A Natureza como um fluxo integrado.

10/dez

Willy Chung apresenta a individual “Mato-à-Mata”, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. A exposição Mato-à-Mata, é a primeira individual de Willy Chung, na qual explora as conexões entre o humano e o mundo natural por meio de pinturas, esculturas e instalações. Inspirado pelos princípios das filosofias orientais e das práticas meditativas, o artista apresenta a Natureza como um fluxo integrado, onde vegetal, mineral, animal e humano coexistem. A mostra, que tem curadoria de Fabricio Faccio, propõe uma experiência sensível e contemplativa, destacando obras que questionam as fronteiras entre Natureza e cultura, enquanto convidam o público a refletir sobre seu lugar no mundo.

Willy Chung, com ascendência oriental, em sua prática artística, mergulha na visão conceitual da não dualidade, abordando o todo como unidade, evocando uma harmonia que se revela através de uma aproximação dos princípios das filosofias orientais e das práticas meditativas. Em suas obras, a natureza não é apenas cenário ou objeto de contemplação, mas um fluxo contínuo, um campo onde o humano e o vegetal, o mineral e o animal coexistem sem hierarquias, dissolvendo fronteiras. Esse diálogo entre arte e Natureza ganha forma em cores, texturas e gestos que evocam a fluidez universal, tal como unidade, o caminho que conecta todos os seres, onde o estado de fluxo encontra equilíbrio no desabrochar espontâneo da vida. Em cada tronco sinuoso, folha em mutação ou paisagem recriada, percebe-se um chamado para reconhecermos o que já somos: parte indivisível da mesma trama que tece o mundo

Sobre o artista

Willy Chung, nasceu em 1987 no Rio de Janeiro cidade onde vive e trabalha. É artista visual formado em Pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ e com experiências na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, PUC-Rio e Ateliê do Mestre Lydio Bandeira de Mello. Chung foi assistente de artistas proeminentes, como Daniel Senise e Roberto Cabot. Atuou como professor de Desenho e Pintura na Casa de Cultura Rio das Ostras, no Museu Casa de Casimiro de Abreu em Barra de São João e na Casa de Cultura de Casimiro de Abreu, já ganhou o Prêmio Funarte Medalhas do Centenário da Semana de Arte Moderna de 2022.

O curador

Fabricio Faccio é curador independente. Atuou como produtor na Anita Schwartz Galeria de Arte e na Cassia Bomeny Galeria, acumulando experiência em produção de exposições institucionais e em feiras de arte. Historiador da Arte e Arte Educador, Fabrício é formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ e pela EAV Parque Lage, tendo realizado um período de intercâmbio acadêmico na Universitat de València, Espanha. É mestre em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV), destacando-se por sua abordagem que explora as interseções entre arte, cultura e contemporaneidade.

Até 15 de janeiro de 2025.

Caminhos Selvagens.

A Galeria Itinera Arte inaugura seu espaço no Centro do Rio de Janeiro, no dia 13 de dezembro, com Caminhos Selvagens, uma exposição coletiva que explora o desenho como uma prática que transcende sua função técnica, conectando-a a sua origem ontológica e uma visão renovada do mundo natural. Com curadoria de Yago Toscano, a mostra reúne obras de Aline Marins, Cláudia Costa, Faride Seade, Gilda Nogueira e Raquel Benjamim, propondo um novo olhar sobre o gesto do desenho e sua relação com a terra, os ritos e a ideia de partilha comunal.

A exposição parte de uma provocação: o que resta a ser tratado no desenho quando ultrapassamos sua dimensão técnica e prática, já imersa no pensamento cartesiano e na lógica racionalista ocidental? O desenho, desde a sua radicalidade centrada no pensamento, foi o veículo através do qual se estruturaram narrativas dominantes, da arquitetura à topografia nacional. Em Caminhos Selvagens, o desenho é redimensionado, não mais como uma técnica de dominação, mas como uma prática gestual que resgata a relação com a terra, os ritos e as partilhas que retomam as relações do mundo natural e de suas comunidades.

“O desenho permite observar indícios de uma ruína civilizatória quando através dele, enquanto gesto de uma abertura incontornável, a selva retomar dos humanos sua primazia de selvagem: um percurso de todos os começos, mas que se distingue pela multiplicidade de seus desfechos, refletindo as diversas perspectivas e propostas de cada uma das artistas aqui presentes”, reflete o curador Yago Toscano.

Caminhos Selvagens segue até 28 de fevereiro de 2025.

Sobre o curador

Yago Toscano nasceu em 1995, Tinguá, Rio de Janeiro, é graduado em Artes Visuais e mestrando em Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi curador do Centro Cultural Oduvaldo Viana Filho. Atualmente é co-curador do espaço independente A MESA, compõe a parceria de gestão curatorial com o Centro Cultural Candido Mendes, além de colaborar anualmente com o projeto “Mostra Formação” da UERJ que organiza a produção dos alunos concluintes dos cursos de Artes Visuais, História da Arte e Licenciatura em Artes da UERJ, realizada no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica e Paço Imperial. Realizou curadorias no Centro Cultural Justiça Federal, Centro Cultural Light, Galeria Gustavo Schnoor (UERJ), Paço Imperial, A MESA, Castelinho do Flamengo, Centro Cultural Candido Mendes, entre outros.

A trajetória de Bea Machado.

Livro reúne a trajetória de 40 anos da artista Bea Machado, com 200 páginas, publicação será lançada no dia 17 de dezembro, na Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro, RJ.

O livro “Bea Machado Arts – pinturas e esculturas”, abrange toda a múltipla obra da artista, em pintura e escultura, desde o início de sua trajetória nas artes, em 1983, até os dias de hoje, com textos da crítica e historiadora da arte Sônia Siqueira. Além de apresentar as obras mais conhecidas da artista, o livro também traz pinturas inéditas, nunca antes mostradas.

“Artista multifacetada, dedicou-se ao longo de sua carreira a vários enfoques deste “handmade” como a escultura e a pintura. Entretanto, tanto quanto o tamanho e a composição de uma obra, seu estilo pessoal e falas precisam persuadir não apenas os outros, mas a si próprio. Sejam elas personas coloridas, imensas, minimalistas discretas, ânforas e potes, Bea Machado, enquanto artista persuasiva, é sempre protagonista, jamais a coadjuvante que habita um estereótipo”, diz Sônia Siqueira em um dos trechos do livro.

Sobre a artista

Bea Machado nasceu em Resende e mora no Rio de Janeiro. Fez sua primeira exposição individual em 1982 na Galeria Espaço 81, na Maison de France, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, participou da Bienal Internacional de Arte Contemporânea, na Flórida, onde recebeu medalha de ouro. Em 1984, participou da Mostra de Arte no Círculo Militar da Praia Vermelha/RJ, da Sociedade de Belas Artes do Rio de Janeiro/RJ e da Brazilian Artists Cooperativa, no Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro. Em 1987 recebeu medalha de ouro na coletiva intitulada “Mostra de Arte Século XX”, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Em 1992, mais uma medalha, de bronze, na mostra coletiva: Galeria Place des Artes “Open House” – Barra da Tijuca/Rio de Janeiro. No mesmo ano fez uma individual no Ipanema Park Hotel. Porto, Portugal. Bea Machado participou de dezenas de exposições individuais e coletivas, transita com desenvoltura tanto pela escultura como pela pintura. Entre os prêmios recebidos ao longo de sua trajetória estão: “Troféu Hípico”, Hípica, Rio de Janeiro; “Troféu do Primeiro Campeonato Serra e Mar de Hipismo FIRJAN-Federação das Indústrias do Rio de Janeiro”, no Banco do Brasil-Volta Redonda, Rio de Janeiro; Bolsa de Valores, Rio de Janeiro; MAM-Resende, Rio de Janeiro, e Annuarie de L’Art Internacional.

Pela regeneração ambiental.

O artista plástico Otávio Veiga apresenta “Formas da Consciência” na Galeria ZooFoz, a exposição reflete sobre a conexão entre humanidade e natureza por meio de esculturas tridimensionais.

A exposição “Formas da Consciência”, inaugura no dia 12 de dezembro na Galeria ZooFoz, Morumbi, em São Paulo. Otávio Veiga apresenta um conjunto de esculturas que explora a complexa relação entre a humanidade e o meio ambiente, utilizando materiais reciclados e naturais, como madeira reaproveitada, ferro, pedras e fibras. As oito obras em exibição, representando figuras como tamanduás, árvores, peixes e elefantes, convidam o público a refletir sobre os impactos do consumo humano e a importância da regeneração ambiental.

A exposição “Formas da Consciência” integra a programação inaugural da Galeria ZooFoz, que se apresenta como um novo espaço dedicado à arte contemporânea e à reflexão ambiental. Além da exposição de Otávio Veiga, o evento traz a mostra “Justine e Outras Aves”, de Rafael Vogt Maia Rosa, e celebra a abertura do espaço. Parte da renda obtida será revertida para a Associação ZooFoz, que realiza ações voltadas à conscientização ambiental e social.

Sobre o artista

Otávio Veiga nasceu em São Paulo, 1973, iniciou sua trajetória artística utilizando a escultura como um canal para abordar questões contemporâneas como sustentabilidade e renovação. Seus trabalhos transformam resíduos descartados em objetos de grande significado visual e conceitual, evidenciando a beleza em materiais negligenciados. Explorando a relação entre o mecanicismo do mundo moderno e a organicidade da natureza, o artista cria obras que ressoam tanto por sua forma quanto por sua mensagem, estabelecendo um diálogo direto com o público sobre temas como regeneração e ressignificação.

A voz indígena de Vinícius Vaz.

09/dez

O artista plástico indígena Vinícius Vaz apresenta exposição individual intitulada de A História que o Brasil não Conta. A mostra reúne 16 pinturas impactantes sob a curadoria de Antonio Aversa. Vinícius Vaz, do povo Xakriabá, apresentou sua primeira exposição individual na galeria Mercato + Antiguidade + Design, no Conic, Brasília, DF.

O trabalho de Vinícius Vaz busca dar voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. O trabalho de Vinícius Vaz busca dar voz a personagens e temas frequentemente ignorados pelos livros de história. Uma das obras que se destacam é Guernica Tupiniquim, que retrata o assassinato do indígena Galdino, queimado enquanto dormia em um ponto de ônibus na 703 Sul, em Brasília. O episódio ainda ecoa como um símbolo da violência contra os povos originários.. O episódio ainda ecoa como um símbolo da violência contra os povos originários.

Fonte: Metrópoles.

Esculturas de Flávio Cerqueira.

“Eu penso a escultura como o instante pausado de um filme”, explica Flávio Cerqueira ao comentar sua carreira, que chega à marca de 15 anos com uma retrospectiva individual inédita no CCBB São Paulo, com curadoria de Lilia Schwarcz, historiadora, antropóloga e imortal da Academia Brasileira de Letras.

A declaração do artista joga luz sobre o forte teor de narrativa que imprime em suas obras, com esculturas figurativas em bronze que convidam o público a completar as histórias contidas em cada detalhe de personagens tipicamente brasileiros.

“Muito vinculada a uma certa história ocidental, a escultura em bronze celebrava o privilégio de homens brancos. Insurgindo-se contra essa narrativa, Flávio Cerqueira seleciona pessoas que observa no dia a dia, imersas em seu próprio cotidiano, e as eleva no bronze. São personagens representados de maneira altiva, com respeito, quase de maneira filosófica”, comenta a curadora.

Reconhecidas pela originalidade e riqueza de detalhes, as esculturas de Cerqueira ocupam todos os andares e o subsolo do prédio histórico do CCBB no centro da capital paulista – no térreo, os visitantes vão encontrar “O jardim das utopias”, uma seleção de trabalhos pensados para áreas abertas, que exploram a temática das fontes ornamentais e esculturas instaladas em praças públicas. “A busca por uma mudança do eu e o desejo de criar um lugar imaginário norteiam essa ilha de possibilidades, muitas vezes utópicas, mas que trazem leveza ao cotidiano caótico da existência”, afirma o artista sobre as obras que vão dar as boas-vindas aos visitante.

“Meu fazer artístico é o processo de transformação pelo qual passa cada material até se tornar uma escultura: a cera de abelha misturada com óleos e um pó de barro peneirado que transformo em platina e que, modelada por minhas mãos, se torna uma figura. As misturas das ligas metálicas como cobre, estanho, chumbo, zinco, ferro e fósforo derretidos a mais de mil graus centígrados que, despejadas em um bloco de areia com dióxido de carbono, eternizam essas formas modeladas em um dos mais nobres materiais da escultura, o bronze”.

Sobre o artista

Flávio Cerqueira nasceu em São Paulo, em 1983, onde vive e trabalha. Sua graduação em artes plásticas o introduziu na linguagem escultórica, pesquisa que aprofundou no mestrado e doutorado na Universidade Estadual Paulista. Em sua prática, especializou-se nos processos tradicionais de fundição em bronze. Por meio dessas técnicas milenares, o artista captura momentos singulares de situações cotidianas e os transforma em questões centrais de sua poética.

Até 17 de fevereiro de 2025.

Raul Mourão em Salvador.

O artista carioca inaugura sua terceira exposição individual na Alban Galeria, Ondina, Salvador, BA, nesta quinta-feira, 12 de dezembro, com um conjunto inédito de esculturas, pinturas e desenhos.

Conhecido por sua produção multimídia, Raul Mourão constrói suas obras a partir da observação da paisagem urbana e das relações entre indivíduo e coletividade. Desta vez, o artista elege elementos arquitetônicos de Salvador – como grades e janelas ornamentadas – como ponto de partida para refletir poeticamente sobre a cidade. A exposição poderá ser visitada até 08 de fevereiro.       

A exposição é acompanhada de uma entrevista do curador e crítico de arte Pablo León de la Barra, que conversou com Mourão sobre sua trajetória e a conexão do artista com a capital baiana, entre outros assuntos.  Volume Vivo começou começou a ser pensada em janeiro de 2023 em parceria com Cristina Alban, diretora da galeria, falecida recentemente, a quem Mourão dedica a mostra. Complementa a exposição um vídeo de 20 minutos em parceria com o jovem filmmaker e fotógrafo carioca Tchaca.

Sobre o artista

Raul Mourão nasceu no Rio de Janeiro, em 1967, onde vive e trabalha. Entre suas principais exposições individuais e projetos solo recentes, destacam-se: Cage Head, Americas Society for Arts (2023), Nova York, Estados Unidos; Empty Head, Galeria Nara Roesler (2021), Nova York, Estados Unidos; Fora/Dentro, Museu da República (2018), Rio de Janeiro, Brasil; Você está aqui, Museu Brasileiro de Ecologia e Escultura (MuBE) (2016), São Paulo, Brasil; Please Touch, Bronx Museum (2015), Nova York, Estados Unidos; Tração animal, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio) (2012), Rio de Janeiro, Brasil; Toque devagar, Praça Tiradentes (2012), Rio de Janeiro, Brasil. Entre as coletivas recentes: Utopias e distopias, Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) (2022), Salvador, Brazil; Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz – Construções e geometrias, Museu de Ecologia e Escultura (MuBE) (2019), São Paulo, Brasil; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, Oca (2017), São Paulo, Brasil; Mana Seven, Mana Contemporary (2016), Miami, Estados Unidos; Brasil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture, Museum Beelden Aan Zee (2016), Haia, Países Baixos; Bienal de Vancouver 2014-2016, Vancouver, Canadá (2014). Seus trabalhos figuram em coleções de importantes instituições, tais como: ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos; Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói), Niterói, Brasil; Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil; e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil.

Até 08 de fevereiro de 2025.

Os nomes do fim.

No domingo, 08 de dezembro, o Ateliê397 realiza Os nomes do fim, exposição pop-up que marca o encerramento do segundo semestre do Clínica Geral, programa de acompanhamento de pesquisas artísticas. O evento acontece das 14h às 18h na galeria Vermelho, Higienópolis, São Paulo, SP, que abrigou os encontros ao longo do semestre e a curadoria é de Bruna Fernanda, Lucas Goulart e Thais Rivitti, mediadores da turma.

Além de compartilharem reflexões sobre suas práticas, os artistas se encontram ao enfrentar o esgotamento de sentido diante das condições ético, político e ambientais dominantes e ao repensar nossa relação com a matéria, a imagem, a biologia, a paisagem e o próprio objeto de arte. Nesse rumor, despontam diferentes exercícios para contornar as mortes, pequenas e retumbantes, que fazem o cotidiano.

Os Nomes do Fim

Artistas participantes: Andrea Brazil, Bruno Fonseca, Corina Ishikura, David Caicedo, Duda Camargo, Edilaine Brum, Felipe Corcione, Fernanda Pompermayer, Isabela Hirata, Latife Hasbani, Leticia Morgan, Maltichique, Meia, Sergio Magno, Sindy Palloma, Tara Perstephonie, Thiá Sguoti, Uma Moric e Zizi Pedrossa.

Apoio: Estúdio Motriz e galeria Vermelho.

  

O livro da loucura.

04/dez

Lançamento do livro “Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura”, ocorreu na Pinakotheke Cultural, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.

O livro “Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura” (2024, Hólos Consultoria e Assessoria), de Eurípedes Gomes Cruz Jr., que trabalhou por 25 anos junto com a Dra. Nise da Silveira (1905-1999), analisa a relação entre as obras produzidas por pacientes psiquiátricos e os museus, nos últimos cem anos. Músico e museólogo, Eurípedes Gomes Cruz Jr., aborda coleções da loucura existentes na França, Alemanha e Itália, entre outros países, e o pioneirismo do Museu de Imagens do Inconsciente, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, criado em 1952 pela grande psiquiatra Nise da Silveira, e dono do maior acervo desse gênero no mundo, com mais de 400 mil obras. Fartamente ilustrado, o livro editado pela Hólos Consultoria e Assessoria, tem 432 páginas, com 26,5 cm x 19cm, apresentação de Luiz Carlos Mello, diretor do MII, contracapa de Marcos Luchesi – ex-presidente da Academia Brasileira de Letras e presidente da Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente – e prefácio de Kaira M. Cabañas, diretora associada para Programas Acadêmicos e Publicações no Center for Advanced Study in the Visual Arts (The Center), na National Gallery of Art, em Washington, DC.

A publicação, com linguagem acessível, contém uma cronologia de fatos relevantes, minibios dos artistas revelados pelos Ateliês da Dra. Nise, e a importância da chancela de grandes pensadores, como o psiquiatra Carl Jung (1875-1961) e o filósofo Jacques Derrida (1930-2004), para a “arte da loucura”. O livro poderá ser encontrado em livrarias físicas e digitais, e foi lançado na Pinakotheke Cultural, no Rio de Janeiro.

“Do asilo ao museu – Nise da Silveira e as coleções da loucura” é o resultado de 19 anos de pesquisas, que incluíram a tese “O Museu de Imagens do Inconsciente: das coleções da loucura aos desafios contemporâneos” – no Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, que recebeu Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2016 – e sua formatação para chegar ao público em forma de livro.

Moda brasileira no Itaú Cultural.

03/dez

Artistas do vestir: uma costura dos afetos é a mostra que encerra o calendário de grandes exposições do Itaú Cultural, São Paulo, SP. Com curadoria de Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, “Artistas do vestir” perpassa grupos diversos do pensar e fazer moda brasileira – com foco em artistas que trabalham com temáticas e grupos ancestrais, em um amplo leque como as Bordadeiras do Curtume do Vale do Jequitinhonha, Ekedy Sinha, Fernanda Yamamoto e Lino Villaventura. Além de obras que abordam temáticas contemporâneas ligadas a questões políticas, de gênero, raciais e performáticas, em uma mescla de nomes da moda brasileira – entre eles, Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertholini, Fause Haten, Jal Vieira, João Pimenta, Lab Fantasma, Maxwell Alexandre, Sioduhi e Vicenta Perrota. E por fim, a mostra também apresenta desenhos e costuras contínuas de um ateliê de moda; um espaço que também irá acolher performances, esculturas têxteis e oficinas.

Em cartaz até 23 de fevereiro de 2025.