em Buenos Aires, com a decorrente exposição ‘CINEcatástrofe’. Atualmente, reside em São Paulo e integra os grupos de estudo e acompanhamento “Após o Fim da Arte” (orientação de Dora Longo Bahia e Renata Pedrosa) e “Escola Entrópica” (orientação de Paulo Miyada e Pedro França).

 

Lara Viana, Salvador, 1970. Vive e trabalha em Salvador e Londres. Pintora, Lara Viana formou- se em 1995 Falmouth School of Art, Bacharel em Artes, e em 2007 M.F.A. Painting, Royal College of Art, Londres. Entre diversas exposições coletivas, participa da “Málverkasýning” em 2017, na Galeria i8 na Islândia. Em 2014, Bahia contemporânea Bahia, na Roberto Alban Galeria com curadoria de Marcelo Campos. Em 2011, Mail Art at the Memorial, curadoria de Pablo Ferretti na Galeria Progresso, Porto Alegre, Brasil. No ano de 2010: Art Blitz na Transition gallery, Londres; Art Brussels ‘Young Talent’ Domobaal Gallery, Londres. Em 2009: The Manchester Contemporary, com Marcel Dinahet e Felicity Powell, convidada pelo Arts Council, Inglaterra;Whitechapel Gallery, EEA Multiple commission; East End Academy, The Painting Edition, júri: Gillian Carnegie, Marion Naggar, Francis Outred, Barry Schwabsky, Anthony Spira, Whitechapel Gallery, Londres e na The Great Exhibition, Royal College of Art, Londres em 2007. E no ano de 2011, realiza as exposições individuais: Galerie De Expeditie Amsterdã, Holanda; Conrads Galerie Düsseldorf, Alemanha; Ruins, Permanent Gallery/The Regency Town House, Brighton, Reino Unido, publicação com um ensaio de Laura McLean–Ferris, design de Alex Rich e no mesmo ano recebe o prêmio da Bienal de São Paulo. Em 2010 – Lara Viana expõe na Domobaal Gallery, Londres.

 

Ricardo van Steen, São Paulo, 1958. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Artista multimídia, trabalha desde 1976, foi editor de revistas e dono de agência de propaganda, e hoje é diretor de cena nas produtoras Movi&Art, Fat Bastards e Modern Times, onde realiza para vários formatos: comerciais, vinhetas, documentários e longa-metragem. Também é fundador e diretor de criação da TempoDesign, onde há anos assessora a área institucional de grandes empresas, como Rede Globo, Globosat, Natura e Riachuelo. Coordena equipes, seja para trabalhos jornalísticos, seja para filmes ou desenvolvimento de marcas. Como artista plástico, realizou exposições individuais na Galeria Paulo Figueiredo (1983), na Galeria Millan (1997) e Noir na Galeria Zipper (2013). Além destas, participou de diversas exposições coletivas como: Cidades Invisíveis no MASP – Museu de Arte de São Paulo (2014); 7ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre (2009). Em 2006, Paris é Aqui em São Paulo e As linhas do Horizonte no Acervo da Caixa, Galeria Caixa Brasil, em Brasília. Brasiliens Gesichter, em Ludwig Museum, Koblenz na Alemanha (2005); Galeria Vermelho (2003). Ganhou o 1º Prêmio, Salão de Pintura no Centro Cultural Brasil Estados Unidos em Santos (1980); Prêmio Revelação, Panorama de Arte Moderna no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1979). Tem trabalhos no acervo permanente do Museu da Língua em São Paulo, Coleção Masp, Coleção Porto Seguro, Coleção Borusan, na Turquia.

 

Sérgio Sister, São Paulo, 1948. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Participou das 9ª e 25ª edições da Bienal Internacional de São Paulo, Brasil (1967, 2002); Dentro, curadoria de Evandro Salle (Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, Brasil) e Modos de ver o Brasil: Itaú 30 anos, curadoria de Paulo Herkenhoff, Thais Rivitti e Leno Veras (São Paulo) em 2017; Resistir é preciso (Centro cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil, 2014); Correspondências (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2013); Transformação na arte brasileira da 1ª a 30ª edição (30ª Bienal de São Paulo, Brasil, 2013); e no ano de 2011, participou da exposição O Colecionador de Sonhos ( Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil); Ponto de equilíbrio (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2010); entre suas exposições individuais recentes estão: Pintura com ar, sombra e espaço, (Galeria Nara Roesler, Rio de Janeiro – RJ, 2017); Malen mit raum, schatten und luft (Galerie Lange + Pult, Zurique, Suíça, 2016); Sérgio Sister (Goya Contemporary Gallery, Baltimore, MD, EUA, 2015). Em 2015, A Cor Reunida (Museu Municipal de Arte (MuMA), Curitiba, Brasil) e (Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil); Entre tanto (Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil, 2011) e Pontaletes (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2007). Suas obras fazem parte de acervos como os do Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil; e Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil.

Dentro

28/mar

“Dentro” é a primeira mostra do programa Sala de Encontro. Foi desenhada como conjunto plural que reúne, justapõe e integra em um vasto campo poético, obras que proporcionam abordagens situadas além da mera contemplação, convidando o público à reflexão e mergulho no universo complexo da arte. No dia 28 de março, às 16h, teremos conversa aberta ao público com a presença dos artistas e do curador.

 

Artistas convidados : Carla Guagliardi, Cildo Meireles, Sérgio Sister, Waltercio Caldas.

 

Obras do acervo MAR
Amilcar de Castro, Belmiro de Almeida,Dias & Riedweg, Gustavo Rezende, Kimi Nii, Kurt Klagsbrunn, Mario Cravo Neto, Mira Schendell, Montez Magno e Reis Junior.

 

 

A Sala de Encontro

 

Sala de Encontro é um espaço imersivo dedicado a exposições especiais que propõem um encontro direto e intenso com o universo poético, plural e híbrido da arte. Destina-se a todos – e em especial a crianças e jovens – visando explorar e incitar a criação de meios de experimentação e reflexão em torno da arte. Abre uma nova perspectiva de ação para o espaço expositivo do museu, buscando aprofundar conceitos básicos do projeto do MAR: democratização do sistema e do instrumental da arte.

 

Nosso desejo é que esse espaço funcione como um campo experimental de troca e aprendizado entre dois mundos: o da arte e o de quem a experimenta, o da linguagem aberta da arte e o da linguagem que configura-se como instrumento e lugar do sujeito no mundo, o de um museu socialmente ativo e o de seu público.
Sala de Encontro convida para a permanência e engajamento do público em atividades que deverão ser realizadas em seu interior. Seu mobiliário visa acolher palestras, pequenos concertos, performances, etc. – e, em particular, receber programas de formação oferecidos pelo museu. Evandro Salles – Diretor cultural

Quase figura, Quase forma

19/ago

Dando sequência às comemorações de seus 10 anos, a Galeria Estação, Pinheiros, São Paulo, SP, dessa vez em parceria com a Galeria Millan, realiza a exposição coletiva Quase figura, Quase forma, com curadoria do crítico Lorenzo Mammì. A união das duas galerias, que trabalham com grupos de artistas distintos, reforça a efervescente tese de que não há território que separe a produção reconhecida como popular da temática contemporânea.

 

Alcides Pereira dos Santos, Ana Prata, Aurelino dos Santos, Cícero Alves dos Santos, Felipe Cohen, João Cosmo Felix, João Francisco da Silva, José Bezerra, Neves Torres, Paulo Pasta, Sebastião Theodoro Paulino, e Tatiana Blass são os nomes representados pelas duas galerias. Contudo o curador selecionou também artistas que fazem parte de outros elencos, como Marina Rheingantz (Galeria Fortes Vilaça), Fabio Miguez e Sergio Sister (Galeria Nara Roesler) e Paulo Monteiro (Galeria Mendes Wood).

 

Para Lorenzo Mammì, enquanto muitos artistas contemporâneos estão se reaproximando de questões ligadas à representação ou encarando o problema do suporte de maneira mais individualizada e menos conceitual, a arte popular está gradativamente assumindo uma relação formalmente mais livre com seu repertório tradicional.

 

Ainda segundo Lorenzo Mammì, uma análise criteriosa da produção de arte contemporânea e da popular dos últimos trinta anos revela possíveis convergências a serem exploradas.  Para o curador, o final da década de 70 marca o início de uma valorização da figuração em relação à abstração na pintura contemporânea. “Talvez se possa dizer que, se o século XX foi tendencialmente um século de abstração, o XXI começa como século figurativo”, completa.

 

Paralelamente, Mammì defende que a arte popular brasileira – sempre enraizada nos conceitos de imagem, figura e signo – ampliou seu repertório ao permitir que a vocação autoral de seus representantes ganhasse cada vez mais espaço. “Certo apagamento da imagem, certa dissolução de estruturas narrativas tradicionais e simbologias já constituídas, podem ser identificados também, a meu ver, na arte popular mais recente”, diz o crítico.

 

Mammì ressalta que a arte popular no Brasil, “…nunca foi estritamente folclórica, no sentido de repetir, sem pretensão de singularidade, um repertório comunitário herdado”. Segundo ele, com exceção da arte indígena, este repertório praticamente não existia, ou era de importação muito recente. Mammì destaca ainda que o fato de o artesanato se desenvolver desde o começo perto dos centros urbanos ou dentro deles, onde o comércio era mais intenso, favoreceu uma produção com características individuais mais marcadas. “As fronteiras nunca foram rígidas: artistas de origem popular, como Emygdio de Souza, Agnaldo dos Santos, Djanira e Heitor dos Prazeres, circularam em ambiente culto, enquanto pintores de formação erudita (Guignard, Volpi, Pancetti) se aproximaram da linguagem popular”, completa.

 

 

 

De 21 de agosto a 10 de outubro.

Tomie Ohtake no Rio

13/dez

O Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe a exposição “Correspondências”, mostra organizada pelo Instituto Tomie Ohtake, que faz parte das comemorações do centenário da artista e conta com obras de sua produção desde 1956 até 2013, além de trabalhos de artistas contemporâneos. Com curadoria de Agnaldo Farias e Paulo Miyada, a homenagem em forma de mostra aproxima o trabalho de Tomie Ohtake de outros artistas através de interesses em comum, como o gesto, a cor e a textura, e o modo como cada um deles lida com essas características. A partir daí, revelam-se temas e sensações inesperados, tanto na obra de Tomie, como na de seus interlocutores. “Partindo do gesto, por exemplo, somos conduzidos pelas linhas curvas das esculturas de aço pintado de branco de Ohtake, que atravessam o espaço e lhe imprimem movimento, as quais se encontram com a linha inefável dos desenhos Waltercio Caldas e a linha espacial composta pelo acúmulo de notas de dinheiro de Jac Leirner”, ressaltam os curadores.

 

Agnaldo Farias e Paulo Miyada destacam também que a curvatura do gesto das mãos de Tomie anuncia-se nos indícios da circularidade presentes em suas primeiras telas abstratas produzidas na década de 1950 e culmina no círculo completo e na espiral, formas recorrentes nas últimas três décadas de sua produção. Esse percurso é apresentado em companhia de obras que extravasam o interesse construtivo da forma circular, como nas obras de Lia Chaia, Carla Chaim e Cadu. Uma vez que se forma o círculo, discute-se a cor, pele que corporifica toda a produção de Tomie Ohtake e que é fundamental aos artistas que são apresentados nesse grupo. “De contrastes improváveis a variáveis que demonstram a profundidade latente em um simples quadro monocromático, exemplos de pinturas dos anos 1970, figuram lado a lado com obras recentes de Tomie e com telas de especial sutileza na produção de artistas como Paulo Pasta e Dudi Maia Rosa”. Segundo eles, em Tomie, a cor é sempre realizada por meio da textura e da materialidade da imagem, que foi deixada a nu em suas “pinturas cegas” do final da década de 1950 e, desde então, nunca se recolheu, mesmo em telas feitas com delicadas camadas de tinta acrílica.

 

Complementa o pensamento dos curadores a tese de que há uma longa linha de experimentos que desfazem a ilusão da neutralidade do suporte da imagem pictórica, a qual se inicia muito antes das colagens cubistas e possui um momento decisivo nas iniciativas que ousaram liberar-se do verniz em parte de algumas pinturas realizadas no século XIX. “Essa linha de experimentos tem em Tomie uma pesquisadora aplicada, que pode reunir em torno de si figuras tão distintas como Flavio-Shiró, Arcangelo Ianelli, Oscar Niemeyer, Daniel Steegmann Mangrané e Carlos Fajardo”.  A exposição conta com 84 obras, sendo 28 de Tomie Ohtake e mais: Adriano Costa, Angela Detanico & Rafael Lain, Bartolomeu Gelpi, Carmela Gross, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Cristiano Mascaro, Fabio Miguez, Israel Pedrosa, Karin Lambrecht,  Kimi Nii, Leda Catunda, Luiz Paulo Baravelli, Maria Laet, Nélson Félix, Nicolas Robbio, Paulo Pasta, Sergio Sister, Tiago Judas e Tony Camargo.

 

 

De 18 de dezembro até 09 de fevereiro de 2014.