Oitis 55 no MAM Rio

24/abr

O MAM Rio e o SEBRAE apresentam a exposição “Oitis 55 – Um Retrato do Design Carioca”, que reúne projetos desenvolvidos pelo coletivo Oitis 55, formado por 21 empresas de design contemporâneo do Rio de Janeiro. São 80 peças, dentre, mobiliários, acessórios, utilitários e objetos de decoração. “Com esta exposição, o MAM Rio dialoga com a experiência do trabalho coletivo, na qual a reunião de diversos talentos estimula a criatividade e a originalidade dos projetos, marcas importantes do nosso design”, explica Tulio Mariante, curador de design do Museu.

 

 

Oitis 55
O Oitis 55 é um grupo heterogêneo e jovem, inquieto, composto por 50 designers que vão de 25 a 56 anos, representando um novo modo de empreender design de produto, que enxerga o design como agente transformador e de qualidade de vida, e trabalha com apoio mútuo e cocriação, com fluidez, flexibilidade e transparência nos relacionamentos. Além de focar na consciência socioambiental e valorizar a produção local, propõe formas diferentes de relacionamento com as pessoas e com o mercado, pensando o design com calma e afeto. Independentes, trabalham sua gestão de forma orgânica e flexível, buscando se desenvolver por meio da troca constante de experiências e da construção de boas práticas e parcerias. Contando com o apoio do SEBRAE, em apenas três anos de existência já é reconhecido dentro e fora do país.
Resultado da rica troca entre os profissionais do grupo, os produtos são desenvolvidos por designers com diferentes formações e experiências. Em tempos em que o diálogo entre profissionais e usuários se faz essencial, os produtos são pensados para atender às necessidades das pessoas, sejam afetivas, funcionais ou ambas. Desde a escolha dos materiais aos processos de produção, o cuidado permeia todas as etapas e pode ser percebido por cada um dos envolvidos. Além da criação dos produtos, o Oitis 55 atua ativamente na prestação de serviços em diferentes áreas como desenvolvimento de produtos para indústria, cenografia, arquitetura & interiores e comunicação visual.

 

O grupo conta com um time capacitado de palestrantes e professores atuantes nas principais escolas e núcleos de design do Rio de Janeiro.

 

“Sem produzir excedentes, utilizando produção por demanda ou em pequenos lotes, com produtos numerados e com o cuidado e o acabamento da produção artesanal aliada a tecnologias de produção recentes, o grupo busca levar da maneira mais direta possível seus produtos ao mercado e ao consumidor final”, explica Felipe Rangel, um dos fundadores do Oitis 55. Estão previstas palestras, visitas guiadas e conversa com arquitetos durante a mostra.

 

 

Até 14 de maio.

Fotografia de Cidades

O tradicional workshop de “Fotografia de Cidades”, da Portfolio, Curitiba, PR, segue em 2017 para sua 6ª edição, e desta vez terá como destino a América Central. O curso começa com uma aula teórica na própria escola, em Curitiba, na noite do dia 28 de outubro. O workshop e a viagem serão entre os dias 29 de outubro e 12 de novembro, e passará por três cidades mexicanas que são Patrimônio Histórico da Humanidade: Puebla, Cidade do México e Campeche.

 

Durante quinze dias de viagem, o grupo irá trabalhar em diversos caminhos fotográficos que envolvem uma viagem fotográfica como : retratos de rua, paisagens urbanas, gastronomia, cultura local, história, boemia, diferentes horários de luz, etc. Durante o curso, os alunos recebem temas diários para serem desenvolvidos.Com o decorrer da viagem, os temas ganham mais complexidade.Sempre seguindo os conceitos da liberdade fotográfica. Com público fiel, o workshop já aconteceu em diversas cidades da América do Sul. Além do Uruguai (Montevidéu e Colonia del Sacramento), Argentina (Buenos Aires), Chile (Santiago e Valparaiso) , Colômbia (Bogotá) , Peru (Lima e Cusco), além de uma incursão pelas cidades históricas de Minas Gerais.

 

O curso, bem como toda a viagem, será inteiramente orientado pelo fotógrafo Nilo Biazzetto Neto, diretor da Escola Portfolio e que em 2017 completa 23 anos de fotografia. Desde o início da carreira, desenvolve um trabalho pessoal intenso sobre a rua e as cidades. O conceito da liberdade fotográfica defende a mescla de várias artes e experiências na formação do olhar do fotógrafo. E a cidade, a rua, é onde tudo acontece. Lá estão as artes e os artistas populares, a gastronomia, a música, a pintura, a história, a própria vida. O resultado dessa viagem será apresentado numa bela exposição fotográfica na MURO GALERIA, na Portfolio em Curitiba. O investimento do curso é de quatro parcelas de R$ 320,00 no cartão de crédito. 10% de desconto para alunos e ex-alunos Portfolio. O valor deve ser pago diretamente à Escola Portfolio até outubro de 2017.

Homenagem proustiana

19/abr

O Santander Cultural, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, exibe a exposição-homenagem “Paulo Gasparotto – Certas pequenas loucuras…”, que permite – proustianamente – um mergulho no universo pessoal do jornalista Paulo Raymundo Gasparotto. Os interessados em conhecer mais sobre a vida do profissional poderão visitar a exposição na qual encontrarão uma mescla de textos e imagens, informações e contextualização histórica, obras de arte, antiguidades e objetos do acervo pessoal que retratam a personalidade e a trajetória profissional do homenageado. A curadoria é assinada pela professora, crítica e historiadora de arte Paula Ramos. Em exibição cerca de 150 peças através da quais os 80 anos de vida  – e 50 dedicados ao colunismo social – são revisitados. Em exibição obras (pinturas, desenhos e gravuras) assinadas por Iberê Camargo, Farnese de Andrade, Roberto Magalhães, Magliani, Siron Franco, João Fahrion, Maristany de Trias, Victorio Gheno, Michel Drouillon, Maria Tomaselli, Waldeni Elias, Elizethe Borghetti, Maria di Gesu, André Venzon, Felipe Caldas, Britto Velho, Fernando Baril, João Faria Vianna, Octávio Araújo e fotografias de Roberto Grillo, Tonico Alvares, Liane Neves e Lizette Guerra.

 

Paula Ramos visualiza esta oportunidade como um privilégio:  “Além de ter contato com uma pessoa incrível, apaixonada pela vida e por seu trabalho, bem como por Porto Alegre e seus personagens, Gasparotto é um ícone: de comunicação, de elegância, de humanidade. Sinto-me agraciada por essa oportunidade e tenho certeza de que o público ficará surpreso ao percorrer a exposição”.

 

Carlos Trevi, coordenador geral da unidade de cultura do Santander em Porto Alegre, destaca que “o Santander Cultural aposta numa programação que fomenta a pluralidade, por meio de iniciativas voltadas para manifestações artísticas contemporâneas, e traz, nas mostras biográficas, personalidades gaúchas que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade”.

 

 

Autodefinição

 

“Voluntarioso, teimoso, impaciente, altamente emocional e muito apaixonado, sempre, por tudo e sobretudo. A única razão de eu viver, sempre, foi estar apaixonado por alguma coisa, por algum objeto, por alguma pessoa. Sem emoção não há vida. Hoje, procuro não ter tantas raivas, até porque não vale a pena. E procuro ter mais paixões”, define-se o jornalista.

 

 

Sobre o homenageado

 

Paulo Raymundo Gasparotto é jornalista, colunista, avaliador e leiloeiro. Nasceu no dia 20 de abril de 1937, em Porto Alegre, RS. Homem de múltiplos gostos, de plantas e animais a arte, Antiguidades, Música, Moda e Literatura, começou sua carreira no final dos anos 1950, no jornal “Ele e Ela” e, na sequência, na Revista do Globo. Em 1963, ingressou no jornal Zero Hora e, nos anos seguintes, escreveu sobre moda, arte, elegância e vida social. Manteve coluna nos periódicos Folha da Tarde, Correio do Povo, Zero Hora e O Sul.

 

 

A mostra pode ser visitada até 28 de maio.

Amanda Saladini e duas paixões

Entre os dias 20 e 23 de abril, Amanda Saladini, jovem artista plástica que tem como inspiração a escultora Margarida Barroso, abre sua primeira mostra individual “Voando a galope”, no Rio de Janeiro. Conhecida por retratar a força lúdica do cavalo,companheiro do homem desde os tempos que se perdem na história, Amanda foi convidada pela Sociedade Hípica Brasileira, Lagoa, Rio de Janeiro, RJ, a apresentar suas obras durante a Primeira Etapa Seletiva Sul-Americano.

 

Serão apresentados na mostra “Voando a Galope” trabalhos inéditos dez telas em acrílica sobre tela, além de três esculturas em madeira, que retratam as duas paixões da artista: o cavalo e a arte. Na mostra o público poderá sentir a imersão da pesquisa de Amanda no mundo dos cavalos, texturas, diversas épocas, silhuetas, recortes, coloridos e nacionalidades, trazendo novidades em seu processo de criação. A artista também costuma propagar formas da cidade do Rio de Janeiro, apresentando através de seus traços os diferentes e inusitados formatos entre montanhas e nuvens.

 

A artista, que é formada em Comunicação visual pela PUC/RJ, sempre teve a atenção voltada para as artes e focou em cursos de cerâmica, pintura, na Escola de Artes Visuais (EAV), além de ter passado um período de seis meses em Nova York (para onde até hoje, uma vez ao ano, volta para fazer cursos) estudando arte através de aulas no Metropolitam Museum, School Of Visual Art (SVA) e International Center of photography (ICP). Entre as exposições que participou estão duas coletivas (sendo que uma delas com Margarida Barroso) na Galeria Spazio Surreale, em SP, além ter apresentado seus trabalhos no Espaço Expo Arts do Fashion Mall, Casa Ipanema, entre outras ocasiões. Metade das vendas será doada ao Grupo Garra Animal, que resgata animais, incluindo cavalos, em situações precárias.

 

Amanda Saladini, 26, desde criança convive com cavalos. Montava no Haras Lórien (Itaipava), e quem estava à frente era a uruguaia Ivonn Argimon, que é apaixonada por cavalos e sempre incentivou a artista, que também praticou e deu aulas de equitação. Foi quando surgiu o interesse no Enduro Equestre, que, segundo ela, permite uma relação intensa e de muito vínculo com o animal, que para ela, se tornou além de uma paixão: “Uma extensão do meu corpo, um material de estudo”, define.

Laura Belém no Peru

18/abr

A fotógrafa Laura Belém, artista representada pela galeria Athena Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ, é a única brasileira selecionada pela curadora mexicana Daniela Pèrez para os Projetos Solos (Solo Projects), da Peru Arte Contemporânea (PARC), que acontece de 20 a 23 de abril, no MAC Lima, no Peru. A artista apresentará 11 fotografias inéditas da série “Reconstrução”, de 2017, que medem 40 cm X 51 cm cada. Além de Laura Belém, também foram escolhidos os artistas Juanli Carrión (Espanha), Emilia Azcárate (Venezuela), Emanuel Tovar (México), Andrés Marroquín W. (Peru) e Rubela Dávila. Eles concorrem a um prêmio de US$ 5.000 para o primeiro colocado e a uma residência na Mana Contemporary, nos EUA, para o segundo colocado.

Lattoog, o livro

17/abr

Os designers Leonardo Lattavo e Pedro Moog, da Lattoog, autografaram seu primeiro livro, na Livraria Travessa, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Agora, preparam-se para cumprir série de lançamentos pelo país afora atendendo convites já agendados para São Paulo e Porto Alegre.

 

O livro celebra os dez anos de existência da Lattoog. Muito além de ser um estúdio de design de móveis, uma proposta de livre experimentação em torno de temas ligados à cultura brasileira e carioca, que tem como veículo de expressão a prática de projetar.

 

O livro apresenta o trabalho do estúdio por diferentes recortes, como a trajetória de seus designers, as primeiras interações com o segmento, suas linhas de raciocínio criativo, uma visão da produção da Lattoog por tipologia e em linha cronológica, além da descrição dos processos que compõem seu ciclo produtivo, dos croquis à transformação dos produtos em peças de interesse cultural.

 

Em texto crítico, a jornalista Mara Gama reforça a essência da Lattoog: “A variedade de formas e tipologias já projetados prova a versatilidade do estúdio e impede que se identifique um estilo único ou linear. Talvez seja mais apropriado falar de um modo de criação Lattoog, de elaborar referências formais e traduzi-las em peças de leitura imediata, que provocam simpatia de um público que foge da padronização.”

 

“No livro pudemos reunir grande parte de tudo que construímos em nossa trajetória. Com certeza, ele vem para mostrar o que é a Lattoog de verdade, mas também mostrar um cenário bem amplo do design contemporâneo nacional”, concluiu Pedro Moog.

 

A obra, publicada pela Editora Olhares, e dela disse Leonardo Lattavo: “Optamos por uma abordagem com muitos paralelos, porque queríamos de alguma maneira, ilustrar esse aspecto central da nossa história e de todo o trabalho construído ao longo dos anos. Tocamos muita coisa ao mesmo tempo, e esse acaba sendo o nosso combustível”.

 

O livro teve o apoio de Schuster, Alhambra, Líder Interiores, Empório Vermeil, Quatro Elementos, Augusta, Galeria 021, Tetum.

 

Lena Bergstein/Cartas de Odessa

Quatro anos após expor no MAM-Rio, Lena Bergstein retorna à cidade para mostrar sua série inédita de trabalhos com fotografia no Midrash Centro Cultural, Leblon, Rio de Janeiro, RJ. Esta é a primeira neste suporte desde que iniciou sua trajetória, em 1980. Em “Cartas de Odessa”, Lena Bergstein visita a história e as origens de sua família na Ucrânia, em que transforma antigos registros em “uma biografia/autobiografia inscrita em fotos impressas em papel e em metal”. Além de recuperar fotos feitas na longínqua Odessa, mostra fotografias que fez de sua casa, em São Paulo, onde reside há alguns anos.

 

“É um trabalho de fotografia feito em camadas, superposições, estratos que se somam, camadas que se justapõem, tempos distintos que se superpõem”, conta Lena Bergstein. Ela comenta que trabalhou as fotografias como um diário, onde as percepções da cidade, de sua vida e de seus sentimentos são mostradas em cenas que compartilha com o público. Fragmentos de cartas, cartas escritas pela artista, cartas recebidas por ela. “Apenas fragmentos, nada muito explícito, escritos na confluência do real e do imaginário”, explica.

 

Para a artista, foi um processo natural “suplementar essas fotos com textos e frases criando sequências narrativas”, como se quisesse “aprisionar/fixar um momento, um sentimento”. Com os grafismos, ela deseja acrescentar um toque de humor para a seriedade de certas fotos. “Experimentar uma alegria ingênua na superposição de desenhos de estrelas, pontos luminosos, luas, nas intervenções de riscos e traços. Uma grafia de vida através de imagens, palavras, textos poéticos e líricos, uma história de amor”, destaca.

 

Márcio Seligmann-Silva, ensaísta e professor de Teoria Literária na Unicamp, observa que na série “Cartas de Odessa”, Lena Bergstein “substitui o azul-horizonte pela paisagem que captou de sua varanda com um iPad. Sobre essa paisagem (indefinida, mas que inscreve o presente de Lena em sua obra), ela sobrepõe em camadas, cartas de amor, fotografias de álbuns de família (com parentes de Odessa) e intervenções gráficas (arquidesescrituras)”. “Do arquitraço fundador da cultura ao traço fotográfico, nessas topografias anímicas, Lena comemora seu presente em um arquivo múltiplo que nos lança no trabalho feliz da leitura infinita”, afirma.

 

 

A Arte e a Escrita, um relato do contemporâneo

 

Durante a exposição, Lena Bergstein dará um curso de três aulas, às quartas-feiras, às 20hs, nos dias 26 de abril, 3 e 10 de maio, em que fará uma reflexão sobre a relação entre a arte e a escrita pelo viés das cinco civilizações escriturais da Antiguidade: Mesopotâmia, Egito, China, Islamismo e Judaísmo.  Nesses encontros, será demonstrado como a relação entre a arte e a escrita não-fonética dessas culturas orientais influencia e marca os movimentos artísticos dos séculos 20 e 21.  O preço de cada aula é de R$20,00.

 

 

Sobre a artista

 

Lena Bergstein é artista plástica e professora de arte. Trabalha com telas, livros de artista e fotografias. Uma obra cuja poética é centrada nas questões da pintura e da escrita.  Nasceu no Rio de Janeiro em 1946. Cursou a Escola de Artes Visuais e o atelier de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participou de importantes bienais de gravura nacionais e internacionais, como em Ljubliana, Miami, Curitiba, Fredrikstad, Bradford e Taiwan. Atualmente mora em São Paulo, onde trabalha, expõe e dá aulas. Em 1989, passou a pesquisar os textos do filósofo francês Jacques Derrida, fazendo leituras poéticas e plásticas de seu pensamento, conferências e seminários em Paris.  Essa relação ficou evidente na “Tenda”, instalação montada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1992. Em 1998, ambos editaram um livro em parceria. O filósofo lhe ofereceu o texto “Forcener le Subjectile”, que deu origem à publicação “Enlouquecer o Subjétil”, livro vencedor do Prêmio Jabuti em 1999. Junto com o lançamento do livro Enlouquecer o Súbjétil, inaugurou a exposição “Toiles Récentes”, na Galerie Debret, Paris, e no Paço Imperial, Rio, em 1998.

 

Recentemente, Lena Bergstein participou, em 2015 e 2016, da SP Foto/Arte, com a Galeria ArtE Edições. Em 2015, expôs “Narrações”, no Museu Brasileiro de Escultura de São Paulo. Em 2013, fez uma individual no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 2012, fez a exposição “Livros”, no Centro Cultural Midrash. Dentre outras mostras individuais da artista estão“Relatos”, no Largo das Artes, no Rio de Janeiro, em 2009; “Marcas da Memória”, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, em 2007; “A Escrita do Silêncio”, no Solar Grandjean de Montigny, na PUC-RJ; no Instituto Ítalo Latino-Americano, em Roma, na Itália, e na Scuola Internazionale di Grafica, em Veneza, na Itália, ambas em 2004; “Amarelo Cromo”, no Museu da Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, em 2003; “Telas e Gravuras”, no Centro Internazionale di Grafica, em Veneza, na Itália, e “Gravuras, Monotipias”, no Centro Internazionale di Grafica, em Roma, na Itália, em 1990. Dentre as principais exposições coletivas estão: “Gravure Extreme”, na Europalia, na Bélgica“, em 2011; Manobras Radicais”, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, em 2006; “Quatro artistas brasileiros”, em Veneza, na Itália, em 1988; “Velha Mania, Desenho Brasileiro”, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1985; “Do Moderno ao Contemporâneo, Coleção Gilberto Chateaubriand”, no MAM Rio, em 1982; “Panorama Atual da Arte Brasileira, Gravura e Desenho MAM, em São Paulo, em 1981, entre outras.

 

Foi a artista convidada para participar do colóquio internacional, “Jacques Derrida, Pensar a Desconstrução”, em 2004, no Rio de Janeiro. Ministrou uma série de conferências, “Imagem e Texto na História da Arte”, na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, EMERJ, em 2007, e, em 2015, no Departamento de Artes da Unicamp, Campinas. Escreveu para a revista TRIEB, para a revista do IPHAM, Patrimônio Histórico, e para os Cadernos da Memória do Museu da República.

 

De 19 de abril  a 29 de maio.

Curso no Instituto Ling

Ministrado por Nei Vargas, o curso “Colecionismo na contemporaneidade: por que e para que colecionar arte?”, é uma realização do Instituto Ling e Galeria Mamute, ambos de Porto Alegre, RS. Uma ideia oportuna e original.

 

 

Informações sobre o Curso

 

A produção artística e o colecionismo convivem desde a fundação da História da Arte. Essa relação proporciona a formação de um patrimônio cultural, reforçando a dimensão social de ambas. Mesmo depois de séculos, a prática do colecionismo segue gerando debates e perguntas: existe regra para colecionar obras de arte? Quais os sentidos que podemos atribuir ao exercício do colecionismo? O que leva as pessoas a escolherem certos trabalhos em detrimento de outros? Quando uma pessoa pode ser considerada colecionadora? O curso propõe uma aproximação da prática do colecionismo, estimulando a reflexão sobre um campo ainda carente de informações sistematizadas e mesmo de uma formação específica, no momento em que assistimos o expressivo aumento de colecionadores. Uma oportunidade para discutirmos a história, os critérios e os propósitos das coleções de arte.

 

 

Sobre o Ministrante

 

Nei Vargas, Doutorando em Artes Visuais PPGAV/UFRGS e Mestre em Artes Visuais, com ênfase em História, Teoria e Crítica da Arte pelo PPGAV/UFRGS. Licenciado em História pela PUC/RS, foi Coordenador do Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenador da Ação Educativa do Santander Cultural e Diretor do Departamento de Educação Patrimonial da UFRGS. Participou do livro “As Novas Regras do Jogo: o sistema da arte no Brasil”, em versão impressa e e-book, além de publicações em anais de congressos nacionais e internacionais.

 

 

Dias, horários e período de duração

 

Duração: dias 11, 18, 25 e 27 de maio.

Dias: 3 quintas-feiras e 1 sábado (27 de maio, neste dia será realizada uma visita à Galeria Mamute)

Horários: das 19h30min às 21h30min (aulas)  e das 14hs às 16hs (Visita à Galeria Mamute)

Investimento: R$ 480,00

Yoko Ono em São Paulo

12/abr

Com curadoria de Gunnar B. Kvaran, crítico islandês e diretor do Astrup Fearnley Museum of Modern Art, em Oslo, a exposição “O CÉU AINDA É AZUL, VOCÊ SABE…”, pretende revelar os elementos básicos que definem a vasta e diversa carreira artística de Yoko Ono – uma viagem pela noção da própria arte, com forte engajamento político e social. Uma das principais artistas experimentais e de vanguarda, associada à arte conceitual, performance, Grupo Fluxus, happenings dos anos 60, uma das poucas mulheres que participaram desses movimentos, Yoko Ono continua questionando de forma decisiva o conceito de arte e do objeto de arte, derrubando esses limites. Foi uma das pioneiras a incluir o espectador no processo criativo, convidando-o a desempenhar um papel ativo em sua obra.

 

Esta exposição, patrocinada pelo Bradesco e Instituto CCR, foi concebida especialmente para o Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, é formada por 65 peças de “Instruções”, que justamente evocam a participação do espectador para sua realização. São trabalhos que sublinham os princípios norteadores da produção da artista, ao questionar a ideia por trás de uma obra, destacando a sua efemeridade enquanto a dessacraliza como objeto.

 

O curador ressalta que “O CÉU AINDA É AZUL, VOCÊ SABE…”, uma retrospectiva de “Instruções”, evidencia as narrativas que expressam a visão poética e crítica de Yoko Ono. São trabalhos criados a partir de 1955, quando ela compôs a sua primeira obra instrução, “Lighting Piece” (Peça de Acender), “acenda um fósforo e assista até que se apague”. Na exposição, é possível seguir a sua criatividade e produção artística pelos anos 60, 70, 80, até o presente.

 

As “Instruções” de Yoko Ono, conforme o curador do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada, oscilam entre sugestões tão sucintas e abertas que se realizam tão logo são lidas, como “Respire”, de 1966; “Sonhe”, de 1964; “Sinta”, de 1963; “Imagine”, de 1962; ou em uma sequência de ações realizáveis por qualquer um que se dedique a isso, como “Pintura para apertar as mãos (pintura para covardes)”, de 1961; “fure uma tela, coloque a sua mão através do buraco , aperte as mãos e converse usando as mãos”; “Peça de Toque” de 1963; “toquem uns aos outros”; “Mapa Imagine a Paz”, de 2003; “ peça o carimbo e cubra o mundo de paz”. Há também as sugestões aplicáveis apenas no campo mental, poético ou imaginário, como “Peça do Sol”, de 1962; “observe o Sol até ele ficar quadrado”; “Capacetes-Pedaço de Céu”, de 2001/2008; “pegue um pedaço de céu, saiba que todos somos parte um do outro”; “Peça para Limpar III”, de 1996 e “tente não dizer nada negativo sobre ninguém, por três dias, por 45 dias, por três meses”.

 

Já as proposições como “Mamãe é linda”, de 1997; “escreva suas memórias sobre a sua mãe”; “Emergir”, de 2013/2017; “faça um depoimento de alguma violência que tenha sentido como mulher”; e “Árvore dos Pedidos para o mundo”, de 2016; “faça um pedido e peça à arvore que envie seus pedidos a todas as árvores do mundo”, são casos, como ressalta Miyada, que ao mesmo tempo antecipam e catalisam o poder atuais dos depoimentos pessoais multiplicados pelas redes. Nessas peças a artista solicita do público as suas histórias e faz de sua obra um algoritmo que os processa, publica e armazena.

 

Entre as obras da exposição há uma série de filmes, dois dos quais com a participação de John Lennon na concepção. Em “Estupro”, 77 min, de 1969, o músico foi codiretor e em “Liberdade”, de 1970, de apenas um minuto, assina a trilha sonora. Também registrada em filme presente na mostra, “Peça Corte”, 16min, de 1965, traz a icônica performance da artista realizada no Carnegie Hall, em 1964, em Nova Iorque, na qual o público pôde cortar um pedaço de sua roupa e levar consigo.

 

 

Até 28 de maio.

Projeto POMARIUM

A Allegro Produções e AstraZeneca Brasil inauguram a mostra “POMARIUM”, com desenhos de Paulo von Poser, fotografias de Silvestre Silva, reproduções do acervo da “Coleção Brasiliana” do Banco Itaú e cenografia de Fabio Delduque. O curador Ivor Carvalho, ao deparar-se com a possível extinção de diversas espécies de frutas nativas brasileiras, desenvolveu um conceito de mostra cultural por meio de experiências sensoriais e diversas linguagens artísticas, reunindo cerca de 50 obras de arte que mostram sua importância na história e desenvolvimento do país.

 

Realizada na Praça da Matriz em Cotia, SP, a exposição tem seu espaço criado para possibilitar as mais diversas relações sensoriais. Um pórtico de entrada conduz a uma estrutura climatizada com sons, cheiros, texturas e “surpresas”, onde o público vivencia experiências sinestésicas, em ambiente com representação de espécimes da flora brasileira, por meio de suas centenas de frutas nativas distribuídas pelos biomas nacionais. A exposição nos recebe com uma bela maquete “natural” e obras históricas dos primeiros registros dessas frutas tipicamente brasileiras, num cenário clássico; ao adentrar, o visitante percorre um corredor intitulado decadência, que retrata a atual situação de devastação da natureza pelo ser humano, o mal-uso dos recursos naturais, agrotóxicos, aquecimento global e outras maledicências. Ao sair deste corredor, encontra uma floresta em tamanho natural que ativa os sentidos do visitante, repleta de obras de arte, onde é celebrada a esperança e que ações semelhantes ocorram, a fim de conscientizar as pessoas para mudanças em seus hábitos de consumo e comportamentos frente à natureza.

 

O conceito central e primeiro de “POMARIUM”, como define seu curador e idealizador Ivor Carvalho, é amplo, plural e desprovido de vaidades. O propósito é coletivo:Quando soube que havia centenas de espécies frutíferas nativas que quase ninguém conhece e que muitas delas estão em perigo de extinção, percebi que havia ali uma grande oportunidade de transmitir uma mensagem de reconexão com a natureza por meio de linguagens artísticas diversas, numa rica exposição de arte que combinasse elementos naturais, obras de arte clássicas com cenografia lúdica e sensorial, acompanhada de ações efetivas de preservação ambiental e reflorestamento”.

 

A personagem central de “POMARIUM” são as “Frutas”, mas a equipe que a torna possível uniu-se ao projeto por inúmeras razões. Douglas Bello, do Sítio do Bello, vê o projeto com propósitos de futuro: “Imagine poder restaurar o sentimento profundo de pertencimento à natureza.  Seus ritmos, suas cores, seus sabores, seus aromas. Transformar isso em ações, em arte, em realização”. Fabio Delduque que “pensou” o espaço expositivo, define que “de uma forma lúdica, com a expografia criada para transportar o espectador em viagem pelo fabuloso universo das frutas brasileiras e suas interpretações artísticas, esperamos contribuir para que as crianças, jovens e adultos possam aprender um pouco mais sobre ecologia, alimentação saudável e as nossas frutas nativas”.

 

Silvestre Silva, fotógrafo especialista em registrar frutas brasileiras deste os anos de 1980, dedica-se à fotografia e pesquisas de campo sobre o tema: “a câmera fotográfica passou a ser uma extensão de meu olhar, com o objetivo de compartilhar conhecimento botânico, visando gerações atuais e futuras. O Brasil possui imensa e única diversidade de flora, por isso é fundamental democratizar este conhecimento”. O artista plástico Paulo von Poser, grande entusiasta da natureza e ativista ambiental, criou um projeto de imagens para instalação imersiva – “O abc das frutas brasileiras” – uma série de 23 desenhos inéditos representativos da extrema diversidade e variedade das frutas brasileiras desconhecidas pelo nosso paladar olfato culinária e arte. “Tem sido uma oportunidade importante de apresentar meu desenho na sua maior potência educativa e de arte, nas várias dimensões da diversidade de nossa mais autêntica expressão de abundância: nossos biomas de flora e fauna…”, define o artista.

 

Intervenções artísticas e culturais como músicas, workshops, palestras, compõem a agenda do “POMARIUM”, sempre com o tema principal da exposição como linha guia. Cada uma das espécies será devidamente identificada com as características que a formam e contam mais sobre sua história.

 

Após a conclusão do projeto, os pomares serão doados para a cidade de Cotia, por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, caracterizando uma ação de preservação ambiental efetiva, objetivo principal da mostra que quer trazer o sentimento de pertencimento à natureza às pessoas que a vistam e que, em função das interferências urbanas de um país como o Brasil, se afastaram de tais características.

 

 

De 19 de abril a 21 de maio.