Acervo completo da Fundação Iberê Camargo

08/jul

Mais de 5 mil obras de Iberê Camargo são disponibilizadas para acesso gratuito​, além de fotografias do artista produzindo o grande painel de 49 metros quadrados para a sede da Organização Mundial da Saúde, em Genebra

 

A Fundação Iberê avança em sua parceria com o ​Google ​Arts ​& ​Culture e disponibiliza todo o seu acervo, além de matrizes para gravuras, provas de estado e centenas de obras de Iberê Camargo que encontram-se em coleções particulares e estrangeiras, totalizando mais de 5 mil itens. No Brasil, ​apenas o Projeto Portinari possui um volume tão expressivo de obras publicadas na plataforma. No Rio Grande do Sul, a Fundação é a única instituição que integra o projeto de alcance global.

 

Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da Fundação Iberê, diz que o centro cultural está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para que a gigantesca pintura do artista seja digitalizada em altíssima resolução. “O nível de detalhamento alcançado pela câmera do Google será realmente incomparável. Enquanto isso, publicamos o processo de criação do painel através de uma preciosa documentação, envolvendo mais de 90 documentos que integram o acervo da Fundação Iberê e o HWO Archive. Além das obras do acervo, disponibilizamos centenas de outras fotografadas por Iberê e D. Maria, muitas delas em paradeiro ainda desconhecido. Essas fotografias revelam certo aspecto doméstico, mas são registros importantíssimos, além de testamentos incontestáveis da dedicação com que o casal documentava a produção do artista. Manter uma base de dados para gestão de coleções é um verdadeiro desafio para as instituições. A plataforma do Google atende parte dessa demanda e torna visível a ponta do iceberg que é o trabalho com um acervo”, explica Possamai.

 

Destaques do acervo da Fundação Iberê disponibilizado no Google Arts & Culture:

 

● O processo de criação do imponente painel de 49 metros quadrados oferecido pelo governo brasileiro em 1966 à Organização Mundial da Saúde, em Genebra, por meio de dezenas de fotografias, correspondências e estudos preparatórios, pertencentes ao acervo da Fundação e aos arquivos da OMS;

 

● ​Detalhes de pinturas de Iberê Camargo, digitalizadas em Gigapixel, por meio da Art Camera ​– ​uma câmera robótica desenvolvida pelo Google cria imagens em ultra-alta resolução, produzindo centenas de imagens de close-up que depois são “costuradas” por um software para gerar uma única e fantástica imagem de cada obra, revelando detalhes praticamente impossíveis de serem vistos a olho nu;

 

● ​Com a ajuda do Street View, os visitantes podem percorrer virtualmente as exposições “Depois do Fim”, com obras de arte contemporânea, e “NO DRAMA”, de Iberê Camargo, em cartaz em 2017, bem como conhecer ou revisitar em detalhes o prédio projetado por Álvaro Siza, a qualquer hora do dia (disponível também para óculos de Realidade Virtual);

 

● Aspectos biográficos de Iberê Camargo através de sua cronologia e dos textos produzidos pelos professores e críticos de arte Eduardo Veras e Icleia Cattani;

 

● Tapeçarias e cerâmicas praticamente inéditas de Iberê através de imagens em alta resolução no preview da exposição “O Fio de Ariadne”, que será inaugurada após a quarentena;

 

● Cronologia fartamente ilustrada de Maria Coussirat Camargo, a inseparável companheira de Iberê, com dezenas de fotografias pessoais e pinturas realizadas na época de estudante;

 

● O público pode conhecer, ainda, parte do processo criativo de Iberê através de uma série de pinturas retrabalhadas pelo artista, revelando seu processo de fazer e refazer, por meio de registros fotográficos inéditos produzidos por ele e por D. Maria.

 

Produção de Iberê no Google & Arts, em números (até o momento):

 

● 3.780 guaches e desenhos;

● 650 pinturas;

● 357 gravuras mais provas de estado;

● 90 matrizes para gravuras;

● 250 fotografias pessoais, jornais e correspondências;

● Dezenas de outros materiais.

 

Sobre o Google Arts & Culture

 

Google Arts & Culture disponibiliza mais de dois mil museus ao seu alcance. É a porta para explorar a cultura em toda a sua diversidade, bem como uma maneira imersiva de investigar arte, história, maravilhas do mundo e histórias sobre o patrimônio cultural, desde as pinturas dos quartos de Van Gogh, a cela de Mandela aos templos antigos, dinossauros, ferrovias indianas ou comida no Japão. O aplicativo é gratuito e está disponível na Web, no iOS

Crítica de arte Blanca Brites fecha a série de lives sobre a nova exposição com cerâmicas e tapeçarias da Fundação Iberê

25/jun

Crítica de arte Blanca Brites fecha a série de lives

No próximo sábado (27), a Fundação Iberê realiza a última live da série “O Fio de Ariadne”. A curadora Denise Mattar conversa com a crítica de arte Blanca Brites sobre as cerâmicas que serão expostas na próxima exposição do centro cultural. A transmissão ocorre às 11h, pelo perfil do Instagram @fundacaoibere.

 

No texto para o catálogo, “Esmalte cerâmico – Desafio enfrentado por Iberê Camargo”, Blanca escreve: “Luiza Prado e Marianita Linck foram as parceiras escolhidas por Iberê Camargo no momento em que ele esteve motivado a trabalhar com esmalte cerâmico, na década de 1960. O fato do pintor ter selecionado dois ateliês distintos para fazer essas pinturas em nada alterou o efeito final obtido, uma vez que ele seguia a mesma maneira de trabalhar suas telas, obedecendo, é claro, às exigências do novo suporte. Percebe-se que Iberê se lançou com vontade à nova técnica mas, mesmo com sua experiência, deve ter sido um desafio, sobretudo, quando a matéria se transforma, ganha brilho, opacidade, transparência, rugosidade, textura, após a misteriosa mágica do fogo. Necessário considerar, ainda, que o esmalte cerâmico em porcelana apresenta uma diferença na cor depois da queima, especialmente quando se faz experimentos. Assim, até para artistas de reconhecido domínio técnico, a abertura do forno é sempre uma incógnita. Concernente à sua arte, é notório que Iberê se mostrava muito exigente, portanto, a escolha de Luiza Prado e de Marianita Linck para auxiliá-lo evidencia a confiança que o artista depositava nelas. Ao se lançar ao desafio que implicava entregar-se a uma matéria nova, optou ser guiado por mãos amigas e de competência profissional.”

 

Durante as décadas de 1960 e 1970, além de sua intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato.

 

Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias.

 

A exposição “O Fio de Ariadne” reunirá cerca de 37 cerâmicas, sete tapeçarias de grandes dimensões e cartões pintados por Iberê, e gravuras. A mostra será complementada por uma cronologia ilustrada, reunindo fotos e depoimentos de algumas das mulheres que marcaram presença na vida de Iberê. Entre elas, a esposa Maria Coussirat Camargo, a artista Djanira, as ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, as artistas Regina Silveira e Maria Tomaselli, a tapeceira Maria Angela Magalhães, a gravadora Anna Letycia, a escritora Clarice Lispector, as gravadoras Anico Herskovits e Marta Loguercio, a galerista Tina Zappoli, a produtora cultural Evelyn Ioschpe, a cantora Adriana Calcanhotto e a atriz Fernanda Montenegro.

 

Sobre Denise Mattar
Foi curadora do Museu da Casa Brasileira de São Paulo (1985 a 1987), do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1987 a 1989) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1990 a 1997). Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de artistas, como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Maria Tomaselli, Norberto Nicola, Alfredo Volpi, Guignard, entre outras. Em 2019, recebeu novamente o Prêmio APCA pela retrospectiva de Yutaka Toyota, apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo e Museu Nacional.

 

Sobre Blanca Brites
Historiadora e Crítica de arte, é doutora em História da Arte Contemporânea e pós-doutora em Arte Contemporânea pela Université de Paris I (Pantheon-Sorbonne). Foi coordenadora da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do IA/UFRGS. Curadora independente, realizou duas exposições na Fundação Iberê. Pesquisa sobre museologia e arte no Rio Grande do Sul. Organizou o livro “Cerâmica: um caminho de vida” sobre a obra de Marianita Linck, publicado em 2017. É membro da AICA e CBHA.

 

A Fundação Iberê tem o patrocínio de Itaú, Grupo GPS, Renner Herrmann S/A e Lojas Renner, OleoPlan, Banco Safra, e apoio de Ventos do Sul, BTG Pactual, Grendene, Unifertil, Nardoni Nasi, DLL Group, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Tecnopuc e Plaza São Rafael, com realização e financiamento da Secretaria Especial da Cultura – Ministério da Cidadania / Governo Federal. O Programa Educativo/ Iberê nas Escolas tem o patrocínio de CMPC – Celulose Riograndense e Dufrio, com realização e financiamento da Secretaria Estadual de Cultura/ Pró-Cultura RS, Secretaria da Educação – Prefeitura de Porto Alegre, Secretaria de Educação – Prefeitura de Guaíba e Viação Ouro e Prata.

 

Andy Warhol | Live sexta às 18h com Thiago Gomide e Eric Shiner

 

Bergamin & Gomide

 

Olá,

 

Nesta sexta-feira, dia 26 de junho, faremos mais uma live “B & G convidam” às 18h (horário de Brasília). A conversa vai ser entre o sócio-diretor da galeria Thiago Gomide e Eric Shiner, que foi diretor do Andy Warhol Museum em Pittsburgh, sobre um dos maiores ícones da arte contemporânea, Andy Warhol (1928-1987).

 

A importância da obra de Warhol para a arte contemporânea e cultura pop, tendo o artista produzido em diversos suportes e mídias, é inegável, mas são nas fotografias que reside a essência desse emblemático artista. Como o próprio Warhol relatou em seu diário: “Eu não acreditava em arte; eu acreditava na fotografia.”

 

Nos anos 1970, Andy Warhol levava sua câmera onde quer que fosse. Com a sua Polaroid e depois uma Minox de 35 milímetros, criou uma linguagem fotográfica a partir de um vocabulário visual singular. Em seus registros estão ícones da cultura efervescente da época, como Arnold Schwarzenegger, Grace Jones, Jean-Michel Basquiat, John Lennon, Mick Jagger, Steven Spielberg, Tina Turner, entre outros.

 

A linguagem visual de Warhol reside no centro na exploração imagética, afinal, a fotografia sempre esteve por trás do conjunto de sua obra, sendo um dos aspectos mais centrais e duradouros de seu processo criativo. Ela foi desmembrada por variados gêneros fotográficos, podendo ser inclusive associada como influenciadora do modelo de representação do retrato atual, como as selfies do Instagram.

 

Eric Shiner é Diretor Executivo do Pioneer Works em Nova York. De 2011 a 2016, foi diretor do Andy Warhol Museum em Pittsburgh, depois de atuar como Milton Fine Curator of Art no início do museu em 2008. Mais recentemente, foi diretor artístico da White Cube Gallery em Nova York. Antes disso, atuou como vice-presidente sênior de arte contemporânea da Sotheby’s. Ao longo dessas experiências, demonstrou seu compromisso de liderar de maneira a promover a diversidade, a inclusão e a justiça social. Shiner foi curador assistente da Trienal de Yokohama em 2001, a primeira exposição em grande escala arte contemporânea internacional no Japão, além disso, também é autor de livros como The Night Is Still Young, que contextualiza a cultura Drag no Japão na virada do século a partir das fotografias do artista japonês Tomoaki Hata.

 

Através deste link você encontra as obras da exposição Andy Warhol: Photographs.

 

Para mais informações, entre em contato conosco.

Obrigado e até breve,

Equipe Bergamin & Gomide

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Hello,

 

We hope this e-mail finds you well.

 

Continuing with our series of live sessions in our Instagram profile, next Friday, May 26th, at 6 pm (BRT) [5 pm (EST)], Thiago Gomide, our Director, will talk with Eric Shiner, who was the director of the Andy Warhol Museum in Pittsburgh, for a conversation about one of the most iconic artists from the post-war era, Andy Warhol (1928-1987).

 

The importance of Andy Warhol’s  body of work to contemporary art and pop culture, having the artist created in a multitude of supports and medias, is undeniable; however, at the core of his production, lies photography. As Warhol himself reported in his journal: “I didn’t believe in art; I believed in photography.”

 

Throughout the 1970s, Andy Warhol brought his camera with him everywhere he went to document his life and interests. First using a Polaroid and then a 35-millimeter compact Minox, he created a photographic language and unique visual vocabulary. In his photographs are depicted icons of the effervescent culture of the time, including Arnold Schwarzenegger, Grace Jones, Jean-Michel Basquiat, John Lennon, Mick Jagger, Steven Spielberg, Tina Turner, among others.

 

Photography is at the center of Warhol’s visual language, through which he explored imagery. In fact, his visual language remains one of the most central and long-lasting aspects of his creative process, covering also various photographic genres, and can even be associated with influencing the current portrait aesthetics, such as Instagram selfies.

 

Eric Shiner is Executive Director of Pioneer Works in New York. From 2011 to 2016, he was the Director of the Andy Warhol Museum in Pittsburgh, after serving as the Milton Fine Curator of Art at the museum beginning in 2008. He was most recently the Artistic Director at White Cube Gallery in New York. Prior to that he served as the Senior Vice President of Contemporary Art at Sotheby’s. Throughout these experiences, he has demonstrated his commitment to lead in ways that promote diversity, inclusion and social justice. Shiner was an assistant curator of the Yokohama Triennale 2001, Japan’s first-ever, large-scale exhibition of international contemporary art, he is also the author of books such as The Night Is Still Young that captures and contextualizes drag culture in Japan at the turn of the century, from photographs by the Japanese artist Tomoaki Hata.

 

Through this link, you can find works by the exhibition Andy Warhol: Photographs.

 

For more information, please feel free to contact us.

We hope to see you soon,

Bergamin & Gomide team

 

Roberta Carvalho é a convidada do novo episódio da websérie Oi Futuro Agora

19/jun

Web Série Oi Futuro Agora

 

A artista paraense Roberta Carvalho é a convidada no próximo dia 22 de junho da série Oi Futuro Agora, dirigida e produzida por Batman Zavareze, no canal do Youtube da instituição, apresentada sempre às segundas-feiras.

 

Em sua participação na websérie, Roberta Carvalho irá comentar e mostrar imagens do Festival Amazônia Mapping, projeto de arte e tecnologia no espaço urbano, idealizado pela artista, e considerado o primeiro festival especificamente de videomapping no país. O festival, que realiza grandes projeções no centro histórico de Belém [http://www.amazoniamapping.com] e outras localidades como Santarém, tem ainda a importância de colocar a Amazônia em uma posição central no circuito de arte e tecnologia. A edição de 2020 do Festival Amazônia Mapping será a primeira com uma chamada pública também internacional, e está programada para se realizar ainda este ano, após a pandemia.

 

Sobre a artista

 

Roberta Carvalho é representada no Rio de Janeiro pela galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, e seu trabalho “Maré” (2019), em sua mais recente investigação com a Realidade Aumentada, foi doado ao Museu de Arte do Rio, durante a feira ArtRio, passando a ser a primeira obra desta natureza da coleção. “Maré”, que iniciou a série “Amazônia Aumentada”, permite que, com o uso de QR em celular ou tablet, o espectador seja transportado para caminhos submersos da imagem exposta. As imagens trazem o universo de pesquisa da artista nas ilhas ribeirinhas do Pará.

 

Em isolamento social em São Paulo, Roberta Carvalho realiza projeções nas fachadas de edifícios vizinhos ao que mora. Uma das projeções realizadas foi produzida junto com o artista Uyra Sodoma, e foi um videomapping com uma videoperformance feita durante uma residência com artistas oriundas da Amazônia. A exibição em São Paulo, de aproximadamente dez minutos, ocorreu na noite de 18 de abril, e foi transmitida pela página do Greenpeace Brasil no Tweeter. Pode ser visto em: https://www.instagram.com/tv/B_JC7MDDQZv/?utm_source=ig_web_copy_link.

Amanhã [Tomorrow] | Art Basel Online Viewing Room “Um Estande Imaginário” [An imaginary Booth]

17/jun

 Bergamin & Gomide

 

Temos o prazer de apresentar o projeto “Um Estande Imaginário” criado especialmente para o Online Viewing Room da Art Basel, que acontece de 17 a 26 de junho de 2020.

 

Apresentaremos raras obras de arte de artistas como Abraham Palatinik, Alexander Calder, Amadeo Luciano Lorenzato, Amélia Toledo, Artur Barrio, Celso Renato, José Leonilson, José Resende, Lygia Clark, Manfredo de Souzanetto, Mira Schendel,  Sergio Camargo, Sol LeWitt, entre outros.

 

A seleção de obras tem foco nos materiais que transmitem organicidade, uma forma de despertar a memória coletiva ao dialogar, direta ou indiretamente, com os nossos ancestrais. Assim, ao integrar nas ambientações peças utilitárias de etnias indígenas do território brasileiro, reverenciamos os povos originários e sua cultura.

 

Na imagem destacamos a obra Sergio Camargo, Relevo nº 373 (1972), onde o branco aplicado sobre o relevo de madeira nos apresenta um tênue jogo de luz e sombra. Diante da ambiguidade de elementos que não se individualizam, os relevos sobre a superfície atingem uma complexidade de nuances e desafiam a lógica contrutivista a partir de sua aleatoriedade. Ao entrar em contato com a obra, o público é convidado para um momento de contemplação do silêncio e da escassez de cor.

 

Junto à obra está a peça de cerâmica utlilizada como panela pelo Povo Rikbaktsa, que vive na bacia do rio Juruena, no noroeste do Mato Grosso. Sua autodenominação – Rikbaktsa – significa “os seres humanos”. Regionalmente são chamados de “Canoeiros”, por referência à sua habilidade no uso de canoas ou, mais raramente, de “Orelhas de Pau”, pelo uso de enormes botoques feitos de caixeta e introduzidos nos lóbulos alargados das orelhas.

 

Foram considerados guerreiros ferozes e na década de 1960 enfrentaram um processo de depopulação que resultou na morte de 75% de seu povo. Recuperados, ainda hoje impõem respeito à população regional por sua persistência na defesa de seus direitos, território e modo de vida.

Para mais informações entre em contato conosco!

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We are pleased to present the project “An Imaginary Booth” created exclusively for Art Basel Online Viewing Room, which takes place from June 17th to 26th, 2020.

We will present rare works by artists such as Abraham Palatinik, Alexander Calder, Amadeo Luciano Lorenzato, Amélia Toledo, Artur Barrio, Celso Renato, José Leonilson, José Resende, Lygia Clark, Manfredo de Souzanetto, Mira Schendel, Sergio Camargo, Sol LeWitt, among others.

 

The selection of works focuses on materials that transmit organicity, a way to awaken collective memory when dialoguing, directly or indirectly, with our ancestors. Thus, when integrating utilitarian pieces of indigenous ethnic groups from the Brazilian territory, we honor our First peoples and their culture.

 

In the image is highlight the work by Sergio Camargo, Relief nº 373 (1972), where the white colour placed on the wooden relief presents us with a tenuous play of light and shadow. In face of the elements’ ambiguity that are not individualized, the reliefs on the surface reach a complexity of nuances and challenge the constructivist logic based on its randomness. Upon seeing this work, the audience is invited to a moment for contemplate the silence and scarcity of color.

 

Alongside the work is the ceramic piece used as a pot by the Rikbaktsa People, who live in the Juruena River whatershed, in northwest of Mato Grosso state. Its self-denomination – Rikbaktsa – means “human beings”. Locally they are called “Canoeiros”, as a reference to their skill on riding canoes or, more rarely, “Orelhas de Pau”, due to the usage of huge buttons made of wood and inserted in the enlarged ear lobes.

 

They were considered ferocious warriors and in the 1960s faced a depopulation process that resulted in the death of 75% of their people. Recovered, they still impose respect on the regional population for their persistence in defending their rights, territory and way of life.

For more information contact us!

Diálogos instigantes

12/jun

 

not cancelled / Gabriela Machado – Galeria Marcelo Guanieri

09/jun

not cancelled (Gabriela Machado)

 

A Galeria Marcelo Guarnieri, São Paulo, SP, anuncia participação no “not cancelled Brazil”, evento de arte online com duração de 4 semanas que reunirá 57 galerias brasileiras de 9 diferentes cidades. Será apresentada uma seleção de pequenas pinturas e esculturas da artista brasileira Gabriela Machado.

 

O acesso so evento será de 10 de junho a 8 de julho de 2020. A galeria apresentará os trabalhos na terceira semana do evento em www.notcancelled.art/brazil

 

Iniciada na década de 90, a produção de Gabriela Machado ficou marcada pelas pinturas de grande escala em cores vibrantes, interessadas por elementos da paisagem que abarcavam desde florestas, praias e morros, a detalhes de um ramo de flores pousado na mesa de seu ateliê. A partir de 2013, Gabriela passou a concentrar-se na pintura de pequenas dimensões, rebaixando os tons de sua paleta de cores e compondo imagens menos festivas e mais silenciosas. Trabalhar em telas menores estimulava uma prática que ia além do espaço do ateliê: a mobilidade do material permitia à artista produzir em diferentes contextos, contaminando-se por eles. Foi o que aconteceu nos cinco anos seguintes, quando desenvolveu novas séries enquanto viajava para países como Portugal, Estados Unidos e regiões como a Patagônia, o sul de Minas Gerais e o litoral da Bahia.

 

Nas pinturas mais recentes, produzidas a partir de 2017, surgem os amarelos e verde-neons mergulhados em azuis escuros, vermelho-carmim misturados ao preto e ao laranja. Ainda se tratando da paisagem, das flores, dos bichos, do mar e da floresta, agora há uma especial fascinação pelas visões noturnas, pela lua e pelos efeitos da luz.

 

As esculturas da série “Vibrato” foram produzidas entre Portugal (em residência na fábrica de cerâmica São Bernardo) e Rio de Janeiro (apresentadas em 2016 no MAM-RJ), entre 2013 e 2015, período em que experimentou traduzir alguns procedimentos de suas pinturas para a escultura. As peças se configuram em materiais diversos tais quais porcelana, madeira, bronze, gesso, argila e pedras. Oscilam não só a partir dos materiais, mas também a partir dos formatos, das alturas que alcançam e das cores que incorporam, compondo, juntas, uma espécie de sinfonia.

 

A palavra de Ronaldo Brito

 

“Daí o modo coerente como se apresentam em exposição – dispostas meio aleatoriamente sobre uma mesa comprida, em bases provisórias, que pertencem e não pertencem às esculturas. Ora falam, conversam à vontade entre si, ora se distanciam, isoladas em sua unidade formal particular.”

 

Sobre a artista

 

Gabriela Machado (1960 – Santa Catarina, Brasil – Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil). Buscando nas formas da natureza e nos arranjos dos objetos que a rodeiam um ponto de partida para suas pinturas, desenhos e esculturas, Gabriela Machado escolhe a cor como porta-voz de seus trabalhos. Por vezes em telas de grandes dimensões que exigem do corpo o movimento de projetar-se numa espécie de vôo cego, ou até mesmo em telas pequeninas que nos remontam à relação intimista que possuímos com nossos cacarecos. O trabalho de Machado nos aproxima, por meio de pinceladas intensas e cores vivas, da experiência estética dos elementos de seu cotidiano; sejam eles as grandiosas montanhas do Rio de Janeiro ou os singelos cachos de bananas pendurados nas barracas da feira. A tinta, matéria de seus trabalhos bidimensionais, surge, em sua grande maioria, diluída em água ou entre as distintas cores que escolhe, nunca perdendo, no entanto, a capacidade de vibrar. O caráter gestual de sua pintura migra para os trabalhos tridimensionais que ganham corpos de porcelana, gesso ou bronze e que parecem alçar a condição de objetos-vivos quando elevados em altíssimos pedestais ou quando assumem grandes volumes desengonçados. Assim como suas pinturas, desenhos e como a própria natureza, esses objetos nos apontam para a beleza da matéria não-domesticada. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se: MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brasil; Carpe Diem – Arte e Pesquisa, Palácio das Artes, Lisboa, Portugal; Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil; Museu do Açude, Rio de Janeiro, Brasil; Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, Portugal; Casa de La Parra, Santiago de Compostela, Espanha; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil; MUBE – Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo, Brasil; Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil; Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil; Sacred Heart University, Fairfield, Califórnia, EUA; Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil; MAM-Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brasil, entre outros.

 

#MAMonline | 8 jun

08/jun

 

Foto: Laysa Elias

#MAMEducativo
live de narração

Próxima terça-feira, 9/6, às 16h, o educativo do mam convida para mais uma narração de história ao vivo no Instagram do museu, com Mirela Estelles. Reúna as crianças e participe!

oficina
#MAMEducativo
oficina online Brinquedo para dançar e encantar: construção de boizinho

 
Construção de um dos principais personagens da manifestação cultural do Bumba meu Boi: o boizinho. A oficina será realizada no Zoom por Caroline Machado e explorará a diversidade cultural brasileira a partir do fazer manual e da imaginação.
Para crianças e acompanhantes (até 30 pessoas)
+ 6 anosQuarta-feira, dia 10/6, às 14h30, por videoconferênciainscrições aqui
Daniela Villela e Antonia Bergamin
À esquerda, Daniela Villela, à direita, Antonia Bergamin.

mam participa
Instagram live

Na próxima quarta-feira, dia 10/6, às 16h, a diretora e vice-presidente do mamDaniela Villela, participa da live “Bastidores” da Galeria Bergamin & Gomide e conversa com Antonia Bergamin, sócia-diretora da galeria desde 2012, ao lado de Thiago Gomide. A transmissão acontecerá no perfil @mamoficial e @bergamingomide.

guy veloso

#LivenoAteliê
Instagram live

No sábado, 13/6, às 15h, acompanhe a live no ateliê com o artista Guy Veloso, que já teve obra integrante do clube de colecionadores do mamA conversa ao vivo no Instagram do museu será acompanhada do curador do clube de colecionadores de fotografia, Eder Chiodetto.

conheça o clube aqui

Kiss_Briseis_Painter_Louvre_baixa
Briseis Painter. Erastes (lover) and eromenos (beloved) kissing. Detail from the tondo of a red-figure Attic cup, ca. 480 BC. Acervo Museu do Louvre, França. Imagem: Marie-Lan Nguyen. Fonte: Wikimedia Commons

#MAMCursosOnline

O curso Por uma história da arte LGBTQ+ com Lorenzo Merlino pretende caracterizar demonstrações de que a arte ocidental sempre se aproximou de narrativas LGBTQ+, mesmo que esta legenda tenha sido criada somente no final do século XX. Partindo da Antiguidade até a Arte contemporânea, o curso propõe um novo olhar sobre o percurso nas artes.

Toda quarta-feira, das 18h30 às 20h por videoconferência.
Até 01 de julho de 2020
Aulas avulsas disponíveis.

inscrições aqui*
*Inscrições apenas para maiores de 18 anos

parceiros
museu de arte moderna de são paulo

seja sócio. apoie o museu

 

Live: Cultura em Rede

03/jun

Bate papo com o Diretor do Itaú Cultural Eduardo Saron e Adolfo Konder, Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.
Falando em Cultura em tempos de Pandemia!!! Participação de Renata Monteiro, Presidente da Companhia das Artes.

Diálogos instigantes