Espanha Afro 2025.

01/dez

Atividades em parceria com o Instituto Cervantes RJ, com a Embaixada da Espanha  e com a FLUP celebram o Novembro Negro brasileiro. Desde 2023, o Instituto Cervantes do Rio de Janeiro, Botafogo, celebra, anualmente, o Dia da Consciência Negra no Brasil através do programa multidisciplinar “Espanha Afro”, já em sua terceira edição. 

Em parceria com a Embaixada da Espanha e com a FLUP, estarão no Brasil a jornalista, escritora e curadora espanhola Lucía Mbomío e o fotógrafo reunionense Laurent Leger-Adame. Eles participaram de duas mesas-redondas no Viaduto de Madureira, quando conversaram sobre fotografia, imigração, memória, direitos, entre outros temas também abordados no último livro de Mbomío, Tierra de la luz.

Já em 02 de dezembro, terça-feira, às 19h, o Instituto Cervantes inaugura “Afromayores”, mostra fotográfica assinada por Leger-Adame, que retratou protagonistas desses legados, sob curadoria de Mbomío. Tanto o reunionense Laurent Leger-Adame como a alcorconeira (Alcorcón-Madri) Lucía Mbomío há anos entrevistam pessoas negras com o objetivo de balancear a narrativa mediática generalista espanhola na qual, ou não aparecem ou somente são vistos de determinada forma. Entre os retratados em destaque estão o pai da curadora, Jose, e também Batata, único carioca, residente em Madri, “afromayor/idoso” da mostra, que entrou especialmente nessa edição no Rio de Janeiro. 

Como incentivo, faltava apenas determinar como e quando – infelizmente precipitado após o diagnóstico de demência com corpos de Lewy do pai de Lucía. Em um processo de perda de lembranças inexorável, era o momento de fazer memória antes de que a dele se apagasse completamente. Foi dessa forma como, durante um bom tempo com o cinegrafista José Oyono, sem nenhum tipo de apoio econômico, começaram a fazer as gravações, os retratos e a encapsular suas vidas com o objetivo de eternizá-los. Perceberam imediatamente como se infiltram nelas o colonialismo, questões administrativas, xenofobia, racismo, amor, renúncias, sonhos desfeitos e realizados, família, pertencimento e muita nostalgia do tipo que não cessa, mesmo que estivessem na Espanha há décadas. Seu lema é “Existimos Porque Existiram”.

Até 10 de janeiro de 2026.

Arquipélago imaginário.

27/nov

A grande comemoração dos 50 anos de  carreira do fotógrafo paraense Luiz Braga chega ao Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, no dia 09 de dezembro, em exposição concebida pelo Instituto Moreira Salles. A mostra reúne 191 fotografias produzidas da década de 1970 até a atualidade – a maioria exibida apenas uma vez. A seleção destaca a forte conexão do fotógrafo com o seu território de origem e a perspectiva intimista diante dos ambientes e personagens retratados.

Com curadoria de Bitu Cassundé, a exposição Arquipélago Imaginário; oferece uma imersão no trabalho do fotógrafo Luiz Braga. Suas imagens retratam paisagens, indivíduos, costumes e tradições do território paraense, capturadas a partir de momentos de troca e convivência. “Meu trabalho se debruça sobre o meu lugar”, orgulha-se Luiz Braga, que mantém um acervo organizado de suas fotografias desde o início da carreira, aos 18 anos.

Nascido em 1956, em Belém, Luiz Braga começou sua trajetória como fotógrafo na década de 1970, atuando na publicidade antes de se tornar fotógrafo autônomo. Em paralelo, cursou arquitetura na Universidade Federal do Pará (UFPA). Em 1979, realizou sua primeira exposição individual e, desde então, passou a colaborar e expor em diversas instituições. “Não poderia ter escolhido outra profissão; tampouco viver em outro lugar”, afirma.

A exposição.

Arquipélago Imaginário; é composta por nove núcleos: Sintaxes populares, O Retrato, O Antirretrato, Territórios e pertencimentos – o Norte, Nightvision – Mapa do Éden, O outro, o alheio, Arquitetura da intimidade, Afazeres e trabalhos e O Marajó. Com uma expografia original e intimista, a seleção de imagens proporciona ao público uma viagem pelos temas e elementos marcantes na obra de Luiz Braga, ressaltando o orgulho de pertencer àquele território e o respeito por cada um dos personagens fotografados.

No início do percurso, estão as imagens em preto e branco, que marcam o período inicial de sua produção. Nos núcleos seguintes, predominam as fotos coloridas, a faceta mais conhecida de seu trabalho, com ênfase na investigação da Ilha do Marajó nos últimos 20 anos. Nos primeiros segmentos da exposição, a curadoria reforça a importância do vínculo do fotógrafo com os locais que registra e as pessoas que os habitam. Outra característica central em sua obra são as cenas do interior de residências e estabelecimentos, apresentadas de forma intimista. Detalhes como cortinas, relógios, vasos de flores e ventiladores evocam memórias, afetos e vestígios do tempo. O universo do trabalho também é um tema recorrente, com fotos de profissionais atuando no espaço público, como cabeleireiros, alfaiates, pescadores e açougueiros, geralmente em ação. Os núcleos Retrato e Antirretrato também merecem destaque. No primeiro, a curadoria ressalta como os retratos de Luiz Braga diferem do formato clássico, onde o ambiente e os objetos ao redor são fundamentais para compor a cena. Roupas, bolas de futebol e barcos tornam-se protagonistas junto aos indivíduos. Já a seção Antirretrato reúne fotografias onde as pessoas aparecem geralmente de costas ou de lado, contemplando o horizonte ou imersas em seu cotidiano. Em cartaz até 1º de março de 2026, a mostra conta com recursos de acessibilidade, como pranchas táteis e audiodescrição.

Em cartaz até 1º de março de 2026.

O elemento regional do Rio Grande do Sul.

25/nov

 

Reunindo dezenas de pinturas, desenhos, gravuras e esculturas, a exposição “Sul no Olhar” foi concebida sob a curadoria das acadêmicas de Museologia Maria Teixeira da Silva e Pietra Fredrich a partir da Coleção Rolf Zelmanowicz, acervo integrado ao Museu de Arte do Paço – MAPA. 

Sul no Olhar

O casal Rolf Udo Zelmanowicz (1931-2023) e Elisabete de Medeiros Zelmanowicz (1940) iniciaram em 1969 uma notável coleção, reunindo trabalhos de artistas do século XX, cuja temática predominante é o elemento regional do Rio Grande do Sul, representado por personas, paisagens e cenas do cotidiano urbano e rural. Para além do mero recorte geográfico, as imagens reunidas evocam memórias, identidades e a diversidade cultural da região, tomando o passado como um impulso poético para imaginar o futuro. Nesta exposição é apresentada ao público uma seleção de obras pertencentes à Coleção Rolf Zelmanowicz, generosamente doada pelo casal em 2023 ao Museu de Arte do Paço – MAPA.

Pietra Fredrich – Maria Teixeira da Silva.

Exposição Sul No Olhar 

Artistas participantes

Angelo Guido, Antônio Caringi, Enrique Castells Capurro, Clara Pechansky, Danúbio Gonçalves, Deville, Elisabete Zelmanowicz, Ernesto Frederico Scheffel, Esteban Roberto Garino, Francis Pelichek, Guido Mondin, João Fahrion, Libindo Ferrás. Nelson Boeira Faedrich, Oscar Boeira, Oscar Crusius, Plínio Bernhardt, João Luiz Roth, José Lutzenberger, Leopoldo Gotuzzo, Xico Stockinger, Vasco Prado.

 

O legado de Emanoel Araújo.

21/nov

 

O Farol Santander São Paulo apresenta a exposição Emanoel Araújo – Embates Construtivos, em cartaz até 22 de fevereiro de 2026. A mostra reúne mais de 70 obras entre xilogravuras, esculturas, serigrafias e cartazes, incluindo criações inéditas que evidenciam a pluralidade e o rigor estético do artista baiano.

Com curadoria de Fábio Magalhães, a exposição ocupa o 24º andar do centro cultural e propõe uma imersão no universo visual de Emanoel Araújo, marcado por formas geométricas, ancestralidade africana e cores intensas. As obras revelam o diálogo entre tradição e modernidade, reafirmando a importância do artista como referência na arte contemporânea brasileira.

Fundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo deixou um legado que celebra identidade, resistência e liberdade. A mostra é um tributo à sua trajetória e à potência da arte afro-brasileira no cenário nacional.

Obras que refletem processos de ruptura.

19/nov

 

Patrícia Pedrosa apresenta “Eu aos pedaços ou Ainda assim eu voo”, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. A mostra reúne vinte trabalhos inéditos – entre gravuras em técnicas diversas, vídeo-performance, cerâmica, livro de artista e um sketchbook – nos quais a artista toma o próprio corpo feminino como matriz e medida. Ao articular experimentações gráficas, bordado, colagem, estêncil e suportes como papel vegetal e tecido, investiga memória, somatizações e cicatrizes que atravessam a vida, criando obras que refletem processos de ruptura, cuidado e reconstrução.

Composta por 20 trabalhos – dezesseis gravuras, uma vídeo-performance, uma cerâmica, um livro de artista e um sketchbook – a mostra evidencia o modo como Patrícia Pedrosa expande a gravura para territórios híbridos. Suas obras articulam técnicas variadas, como bordado, colagem, recortes, pintura e procedimentos xerográficos, criando camadas que tensionam superfície e materialidade. O uso de suportes como papel vegetal, tecidos bordados em bastidores e tintas fosforescentes reforça esse interesse por deslocar a tradição gráfica para outros campos de experimentação, produzindo composições que se constroem entre transparências, cortes, marcas e sobreposições.

A pesquisa de Patrícia Pedrosa se estrutura a partir do corpo feminino e das marcas que o atravessam – cicatrizes físicas e simbólicas que se acumulam como registro das experiências somatizadas ao longo dos anos. Durante o período da pandemia de Covid-19, esse campo de investigação ganhou novos contornos. O isolamento em seu ateliê e a ruptura da rotina coletiva intensificaram a percepção da artista sobre finitude, fragilidade e transformação.

As obras inéditas reunidas em “Eu aos pedaços ou Ainda assim eu voo” nascem desse tempo suspenso, em que o ritmo da vida sofreu torções profundas e a relação com o próprio corpo se tornou um território ainda mais sensível de observação e elaboração. A mostra permanece em cartaz até 17 de janeiro de 2026.

Sobre o artista.

Patrícia Pedrosa nasceu em 1971, em São Gonçalo – RJ, possui bacharelado em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994) e atualmente é a docente responsável pela disciplina de litografia na mesma instituição onde se formou. Participa de individuais e coletivas desde 1992, tendo ministrado cursos, workshops e oficinas, atuando principalmente com gravura, desenho e história da arte. É doutora em Artes Visuais pela EBA – PPGAV – UFRJ e mestre na mesma instituição, ambos na linha de História e Crítica da Arte. Em 2025 recebeu Menção Honrosa na Kitchen Print Biennale de l’estampe (Épinal, França), uma competição com ênfase em pesquisas artísticas na gravura alternativa e não tóxica. Atualmente se divide entre o trabalho no seu ateliê em Petrópolis (RJ) e o Rio de Janeiro, onde leciona na Escola de Belas Artes – EBA/UFRJ.

Marco Maggi na Fundação Iberê Camargo.

“La economía de la atención” é a primeira exposição de Marco Maggi na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. A mostra propõe uma reflexão sobre os modos como a atenção se constrói e é direcionada e permanecerá em exibição até 26 de março de 2026.

Com curadoria de Patricia Bentancur, que acaba de ser anunciada como a responsável pelo Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza em 2026, a mostra apresenta doze trabalhos entre desenhos, instalações, elementos do cotidiano como rolo de tinta, bola de pingue-pongue, mesa de sinuca e colagens com papeis recortados, uma das marcas do artista. Na Fundação, ele criará uma obra inédita, de grandes dimensões, a partir de pequenos recortes em papel. Nascido em 1967 em Montevidéu, Marco Maggi divide seu tempo entre Nova York e a cidade natal criando trabalhos em pequenos fragmentos de papéis das mais diversas cores, materialidades e recortes. Utilizando humor, jogos de palavras e uma variedade de alusões visuais, Maggi incentiva seus espectadores a desacelerar e refletir sobre os detalhes e as complexidades de cada objeto. 

As obras de Maggi configuram um sistema visual de estruturas mínimas, quase imperceptíveis. Compreendê-lo é entrar em um código analógico de um algoritmo que se repetirá e reformulará uma e outra vez. Micro cortes em papel, incisões sobre acrílico ou grafite, que só existem a partir do intangível: a luz e a sombra.

A Fundação Iberê Camargo é uma obra de Álvaro Siza Vieira, um arquiteto que é capaz de direcionar nossa atenção a partir de ênfases espaciais e visuais mínimas. Uma pequena janela em um extenso muro cego nos induz a olhar para o exterior do museu. Enquanto Siza, neste caso, nos convida a olhar para longe, Maggi nos exige olhar de perto. Dois focos, aparentemente contraditórios, que não têm outra função senão economizar distrações, criar uma pausa para possibilitar um ato de observação ativa e concentrada. Marco Maggi compõe um protocolo de observação que é ativado apenas quando o corpo do espectador decide aproximar-se e manter o olhar. Em suas propostas, tanto os títulos de suas exposições quanto os de suas obras normalmente escondem um meta-sentido. A ambiguidade do título desta instalação não é um déficit de clareza, mas uma ferramenta crítica situada em um limiar de sentido deliberado. Por um lado, o da circulação, gestão e intercâmbio de um recurso escasso (economia) e, por outro, o da percepção, sensibilidade e capacidade de deter-se (atenção). A experiência da exposição se desdobra no terreno intermediário entre esses dois polos. Ela não designa univocamente, mas abre um campo de tensões que cada visitante deve negociar em seu percurso. Neste método de proximidade, não há espetáculo de impacto, mas relação; não há mensagem, mas cooperação; não há eficiência; há atenção. Sob esta perspectiva, seu trabalho não combate a aceleração com nostalgia, mas com técnicas concretas de lentidão, onde propõe possíveis práticas que, em nenhum caso, são diretrizes. Diante dos atalhos da velocidade, olhar devagar pode inclusive ser entendido como uma tecnologia cultural.

Patricia Bentancur

Curadora

A realidade fantástica de Bruno Novelli.

13/nov

O Museu Inimá de Paula, Belo Horizonte, MG, convidou o artista Bruno Novelli, em sua maior exposição individual “Sol de Ouro”, a uma fascinante odisseia a um mundo imaginário de natureza imaculada e vida selvagem. O ambiente onírico revela-se o verdadeiro protagonista nesta narrativa riquíssima de seres mitológicos em sua relação simbiótica hipotética em que homogeneidade humana não subjuga a pluralidade biológica. O pintor cria um universo sublime em cores, formas e texturas em 27 trabalhos que compõe a exposição no Museu, inclusa uma série desenvolvida própria para o espaço da instituição.

Até 30 de novembro.

 

Na Casa de Cultura Laura Alvim.

11/nov

A artista visual Sonia Wysard abre sua nova exposição individual, “Raiar o Breu”, com curadoria de Shannon Botelho, no próximo dia 18 de novembro na Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A mostra reúne cerca de 30 obras entre pinturas, monotipias e livro de artista, com escalas variadas, entre elas uma pintura de cinco metros de altura por um e sessenta de largura, e a série inédita “Ossos da Terra”, produzida em 2025.

A ambiguidade entre sombra e claridade, presença e ausência, bem como o jogo entre transparência e apagamento, atravessam as séries apresentadas. Nessas obras, a artista tensiona o campo da pintura ao explorar camadas que se revelam e se retraem, construindo profundidades que parecem surgir de dentro da própria superfície. Assim, o olhar é conduzido a perceber o que se mostra e o que se insinua, num movimento contínuo entre o visível e o que permanece em suspenso.

“Raiar o Breu é esse limiar: o ponto em que a luz e a sombra deixam de ser opostas e passam a coexistir. Sonia Wysard pinta a própria transição – o espaço onde o escuro brilha, onde o invisível pulsa, onde o dia ainda é noite”, afirma o curador no texto que acompanha a exposição.

 

Sobre a artista.

Sonia Wysard é natural de São Paulo, SP, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1958, onde graduou-se em 1981 em Ciências Biológicas pela Universidade Gama Filho. Lecionou por 25 anos em escolas públicas. Em 2002, já aposentada, graduou-se também em Design de Interiores, pela Universidade Estácio de Sá. Em 2007, inicia sua formação artística na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Faz sua primeira individual em 2013 e desde então participa de várias exposições coletivas. A natureza e o espaço, interesses presentes em seu percurso de vida, confluem para o seu fazer artístico em madura idade, onde a percepção virtual-real e a escolha pela questão abstrata através da pintura, gravura e monotipia, criam a imersão necessária para sua pesquisa e assim também para a fruição do espectador.

A mostra permanecerá em cartaz até o dia 07 de janeiro de 2026.

 

Exibição em três exposições simultâneas.

Gabriel Haddad e Leonardo Bora participam de três exposições simultâneas em importantes instituições do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde apresentam obras de naturezas diversas, todas atravessadas pelo Carnaval. No Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, eles integram a recém-inaugurada “Manguezal”, com curadoria de Marcelo Campos. No Paço Imperial, participam da mostra que apresenta os premiados da 16ª edição do PIPA, um dos mais importantes prêmios da arte contemporânea brasileira, sendo os primeiros artistas do carnaval a vencerem o prêmio. Em São Paulo, desenhos da dupla compõem a exposição “Trabalho de Carnaval”, com curadoria de Ana Maria Maia e Renato Menezes. Paralelamente às exposições, eles assinam o projeto artístico da Unidos de Vila Isabel para o desfile de 2026, com enredo sobre o sambista e multiartista Heitor dos Prazeres, intitulado “Macumbembê, Samborembá: Sonhei que um Sambista Sonhou a África.”.

Sobre os artistas.

Gabriel Haddad e Leonardo Bora são multiartistas e professores que encontram nas linguagens das escolas de samba a sua principal encruzilhada criativa. Enquanto carnavalescos, desenvolveram narrativas escritas e visuais para agremiações como Mocidade Unida do Santa Marta, Acadêmicos do Sossego, Acadêmicos do Cubango, Acadêmicos do Grande Rio e Unidos de Vila Isabel. Na Grande Rio, merece destaque o cortejo de 2022, “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu”, campeão do Grupo Especial carioca ao celebrar as potências de Exu. Misturando vozes e materialidades, expuseram trabalhos em instituições como o Museu de Arte do Rio, o CCBB-RJ, o Centre National du Costume (Moulins), o Grand Palais (Paris), o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, o Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, o SESC Pinheiros, o Museu do Samba e o MUHCAB. Os enredos que desfiam em palavras, fantasias e alegorias propõem reflexões acerca de temas como religiosidade, fantasmagoria, metalinguagem e memória.

 

Itaú Cultural homenageia Paulo Herkenhoff.

10/nov

Mostra celebra a trajetória de um dos mais importantes críticos de arte da atualidade e a trajetória de um pesquisador das artes no Brasil, o curador, o gestor cultural, o crítico de arte e o artista Paulo Herkenhoff.

Em cartaz até 23 de novembro – com curadoria de Leno Veras e da equipe do Itaú Cultural – apresenta documentos, fotografias, livros, obras de arte e diversos de seus cadernos de anotações para se debruçar sobre três aspectos fundamentais do trabalho de Paulo Herkenhoff: o colecionismo, a curadoria de exposições e a edição de publicações de arte.

Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, em 8 de janeiro de 1949, é bacharel em Direito, formado pela PUC-Rio em 1973 e mestre em Direito Comparado pela New York University. O homenageado tem um trabalho marcado pela investigação profunda da História da Arte, da Cultura e de seus protagonistas; pela tessitura de redes de saber e pelas ações estruturantes em museus e organizações nas quais atua, sempre preocupado com o fortalecimento das bases que sustentam as instituições culturais, garantindo sua perenidade e permanência. Como gestor e crítico, se engaja na construção de coleções e análises críticas que olhem e representem, de fato, a multiplicidade que constitui o país, e a transmissão de seus saberes inerentes.

Na juventude, ainda em Cachoeiro de Itapemirim, Paulo Herkenhoff cresceu imerso em uma escola criada e gerida por sua família. Foi nela onde começou a trabalhar na biblioteca aos 10 anos, ministrou aulas aos 14 e montou sua primeira curadoria, uma mostra dedicada ao estado da Paraíba, aos 6 anos. Frequentou a Escolinha de Arte de Cachoeiro de Itapemirim, fundada por Isabel Braga em 1950 e, na década de 1970, foi aluno de Ivan Serpa e como aluno de Serpa começou a carreira artística. Sua receptividade foi imediata, sendo premiado no Salão Universitário da PUC-Rio, no Salão de Verão, na exposição Valores Novos e na VII Jovem Arte Contemporânea. Nessa mesma década participou da Bienal de Veneza e da Bienal de Paris.

Foi Curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), Diretor Cultural do Museu de Arte do Rio (MAR), também com passagens pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), pelo Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro (MNBA) e outras organizações dentro e fora do Brasil. Foi responsável por curadorias que ficaram para a história da arte brasileira, como a 24ª Bienal Internacional de São Paulo, conhecida como a “Bienal da Antropofagia”; o Pavilhão brasileiro da 47ª Bienal de Veneza (Itália), o Salão Arte Pará, em dezenas de edições; o Tempo, no MoMA (Nova Iorque); Vontade Construtiva na Coleção Fadel, no MAM-RJ; entre outras. No Itaú Cultural, foi curador das mostras Investigações: o trabalho do artista (2000), Trajetória da Luz na Arte Brasileira (2001), Caos e Efeito (2011), Modos de Ver o Brasil: 30 anos do Itaú Cultural (2017) e Sandra Cinto: das Ideias na Cabeça aos Olhos no Céu (2020).

Itaú Cultural, Ocupação Paulo Herkenhoff, Mostra celebra a trajetória de um dos mais importantes críticos de arte da atualidade e a trajetória de um pesquisador das artes no Brasil, o curador, o gestor cultural, o crítico de arte e o artista Paulo Herkenhoff, Em cartaz até 23 de novembro – com curadoria de Leno Veras e da equipe do Itaú Cultural – apresenta documentos, fotografias, livros, obras de arte e diversos de seus cadernos de anotações para se debruçar sobre três aspectos fundamentais do trabalho de Paulo Herkenhoff: o colecionismo, a curadoria de exposições e a edição de publicações de arte, Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, em 8 de janeiro de 1949, é bacharel em Direito, formado pela PUC-Rio em 1973 e mestre em Direito Comparado pela New York University.